Babesiose em Pequenos Animais Profa. MsC. Analy Ramos M. Ferrari Etiologia ❖B. canis => forma de pera ❖Intracelular => Interior de eritrócitos ❖Sozinhos ou até 16 merozoítos Filo Protozoa Subfilo Apicomplexa Ordem Piroplasmorida Família Babesiidae Cães, gatos, felídeos selvagens (Hemosporídeos) ❖Babesia canis rossi, Babesia canis canis, Babesia canis vogeli, Babesia felis, Babesia gibsoni, Babesia cati, Babesia equi, Babesia leo, Babesia pantherae Epidemiologia ❖Descrita em 1895 na Itália => febre e icterícia ❖Europa, Ásia, África, Índia, América do Norte e Sul ❖Várias regiões do Brasil ❖42,4% cães positivos em SP ❖Jaboticabal => 67,7% + pela RIFI e 94,6% + pelo ELISA Transmissão ❖ Carrapatos = R. sanguineus • Reprodução sexuada => lúmen intestinal do carrapato • Esporogonia => epitélio da parede intestinal do carrapato • Esporozoítos infectantes => glândulas salivares ❖Transplacentária, fômites e sangue (iatrogênica) Patogenia • - Ação mecânica : destruição das hemácias pela divisão dos merozoítos • - Ação tóxica: excreção de metabólitos tóxicos aumentando a permeabilidade capilar, causando microtrombos (semelhante à CID) • - Ação espoliativa: competição com organismo por determinada substância (Ex.: hemoglobina) Patogenia ❖ Danos diretos e imunomediados ❖Anemia hemolítica imunomediada => Ags solúveis aderidos => Acs => sistema fagocítico mononuclear ❖ Anemia normocítica normocrômica => macrocítica e hipocrômica ❖ Trombocitopenia branda => Acs anti-plaquetários ❖Portadores crônicos => reinfecção => menor morbidade e mortalidade Sinais Clínicos ✓ Assintomática a fatal (subclínica, aguda, hiperaguda ou crônica) ✓Sinais clínicos => 2-3 semanas após a infecção ✓ Síndrome hemolítica e disfunção múltipla de órgãos ✓ Anemia hemolítica regenerativa - HB e HT ✓Hemoglobinúria, bilirrubinemia e icterícia pré-hepática ✓Insuficiência renal aguda ✓Hepatomegalia, esplenomegalia => sistema fagocítico => sobrecarga ✓ Anorexia, depressão, aborto, febre, morte súbita ✓ Sinais neurológicos e convulsões => filhotes Diagnóstico ❖ Parasitológico => esfregaços de sangue periférico ❖Primeira gota => queda 50% na 2ª gota ❖ Sorologia ❖RIFI ou ELISA ❖ Snap teste (Idexx®) ❖ PCR de sangue ou tecido ❖Diferenciais: Erliquiose, doença hepática, leptospirose Tratamento ❖ Suporte ❖ Fluidoterapia ❖Transfusões sanguíneas ❖ Recidivas frequentes: possível associação com outros agentes ❖Ehrlichia canis ❖Hepatozoon canis ❖Anaplasma platys Tratamento ❖Diminazeno ❖2,5 a 3,5mg/Kg/IM dose única ❖Efeitos hipotensivos ❖Imidocarb ❖Dose: 5,0 mg/Kg/SC ou IM, duas doses, intervalo 14 dias ❖Reação tardia 10 a 12 h (edema periorbital, depressão, necrose hepática e renal) ❖Efeitos colinérgicos (salivação, êmese) ❖Atropina: 0,02 – 0,04 mg/kg/SC/15 min antes Tratamento ❖ Animais refratários ou com intensa anemia hemolítica e trombocitopenia imunomediada: ❖Doxiciclina 5mg/kg/VO/BID/14 dias ❖Glicocorticoides: Prednisona ❖ 2mg/kg/kg/VO/SID/7d ❖ Reduzir até retirar em 2 a 3 semanas Prevenção e controle ❖ Controle de carrapatos ❖ Testar bolsas de sangue e doadores