SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO U N I V E R S I DA D E SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA E ESTATÍSTICA FEDERAL DO RIO DE N Ú M E R O 1 4 M A I O / 1 4 Informes Epidemiológicos JANEIRO ALERTA MUNDIAL SOBRE A POLIOMIELITE H O S P I TA L UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou no início do mês alerta sobre o período de propagação da poliomielite no mundo. Atualmente a doença ainda existe em dez países, sendo Camarões, Paquistão e Síria os que representam maior risco de propagação da doença. No Brasil, a poliomielite está erradicada desde 1990. Reconhecendo tanto a oportunidade epidemiológica e os riscos significativos de falha potencial no controle, a Assembleia Mundial da Saúde (maio 2012), aprovou uma resolução que declarou a erradicação da pólio como uma emergência programática para a saúde pública global e apelou para o desenvolvimento de uma estratégia global de erradicação da poliomielite até 2018. A doença A poliomielite é uma doença viral (causada pelo poliovírus sorotipos I, II e III) altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças pequenas. O vírus é transmitido por contato direto pelas vias fecal-oral e oral-oral sendo fatores de risco para sua transmissão as más condições habitacionais e de higiene e aglomerados habitacionais. O vírus multiplica-se no intestino delgado e pode invadir o sistema nervoso causando a paralisia flácida. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas,entretanto continuam a transmitir a infecção à outras pessoas. Serviço de Epidemiologia e Avaliação (SEAV) Chefe de Serviço: Maria S. C. Lobo Seção de Epidemiologia e Estatística (SEE) Sala 5A28 Ramal 2734 Equipe: Alexandre Calheiros Elizabete Albuquerque Erika F. C. Marsico Lorena Ribeiro (Res.) Rosane Loureiro Sintomas Os sintomas iniciais da poliomielite incluem febre, fadiga, dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros. Numa pequena proporção de casos, a doença causa paralisia grave que pode levar à morte.Poliomielite só pode ser prevenida por vacinação. Vacinação Existem dois tipos de vacinas contra a poliomielite, a Sabin e a Salk. A diferença entre as duas é que a oral (Sabin) é produzida com vírus vivos atenuados e a injetável (Salk), com vírus inativados. Há uma tendência nos serviços de saúde, para a substituição gradual da vacinação oral pela injetável. Com a mudança, o pequeno risco de eventos adversos raros, como casos de paralisia associada à vacina, deixarão de existir. Dentre os países da América latina, o Brasil, a Argentina e o Uruguai, são os únicos que já iniciaram a alteração. A recomendação da OMS é que a nova forma de imunização seja utilizada de forma exclusiva quando a doença for erradicada em todo o mundo. A inovação está sendo introduzida de forma gradual, desde agosto de 2012, no Sistema Único de Saúde (SUS). Até que a doença seja erradicada em todo o mundo, a utilização da vacina injetável, acontecerá em esquema combinado com a oral. Nas duas primeiras doses, aos dois e quatro meses de idade, a criança recebe a injetável. Na terceira dose, aos seis meses, e no reforço, aos quinze meses de idade, recebe a oral. Assim, se reduz drasticamente o risco da ocorrência de efeitos adversos, sem se perder a vantagem da utilização da vacina oral. Vacinação contra a gripe é prorrogada O Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe sem data ainda definida para término. A recomendação é que os municípios brasileiros continuem a vacinação até atingir a meta de 80% dos grupos prioritários para a imunização. Até o dia 08 de maio, tinha sido atingida 53,6% da meta sendo a maior cobertura vacinal registrada no grupo de puérperas. Fontes: OMS; Ministério da Saúde