ALELOPATIA DE Byrsonima verbascifolia Rich. ex A. Juss

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ALELOPATIA DE Byrsonima verbascifolia Rich. ex A. Juss.
(MALPIGHIACEAE) EM BIOENSAIO COM Lactuca sativa L.
(ASTERACEAE)
Kamilla Pacheco Govêa¹, Bárbara Christina Silva Amâncio², Antonio Rodrigues da
Cunha Neto¹, Luciene de Oliveira Ribeiro Trindade¹ & Sandro Barbosa¹
1
Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG, Instituto de Ciências da Natureza,
Laboratório de Biotecnologia Ambiental & Genotoxicidade, Alfenas, MG, Brasil.
²Universidade Federal de Lavras – UFLA, Departamento de Fisiologia Vegetal,
Laboratório de Bioquímica e Fisiologia Molecular de Plantas, Lavras, MG, Brasil.
[email protected]
Byrsonima verbascifolia Rich. ex A. Juss. é uma planta nativa do Cerrado brasileiro,
popularmente conhecida como Murici-cascudo, e possui ampla utilização medicinal
devido à conhecida produção de metabólitos secundários. Tais metabólitos, além do
efeito medicinal popularmente empregado, são responsáveis pela interação
quimioecológica com outras plantas e organismos, num fenômeno conhecido como
alelopatia. Essa interação é avaliada com base em vários parâmetros, sendo os
principais relacionados à germinação e crescimento inicial. Assim sendo, esse
trabalho teve por objetivo averiguar se extratos de folhas e frutos de Byrsonima
verbascifolia são tóxicos para a germinação e o crescimento inicial de Lactuca sativa
L. Foram realizadas coletas de folhas e frutos em uma população natural localizada no
município de Ijaci-MG. Após as coletas foram preparados extratos aquosos (a quente
e a frio) e etanólicos a partir dos materiais coletados, nas concentrações 20, 40, 60, 80
e 100%, e água destilada foi utilizada como controle negativo (0%). Para o ensaio de
fitotoxicidade foram avaliados os parâmetros germinabilidade (G%), índice de
velocidade de germinação (IVG), número de plântulas normais (NP), alongamento de
raiz (AR), comprimento de parte aérea (CPA) e biomassa fresca (BF). Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a 5%
de significância. O extrato etanólico apresentou maior toxicidade independente do
órgão. Pode-se identificar como parâmetros mais afetados pelo efeito fitotóxico dos
extratos a germinação e o alongamento de raiz, sendo tais efeitos intensificados com o
aumento da concentração. Os extratos de folhas foram mais fitotóxicos, considerando
o alongamento de raiz. Foi possível observar anormalidades no sistema radicular,
onde as raízes primárias estavam atrofiadas, anômalas e ausentes em alguns casos.
Além desses efeitos tóxicos e inibitórios sobre o sistema radicular, a concentração
20% do extrato aquoso frio de frutos apresentou um efeito estimulatório sobre as
raízes, com o aumento do alongamento de raiz em comparação ao controle negativo.
Esse estímulo também pode ser considerado como resultante de ação alelopática,
visto que a interferência causada por aleloquímicos pode ser tanto negativa quanto
positiva. (FAPEMIG, CNPq).
Keywords: Murici-cascudo. Alface. Fitotoxicidade.
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