Precauções para evitar a disseminação de microorganismos intra e inter hospitalar 7ª Oficina de Segurança do Paciente e Controle de Infecção Hospitalar Thaismari Escarmanhani Ferreira Enfermeira SCIH – Hospital São Mateus Microbiota da pele Classificação das bactérias encontradas nas mãos: residente e transitória: Transitória: microrganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente. Residente: microrganismos que vivem e multiplicam-se nas camadas profundas da pele, glândulas sebáceas e folículos pilosos. Price, 1938 EPIDEMIOLOGIA Apesar da preferência das bactérias gram-negativas por ambientes úmidos, o Acinetobacter sp pode sobreviver em locais secos como chão, colchões, mesas, luvas, termometros, fluxometros, travesseiros e materiais de fórmica como prontuários por até 13 dias; VRE >60 dias em média 125 dias. O Acinetobacter apresenta capacidade de aderir a plásticos, inclusive em superfícies de cateteres, tubos endotraqueais entre outros materiais desse tipo; Pode ser encontrado em fontes úmidas no ambiente hospitalar tais como válvulas e circuitos de ventiladores mecânicos e umidificadores; Profissionais de saúde podem ficar colonizados esporadicamente na pele, cavidade oral, nasofaringe e trato respiratório. FORMAS DE TRANSMISSAO Transmissão por contato Transmissão por visitantes ou familiares AGENTE DE TRANSMISSÃO FONTE Transmissão por objetos HOSPEDEIRO SUSCEPTIVEL Transmissão aérea PRINCIPAIS VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO 5 Principais: Contato Gotículas Aerossól Veículo comum Vetor PRINCIPAL VEÍCULO DE TRANSMISSÃO MEDIDAS DE BLOQUEIO EPIDEMIOLÓGICO Precauções Padrão (PP) Precauções para Contato Antes e após contato com cada paciente Ao contato com sangue e secreções Se risco de respingos Descarte adequado Antes e após contato com cada paciente Transporte Privativo Ao contato com o paciente Uso Individual de preferência Secreções contidas DURAÇÃO DAS MEDIDAS Durante toda a internação hospitalar; Estudos tem demonstrado que a colonização pode permanecer por muitos meses mesmo após o tratamento da infecção; Culturas e swabs podem aparecer negativos porém pacientes com severas doenças de base, uso de dispositivos invasivos e em uso de ATB dificilmente descolonizam; Reinternação em período superior a 6 meses e sem fator de risco, realizar cultura de vigilância, se negativas, suspende-se medidas RDC 42 de 25 de Outubro de 2010 RDC 42 de 25 de Outubro de 2010 RDC 42 de 25 de Outubro de 2010 VISITANTES E ACOMPANHANTES/CUIDADORES Visitas restritas a familiares e acompanhantes com maior vínculo ao paciente; Sugere-se que seja liberada a entrada de no máximo dois visitantes por vez em unidades de internação e em UTI no máximo um visitante por vez; Equipe deve orientar e supervisionar os visitantes e cuidadores quanto a higiene de mãos. HIGIENE DO AMBIENTE O ambiente ocupa papel secundário na transmissão das IH, mas a higienização exerce importante papel no controle da transmissão das bactérias MR, sendo a desinfecção ambiental e o rigor da técnica imprescindível; Utilizar germicidas registrados no Ministério da Saúde que garantam a qualidade da desinfecção das superfícies hospitalares PACIENTES TRANSFERIDOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES REALIZAR PRECAUÇÕES EM QUAIS SITUAÇÕES? Pacientes transferidos de outra instituição (hospitalar ou home care) ou que tenha permanecido internado por no mínimo 48 horas e que tenha sido submetido a algum dispositivo invasivo (sonda vesical, cateter venoso central, entubação orotraqueal, traqueostomia ou que tenha realizado procedimento cirúrgico); Pacientes que tiveram passagem por UTI nos últimos 90 dias ou internação hospitalar prolongada. PACIENTES TRANSFERIDOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES MEDIDAS RECOMENDADAS – O QUE FAZER? Informar a CCIH no momento da internação do paciente transferido: nome, idade, leito, diagnostico, instituição de origem e resultados de culturas ou outras informações pertinentes; Colocar o paciente sob PRECAUÇÕES PARA CONTATO, preferencialmente em quarto privativo; Orientar os enfermeiros sobre a importância das precauções, para que não deixem de institui-las no período noturno ou finais de semana; Instituir rotina para as solicitações de exames. PACIENTES TRANSFERIDOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES CULTURAS DE VIGILANCIA – O QUE SOLICITAR? UROCULTURA se o paciente esteve/está em uso de SVD ou apresenta (ITU); SWAB NASAL (principalmente nas unidades de internação pediátrica e neonatal) SWAB RETAL (informar o laboratório quanto ao objetivo do exame, principalmente para identificação do VER e gram negativos multirresistentes); ASPIRADO TRAQUEAL se o paciente estiver entubado ou traqueostomizado; Cultura de SECREÇÃO DE FERIDAS; HEMOCULTURA (se o paciente estiver séptico ou a critério médico); PACIENTES TRANSFERIDOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS Não há necessidade de troca de sondas ou cateteres a não ser que se verifique colonização ou infecção (urocultura positiva, secreção visível no local da inserção do cateter; Fica a critério do hospital a realização de outras culturas de vigilância que julgar necessário; Recomenda-se profissionais fixos para cada grupo de pacientes Não há evidência para o banho com clorexidina nos pacientes admitidos ou transferidos; Na impossibilidade do quarto privativo, distância mínima de 1m entre os leitos. Papai do céu Estou desesperado... Por favor faça essas pessoas lavarem as mãos!!! OBRIGADA