anais do v simpósio internacional de alergia

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ANAIS DO
V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ALERGIA
ALIMENTAR E VII JORNADA DE ATUALIZAÇÃO
EM NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA
CENTRO DE CONVENÇÕES DO HOTEL
MATSUBARA
Dias 29,30 E 31 DE AGOSTO DE 2013.
Realização: Departamento Científico do Instituto Girassol
São Paulo
2013
Comissões
V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ALERGIA ALIMENTAR E VII JORNADA
DE ATUALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA
Profa.Dra. Renata Rodrigues Cocco
Presidente do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar
Profa.Dra. Roseli Oselka Saccardo Sarni
Presidente do VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
Comissão Científica
V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar



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Dirceu Solé
Márcia de Carvalho Mallozi
Renata Rodrigues Cocco
Roseli Oselka Saccardo Sarni
VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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Roseli Oselka Saccardo Sarni
Fabíola Isabel Suano de Souza
Glauce Yonamine
Comissão de Trabalhos Científicos
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
Fabíola Isabel Suano de Souza
Giuliana Haddad Taralli
Renata Rodrigues Cocco
Thais Tobaruela Ortiz Abad
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
2
APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do V Simpósio
Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrologia
Pediátrica, realizado entre os dias 29,30 e 31 de agosto de 2013, no Centro de
Convenções do Hotel Matsubara – São Paulo-SP.
São Paulo, Agosto de 2013.
Comissão Científica
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
3
Tabela de Apresentação dos Pôsteres
Data de Apresentação: 30/08/2013
PO101
PO102
PO103
PO104
PO105
PO106
PO107
PO108
PO109
PO110
PO111
PO112
PO113
PO114
PO115
PO116
PO117
PO118
PO119
PO120
PO121
Aleitamento Materno: duração em Centros de Educação Infantil
Manifestações clinicas e estado antropométrico de crianças com
suspeita de alergia a proteína do leite de vaca.
Frequência de aleitamento materno exclusivo e os fatores associados
ao desmame precoce em crianças menores de seis meses de idade no
município de Vitória da Conquista - BA
Alergia alimentar – sistema imunológico, diagnóstico e principais
alimentos associados.
Concentração sérica de magnésio em portadores de fibrose cística.
Velocidade de crescimento e ganho de peso: Associação com a
gravidade, controle e tratamento da asma em crianças asmáticas prépúberes
Perfil nutricional e sociodemográfico de crianças com alergia à proteína
do leite de vaca assistidas pela Secretária Municipal de Saúde de
Salvador -BA
Relato de caso: lactente em pós-operatório de transplante hepático
Uso de dieta enteral: semi-elementar em paciente pediátrico com
doença de Chron: Relato de caso
Evolução clinica, dietética e antropométrica de uma criança em pósoperatório de doença de Hirschsprung
Hábito alimentar de crianças de Centros de Educação Infantil: A classe
econômica influencia?
Manejo da desnutrição grave infantil em ambiente hospitalar
Sistematização do atendimento nutricional infanto juvenil do Hospital
Filantrópico da Zona Leste de São Paulo
Alérgenos ambientais do leite humano: Possível impacto na
susceptibilidade à alergia respiratória.
Avaliação nutricional e correlação entre a circunferência do braço e
prega cutânea triciptal em escolares de uma instituição publica de
Jundiaí-SP
Níveis séricos de vitamina D em pacientes com imunodeficiência
primária
Perfil nutricional de crianças hospitalizadas no setor de convênio em
hospital publico pediátrico
A importância da interação mãe-filho e do vinculo para o sucesso da
amamentação
Mães de lactentes menores de 7 meses e que desmamaram
precocemente seus filhos, quantas trabalhavam fora do lar?
Tipo de aleitamento adotado e a relação com o hábito do uso de
chupeta
Avaliação do índice TG/HDL em pacientes pediátricos com excesso de
peso
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
4
PÔSTERES
PO0101
Aleitamento materno: duração em Centros de Educação Infantil
Amanda Volpini, Suellen Silva, Mayara Silva, Ana Carolina Teixeira, Michel
Kfouri Filho,Carmem Maldonado, Dirce Akamine, Carla Satiro
Farmoterápica
Introdução:
O aleitamento materno exclusivo é recomendado nos seis primeiros meses de
vida, e complementar até dois anos ou mais, pois supre todas as necessidades
nutricionais, protege contra doenças e estabelece vinculo entre mãe e filho.
Objetivo:
Observar a duração do aleitamento materno e a relação da classe social da
família.
Método:
Realizou-se um estudo transversal em três Centros de Educação Infantil da
zona sul de São Paulo que atende crianças de 1 a 6 anos entre novembro de
2011 à março de 2012. A amostra foi formada por 232 crianças.
O questionário possuía questões relacionadas à alimentação da família e da
criança, dados socioeconômicos, introdução da alimentação complementar e
duração do aleitamento materno. A coleta de dados aconteceu antes de
qualquer intervenção nutricional e foram excluídos questionários incompletos e
classes sociais representando menos de 10% da amostra.
Para avaliar a classe social das famílias, utilizou-se o critério de Classificação
Econômica Brasil de 2008, realizado pela Associação Brasileira de Estudos
Populacionais (ABEP).
Resultados:
O período de aleitamento materno foi em média de 12,4 meses (DP:11,1 ). As
crianças da classe B, C e D foram amamentadas, respectivamente por 11,6 ,
12 e 14,3 meses.
Quanto a classe econômica, 11,6% das famílias pertencem à classe B, 68,5%
à classe C e 19,4% à classe D.
10,3% das crianças com idade inferior ou igual a 24 meses recebiam
mamadeira e 2,6% dessas também recebiam aleitamento materno.
Conclusão:
De acordo com os dados apresentados, parece que a classe social pode
interferir na duração do aleitamento materno, pois aparentemente quanto maior
a classe social da família, menor o período de aleitamento materno. Levanta-se
a hipótese de que famílias da classe C e D podem possuir baixo poder
aquisitivo e por conta disso manter o aleitamento por mais tempo.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
5
PO102
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E ESTADO ANTROPOMÉTRICO DE
CRIANÇAS COM SUSPEITA DE ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE
VACA
Autores: Aruani Vieira Brito, Ângela Peixoto de Mattos, Carla Hilário da Cunha
Daltro, Hugo da Costa Ribeiro Junior, Lissandra Amorim Santos, Sara Pithon
Pereira Gatto, Sandra Santos Valois.
Local: Ambulatório de Alergia Alimentar do Complexo Hospitalar Universitário
Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia, em Salvador-Ba.
Introdução: Alergia Alimentar é uma reação adversa a um antígeno alimentar
mediada por mecanismos imunológicos. Os mais importantes alimentos
alergênicos em crianças são: leite de vaca, ovo, amendoim, soja. As
manifestações clínicas possuem acometimento cutâneo, gastrintestinal,
respiratório. O diagnóstico de alergia alimentar é estabelecido com a resolução
dos sintomas sob dieta de exclusão e recaída com o desencadeamento. São
poucos os estudos sobre estado nutricional de crianças em dietas de exclusão
de alimentos, existindo alguns sugerindo comprometimento nutricional.
Objetivo: Descrever as manifestações clínicas e o estado antropométrico de
pacientes com suspeita de Alergia a Proteína do Leite de Vaca em primeira
consulta no Ambulatório de Alergia Alimentar da Universidade Federal da
Bahia. Método: Estudo transversal, com crianças menores que 5 anos, no qual
foi aplicado um questionário semi-estruturado por nutricionistas e pediatras. O
estado antropométrico foi avaliado de acordo com os escores-Z peso para
altura e altura para idade, conforme critérios da OMS. As manifestações
clínicas foram agrupadas em sistêmica, gastrointestinal, cutânea e respiratória.
Resultados: Foram analisadas 71 crianças, sendo 52% do sexo masculino e
61% lactentes. 84,5% crianças apresentaram manifestações gastrointestinais,
51% cutâneas, 31% sistêmica e 16% respiratórias. De acordo com os
indicadores antropométricos, 14% das crianças eram desnutridas, e 17%
possuíam déficit de estatura e ambos os grupos tiveram maior duração dos
sintomas (p<0,05). Embora as manifestações alérgicas aparecessem em idade
mais precoce, a duração destes sintomas era maior nas crianças maiores que
dois anos. Conclusões: As manifestações gastrointestinais foram prevalentes.
A presença de deficit de peso foi observada em pequena porcentagem de
pacientes. O deficit de estatura embora pareça pequeno, encontra-se acima do
valor esperado para crianças nessa faixa etária sem sintomas de alergia
alimentar. A duração dos sintomas foi maior nas crianças que apresentaram as
manifestações alérgicas mais tardiamente e nos grupos que tinham déficit
pôndero-estatural.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
6
PO103
FREQUÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO E OS FATORES
ASSOCIADOS AO DESMAME PRECOCE EM CRIANÇAS MENORES DE
SEIS MESES DE IDADE NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
Daniela Santana Maia1, Carla Fabrícia Araújo Bonfim2, Elma Izze da Silva
Magalhães3, Gabriela Madureira Baptista4, Michele Pereira Netto5, Daniela da
Silva Rocha6
1
Nutricionista, Residente Multiprofissional do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU)
2
Graduanda do Curso de Nutrição, Universidade Federal da Bahia (UFBA)
3
Nutricionista, Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da
Nutrição, Universidade Federal de Viçosa (UFV)
4
Nutricionista, Residente Multiprofissional do Hospital Professor Edgar Santos
da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
5
Nutricionista, Doutora pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
6
Nutricionista, Doutora pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
O aleitamento materno é uma estratégia natural, e indispensável para
promoção e proteção da saúde do grupo materno infantil. O objetivo do
trabalho foi avaliar a frequência de aleitamento materno nos seis primeiros
meses de vida em crianças atendidas em Unidades de Saúde de Vitória da
Conquista – BA. Os dados foram coletados em todas as unidades de saúde da
zona urbana, através de questionário contendo informações sobre identificação
da criança e da mãe, prática de aleitamento materno e condição
socioeconômica da família. Avaliou-se 212 crianças, sendo que 69,8% tinham
entre 0 a 3 meses e 30,2% de 4 a 6 meses, com mediana de idade de 90 dias.
Quanto a condição socioeconômica, 81,5% das famílias possuíam renda
mensal inferior a 2 salários mínimos. Das crianças avaliadas, 98,1% receberam
leite materno, sendo a mediana de tempo de 86 dias. A frequência de
aleitamento materno exclusivo (AME) foi de 90,1%, com mediana de 60 dias. A
prevalência de desmame precoce foi de 14,4%, destacando-se maior
frequência nas crianças do sexo feminino (15,3%), entre as que não receberam
leite na primeira hora de vida (14,5%), e as que receberam alimentos sólidos
(45,2%), água (30,8%), chá (24,0) suco (48,6%) e outros leites (32,9%) antes
dos seis meses. Obteve-se maior prevalência de desmame nos filhos das mães
que não receberam orientação no hospital (16,7%). Dentre as dificuldades
relatadas destaca-se o ingurgitamento mamário (39,6%), fissura (26,9%),
problemas com o mamilo (12,3%) e mastite (5,7%). A mediana do AME no
município foi inferior às recomendações preconizadas pela Organização
Mundial de Saúde, embora tenha superado a mediana nacional (54,11 dias). É
necessária a melhoria na qualidade da assistência, garantindo acesso ao
serviço de saúde com profissionais qualificados através dos grupos de
incentivo ao aleitamento materno.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
7
PO104
Alergia alimentar – sistema imunológico, diagnóstico e principais
alimentos associados.
Autora: Elaine C. de A. Kotchetkoff; Raquel B. Mendonça
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
Introdução: A alergia alimentar (AA) é um efeito adverso à saúde decorrente
de uma resposta imune específica e é reprodutível sempre que ocorre
exposição ao alimento que contém o alérgeno (BOYCE et al, 2010). Objetivo:
Realizar revisão bibliográfica sobre a alergia alimentar,com ênfase no
mecanismo imunológico envolvido e métodos diagnósticos existentes.
Metodologia: A identificação de artigos científicos foi feita através de busca
bibliográfica nas seguintes bases de dados: MEDLINE, BIREME, SCIELO e
PUBMED, nos idiomas: português, inglês e espanhol. Período de publicação de
janeiro de 1997 a dezembro de 2012. Resultados e discussão: Apesar de
qualquer proteína da dieta poder desencadear AA, alguns alimentos são
considerados mais alérgenos que outros. São eles: ovo, leite, amendoim,
nozes, frutos do mar, peixe, trigo e soja (SICHERER e SAMPSON, 2010). O
teste de provocação oral (TPO) é uma importante ferramenta para diagnosticar
a AA. Este método consiste na oferta do alimento, sob supervisão médica, para
que se possa observar a ocorrência ou não de reações adversas (NOWAKWEGRZYN et al, 2009). A terapia comprovadamente eficaz é a exclusão total
do alimento alérgeno. Os pacientes, assim como seus familiares, devem ser
orientados para que não haja ingestão acidental do alérgeno alimentar
(SAMPSON, 2003). Conclusão: Conforme apontam os estudos, a AA vêm
aumentando nos últimos anos, no entanto a falta de uniformidade nos critérios
utilizados somado aos diversos fatores envolvidos dificultam uma resposta
mais precisa. Dada a importância do TPO pode-se dizer que a padronização e
implementação para uso na prática clínica nos serviços de saúde do Brasil,
seria de fundamental importância, pois isso possibilitaria que o indivíduo
afetado não excluísse alimentos desnecessariamente, além de viabilizar um
levantamento do número de pessoas com AA em nosso país.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
8
PO105
CONCENTRAÇÃO SÉRICA
FIBROSE CÍSTICA.
DE
MAGNÉSIO
EM
PORTADORES
DE
Ieda R L Del Ciampo1, Regina Sawamura2, Luiz A Del Ciampo2, Maria I M
Fernandes2.
Instituição:
1.Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
2.Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Fibrose Cística (FC) é doença autossômica recessiva, letã,l mais comum em
caucasianos. Caracteriza-se pela alteração da proteína CFTR, que funciona
como canal de cloro, produzindo muco espesso com consequentes má
digestão e absorção intestinais, lesões brônquicas e infecções pulmonares e
distúrbios eletrolíticos por perdas excessivas no suor. Nutrição adequada
melhora a sobrevida. Recentemente o magnésio tem sido explorado como
mineral importante na saúde dos fibrocísticos.
Objetivos: descrever a concentração sérica de magnésio em fibrocísticos.
Metodologia: estudo retrospectivo, levantamento (prontuários dos pacientes de
centro de referência para FC no estado de SP). Selecionados aqueles com
dosagens de magnésio coletadas entre janeiro/2011 a março/2013. Variáveis:
idade à coleta (0 a 10anos, >10 a 20anos, >20 a 50anos), gênero, cor,
insuficiência pancreática (IP), magnésio sérico (VR=1,4 a 2,3 mEq/L). A
comparação do magnésio entre os grupos foi realizada pelo método de
Kruskal-Wallys, nível de significância 5%. Resultados: 50 pacientess, 27
(54%)M, 45 (90 %) brancos. Faixa etária:10 (24%) <10 anos, 19 (33%) >10 e
<20 anos e 7 (12,1%) >20 anos. 44 (89%) eram IP e 36 (48%) apresentavam
esteatócrito = 0. A mediana do magnésio sérico foi =1,67 mEq/L (SD± 0,21). A
diferença do magnésio sérico não foi significante entre aqueles
com
esteatócito =0 ou >0 (p = 0.4), insuficientes e suficientes pancreáticos (p =0,2)
ou entre as faixas etárias (p =0,8).Discussão: Estudos encontraram deficiência
de magnésio na FC ou melhora de funções corporais após sua suplementação.
Esse estudo concorda com os que não observaram deficiência, ressaltando-se
que a mediana foi mais próxima dos níveis inferiores de referência. Embora o
magnésio sérico reflita apenas 1% do magnésio corporal, outras maneiras mais
precisas para aferi-lo ainda estão sendo testadas. Conclusões: A avaliação
rotineira do magnésio nos fibrocísticos poderia alertar para a necessidade de
sua suplementação.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
9
PO106
VELOCIDADE DE CRESCIMENTO E GANHO DE PESO: ASSOCIAÇÃO
COM A GRAVIDADE, CONTROLE E TRATAMENTO DA ASMA EM
CRIANÇAS ASMÁTICAS PRÉ-PÚBERES
Larissa Celiberto Renosto, Paulino TL, Rafael MN, Andrade IGA, Ferreira CA,
de Souza FIS, Roseli Oselka Saccardo Sarni
Instituição: Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina.
(UNIFESP/EPM)
Introdução: A asma é uma doença respiratória caracterizada por inflamação
crônica das vias aéreas, decorrente de obstrução e hiperresponsividade,
causando episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse.
Atualmente, os corticosteroides inalatórios são os principais medicamentos
utilizados no tratamento da doença, pois reduzem a frequência e a gravidade
das crises. No entanto apresentam eventos adversos sistêmicos como perda
de massa óssea, inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e déficit de
crescimento. Além disso, o crescente excesso de peso observado entre
crianças e adolescentes, inclusive nos asmáticos, é um dos fatores associados
ao desenvolvimento de asma mais grave e de difícil controle. Objetivo: Avaliar
a velocidade de crescimento estatural e o ganho de peso de crianças
asmáticas pré-púberes. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva que avaliou
90 prontuários de crianças com diagnóstico de asma, menores que 9 anos, de
ambos os sexos, com no mínimo um ano de acompanhamento no ambulatório
de alergia da UNIFESP/EPM. Os dados relativos à doença, os pesos e as
alturas foram coletados por meio de questionário padronizado em dois
momentos com intervalos de um ano. Para análise da velocidade de
crescimento (VC) foram empregadas as curvas propostas por Tanner e
realizado o cálculo do z escore da VC (ZVC). Resultados: O excesso de peso
(risco para sobrepeso, sobrepeso e obesidade) foi observado em 31,8%
(27/85) dos pacientes não apresentando associação com a gravidade da asma.
Baixa VC (ZVC < -2) foi encontrada em 13,9% (11/79) da amostra estudada,
com maior frequência no grupo de crianças com asma persistente moderada
em relação às formas persistente leve e intermitente (7/11 – 63,6% vs 21/68 30,2%; p = 0,047). O uso de corticosteroides (dose, tipo e tempo de uso) não
mostrou associação com a VC. Conclusão: Foi constatado um maior
comprometimento da VC em crianças com asma moderada/grave.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
10
PO107
Perfil nutricional e sociodemográfico de crianças com alergia à proteína
do leite de vaca assistidas pela Secretaria Municipal de Saúde de
Salvador – BA.
AUTORES: Marcela Carvalho, Déborah Lopes, Débora Santos, Vinicius
Brandão.
LOCAL DE REALIZAÇÃO OU INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de
Salvador e Universidade do Estado da Bahia.
INTRODUÇÃO: A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a mais comum
na infância, sendo o desmame precoce um dos principais motivos para o
desencadeamento desta. Há variação da prevalência de APLV nos diversos
países e o estado nutricional de crianças com APLV pode ser significantemente
comprometido, sobretudo, quando tratadas de forma inadequada. OBJETIVO:
Descrever o perfil nutricional e sociodemográfico de crianças com APLV
assistidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) – BA.
METODOLOGIA: Foram coletados dados dos processos para início de
atendimento de 75 crianças com APLV assistidas pela SMS de Salvador no
período de 01 a 30 de abril de 2013. Dentre as variáveis investigadas,
destacam-se: sexo, idade e instituição de saúde de nascimento. O diagnóstico
do estado nutricional deu-se mediante a avaliação dos indicadores
antropométricos P/I e A/I, conforme a recomendação da OMS (2007). A análise
dos dados foi descritiva, realizada com o programa Microsoft Excel (2010).
RESULTADOS: A maioria dos pacientes avaliados era do sexo feminino
(52%), com idade média (DP) de 19,4 (12,16) meses. Tem-se que 68% (n=51)
das crianças nasceram em instituições de saúde privadas, enquanto 17,33%
(n=13) em instituições públicas e 12% (n=9) em instituições público-privadas.
Cerca de 70% (n=52) das crianças estavam com peso e estatura adequados
para a idade; 22,6% (n=17) estavam com déficit de peso e 2,7% (n=2) estavam
com o peso elevado para a idade. Do total, 21,7% (n=16) das crianças
apresentaram déficit de estatura. CONCLUSÕES: A minoria das crianças do
grupo avaliado nasceu em instituições de saúde públicas, o que nos leva a
inferir a importância das ações e estratégias do SUS na promoção, proteção e
apoio ao aleitamento materno. Nesse estudo, a maior parte das crianças
estava com peso e comprimento adequados para a idade no início do
atendimento pela SMS.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
11
PO108
Relato de Caso: lactente em pós-operatório de transplante hepático
Maria A. C. Bonfim; Adriana S. Gandolfo
Instituto da Criança – Hospital das Clínicas/ Faculdade de Medicina – USP
Introdução: A atresia de vias biliares (AVB) é a maior indicação de transplante
hepático na faixa etária pediátrica, respondendo por 76% das indicações das
crianças abaixo dos dois anos de idade, a desnutrição e a deficiência de
micronutrientes frequentemente estão presentes. Objetivo: Relatar o
acompanhamento nutricional de um lactente em pós-operatório de transplante
hepático. Método: Foram levantados dados de peso, altura, tipo de dieta e
aceitação alimentar. Para classificação do estado nutricional foi considerado o
indicador peso para estatura (P/E) e respectivo escore z de acordo com o
padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo utilizado o programa
Anthro® para os cálculos. Resultados: N.C.A.M., procedente do estado de
Mato Grosso do Sul, apresentava-se ictérico desde o nascimento com piora
progressiva, aos quatro meses foi realizado diagnóstico de AVB. Aos 5m e 26
dias, foi submetido a transplante hepático intervivos, na admissão P/E= - 0,11
escore z (eutrofia). Durante a internação na clínica cirúrgica, foi ofertado leite
materno e/ou fórmula infantil de partida (115 mL de 3 em 3 horas), houve perda
ponderal gradativa, P/E= -3,53 escore z ( magreza acentuada ). Optou-se pela
administração via oral de dieta nutricionalmente completa para lactentes com
necessidades nutricionais aumentadas e/ou risco nutricional (composição em
100 mL: energia=100 kcal; proteína= 2,6g; lipídios=5,4g, a concentração de
vitaminas, minerais e elementos-traço 15 a 40% acima da fórmula infantil de
partida). A alimentação complementar foi introduzida aos 6 meses e 21 dias,
sendo observada baixa aceitação. O aporte calórico diário oscilou de 900 a
1200 kcal. Após aproximadamente 40 dias da oferta da dieta, o paciente
apresentou melhora no estado nutricional P/E escore z= -1,09 (eutrofia).
Conclusão: A intervenção nutricional precoce contribuiu para evolução
nutricional e recuperação adequada no pós-operatório de transplante hepático.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
12
PO109
USO DE DIETA ENTERAL SEMIELEMENTAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO
COM DOENÇA DE CHRON: RELATO DE CASO.
Maria Aparecida C. Bonfim; Olivia R. Santos; Ary L. Cardoso. Instituto da
Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
OBJETIVOS: Descrever a intervenção nutricional realizada em paciente
pediátrico portador de doença de Chron.
METODOLOGIA: Trata-se de relato de caso. Paciente G.P.S.B, 9 anos,
diagnosticado com doença de Chron aos 8 meses de vida, associada a alergia
a proteína do leite de vaca e a dermatite atópica. Com histórico de inúmeras
internações prévias prolongadas por fístulas perianais. Foram aferidos
periodicamente peso, estatura, circunferência do braço (CB) e dobra cutânea
tricipital (DCT). Calculou-se o Z escore do Índice de Massa Corpórea/Idade
(IMC/I) pelo programa Antho Plus®(OMS). A conduta dietética adotada foi à
oferta exclusiva de nutrição enteral (NE) 2000mL/dia, semielementar,
normocalórica, normoproteica, à base de proteína hidrolisada do soro do leite e
com 46% de TCM, por via sonda nasogástrica. Foram monitorados o volume
infundido, hábito intestinal e possíveis complicações decorrentes da NE.
RESULTADOS: Na avaliação nutricional realizada na admissão o paciente
apresentou: CB=15 cm, DCT=7,0 mm, IMC/I= 16,5Kg/m2 (z escore=0,08).
Ainda foi observado média de cinco evacuações líquidas por dia. A NE foi
realizada por 16 dias consecutivos, atendendo em 100% as necessidades
calóricas e proteicas. Após o término deste período foi possível observar
discreta melhora no estado nutricional, com: CB=16 cm, DCT=8,0mm,
IMC/I=17,2Kg/m² (z escore=0,40). Ocorreu melhora no número e consistência
de evacuações (média de três episódios semi-pastosa). Observou-se melhora
progressiva das lesões perianais, porém sem resolução completa do quadro,
assim o paciente recebeu alta com bom estado geral, e com programação de
abordagem cirúrgica (colectomia à direita + ileostomia definitiva).
CONCLUSÃO: Em pacientes pediátricos com doença de Chron, a NE deve ser
indicada para evitar atraso no crescimento, e com o objetivo de prevenir ou
tratar a desnutrição proteico-calórica e/ou deficiências nutricionais. No paciente
em questão a NE exclusiva foi eficiente, propiciando manutenção do estado
nutricional e melhora na qualidade de vida.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
13
PO110
Evolução clínica, dietética e antropométrica de uma criança em pós
operatório tardio da doença de Hirschsprung
Mariana Valiati1, Daniela Santana Maia1, Cristiana Araújo Gontijo2,
Lorena Ferreira3 ,Cássia Maria de Oliveira3.
Renata
1
Nutricionista, residente multiprofissional, Universidade Federal de Uberlândia
Nutricionista, docente do curso de nutrição da Universidade Federal de
Uberlândia
3
Nutricionista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
2
A doença de Hirschsprung ou aganglionose intestinal, anomalia
congênita, caracterizada pela ausência de células ganglionares nos plexos
intermusculares mientéricos (SANTOS JÚNIOR, 2002). Objetivou-se descrever
a evolução clínica, antropométrica e dietoterápica de uma criança, sexo
feminino, com diagnóstico de Doença de Hirschsprung, atendida na enfermaria
de pediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.
Trata-se de estudo retrospectivo, cujos dados foram obtidos no prontuário da
paciente. A criança foi admitida na enfermaria no dia 24/03/13, com 2 anos e 7
meses de idade, apresentando 10,3kg , P/I: z-score -1,91 (peso adequado para
a idade). O tratamento clínico foi a ressecção cirúrgica, repercutindo em
intercorrências pós-operatórias, incluindo alterações dietoterápicas. Dentre
essas, destaca-se que durante 11 dias tentou-se evoluir a dieta, contudo essa
permaneceu de zero à liquida completa. No 12º dia iniciou-se nutrição
parenteral total e 15 dias depois a criança apresentou sepse secundária à
enterocolite, sendo encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva, com 9,400kg
(P/I: z-score -2,69, baixo peso para idade)e perda ponderal de 900g em menos
de 2 meses. Ao retornar à enfermaria (07/05/13), a criança estava com 9kg e
dieta por SNE em posição gástrica. Dia 20/05/13, após dieta por sonda e
pastosa via oral, a paciente apresentava 10,020kg. Depois de 14 dias
(03/06/13) com retirada da sonda a dieta progrediu para livre e suplemento
polimérico, resultando na recuperação de peso (10,250kg, P/I: z-score -2,23,
baixo peso para idade) e melhora do estado clínico. Portanto, deve-se
considerar a intervenção nutricional precoce no pré e pós-operatório, visando
diminuir o risco de infecção. Sendo estas essenciais para evitar maiores perdas
de massa corporal e, a consequente desnutrição, evitando ainda o choque
séptico e demais intercorrências clínicas.
SANTOS JÚNIOR, JCM. Megacólon – Parte I: Doença de Hirschsprung.
Revista Brasileira de Coloproctologia, n.3, p.196-209, 2002.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
14
PO111
Hábito Alimentar de Crianças de Centros de Educação Infantil: A classe
econômica influencia?
Mayara Silva, Ana Carolina Teixeira, Amanda Volpini, Suellen Silva, Dirce
Akamine, Michel Kfouri Filho, Carmem Maldonado, Carla Satiro
Farmoterápica
Introdução:
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (2008/2009), cerca de
16,1% da renda familiar é destinada à alimentação e os principais alimentos
comprados são os industrializados e processados.
Objetivo:
Conhecer o consumo alimentar de crianças de 1 a 6 anos e observar se há
diferenças entre classes econômicas.
Método:
Estudo transversal, em três centros de educação infantil públicos na zona sul
de São Paulo, com crianças de 1 a 6 anos de idade, entre novembro de 2011 e
março de 2012. A coleta de dados constituiu-se de um questionário
socioeconômico e outro de frequência alimentar. Todos os dados foram
coletados antes de qualquer intervenção nutricional. Para avaliar a classe
econômica, utilizou-se o critério de Classificação Econômica Brasil de 2008,
realizado pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP). Foram
excluídos da amostra os questionários com dados faltantes, bem como as
classes sociais que representavam menos de 10% da amostra.
Resultados:
A amostra final foi composta por 182 crianças. As classes econômicas
encontradas nessa amostra foram as classes C (68,7%), D (16,5%) e B
(14,3%). Referente ao consumo alimentar, pode-se notar que a classe B tem
um consumo diário maior de frutas (57,7%), comparado com as classes C
(40,8%) e D (46,7%). Assim como as verduras e legumes, com 38,5% de
consumo pela classe B e apenas 19,2% da classe C e 26,7% da D. Em todas
as classes econômicas o consumo diário de refrigerantes e sucos em pó é
elevado, sendo 38,5% na classe B, 43,2% na C e 33,3% na D.
Conclusão:
Através dos resultados obtidos, conclui-se que a classe econômica não
interfere no consumo alimentar. Porém, foi possível notar um baixo consumo
de verduras e legumes e um alto consumo de refrigerantes e doces, o que
pode trazer prejuízos a saúde a curto e longo prazo.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
15
PO112
Manejo da Desnutrição Grave Infantil em Ambiente Hospitalar
Alves, Mônica Aparecida Prata 1; Silva, L.P.²; Sonsin, P.B.³; Souza, Cintia
Aparecida.4 – São Paulo
Introdução
A desnutrição é uma doença metabólica de origem multi - causal e complexa.
Pode começar já na vida intra-uterina e/ou estar associada a ocorrência de
doenças (MS, 2005).
No ambiente hospitalar, encontramos desnutrição prévia, por conta de fatores
primários ou associados a eventos catabólicos agudos e/ou crônicos (Nogueira
e Ribeiro in Nogueira et al, 2011).
Com esta problemática, vê – se a importância de explorarmos este tema com o
intuíto de melhorar o atendimento hospitalar reforçando a investigação
desnutrição grave.
Objetivo
Revisar as estratégias nutricionais para a atuação prática na desnutrição grave
infantil em ambiente hospitalar.
Método
Este estudo será realizado através de revisão de literatura. Serão utilizados
como critérios para escolha das referências bibliográficas os seguintes tópicos:
• Artigos publicados em periódicos indexados, que tenham sido
publicados a partir do ano 2000;
• Livros publicados a partir do ano 2003;
• Sites de instituições e sociedades brasileiras e internacionais de
pediatria;
Resultado
Para o diagnóstico da desnutrição, é importante seguir alguns passos
(Nützenadel, 2011):
1) Verificar a possibilidade da desnutrição estar associada a outras doenças;
2) Avaliação do estado nutricional; subjetiva e objetiva
3) Identificar o grau de desnutrição e os riscos que esta pode causar à criança
no momento.
O tratamento da desnutrição em ambiente hospitalar compreende 3 fases:
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
16
Conclusão
Foi possível concluir que a desnutrição em ambiente hospitalar reduziu com o
passar dos anos, porém os dados em literatura são incompletos, com poucos
estudos conduzidos com este público.
Embora as formas de tratamento para esta doença estejam bem delimitadas,
torna–se necessária uma maior atenção da equipe multi em registrar
adequadamente os dados para que o manejo da desnutrição seja mais eficaz.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
17
PO113
Sistematização do Atendimento Nutricional Infanto Juvenil do Hospital da
Filantrópico da Zona Leste de São Paulo.
Alves, Mônica Aparecida Prata; Mota, MNS; Sonsin, Patrícia Bissoli.
Introdução
A identificação das alterações no estado nutricional das crianças e
adolescentes hospitalizados possibilita uma atuação precoce e a indicação da terapia
nutricional adequada. Nas crianças, a desnutrição pode ter consequências sérias, tais
como retardo do crescimento e aumento da suscetibilidade às infecções. A
desnutrição hospitalar está associada ao aumento do risco de complicações clínicas e
da permanência hospitalar, aumentando os custos.
Com o intuito de prevenir a desnutrição, efetuar o correto diagnóstico
nutricional da criança e oferecer uma terapêutica adequada e individualizada às
necessidades do paciente torna-se importante o desenvolvimento de um instrumento
que possa auxiliar e direcionar as atividades do nutricionista dentro de uma instituição
hospitalar.
Objetivo
Desenvolver um protocolo de atendimento e acompanhamento nutricional em
pediatria para sistematizar e otimizar a assistência nutricional das crianças e
adolescentes hospitalizados em um hospital filantrópico da zona leste de São Paulo.
Método
Este estudo será realizado através de revisão de literatura. Serão utilizados
como critérios para escolha das referências bibliográficas os seguintes tópicos:
•
•
•
Artigos publicados em periódicos indexados, que tenham sido publicados a
partir do ano 2000;
Livros publicados a partir do ano 2003;
Sites de instituições e sociedades brasileiras e internacionais de pediatria;
Resultado
Desenvolveu – se um protocolo de atendimento que contempla:
1)Roteiro de atendimento;
2)Visita admssional;
3)Avaliação Nutricional;
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
18
4)Determinação do fluxograma de atendimento aos clientes pediátricos hospitalizados
no HSM;
Visita admissional em
72h
Avaliação Nutricional
(72 horas)
Retorno de Visita
a cada 72 h
Desnutrição
TNE
NPP
Sobrepeso
Obesidade
Eutrofia
Reavaliação a
cada 10 dias
Retorno de Visita
a cada 48 h
Reavaliação a
cada 10 dias
Retorno de Visita
a cada 24-48 h
Reavaliação a
cada 7 dias
5) Determinação das necessidades nutricionais.
Conclusão
Foi possível desenvolver uma sistematização de atendimento que contemple
os clientes que internam neste hospital utilizando as referências bibliográficas mais
recentes.
Agora compete à equipe de nutricionistas iniciar o seu uso e verificar sua
aplicabilidade na instituição verificando publico alvo x atividades desenvolvidas pelos
profissionais nas unidades de internação.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
19
PO114
Alérgenos ambientais do leite humano:
susceptibilidade à alergia respiratória.
Possível
impacto
na
Patricia Macchiaverni PhD*1,2, Akila Rekima BSc3*, Mathilde Turfkruyer MSc3 ,
Laurent Mascarell PhD4, Sabi Airouche BSc4, Philippe Moingeon PhD4, Karine
Adel-Patient PhD5, Antonio Condino-Neto MD, PhD1,2, Isabella AnnesiMaesano MD, PhD6,7, Susan L Prescott MD, PhD8,9, Meri K Tulic PhD3,8,9 and
Valérie Verhasselt MD, PhD3,8
1
Instituto de Ciências biomédicas – Universidade de São Paulo, São Paulo,
Brasil.
2
Centro de Investigação em Pediatria – Universidade de Campinas, Campinas,
Brasil.
3
EA 6302 "Tolérance Immunitaire"-Université de Nice Sophia-Antipolis, Hôpital
de l'Archet, Nice, France
4
Research and Development, Stallergenes SA, Antony, France
5
INRA, UR496 Immuno-Allergie Alimentaire, CEA/IBiTeC-S/SPI, CEA de
Saclay, F-91191 Gif sur Yvette cedex, France
6
EPAR UMR-S 707 INSERM France
7
EPAR UMR-S 707 UPMC Paris6, Medical School Saint-Antoine Paris, France
8
School of Pediatrics and Child Health, University of Western Australia, Perth,
Australia
9
The International Inflammation 'in-FLAME' Network, Worldwide Universities
Network (WUN)
RESUMO Introdução: Estudos recentes apontam que, ao contrário de
evitarmos o contato ao alérgeno, a exposição no inicio da vida se faz
necessária para indução da tolerância imunológica e prevenção da
sensibilização alérgica. No entanto, o impacto da exposição à alérgenos
respiratórios no inicio da vida ainda é controverso. Objetivo: Investigamos se o
alérgeno ambiental do ácaro Dermatophagoides pteronyssinus (Der p),
principal causa da asma alérgica, está presente no colostro e leite materno
humano. Por meio de um modelo animal que mimetiza a realidade em
humanos de maneira controlada, onde fatores ambientais e genéticos são
excluídos, investigamos o impacto da exposição oral a estes alérgenos para o
desenvolvimento da alergia respiratória. Métodos: Der p 1 foi quantificado em
amostras de colostro e leite materno do Brasil, Austrália e França por ELISA.
Camundongos BALB/c foram amamentados por mães expostas ao Der p
durante o período de lactação e a manifestação alérgica da prole analisada
com 6 semanas. Resultados: Nosso estudo demonstrou a presença do
alérgeno respiratório Der p 1 em 58%, 70% e 78% das amostras de colostro do
Brasil, França e Austrália, respectivamente. A concentração média foi de
96pg/mL; similar à concentração do alérgeno alimentar ovalbumina (OVA).
Observamos que camundongo amamentado por mães expostas ao Der p
apresentaram aumento de 5 vezes nos níveis de IgE e IgG1 específica
comparado aos camundongos amamentados por mães naïves; indicando que
Der p 1 induz sensibilização alérgica ao invés de proteger a prole como já
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
20
demonstrado com a OVA. A inflamação alérgica não foi afetada. Conclusão: A
exposição no inicio da via à alérgeno respiratórios pode ocorrer via aleitamento
materno. Nosso resultado em modelo animal mostrou que tal exposição prima
o sistema imunológico e induz a sensibilização alérgica. Por demonstrar que
alérgenos respiratórios podem ser encontrados no leite materno humano e que
a natureza do antígeno interfere no direcionamento da resposta do sistema
imunológico, nosso trabalho traz uma nova hipótese para a compreensão dos
fatores envolvidos no desenvolvimento das alergias respiratórias.
Finaciamento: FAPESP, INSERM, Université de Nice Sophia-Antipolis,
Société Française d’Allergologie (SFA), Fond de Recherche en Santé
Respiratoire, Fondation Princesse Grace, e EDEN study.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
21
PO115
Avaliação nutricional e correlação entre a circunferência do braço e prega
cutânea triciptal em escolares de uma instituição pública de Jundiaí-SP.
Raquel Gonçalves e Bruna Regina Biaziolli
Centro Universitário Padre Anchieta – Jundiaí.
Introdução: A avaliação nutricional é importante para identificar as condições
de saúde da população, já que as crianças que apresentam alterações
nutricionais possuem um risco maior de desenvolver problemas de
saúde.Objetivo: Avaliar o estado nutricional de escolares de 6 a 10 anos de
uma instituição pública no município de Jundiaí. Métodos: Foram convidados
a participar do estudo 400 crianças da escola, onde foram coletadas medidas
de peso, estatura, circunferência do braço (CB) e prega cutânea triciptal (PCT).
Resultados: Participaram do estudo 257 crianças de ambos os sexos. Em
relação ao Índice de Massa Corporal (IMC) a maior parte dos escolares
apresentarem eutrofia (62,60% dos meninos e 60,45% das meninas), 36,58%
dos meninos e 39,55% das meninas apresentaram excesso de peso. Segundo
a CB 61,79% dos meninos e 54,48% das meninas apresentaram eutrofia,
27,64% dos meninos e 31,35% das meninas apresentaram excesso de peso e
10,57% dos meninos e 14,18% das meninas desnutrição. Em relação a PCT os
casos de excesso de peso foram de 51,22% no sexo masculino e 44,03% no
sexo feminino. Os casos de eutrofia chegaram a 14,63% nos meninos e
23,13% nas meninas e os de desnutrição chegaram a 34,15% nos meninos e
32,84% nas meninas. Ao analisar a correlação linear entre as variáveis
pesquisadas (IMC, CB e PCT) foi encontrada uma correlação positiva entre o
IMC e a PCT (R= 0,8643, p< 0,01) e o IMC e a CB (R=0,8608, p<0,01).
Conclusão: Grande parte dos escolares deste estudo apresentarem excesso
de peso, sendo, sendo superior ao número de crianças com desnutrição.
Também foi possível observar que houve uma elevada correlação entre o IMC
e a PCT e entre o IMC e a CB nos escolares deste estudo.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
22
PO116
NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D EM PACIENTES COM
IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA
Talita Lemos Paulino, Rafael MN, Valente ECS, da Silva R, Carvalho BTC,
Roseli Oselka Saccardo Sarni
Instituição: Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina.
(UNIFESP/EPM)
Introdução: As imunodeficiências primárias (IDPs) caracterizam-se por
defeitos qualitativos e/ou quantitativos, geneticamente determinados, em um ou
mais setores do sistema imunológico. Entre as IDPs, a imunodeficiência
comum variável (ICV) é caracterizada por deficiência primária de anticorpos e a
ataxia telangiectasia (A-T) por imunodeficiências em graus variáveis,
neurodegeneração (ataxia cerebelar progressiva), anormalidades cutâneas
(telangiectasia) e radiossensibilidade. A vasta distribuição e expressão do
receptor de vitamina D (RVD) na maioria das células imunológicas e suas
ações na proliferação e na diferenciação celular, torna a vitamina D uma
candidata potencial na regulação do sistema imunológico. Objetivo: Comparar
níveis séricos de vitamina D entre pacientes com ICV e A-T e controles
saudáveis. Métodos: Estudo transversal prospectivo e controlado envolvendo
31 pacientes com IDP, 14 A-T e 17 ICV, com idade entre 3 e 52 anos,
acompanhados no serviço de Imunologia Clínica da UNIFESP/EPM, e
controles saudáveis pareados por sexo e idade. Foi utilizado questionário para
avaliação demográfica, socioeconômica e clínica e coletados dados
antropométricos como peso, estatura e dobras cutâneas. A dosagem da 25
hidroxivitamina D [25(OH)D] foi realizada por meio do método de imunoensaio
quimioluminescente competitivo (CLIA) e classificada como: < 20ng/ml deficiente; ≥ 20 e < 30ng/ml - bom e ≥ 30ng/ml - desejável. Resultados: A
deficiência de vitamina D foi encontrada em 42,86% (6/14) dos pacientes com
A-T, em 17,65% (3/17) dos com ICV e em 16,13% (5/31) dos controles.
Quando comparados apenas os pacientes, as concentrações médias de
vitamina D foram significativamente (p= 0,043) menores entre os pacientes com
A-T. Conclusão: O estudo apontou níveis séricos deficientes de [25(OH)D]
principalmente nos pacientes com A-T, o que pode contribuir para piora do
funcionamento imunológico.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
23
PO117
Perfil nutricional de crianças hospitalizadas no setor de convênio em
hospital público pediátrico
Thais F. Siqueira; Adriana S. Gandolfo
Instituto da Criança – Hospital das Clínicas/ Faculdade de Medicina – USP
Introdução: Conhecer o perfil nutricional de pacientes é fundamental para
estabelecer intervenção nutricional precoce adequada à faixa etária e condição
clínica. Objetivo: Caracterizar o perfil nutricional de pacientes internados no
setor de convênio em um hospital público pediátrico. Método: Durante o mês
de maio de 2013 foram coletados dados de peso, altura, idade, sexo, doença,
tipo de dieta e escore de risco nutricional de todas as crianças que internaram
no andar do convênio. As doenças foram agrupadas por especialidade médica,
a classificação do estado nutricional foi realizada por escore z de p/E para
menores de 2 anos e IMC/I para maiores de 2 anos, o escore de risco
nutricional foi classificado segundo Strong Kids e o tipo de dieta foi dividido em
via oral (VO), sonda nasogástrica (SNG) e gastrostomia (GTM) e mista
(parenteral + SNG + VO ou SNG + VO). Resultados: Em relação à variável
sexo, 36% eram feminino e 64% masculino. A média de idade foi de 4 anos e 6
meses (variando de 2 meses a 14 anos de idade). De acordo com o perfil
nutricional, a maioria apresentava-se na eutrofia (76%), seguido de sobrepeso
(19%), risco de sobrepeso (6%), magreza (4%) e obesidade (2%). A maior
parte das dietas era via oral (90%), e apenas 6% estavam com dieta por
gastrostomia (GTM) e 4% recebiam dieta mista. Por especialidades, a maior
demanda foi de pacientes da Pneumologia (34%), seguido de Cirurgia (24%) e
oncologia (10%). Em relação ao escore de risco nutricional, 12% das crianças
apresentavam alto risco nutricional, 54% médio risco e 34% baixo risco.
Conclusão: A maioria das crianças e adolescentes internadas no setor de
convênio apresentam estado nutricional dentro do padrão de normalidade,
porém o escore de risco nutricional é predominante entre os níveis médio e alto
risco, mostrando a necessidade de uma acompanhamento nutricional frequente
para garantir adequada evolução nutricional.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
24
PO118
A importância da inteiração mãe-filho e do vínculo para o sucesso da
amamentação.
Lélia Cardamone Gouvêa
Ambulatório de Puericultura e Aleitamento Materno da Universidade de Santo
Amaro.
Introdução: Aleitamento materno (AM) deve ser praticado de forma exclusiva
até o 6º mês. Nos últimos anos tem havido incentivo à amamentação, mas
ainda está aquém do recomendado. Em 32 anos de atividade prática na busca
da principal dificuldade na inteiração mãe e filho durante a amamentação
descrevemos este estudo.
Objetivo: Observar inteiração mãe-filho durante a primeira consulta de
puericultura e o reflexo desta inteiração na prática da amamentação.
Método: Participaram do estudo mães com dificuldade na amamentação na
primeira consulta no ambulatório de puericultura. Todas participam de ação
educativa sobre técnica de amamentação e após, ao serem atendidas
individualmente, às com evidente dificuldade na inteiração com seus filhos, em
que apesar da técnica correta, não conseguem amamentar são atendidas com
foco especial na interação mãe filho. Sugerimos que coloquem seu bebê em
contado direto pele a pele. E em seguida conversamos de forma suave e
acolhedora sobre a angústia da mãe pelo choro de seu filho. Descrevemos as
emoções que ele pode estar sentindo, por ela estar tão aflita e como é carente
do seu aconchego e aceitação. Que fixasse o olhar no seu filho, acariciando-o
e usando palavras de aceitação e real acolhimento.
Resultados: Na sequência da técnica observamos que a criança vai deixando
de chorar à medida que a mãe começa a usar palavras de carinho e
tranquilizá-lo sentindo-o, como seu bebê carente e não como um cobrador
insistente. As palavras suaves para acalmá-lo vão transformando-os e
acalmando-os. Expressões de carinho e doçura podem ser constatadas, vemos
a fisionomia da mãe e da criança se transformarem, de forma evidente,
podendo ser observada nas fotos sequenciais durante a mamada.
Conclusões: A dificuldade no AM resistente a correção da técnica, exigiu
atenção especial na inteiração mãe-filho. Só após ajuste da relação mãe e
filho, o AM foi praticado com sucesso.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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PO119
Mães de lactentes menores de 7 meses e que desmamaram precocemente
seus filhos, quantas trabalhavam fora do lar?
Lélia C. Gouvêa, Andrea M. Barros, Bárbara M. Herrero, Jéssica D’Ório
Dantas.
Universidade de Santo Amaro
Introdução: As mudanças socioculturais do último século foram marcadas pela
participação mais intensa da mulher no mercado de trabalho tanto informal,
como formal e tem sido descrito como uma das principais causas do desmame.
Qual seria real participação do trabalho fora do lar entre as mães que não
amamentam na região sul do município?
Objetivo: Identificar entre as mães de crianças menores de 7 meses, que não
estavam amamentando, qual o percentual de mães que trabalhavam fora do
lar.
Métodos: Estudo transversal aprovado pelo CEP da PMSP, realizado durante a
1a etapa da campanha nacional de multivacinação em Unidades de Saúde, da
região sul, do município de SP, em 16/6/2012. Em que 1232 mães de lactentes
menores de 7 meses responderam a um questionário fechado, após serem
informadas sobre a pesquisa e assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Foram adotadas estatísticas descritivas para a apresentação dos dados.
Resultados: Amamentavam 989 (80,27%) das mães e não estavam mais
amamentando 243 (19,72%). Destas 209 (16,96%), afirmaram ter interrompido
o aleitamento, sendo a mediana da idade do desmame aos 2 meses; e 34
(2,75%)do total de mães entrevistadas afirmaram que nunca haviam
amamentado seus filhos. Entre as mães que haviam interrompido a
amamentação, 45 estavam trabalhando e 34 estavam em Licença Maternidade.
Das 34 mães que afirmaram nunca ter amamentado, somente 3 (8,82%)
trabalhavam e 12 (35,29%) estavam em Licença Maternidade.
Observamos que das 243 mães que não amamentavam somente 48 (19,75%)
estavam trabalhando.
Conclusão: Na amostra estudada de mães que haviam interrompido o
aleitamento ou nunca amamentado, o trabalho materno esteve presente como
possível causa em menos que 20% e a mediana do desmame precoce foi 2
meses. Outras possíveis causas de desmame precoce devem ser investigadas
e combatidas na população dessa região.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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PO120
Tipo de aleitamento adotado e a relação com o hábito do uso de chupeta
Gouvêa,LC; Bossolan,RM; Armond, JE; Martins, AC; Galdeano, PR; Godoy,
MS Khodr, YF
Faculdade de Medicina de Santo Amaro/UNISA
Introdução: O hábito do uso de chupeta, sucção não nutritiva, tem sido
apontado como um dos fatores de desmame precoce. A literatura demonstra
que o uso de chupeta é um dos fatores de desestímulo à prática da
amamentação.
Objetivo: Comparar o tipo de aleitamento materno adotado e o uso de chupeta.
Método: Este é um estudo transversal, realizado em UBS selecionadas da
região sul durante a campanha nacional de multivacinação, 16/6/2012. As
mães de lactentes menores de 7 meses responderam a um questionário
fechado, após serem informadas e assinarem o TCLE. As mães foram
questionadas sobre o hábito do uso de chupeta nos seus filhos. Foram
adotadas estatísticas descritivas comparando a prevalência do tipo de
aleitamento materno e o uso de chupeta.
Resultados: Participaram do estudo 1232 mães de lactentes menores de sete
meses. Destas, 627(50,89%) mães informaram que seus filhos faziam o uso da
chupeta. Quando foi comparado o tipo de aleitamento materno adotado com a
presença do hábito do uso de chupeta, constatou-se que entre as 447 mães
que amamentavam de forma exclusiva, somente 148 (33,10%) faziam uso de
chupeta. Das 542 mães em aleitamento materno com associação de outros
alimentos e líquidos, (água, chá, ou mesmo outro leite), o uso de chupeta foi
constatado em 293 (54,06%). E, finalmente, entre as 243 mães que não
amamentavam, o uso da chupeta estava presente em 192(79,01%).
Conclusão: Conclui-se que a maioria das crianças que possuem o hábito do
uso de chupeta encontrou-se no grupo das crianças que não são
amamentadas. O hábito do uso da chupeta foi maior no grupo não
amamentado. Essa porcentagem foi de aproximadamente 2,4 vezes maior se
comparadas ao porcentual de crianças em aleitamento exclusivo e de
aproximadamente 1,46 vezes maior se comparada às crianças em aleitamento
materno com associação de outros alimentos.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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PO121
Avaliação do índice TG/HDL em pacientes pediátricos com excesso de
peso
Aleksandro Ferreira; Alexandre Bonfitto; Thais Homma; Arthur Lyra; Claudia
Coutinho; Jose Raul Gajardos; Osmar Monte; Carlos Longui; Cristiane Kochi
Hospital Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Introdução: Doenças cardiovasculares são importantes causas de
morbimortalidade na população adulta, especialmente entre os indivíduos com
excesso de peso. Considerando o aumento global da prevalência de
obesidade/sobrepeso, inclusive na faixa etária pediátrica, a investigação
precoce de alterações metabólicas torna-se necessária nessa população.
Objetivo: Correlacionar o índice triglicerídeos/HDL (TG/HDL) com as variáveis
antropométricas e laboratoriais em pacientes com excesso de peso.
Método: Estudo retrospectivo, transversal em pacientes em acompanhamento
no Serviço de Endocrinologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo em 2012. Foram estudados pacientes púberes com diagnóstico de
sobrepeso/obesidade exógena (segundo os critérios da Organização Mundial
de Saúde). Pacientes portadores de outras patologias ou que apresentavam
histórico de uso, recente ou atual, de medicação foram excluídos do estudo.
Dados coletados: sexo (F/M), idade cronológica atual (IC), avaliação puberal
(Tanner), peso e estatura (E), escore z do IMC, circunferência abdominal (CA),
CA/E, dosagens de colesterol total, HDL, LDL, TG e insulina e índice TG/HDL.
Consideramos a relação TG/HDL alterada acima de 2. Análise estatística pelo
SigmaStat.
Resultados: Foram avaliados 145 pacientes, 86F e 59M. A IC média foi de
12,52 (de 7,1 a 18,6) anos. Desses pacientes 38% eram sobrepeso e 62%
obesos. O zIMC foi de 2,05 (0,45). A relação TG/HDL apresentou média de
3,03 (2,31), sendo que 62,75% apresentou a relação acima do normal. A
relação CA/E obteve média de 0,98 (4,46). O valor de insulina média
encontrado foi de 19,15uU/mL (14,11). Não foram encontradas associações
estatisticamente significativas entre a relação TG/HDL e as medidas
antropométricas ou com os valores laboratoriais.
Conclusão: Nesse grupo de pacientes com excesso de peso, não foi possível
estabelecer correlação entre o índice TG/HDL e variáveis metabólicas,
diferente do descrito anteriormente na literatura.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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PO122
TITULO: Identificação dos motivos para a introdução precoce de alimentos
complementares em lactentes.
Autores: Elizabeth Brauninger e Oliveira; Lilian Cordeiro de Queirós Moreira; Lucia
Hitomi Kamata Lopes; Mariana Ercole Bauléo.
Local: Hospital Israelita Albert Einstein - Programa Einstein na Comunidade
Paraisópolis.
Introdução: O Comitê Europeu de Gastrohepatoalergia e nutropediátrica (ESPGHAN)
recomenda a introdução de alimentos complementares entre 17-26 semanas de vida
e, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta a idade de seis meses. Porém, estudos
mostram que práticas alimentares inadequadas são iniciadas em idades muito
precoces. Para intervir neste processo é imprescindível conhecermos os motivos que
levam as mães à introdução precoce.
Objetivo: Identificar os motivos que levaram as mães à introdução precoce de
alimentos complementares.
Método: Foram avaliados 226 lactentes participantes de um Programa de
Responsabilidade Social de São Paulo que inclui atividades educacionais práticas sobre
introdução de alimentos complementares. Dados coletados em 2012-2013.
Resultado: Encontramos uma taxa de
complementares de 80,3%(118lactentes).
introdução
precoce
de
alimentos
TABELA 1: Porcentagem de lactentes com introdução precoce de alimentos
complementares,segundo alimento introduzido.
Alimento
Suco de
frutas
Papa de
frutas
Papa
principal
Crianças com
introdução
119
Crianças com
introdução precoce
99
%
83,19
98
82
83,67
45
33
73,33
Gráfico 1 - Motivos da introdução precoce de alimentos complementares.
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
29
Motivos da Introdução precoce de alimentos
complementares
37,3
USO DE FI
NÃO SABE REFERIR O MOTIVO
12,7
ACHAVA QUE TINHA IDADE CORRETA
12,7
10,5
TRABALHO
8,3
PARA BEBÊ SE ACOSTUMAR
PARA SUSTENTAR/FOME
4,8
AVÓ/PAI/TIA/CRECHE
4,4
PEDIATRA
2,2
CALOR/SEDE
2,2
ACHAVA QUE BEBÊ TINHA VONTADE
1,8
ACALMAR/DORMIR
1,8
PARA PARAR O ALEITAMENTO MATERNO 1,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Conclusão: O estudo aponta a necessidade de fortificar a orientação da introdução dos
alimentos complementares aos 06 meses em lactentes que fazem uso de fórmula
infantil. Excluindo as variáveis: “consumo de fórmula infantil” e “trabalho”, os outros
motivos nos levam a questionar o quanto as orientações são suficientes para prevenir
a precocidade da introdução. Observa-se que as mães têm medo do bebê rejeitar os
alimentos e julgam que quanto mais novos, melhor será a aceitação. Além disso, as
mães ainda recorrem aos alimentos por motivos subjetivos como fome, calor, sede,
vontades e a necessidade de acalmar o bebê. Acreditamos que a abertura de um
espaço de escuta, onde a mãe possa compartilhar suas inseguranças e percepções a
cerca do seu bebê e discuti-las junto à equipe de saúde, pode favorecer uma tomada
de decisão mais assertiva quanto à idade de introdução de alimentos na dieta do
lactente.
REFERÊNCIAS
KF et al. Breastfeeding: A commentary by the ESPGHAN Committee on Nutrition. J
Pediatr Gastroenterol Nutr 2009:49:112-25.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação
complementar. Brasília; 2009. 112p.
SARNI, ROSELI. O Papel da Alimentação Saudável. 68º Curso Nestlé de Atualização em
Pediatria 2011. 79p
Anais do V Simpósio Internacional de Alergia Alimentar e VII Jornada de Atualização em Nutrição Pediátrica
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