3) Doenças causadas por Carrapatos em Bovinos Quimioprofilaxia. O uso de fármacos como o imidocarb permite ao animal adquirir a infecção de forma mais branda a proporção o efeito residual do fármaco vai diminuído. Cuidados e prevenção Universidade Federal Rural da Amazônia Pró-Reitoria de Ensino Programa Educação tutorial em Medicina Veterinária www.petvet.ufra.edu.br Foto: senarrn.com.br O menor número de tratamentos carrapaticidas por ano utilizando-se fármacos com alta eficácia no controle das populações do carrapato, determinados por meio da realização do teste de avaliação in vitro de fármacos acaricidas (biocarrapaticidograma) nos rebanhos, se reverterá em economia para o produtor e maior lucratividade para a atividade pastoril. Fonte pesquisada: ANA MARIA SASTRE SACCO. Controle/Profilaxia da Tristeza Parasitária Bovina. http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/2 27317/1/ct382001.pdf Página 4 Doenças Causadas por Carrapatos em Bovinos. Publicação PETVet, ANO 1, n. 6 (Distribuição gratuita) Disponível também no site. . Realização: Grupo PET de Medicina Veterinária/UFRA Alan Diego Moura de Farias Alef Rodrigo Prata Moreira Ana Carla Oliveira Ferreira Ana Claudete Serra da Silva Átila Carvalho Guerreiro Caio Cesar Rocha Mendes Apoio: Danielle Cristina Cruz Góes Elen Júlia Pimentel da Rocha Gabriel Sousa Furtado da Silva Henrique Piram Rocha Joévelyn Jacqueline da Silva Priscila Del Aguila da Silva Samantha Silva da Silva Verena Maciel da Costa Walberson Dias da Silva Rinaldo Batista Viana Contato [email protected] Página 5 Atila Carvalho Guerreiro Danielle Cristina Cruz Góes Ana Karoline Ferreira Silva Walberson Dias da Silva Rinaldo Batista Viana Cuidados e Prevenção Quais as principais doenças causadas por carrapato em bovinos? Os carrapatos são vetores de várias doenças infectocontagiosas que acometem desde os animais até os seres humanos. Em bovinos, são responsáveis por duas principais doenças: babesiose e anaplasmose, que juntas são comumente citadas como tristeza parasitária bovina (TPB). A TPB, é um dos problemas sanitários de maior prejuízo econômico na pecuária bovina, que se traduz por altos índices de mortalidade e morbidade, com significativa redução na produção de carne e/ou leite, abortamento e menor fertilidade nos animais afetados e altos custos com tratamentos e manejos especiais. Outras doenças podem ser transmitidas por carrapatos, como a febre maculosa e a borreliose bovina, que embora causem menos impacto na produção, são relevantes pelo seu potencial zoonótico. BABESIOSE A babesiose é causada por protozoários do gênero Babesia (espécies Babesia bovis e Babesia bigemina), transmitida exclusivamente pelo carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Babesia bigemina Página 1 Anaplama marginale A prevenção da TPB se dá pelo controle do carrapato e imunização dos animais. Foto: tauros-diagnostik.de Fêmea de Rhipicephalus (Boophilus) microplus ANAPLASMOSE A anaplasmose é causada por parasitos (rickettsia Anaplasma marginale) que vivem e se reproduzem dentro das hemácias, destruindo-as, causando anemia intensa nos animais afetados. A transmissão do Anaplasma também se dá pelo mesmo carrapato mas também pode acontecer mecanicamente por picadas de insetos hematófagos (moscas, mutucas e mosquitos). A TPB tem como sinais clínicos febre, anemia, icterícia, hemoglobinúria, atonia ruminal, sinais neurológicos, anorexia e depressão. A sintomatologia nervosa é característica de babesiose por Babesia bovis, o mais virulento dos três agentes, que pode se apresentar de maneira aguda, levando à morte súbita. Já a hemoglobinúria é causada por Babesia bigemina, menos virulenta e aguda que a anterior mas nem por isto benigna, e leva a uma anemia intensa. Não se apresenta na anaplasmose. A icterícia é mais intensa e comum na anaplasmose, que é um quadro menos agudo, mas não menos virulento que a babesiose, que leva também a uma anemia intensa. Página 2 Banhos de imersão com carrapaticida. O uso de carrapaticidas em banhos de imersão deve levar sempre em consideração dose e concentração corretas do produto, assim como o rodízio do princípio ativo afim de se evitar a resistência dos ectoparasitos aos acaricidas. Há ainda a possibilidade do controle do carrapato com lactonas macrocíclicas administradas por via subcutânea. Quando necessária, a profilaxia é feita pela imunização nas seguintes situações: a) animais de áreas livres de carrapatos transportados para área com carrapato. b) animais de região de instabilidade enzoótica. c) situação de redução temporária da infestação por carrapatos. d) animais expostos à superinfestação. 1) Premunição. inoculação de sangue infectado com os agentes da TPB, retirado de um bovino portador. Normalmente não é inóculo padronizado e os parasitas apresentam virulência natural, o que leva a um processo de infecção clínica, com risco de morte do animal; 2) Vacinação. O inóculo é padronizado e, como os parasitas são atenuados, há o desenvolvimento de uma infecção assintomática, que não requer tratamento, e leva ao desenvolvimento da imunidade nos animais Página 3