Análise molecular do gene da fenilalanina

Propaganda
54º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Análise molecular do gene da fenilalaninahidroxilase (PAH) em pacientes com
fenilcetonúria no nordeste do Brasil
Araújo, THA1,6; Amorim, T1,2; Martins, S3; Ribeira, E4; Acosta, AX1,5
Laboratório Avançado de Saúde Pública, Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) – BA
2
Serviço de Referência em Triagem Neonatal, APAE-Salvador/
3
Laboratório de Genética - Universidade Federal do Maranhão
4
Hospital infantil Albert Sabin – Ceará
5
FAMEB/UFBA
6
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
1
A Fenilcetonúria (PKU) é o mais comum dos Erros Inatos do Metabolismo dos aminoácidos com herança autossômica
recessiva, resultante de mutação no gene da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH), exibindo significativa heterogeneidade
alélica, com mais de 500 mutações identificadas nesse gene. Objetivamos determinar as mutações prevalentes no gene
da PAH na região Nordeste do Brasil, estabelecendo estratégia regional de investigação de suas bases moleculares. Os
pacientes já coletados são provenientes dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal de seis Estados: Bahia – 59
famílias, Maranhão – 4 famílias, Ceará – 11 famílias, Piauí-3 famílias, Alagoas-13 famílias e Sergipe – 7 famílias. Foram
pesquisadas as mutações IVS10, V388M, I65T, R261Q, R261X, R252W e R408W. Realizou-se PCR para os éxons
3, 7, 11 e 12, seguida de RFLP. Das 59 amostras de PKU da Bahia, foram investigadas 32 pacientes (64 alelos), cujas
freqüências alélicas foram: R252W (15,63%), R261Q (4,69%), IVS10 (32,21%), R408W (1,56%), I65T (7,81%),
V388M (39,06%) e R261X não foi detectada em nenhum alelo estudado, permitindo genotipar 35,93% alelos. No
Estado do Maranhão, das 4 amostras analisadas (8 alelos), as freqüências alélicas foram: R252W (25%), I65T (37,5%),
V388M (12,5%), R261Q (25%); as mutações IVS10, R261X e R408W não foram detectadas em nenhum alelo
estudado; genotipou-se 100% dos alelos. Das 11 amostras do Ceará, 3 (6 alelos) foram investigadas, com as seguintes
freqüências alélicas: R252W (33,33%), V388M (33,33%), R408W (16,66%), I65T (16,66%); as mutações IVS10,
R261Q e R261X não foram detectadas em nenhum alelo estudado; 27,27% dos alelos foram genotipados. As amostras
dos demais Estados ainda estão sendo investigadas. Os resultados parciais demonstraram que esse conjunto de mutações
é responsável por uma boa parte da composição genética dos pacientes com PKU nos Estados investigados, reforçando
a heterogeneidade alélica existente no gene da PAH e a influência portuguesa na origem dessas mutações nessas regiões.
As mutações IVS10, V388M e R252W foram as mais prevalentes na Bahia, e V388M a mais freqüente no Maranhão,
constituindo opções iniciais para triagem mutacional da PKU nestes Estados. A mutação R252W foi encontrada em
elevada concentração numa determinada região da Bahia, sugerindo fortemente estruturação populacional.
Apoio FAPESB
118
Download