ATENÇÃO Caso o seu veículo publique – parcialmente ou na íntegra – esta matéria de serviço, envie-nos uma cópia da edição. O endereço é SRTVN Qd. 701 – Centro Empresarial Norte, Bl.A, Sl. 735 – Cep.: 70.710-200 - Brasília/DF. Obrigado. Primeira etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite será no dia 10 de junho Ministério pretende imunizar 17 milhões de crianças em todo território nacional As crianças menores de 5 anos têm um compromisso importante no dia 10 de junho. Nessa data o Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios, realiza a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta é imunizar 17 milhões de crianças nos postos de vacinação espalhados por todo o Brasil. Nessa primeira etapa da campanha o material de divulgação resgata a figura do Zé Gotinha ao lado de bebês e crianças. O slogan desse ano é: “O seu filho quer duas gotinhas da sua atenção”. A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou simplesmente pólio, é uma doença causada pelo poliovírus que geralmente ataca as crianças. A transmissão acontece quando as fezes infectadas entram em contato com a boca. Em casos raros o contágio acontece também pelo ar. O vírus da pólio se desenvolve na garganta ou no intestino e é disseminado pela corrente sangüínea. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Luiza de Marilac, explica que “o vírus, ao chegar no sistema nervoso central, ataca os neurônios e provoca a paralisia dos membros inferiores e superiores. Nas ocorrências mais graves, as pessoas infectadas podem até morrer”. Em alguns casos, a doença também pode ser encontrada em adultos. A campanha deve mobilizar cerca de 340 mil pessoas, entre profissionais de saúde e voluntários, em 117 mil postos de vacinação. Foram adquiridas 26,6 milhões de doses da vacina contra a poliomielite, totalizando um investimento de R$ 10,1 milhões. “Para transportar as equipes de vacinação, estarão disponíveis 42,8 mil automóveis, 588 embarcações e quatro aeronaves, essenciais ao trabalho em áreas de difícil acesso, como na Amazônia“, afirmou a coordenadora. Além disso, R$ 6,2 milhões serão repassados à coordenação de secretarias estaduais e municipais para financiar as ações. Em locais de difícil acesso, como zonas rurais ou regiões ribeirinhas, a estratégia para o sucesso da Campanha será definida de acordo com a realidade local. É o caso da região Norte que, nas últimas campanhas, alcançou o percentual de 84% de crianças imunizadas – número abaixo do realizado pelas demais regiões do país. Nesses locais, a vacinação poderá ter início antes do dia 10 de junho e deverá se estender por algumas semanas. Marco histórico - O Dia Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil foi criado em 1980 com o objetivo de imunizar toda a população infantil. A ação intensiva para combate à doença já dura 26 anos. O último caso de pólio no Brasil foi registrado em 1989, no município de Souza, na Paraíba. Desde setembro de 1994, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) conferiu o certificado de erradicação do poliovírus selvagem nas Américas. A poliomielite ainda existe em países como o Afeganistão, Egito, Índia, Niger, Nigéria, Paquistão e Somália. Além dessas áreas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que algumas outras regiões encontram-se ainda em situação de alto risco de reintrodução da poliomielite: Angola, Bangladesh, República Democrática do Congo, Etiópia, Nepal e Sudão. Uma pessoa em viagem de turismo ou negócios pode levar o vírus para outros países. Por isso, mesmo com o certificado de erradicação do poliovírus selvagem em todo o continente americano, as campanhas devem permanecer no Brasil, como medida de segurança para a saúde mundial. Primeiras doses - A prevenção da pólio começa cedo. Os bebês precisam tomar as primeiras doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses. “Mesmo já tendo tomado as doses indicadas, o Ministério da Saúde recomenda que as crianças menores de 5 anos sejam vacinadas novamente”, explica Luiza de Marilac. É importante lembrar que a vacina é segura e não tem contra-indicações. Nos casos das crianças portadoras de doenças graves, é recomendado que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde mais próximos, pois pode haver a necessidade de um procedimento diferenciado na vacinação. Essas crianças recebem uma dose injetável, composta de vírus inativados. Nas campanhas nacionais, a vacina é ministrada via oral. As secretarias estaduais e municipais de saúde vão divulgar a relação dos postos de vacinação nos dias que antecedem a campanha. A orientação para quem tiver dúvidas sobre os locais de vacinação é buscar informação junto aos postos mais próximos de sua residência. É importante levar o cartão de vacinação da criança. Caso não encontrem o cartão, os pais podem solicitar a segunda via do documento nos postos de saúde municipais. Todos os anos, o Ministério da Saúde promove duas etapas da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite. A segunda etapa deste ano já está marcada para o dia 26 de agosto. A meta é vacinar, no mínimo, 95% das crianças menores de cinco anos em pelo menos 80% dos municípios. O cumprimento dessa meta dificulta o aparecimento de casos isolados da doença. Para mais informações, basta entrar em contato com o Disque Saúde (0800 61 1997). A ligação é gratuita.