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Epistemologia da Psicologia
Jorge Sapia
ARTICULAÇÕES INTERDISCIPLINARES
• O curso de Epistemologia se articula interdisciplinarmente com as das
disciplinas Introdução à psicologia; Teorias e Sistemas em Psicologia I ;
Psicologia e Saúde Mental; Subjetividade e Cultura.
• Tem relação direta com as disciplinas Fundamentos Sócioantropológicos e Sociedade Direito e cidadania.
Epistemologia
• Epistemologia pode ser definida etimologicamente como discurso
racional (logos) da ciência (episteme).
• Por episteme se entende o conhecimento estabelecido, conhecimento
seguro.
• E por epistemologia o estudo metódico da ciência moderna, suas
aplicações, limites, métodos, organização e desenvolvimento.
• Epistemologia designa também o sentido bem amplo de estudos
gerais dos “saberes”, especulativos e científicos (ciência, teologia,
filosofia, técnicas), suas histórias, organizações e funcionamentos.
Episteme
• Epistemologia deriva do termo grego episteme que significa conhecimento.
• É um ramo da filosofia que se ocupa de todos os elementos que procuram
adquirir conhecimento e investiga os fundamentos, limites, métodos e
validade do conhecimento.
• A palavra epistemologia se relaciona com a ciência ou parte da ciência
encarregada da teoria do conhecimento.
• Epistemologia estuda a gênese das ciências; esquadrinha como o ser
humano transformou e compreendeu seu entorno pela via do
conhecimento cientifico.
• A partir de Aristóteles se entende como a ciência que tem por objeto
conhecer as coisas em sua essência e em suas causas.
• Para Piaget “é o estudo da passagem dos estágios de menor conhecimento
aos estágios de um conhecimento mais avançado”.
Porque estudar epistemologia?
• Estudar epistemologia é estudar o que faz de um tipo específico de
conhecimento uma forma mais segura de conhecer aspectos de nossa
realidade; o que faz de nosso conhecimento específico de aplicação
prática de medicina, psicologia ou engenharia um corpo de
conhecimento mais preciso e seguro do que outros corpos de
conhecimento empíricos fundados unicamente na tradição oral ou
experiência privada. (Castañon, 2007: 7)
• Estudar epistemologia é estudar as diferenças entre vários tipos de
conhecimento, como o prático, o filosófico, o religioso e o científico.
Formas de conhecimento: Doxa e Episteme
• Doxa ou opinião: a palavra se encontra em paradoxo – que é a
opinião que se afasta da opinião corrente –
• Episteme: é ciência. É o saber que temos porque o procuramos.
• Conhecimento teórico, associada ao logos, à reflexão, ao estudo a
ciência.
• Ela se contrapõe à técnica, à prática, ao fazer técnico.
• O modo como a gente imagina como o conhecimento se constrói
influência nas nossa ações.
• Vale a pena registrar que não existe uma concepção verdadeira.
Dado, informação e conhecimento.
• Na Grécia antiga a episteme , o logos, não tinha nenhuma relação
com o fazer.
• Hoje tem. Na sociedade da informação, os bancos de dados são cada
vez maiores, isso não significa que o conhecimento seja maior.
• O dado pode ser considerado o primeiro nível no processo do
conhecimento, mas não é suficiente para conhecer alguma coisa.
Dados, informação, conhecimento
• Vivemos hoje numa sociedade do
Conhecimento ou da informação.
Mas também numa sociedade
Que argumenta que aquilo
que foi tido como
descoberto é
descrito como
inventado, como
construído.
CONHECIMENTO
“Cozido”
processado
Informação  “Cru”
(Levi Strauus)
Dados
Informação
• A informação circula. Circula, entre as pessoas.
• É por natureza fragmentada e efêmera mas constitui um primeiro
tratamento dos dados
• O que fazemos na universidade, inicialmente, é tratar a informação.
• Esse tratamento permite alcançar o conhecimento.
Conhecimento
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Falar em conhecimento significa lembrar em teoria e compreensão.
Teoria significa visão, raiz, é o origem da palavra teatro.
A teoria, por tanto, é a visão que leva a compreensão.
Quando afirmo que estou entendendo alguma coisa significa que tenho
uma teoria que explica e orienta minha compreensão da coisa.
• Teoria é uma visão organizada que nós permite considerar que
entendemos o que está se passando.
• Toda observação é orientada por uma teoria, mesmo que não seja
explícita. Portanto, ter alguma visão, alguma imagem, um modo de ver as
coisas corresponde a ter uma teoria inicial.
• Antes do século 19 a universidade era um lugar de preservação da
cultura.
• A partir das revoluções Americana, Francesa e Inglesa e a partir de
seus desdobramentos muda o papel da Universidade que passa a
oferecer uma formação profissional. O exemplo é o da Universidade
Politécnica.
• Serão Diderot e Dalembert, na obra monumental chamada de
Enciclopédia que vai ficar explícita a ideia de que é necessário
estudar isto ou aquilo. Verifica-se um processo de especialização do
conhecimento que prossegue até os dias de hoje.
• Portanto, a universidade está orientada com a formação
profissional é, por outro lado um espaço onde a cultura teria que ter
um peso maior.
Atividade dos alunos
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Elaboração de fichamentos e resumos de textos pré-selecionados.
Mapeamentos na WEB de questões abordadas em sala de aula.
Estudos de Caso.
Participação no Blog: https://jorgesapia.wordpress.com
3) Platão: Compreender que para Platão a filosofia é uma forma de saber
que possui um caráter essencialmente ético-político.
• O texto Alegoria da Caverna, procede à distinção entre o mundo das
sombras (o mundo sensível) e o mundo das ideias. (o mundo da razão)
• Obs: Veja e comente, no Blog, a atualização da Alegoria em Saramago.
Real Gabinete Português de leitura
Bibliografia
• MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da Filosofia: dos Pré-Socráticos a
Wittgenstein.
• Cap. 1 p.19/29
• Sócrates Cap.3 p.40/49
• Platão Cap. 4 p.50/68
• Descartes e a filosofia do Cogito. Parte III Cap. 2
• As origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade (p.141/163)
•
• Opcional: KOYRÉ, Alexandre. Do mundo do mais-ou-menos ao universo da
precisão. In Estudos de História do Pensamento Filosófico. Rio de Janeiro: Gen
Editora, 201. (Pg 5/20)
• Opcional: JAPIASSÚ, Hilton. “O Racionalismo Cartesiano”. In Curso de Filosofia
Antonio Rezende (Org.) Rio de Janeiro: Zahar, 2012. (p. 101/116)
• CASTAÑON, Gustavo. CASTAÑON, Gustavo. Introdução à psicologia. 2007. Capítulo 1
Bibliografia
• Sobre as origens do pensamento moderno
• FREUD, S. O Mal-estar na Civilização. Rio de Janeiro. Imago Ed.Ltda. 1974.
• FIGUEIREDO, Luis Claudio; DE SANTI, Pedro Luiz Ribeiro. Psicologia uma (nova) introdução: uma
visão histórica da psicologia como ciência. São Paulo: EDUC, 2008.
• JAPIASSÚ, Hilton. “O Racionalismo Cartesiano”. In Curso de Filosofia Antonio Rezende (Org.) Rio
de Janeiro: Zahar, 2012. (p. 101/116)
• ARAÚJO, Inês Lacerda. Curso de Teoria do Conhecimento e Epistemologia. Rio de Janeiro:
Manole, 2012. (p. 35-62) (empirismo)
• Texto-base: BURKE, Peter. Uma história social do Conhecimento I. De Gutemberg a Diderot. Rio
de Janeiro: Zahar, 2003. Cap. III. P. 40/51
• Os Pensadores: Auguste Comte. SP: Editora Abril, 2002. (p. 15-23)
• FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Rio de janeiro. GRAAL ed. 1982. O nascimento do Hospital. (pag.
99/113)
•
Bibliografia
• ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro:
Editora Jorge Zahar, 2001
• CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2004.
• BERMAN.M. Tudo o que é sólido desmancha no ar. São Paulo. Cia. Das Letras. 1986.
• MURICY, Katia. Benjamim: política e paixão. In Os sentidos da Paixão. Adauto Novaes,
Org.
• KOYRÉ, Alexandre. Do mundo do mais-ou-menos ao universo da precisão. In Estudos de
História do Pensamento Filosófico. Rio de Janeiro: Gen Editora, 2012.
•
PLATÃO. A República. Editora Ediouro, 2001
Platão expõe suas ideias políticas, filosóficas, estéticas e jurídicas. Aqui se encontra a
"Alegoria da Caverna“. O filósofo imaginou um Estado ideal, sustentado no conceito de
justiça.
Cinema e filosofia
Cinema e filosofia
• Sócrates. O contexto político e social da antiguidade, o nascimento da
filosofia, a importância da análise das circunstâncias e a formação do
pensamento grego são temas presentes nesse filme. Por meio de
alguns personagens o filme vai explicitando o funcionamento daquela
sociedade. Rossellini foi cuidadoso ao costurar os Diálogos, e ainda
acrescentar As Nuvens de Aristófanes, em um roteiro preciso.
Sócrates nos diverte e provoca o pensar.
Drama. Espanha/Itália/França.120 min.; 1971. Direção: Roberto
Rossellini
Cinema e Filosofia: Sócrates
Platão
• Platão - Breve Vida e Obra
• Utilizando fotografias e a técnica da animação, este vídeo apresenta
informações sobre a vida de Platão e seu impacto na filosofia.
Também versa sobre o significado do mito da caverna, a teoria
política e a teoria das ideias.
Produção: TV Cultura
Idioma: Português
Palavras-chave: Platão. Teoria política. Diálogos. Ética. Conhecimento.
Epistemologia.
Duração: 08min49s
Fonte: YouTube
Cinema e filosofia
• Da Servidão Moderna
• A servidão moderna é uma escravidão voluntária onde não há o chicote, mas há o
desejo do consumo. Não há cafezal ou fazenda, mas há o trabalho alienante do
chão de fábrica, do escritório ou do shopping. Não há o senhor do escravo,
porque contrariamente aos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e
aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma
classe subserviente, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Esse
documentário francês revela o que há de mais lamentável na sociedade
moderna, a saber: a servidão voluntária que acontece a margem do
entendimento e da consciência humana.
Documentário, 2009, 52 min.; COR. Direção: Jean-François Brient e Victor León
Fuentes
Cinema e filosofia
• A corporação
Baseado na obra de Mark Achbar, que também assina o roteiro, este filme
tenta dissecar o “indivíduo” Corporação, tratada como pessoa pela
Constituição americana. Questões relacionadas aos interesses individuais, a
busca pelo lucro, a responsabilidade e a ética são abordadas nessa obra. A
exploração da mão de obra barata no Terceiro Mundo e a devastação do
meio ambiente são alguns dos fatos explorados no documentário que
apresenta, também, entrevistas com presidentes de corporações como a
Nike, Shell e IBM, além de Noam Chomsky, Milton Friedman e Michael
Moore.
Documentário, EUA, 2003, 145min.; COR. Direção: Mark Achbar e Jennifer
Abbott.
Cinema e filosofia
• Giordano Bruno: Itália, 1973, 114min.; COR.
Direção: Giuliano Montaldo
Elenco: Gian Maria Volonté, Renato Scarpa, Mark Burns, Giuseppe
Mffioli, Hans-Christian Blech
Este filme mostra um dos episódios mais polêmicos da história: o
processo e a execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano
Giordano Bruno (1548-1600), queimado na fogueira pela Inquisição
por causa de suas teorias contrárias aos dogmas da Igreja Católica.
Cinema e filosofia
• Lutero: Filme conta a história de Martinho Lutero, monge alemão,
fundador da Igreja Protestante. Devido aos abusos da Igreja Católica
no século XVI, com grande exploração de seus fiéis, especialmente
por meio da venda de indulgências, Lutero lutou por uma igreja
voltada a Deus, sem a corrupção dos poderosos católicos da época.
Neste trecho, Lutero está ministrando uma aula de teologia e aponta
os abusos da igreja católica. A autoridade da igreja esteve em xeque
nesse período.
Lutero, Drama, Alemanha, 2003, 121 min. Direção: Eric Till.
Palavras-chave: igreja, relações culturais, relações de poder,
religiosidade, autoridade.
Lutero
Cinema e filosofia
• Matrix: A história se passa em um futuro distante, em que os
humanos foram dominados pelas máquinas.
O filme apresenta uma quantidade de temas que nos interessam:
distopia, esperança, messianismo, mitologia grega e céltica, ficção
científica, filosofia socrática e platônica, ciência, tecnologia, liberdade e
tantos outros temas quanto formos capazes de perceber.
Ficção científica, Estados Unidos, 1999, 136min.; COR. Diretores: Andy
e Larry Wachowski.
A pergunta é o que interessa
O nome da Rosa
• Em 1327 William de Baskerville, um monge franciscano, e Adso von
Melk, um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro
no norte da Itália. William pretende participar de um conclave para
decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é
desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. O
monge começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrigante,
além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. Antes
das conclusões da investigação o Grão-Inquisidor chega no local e
está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha
cometido assassinatos em nome do Diabo.
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