Programa de Internação Domiciliar SES - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL SAS - SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DIAPS - DIRETORIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA GEAD - GERÊNCIA DE ATENÇÃO DOMICILIAR Internação Domiciliar O que não é: ü PSF ü HOME CARE NÃO SUBSTITUI A INTERNAÇÃO HOSPITALAR Internação Domiciliar O que é? ü Modalidade de atenção realizada por uma equipe multiprofissional específica para esse fim, que presta assistência domiciliar a pessoas com quadros clínicos crônicos e agravados, porém estáveis, que exijam cuidados que superam aqueles que possam ser oferecidos pela Atenção Primária. Onde a Internação Domiciliar se insere? ATENÇÃO DOMICILIAR Assistência Domiciliar Internação Domiciliar • Atenção Primária. • Média Complexidade + Atenção Primária. • Alta Complexidade. • Alta Complexidade. • Baixa densidade tecnológica. • Média densidade tecnológica. E a Atenção Domiciliar? HOSPITAL SAMU ATENÇÃO DOMICILIAR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE HOSPITAL DIA AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO SADT SAF Quando surgiu a Atenção Domiciliar? ü 1947: EUA - Unidade de Assistência Domiciliar, América do Norte e Europa. ü 1949: Brasil - Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência - SAMDU (Min. do Trabalho). ü 1960: Fundação de Serviço Especial de Saúde Pública (FSESP) - Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (HSPE). E no Distrito Federal? ü 1994: SAMED - Serviço de Assistência Multiprofissional em Domicílio – Regionais de Sobradinho e Planaltina. ü 2000: NAMID - Núcleo de Assistência Médica a Internados em Domicílio . ü 2002: NAMID Gama. ü 2003: Equipe Móvel. ü 2003: COIND - Coordenação de Internação Domiciliar. ü 2007: GEAD - Gerência de Atenção. Domiciliar/DIAPSESF - Diretoria de Atenção Primária à Saúde e Estratégia de Saúde da Família. ü 2007: NRADs - Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar. Onde estamos? Regionais com o Programa implantado: Como estamos? • Atualmente o programa conta com 5 equipes multiprofissionais, nas Regionais de Saúde de Sobradinho, Planaltina e Gama Asa Norte e Guará, que corresponde a uma cobertura populacional de 36,4%. • Desde sua implantação o número de pacientes atendidos foi de 1.923 (2007). Número de profissionais dos NRADs: ü Agente Administrativo: 08 ü Assistente Social: 01 ü Auxiliar de Enfermagem:14 ü Enfermeira: 06 ü Fisioterapeuta: 05 ü Médico: 16 ü Nutricionista: 04 Atendimentos realizados desde 1999. Brasília:2007. 793 800 700 601 600 547 529 Pacientes atendidos 500 Pacientes em atendimento 400 328 300 191 200 100 0 Sobradinho 1 Gama Planaltina Doenças de maior prevalência no Programa. Brasília:2007. 0 4 0 1 Equipe Móvel 4 3 3 G-80.8 ( Outras formas de paralisia cerebral infantil) 11 17 G-80.9 (Paralisia cerebral infantil ñ especificada) 10 0 Planaltina G-82.2 (Paraplegia ñ especificada) 0 6 114 E-14 ( Diabetes mellitus ñ especificada) J-45 (Asma) 0 26 0 J-44.9 (DPOC ñ especificada) 28 Sobradinho I-10 (Hipertensão essencial primária) 15 79 99 I-69 (Sequela de AVC ñ especificado) 0 0 16 11 Gama 10 3 56 0 20 40 60 80 100 120 Distribuição por faixa etária dos pacientes em atendimento no Programa. Brasília:2007. 400 357 350 300 250 Planaltina 203 Sobradinho 200 Gama Equipe Móvel 150 115 100 78 52 50 36 41 39 24 13 24 10 27 24 14 4 3 2 12 3 0 <15 anos 15 a 30 31 a 45 46 a 60 >61 anos Por que a Atenção Domiciliar surgiu? ü Transição demográfica Pirâmide Populacional Dez Anos antes 1.5 80 + anos 70-74 anos 60-64 anos 50-54 anos 40-44 anos 30-34 anos ü Transição epidemiológica ü Modelo de Saúde 20-24 anos 10-14 anos 00-04anos -150000 -100000 -50000 masculina 0 feminina 50000 Pirâmide Populacional Ano atual 100000 150000 1.6 80 + anos 70-74 anos 60-64 anos 50-54 anos ü Situação da Saúde 40-44 anos 30-34 anos 20-24 anos 10-14 anos 00-04anos -150000 -100000 -50000 masculina 0 50000 f eminina 100000 150000 Qual a base legal da Internação Domiciliar? ü Portaria 2416 de 23/03/1998 que estabeleceu critérios para credenciamento de hospitais para a realização de Internação Domiciliar no SUS. ü Lei nº 10.424/2002 da SAS/MS que acrescentou à Lei 8.080 (Lei Org. de Saúde) o cap. VI – Do Subsistema de Atendimento e Internação Domiciliar. ü RDC nº 11 da ANVISA de 26/01/2006 que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar. ü Portaria nº 20 da SES/DF de 02/05/2006 que implanta o Subsistema de Assistência Domiciliar no âmbito do Distrito Federal. ü Portaria nº 2.529 do MS de 19/10/2006 que institui a Internação Domiciliar no âmbito do SUS. O que a Internação Domiciliar possibilita? ü Humanizar o atendimento e o cuidado ao paciente. ü Garantir cuidados e insumos mínimos com economia da hotelaria, redução de internações e reinternações, disponibilização de leitos hospitalares e, conseqüentemente, diminuição de custos de assistência. ü Desenvolver parceria entre a equipe de saúde e o paciente/família no processo de tomada de decisões relacionados ao cuidado a saúde, com responsabilidade eqüitativamente distribuída. À quem a Internação Domiciliar se destina? ü Idoso portador de doença crônica com incapacidade funcional e dependência física para as atividades da vida diária (AVD) a partir do grau 4 da Escala da Cruz Vermelha Espanhola. ü Portadores de doenças que necessitem de cuidados paliativos. ü Pacientes com patologias múltiplas e co-morbidades, dependência total/parcial, que necessitem de equipamentos e procedimentos especializados no domicílio. ü Pacientes internados em hospital referência que têm condições clínicas de receber alta precoce e assim serem desospitalizados e que possuam alguma condição que os incapacitem de comparecer à Unidade de Saúde. À quem a Internação Domiciliar se destina? ü Portadores de apresentem: incapacidade funcional que ü Doenças crônicas agravadas, transmissíveis ou não (tuberculose, câncer, moléstias cardiovasculares e outras). ü Seqüelas por acidentes decorrentes de causas externas ou outros. ü Úlceras de decúbito, agudizadas por infecção e ou com repercussão sistêmica. ü Seqüelas de agravos ou pós-operatório de cirurgias de grande porte. Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola ü Grau 0 – Vale-se totalmente por si mesmo. Caminha normalmente ü Grau 1 – Realiza suficientemente as Atividades da Vida Diária (AVD). Apresenta algumas dificuldades para locomoções complicadas. ü Grau 2 – Apresenta algumas dificuldades nas AVD, necessitando apoio ocasional. Caminha com ajuda de bengala ou similar. ü Grau 3 – Apresenta graves dificuldades nas AVD, necessitando de apoio em quase todas. Caminha com muita dificuldade, ajudado por pelo menos uma pessoa. ü Grau 4 – Impossível realizar, sem ajuda, qualquer das AVD; capaz de caminhar com extraordinária dificuldade, ajudado por pelo menos duas pessoas. ü Grau 5 – Imobilizado na cama ou sofá, necessitando de cuidados contínuos. Quais os critérios de Inclusão? 1. Clínicos • Estar com a condição clínica comprometida, com diagnóstico firmado ou hipótese diagnóstica e tratamento estabelecido pelo médico assistente. • Apresentar grau de perda funcional e dependência para a realização de Atividades da Vida Diária (AVD), definida com base na Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola, a partir do grau 4. Quais os critérios de Inclusão? 2. Administrativos • Residir na área de abrangência da equipe. • Ter consentimento formal do paciente ou de familiares/cuidador por meio da assinatura do Termo de Consentimento Informado padronizado. • Encaminhamento de médico assistente. • Realização de visita pré-admissional. • Tempo necessário para a desospitalização. • Possuir sistema de comunicação que garanta o acionamento da equipe em caso de intercorrências clínicas. Quais os critérios de Inclusão? 3. Assistenciais • Possuir um responsável que exerça a função de cuidador. • Apresentar condições seguras de acesso ao domicílio do paciente. • Contextos familiar, domiciliar, comunitário e ambiental adequados, a serem constatados pela equipe: condições mínimas de higiene e espaço; pessoas que se responsabilizem pelos cuidados com o paciente; saneamento; segurança para os membros da equipe e outros. • Ter um médico que se responsabilize pela sua indicação. Quais os critérios de EXCLUSÃO? ü Pacientes com necessidades de: üVentilação mecânica; üEnfermagem intensiva; üPropedêutica complementar, realização de procedimento diagnóstico ou tratamento cirúrgico com urgência. ü Uso de medicação complexa com efeitos colaterais graves ou de difícil administração. ü Sem cuidador contínuo identificado. ü Pacientes ou responsáveis que não aceitarem a proposta do Programa. ü Pacientes instáveis do ponto de vista hemodinâmico. Quais os critérios de EXCLUSÃO? ü Soroterapia endovenosa contínua. ü Paciente sem diagnóstico prévio. ü Ausência de condições de higiene necessária a cada caso. ü Risco à integridade da equipe de saúde. ü Impossibilidade de acesso ao local de atendimento. ü Ausência na rede de assistência de serviços necessários aos cuidados do paciente. ü Patologias graves sem possibilidade de controle domiciliar. ü Pacientes com quadro clínico não agravado e que possa receber assistência domiciliar no nível de atenção primária à saúde (Equipes de Saúde da Família e Centros de Saúde). Quais os Critérios de Saída/Alta? 1. Clínicos üMelhora das condições clínicas e/ou estabilidade clínica com encaminhamento para outro ponto de atenção à saúde como a atenção primária (PSF e CS). üIntercorrência clínica ou urgência/emergência que justifique internação hospitalar. üÓbito. Quais os Critérios de saída/Alta? 2. Administrativos üMudança da área de abrangência. üPiora Piora de condições domiciliares mínimas que comprometa a resolutividade da internação domiciliar. Quais os Critérios de Saída/Alta? 3. Assistenciais ü Inexistência de um cuidador. ü Não concordância com o médico/equipe do paciente. ü Solicitação de desligamento a pedido do paciente e/ou familiar. ü Omissão de informações pertinentes com o propósito de transgredir os critérios da admissão. ü Opção do doente ou família por prescrições ou orientações de profissionais externos, contrárias às da equipe. ü Falta de aderência aos cuidados propostos e normas da assistência. Qual a composição ideal das equipes dos NRADs? Equipe de Saúde: ü Assistente social ü Auxiliar de enfermagem ü Auxiliar de consultório dentário ü Cirurgião dentista ü Enfermeiro ü Farmacêutico ü Fisioterapeuta ü Fonoaudiólogo ü Médico ü Nutricionista ü Psicólogo ü Terapeuta ocupacional ü Técnico de Higiene Dental Equipe Administrativa: ü Chefe de Núcleo Regional ü Agente administrativo ü Motorista Equipe de Apoio: ü Cuidador ü Familiar ü Voluntário 15 19 7 REGIÃO NRAD REGIÃO REGIÃO REGIÃO NRAD REGIÃO NRAD NRAD REGIÃO Núcleo CENTRO CENTRO Asa SUDOESTE Paranoá 2Asa 4 1 NORTE OESTE LESTE Bandeirante SUL Norte Sul NORTE SUL Número Núcleos População Regiões deRegionais EMAD* de 2007 Saúde (projeção) de Atenção Domiciliar 2.433.853 130.542 122.646 213.300 66.979 Qual área de abrangência dos Núcleos? Regiões Administrativas (RAs) Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar População 2007 (projeção) Número de EMAD* Regiões de Saúde Brasília (Asa Sul) NRAD Asa Sul 130.542 1 NRAD Núcleo Bandeirante 122.646 1 NRAD Guará 134.228 1 NRAD Asa Norte 213.300 2 REGIÃO CENTRO NORTE Ceilândia NRAD Ceilãndia 360.447 4 REGIÃO OESTE Brazlândia NRAD Brazlândia 59.597 Taguatinga NRAD Taguatinga 271.543 2 Samambaia NRAD Samambaia 183.032 1 NRAD Recanto das Emas 132.738 1 NRAD Sobradinho 185.768 1 NRAD Planaltina 208.044 2 NRAD Paranoá 66.979 Lago Sul Riacho Fundo REGIÃO CENTRO SUL Candangolândia Núcleo Bandeirante Guará Brasília (Asa Norte) Lago norte Cruzeiro Recanto das Emas Sobradinho REGIÃO SUDOESTE REGIÃO NORTE Planaltina Paranoá 1 Itapoâ São Sebastião Gama NRAD São Sebastião 103.607 NRAD Gama 145.678 1 NRAD Santa Maria 115.704 1 2.433.853 19 REGIÃO LESTE REGIÃO SUL Santa Maria Total 15 7 Que atividades são desenvolvidas pela Equipe Multiprofissional? ü Atenção domiciliar, nas modalidades de assistência e internação domiciliar. ü Admissão ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar. ü Desenvolvimento do Programa de Cuidados Paliativos em parceria com a Gerência de Câncer/Hospital de Apoio. ü Coleta de exames complementares em domicílio. ü Educação em saúde no contexto domiciliar e comunitário. ü Empréstimo de equipamentos hospitalares necessários ao tratamento do paciente mediante critérios e disponibilidade na SES-DF. ü Realização de reuniões periódicas com as equipes, familiares e cuidadores. ü Fornecimento de Dieta Enteral para pacientes em internação domiciliar em parceria com a Gerência de Nutrição Quais os Recursos Financeiros? ü Portaria 2.529 / MS – em regulamentação. ü S I A – SUS ü S I H - SUS Quais os indicadores mínimos de acompanhamento, monitoramento e avaliação? (Portaria nº 2.529/MS e RDC nº 11/ANVISA) ü Taxa de mortalidade para a modalidade de internação domiciliar ü Taxa de internação após a atenção domiciliar ü Taxa de infecção para a modalidade de internação domiciliar ü Taxa de alta da modalidade de assistência domiciliar ü Taxa de alta da modalidade de internação domiciliar Quais as perspectivas para a Internação Domiciliar no Distrito Federal? ü Implantação oficial do programa de Internação Domiciliar. ü Re-estruturação/expansão dos Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar. ü Formalização/regionalização/expansão do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar. ü Elaboração e implantacão do Projeto de Suporte Ventilatório Domiciliar. ü Supervisão de home care terceirizado. Contatos: ü GEAD - GERÊNCIA DE ATENÇÃO DOMICILIAR MARIA LEOPOLDINA DE CASTRO VILLAS BÔAS FONE/FAX: 3245-6975 ü NÚCLEO REGIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR SOBRADINHO FABIANA BINDA FONE: 3387-0628/3487-9428 ü NÚCLEO REGIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR PLANALTINA MAURÍCIO NEIVA CRISPIM FONE: 3388-9781 ü NÚCLEO REGIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR GAMA VIVIANE VIEIRA PACHECO FONE: 3556-6817 ü NÚCLEO REGIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR ASA NORTE VITTORIA NEIDE COLLAREDA SICILIANO FONE:3327-3098 ü NÚCLEO REGIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR GUARÁ RENILDA OLIVEIRA MATOS FERNANDES FONE: 3353-1384 “... o tempo de vida depende no máximo de 30% do patrimônio genético. Os outros 20% estão relacionados à condições históricas, socioeconômicas e sorte. Sobram 50% para serem administrados. Esta é a parte que nos cabe no latifúndio da vida, esta é a parte sobre a qual podemos opinar e escolher: depende de cada um.” Guimarães, Renato Maia. Decida você como e quanto viver. Ed. Saúde e Letras.Brasília:2007.