PARASITOLOGIA VETERINÁRIA ÍNDICE DO MÓDULO IV 1- Família Strongylidae................................................................................................. 02 1.1 - Subfamília Strongylinae............................................................................. 02 2 - Família Ancylostomatidae....................................................................................... 02 2.1 - Subfamílias: Ancylostominae e Bunostominae ..................................... 02 3 - Família trichostrongylidae...................................................................................... 03 3.1 - Trichostrongylus ....................................................................................... 03 3.2 - Haemonchus .............................................................................................. 03 3.3 – Ostertagia .................................................................................................. 03 3.4 – Cooperia..................................................................................................... 03 4 - Família protostrongylidae ...................................................................................... 04 5 - Família Spiruridae.................................................................................................... 04 5.1 - Gênero habronema..................................................................................... 04 5.2 - Physaloptera praeputialis.......................................................................... 05 5.3 - Spirocerca lupi ........................................................................................... 05 5.4 - Disphanynx spiralis................................................................................... 05 5.5 - Tetrameres confusa.................................................................................... 05 5.6 - Gongylonema Ingluvícola .......................................................................... 05 5.7 - Cheilospirura hamulosa.............................................................................. 06 5.8 - Oxyspirura mansoni ................................................................................... 06 5.9 - Physcephalus sexalatus............................................................................. 06 6 - Família Trichuridae................................................................................................... 06 6.1 - Gênero Trichuris......................................................................................... 06 6.2 - Gênero Capillaria........................................................................................ 06 7 - Família Trichinellidae .............................................................................................. 07 7.1 - Trichinella spiralis ..................................................................................... 07 8 - Família Oxyuridae ................................................................................................... 07 8.1 - Gênero oxyuris........................................................................................... 07 9 - Família Filaroidea..................................................................................................... 07 9.1 - Dirofilaria immets ...................................................................................... 07 9.2 - Dirofilaria repens........................................................................................ 07 9.3 - Dipetalonema reconditum ........................................................................ 08 9.4 - Dipetalonema grassi ................................................................................. 08 9.5 - Onchocerca cebei...................................................................................... 08 9.6 - Onchocerca guturosa................................................................................ 08 9.7 - Onchocerca cervicalis .............................................................................. 08 9.8 - Parafilária bovícula ................................................................................... 08 Pág. 1 10 - Família Dioctophymalidae ................................................................................... 10.1 - Dioctophyma renale ............................................................................... 11 - Família Stephanuridae ......................................................................................... 11.1 - Stephanurus dentatus............................................................................. 12 - Família Oligacanthorynchidae............................................................................. 12.1 - Macracanthorhynchus hirudinaceus..................................................... 08 08 09 09 09 09 Pág. 2 MODULO IV HELMINTOLOGIA 1- Família Strongylidae 1.1 - Subfamília Strongylinae Três espécies de interesse: strongylus vulgares, S.equinus e S.edentatus São parasitas de eqüídeos e machos e fêmeas localizam-se no ceco e cólon. Ciclo: Para as três espécies a fase exógena é a mesma. Fase exógena: o ovo não embrionado é eliminado junto com as fezes, no solo forma-se a Larva 1, L2 e L3 . A L3 é a forma infectante que entra no hospedeiro por ingestão. Strongylus vulgares- Fase endógena: A larva no intestino (L3) sofre a primeira muda para L4 depois migra pela parede das artérias até chegar na artéria mesentérica cranial, a parede da artéria torna-se espessa provocando o chamado aneurisma verminótico, provoca dificuldade de irrigação intestinal e cólicas trombo embólicas, muda para L5 , caem na corrente sanguínea e retornam à luz intestinal, se transformam em adultos machos e fêmeas. São vermes hematófagos e podem provocar anemia. Strongylus equinus- Fase endógena:A L3 no intestino alcança a corrente sanguínea, vai ao fígado , muda para L4 e L5 daí a larva migra para a cavidade peritonial e entra na parede intestinal e logo após cai na luz intestinal. Formam-se nódulos hepáticos. Strongylus edentatus- Fase endógena: A L3 no intestino atravessa a parede intestinal, entra na circulação porta, vai ao fígado, muda para L4, provoca reação hepática, sai do fígado pelo ligamento lateral direito e pelo peritônio, muda para L5, alcançam o intestino, atravessam a parede e cai na luz intestinal. 2 - Família Ancylostomatidae 2.1 - Subfamílias: Ancylostominae – Possuem dentes na margem da boca. Bunostominae – Possuem lâminas cortantes na margem da boca. Localização : intestino delgado Ancylostoma caninum e A .braziliense – Parasitam cães e gatos. Bunostomum phlebotomum e B.trigonocephalum – Parasitam ruminantes. São grandes causadores de anemia, são vermes hematófagos. Possuem glândulas na cavidade bucal que liberam substâncias anticoagulantes. Ciclo: Os vermes no intestino delgado, as fêmeas põem ovos que saem nas fezes, os ovos são eliminados na forma não infectante, no meio ambiente amadurecem e libera a L1, logo após ela sofre duas mudas até L3 que é a forma infectante. A L3 pode adentrar no hospedeiro de duas maneiras: Por ingestão: A L3 vai para o intestino, penetra na mucosa, muda para L4, sai para a luz intestinal e muda para L5 e finalmente adultos. Por penetração: O período pré-patente é maior pois a L3 demora mais tempo para chegar ao intestino. A L3 entra na pele, cai na circulação sanguínea, vai ao coração, pulmão, rompe capilares pulmonares, vai para a traquéia onde é deglutida indo para o intestino. Patogenia:Penetração e migração de larvas e implantação de vermes adultos no intestino (fase aguda), provoca hiperemia, prurido, dematite, infecções secundárias e pequenas alterações pulmonares. O verme adulto no intestino (fase crônica) provoca espoliação sanguínea, anemia, dor, diminuição do apetite, diarréia, constipação, náuseas e lesões mecânicas. Epidemiologia: Grande sobrevivência dos vermes adultos podendo chegar a 18 anos, grande produção de ovos, solo úmido e permeável, temperatura e umidade do ar elevadas favorecem a sobrevivência das larvas. Pág. 3 Diagnóstico: anamnese, sintomas cutâneos, pulmonares, intestinais e anemia. Importância: Larvas migrans cutânea ou “bicho geográfico” . Os agentes são Ancylostoma caninum e A braziliense. As larvas penetram a pele e migram sob o tecido subcutâneo. 3 - Família trichostrongylidae 3.1 - Trichostrongylus Hospedeiros: ruminantes Localização: trato digestivo Ciclo: Fase pré-parasitária e parasitária. A fêmea põe ovos que são eliminados nas fezes. Na presença de O2 e H2O evoluem e eclodem em L1 (larvas rabditóides). As larvas alimentamse de microrganismos e mudam para L2 e L3. As L3 também denominadas larvas filarióides são infectantes, no pasto é ingerida e muda para L4 e adultos na luz do estômago e intestino. 3.2 - Haemonchus Hospedeiros: ovinos, caprinos e bovinos Localização: abomaso Ciclo: A fase pré-parasitária é semelhante ao trichostrongylus. Na fase parasitária as L3, desprovida de cutícula, invadem os orifícios das glândulas gástricas da mucosa onde se alimentam e mudam para L4, os adultos surgem 10 a 14 dias após a infecção aí retornam a luz do abomaso. 3.3 - Ostertagia Hospedeiros: ovinos, caprinos e bovinos Localização: abomaso Ciclo: Fase pós-parasitária -Após ingestão da L3 entre 3 a 8 dias ocorre a muda para L4. A L4 invade a mucosa do abomaso e dá origem aos adultos. Muitas L4 são encontradas nas glândulas gástricas. A fêmea põe de 500 a 800 ovos por dia. Patogenia: abomaso lesionado, inflamação produz gastrite, as glândulas gástricas hipertrofiam. 3.4 - Cooperia Hospedeiros: ruminantes Localização: intestino delgado, raramente o abomaso Ciclo: Os ovos são eliminados com as fezes do hospedeiro na fase de mórula. A fase préparasitária é caracterizada por L1, L2 livres e L3 com dupla cutícula. A L3 quando ingerida pelo hospedeiro adequado muda para L4 e os adultos surgem 10 dias após a infecção. 4 - Família protostrongylidae Localização: pulmões. Espécies: Dictyocaulus vivíparus – bovinos Dictyocaulus filaria – ovinos e caprinos Dictyocaulus arnfieldi – eqüídeos Metastrongylus – suínos (parasita muito freqüente em criações de suínos) Muellerius – ovinos e caprinos Pág. 4 Aelurostrongylus – gatos Angiostrongylus – Cães O ciclo é bastante semelhante para todas estas espécies, pequenas diferenças serão citadas. Ciclo: Os adultos estão nos pulmões, copulam, as fêmeas ovovivíparas (ovo com larva) põe seus ovos que possuem parede frágil e eclodem no próprio pulmão. A L1 irrita o aparelho respiratório, provoca tosse, as larvas vão para a cavidade oral onde são deglutidas, vão ao intestino e a L1 é então eliminada nas fezes do hospedeiro. No solo ocorrem mudas para L2 e L3 infectante, estas se dispersam na pastagem contaminando outros através da ingestão . A L3 no intestino penetra na parede e alcança os linfonodos mesentéricos, muda para L4, vão para a linfa, veia cava, coração e finalmente pulmão onde mudam para L5 tornando-se adultos. O período pré-patente dura de 3 a 4 semanas. Animais jovens são mais suscetíveis. Diferenças no ciclo: No Dictyocaulus arnfieldi os ovos não eclodem no pulmão, saem nas fezes e eclodem no meio ambiente. O ciclo do Metastrongylus não é direto, possui um hospedeiro intermediário: a minhoca. A minhoca ingere a L1 que muda para L2 e L3, o suíno ingere a minhoca e se infecta. As espécies Muellerius, Aelurostrongylus e Angiostrongylus possuem hospedeiro intermediário : Lesmas , estas são contaminada pela penetração de L1 tornando-se L3 ainda na lesma. Os angiostrongylus se localizam em artérias pulmonares e não nos pulmões. Patogenia: Vermes nos brônquios, bronquíolos, produção de muco, irritação, tosse, obstrução de bronquíolos, enfisema pulmonar. Os asininos se infectam em qualquer idade. 5 - Família Spiruridae 5.1 - Gênero habronema Localização: estômago de eqüídeos São causadores de habronemose pulmonar, cutânea e ocular. Habronema Muscae: Ciclo: No estômago de eqüinos a fêmea põe ovos embrionados, estes são eliminados nas fezes ou eclodem larvas no intestino (L1). A L1 é ingerida por mosca doméstica e atravessa a parede intestinal da mosca , torna-se L2 e L3. A L3 migra até a tromba por onde escapam. A infecção geralmente ocorre pela ingestão da mosca em água ou alimentos, as larvas livres tornam-se adultos no estômago do eqüino. Habronema megastoma: Localização: parede do estômago e pulmões, causa a “ferida de verão” ou esponja (cutânea), pode causar habronemose ocular (conjuntiva). O equino se contamina pelo contato da mosca com mucosas nasais ou orais. Na boca vai ao estômago, no nariz causa habronemose pulmonar, conjuntivite ou habronemose cutânea. As larvas que vão ao pulmão, conjuntiva e pele não completam o ciclo. 5.2 - Physaloptera praeputialis Hospedeiros: felinos e caninos. Hospedeiros intermediários: ortópteros e coleópteros (besouros) Localização: estômago Ciclo: Ovos embrionados são eliminados nas fezes do gato ou cão, são ingeridos pelo hospedeiro intermediário. No intestino do H.I. evoluem até L3 (infectante). O gato ou cão ingere o coleóptero, a L3 é liberada, não há migração. Forma-se a L4, L5 e adulto. Pág. 5 5.3 - Spirocerca lupi Hospedeiros: cães Hospedeiros intermediários: coleópteros coprófagos. Paratênicos: suínos, morcegos, corujas, lagartos etc. Ciclo: Ovos embrionados eliminados nas fezes do cão, são ingeridos por coleópteros, a L1 evolui até L3. O cão ingere o coleóptero e a larva é liberada, penetra na parede do estômago e por via sanguínea vai até a artéria aorta, muda para L4, formam-se nódulos na parede da artéria e mudam para adultos. Alguns adultos migram para a parede do esôfago e do estômago, formam nódulos fibrosos. O H.D. também pode se infectar ao ingerir hospedeiros paratênicos. 5.4 - Disphanynx spiralis Hospedeiros: aves Hospedeiros intermediários: crustáceos terrestres. Localização : proventrículo de aves. Ciclo: as fêmeas lançam ovos embrionados nas fezes, os ovos vão ao solo onde são ingeridos por crustáceos terrestres também chamado “tatuzinho”, a L1 ingerida muda para L2 e L3. o crustáceo é então ingerido por aves, libera a L3 no estômago da ave, a L3 faz mudas até a fase adulta. 5.5 - Tetrameres confusa Hospedeiros:pombos, galinhas e perus Hospedeiros intermediários: insetos (baratas, gafanhotos) Localização : glândulas do proventrículo de aves. Ciclo: Ovos embrionados são eliminados nas fezes de aves, a L1 é ingerida por insetos e faz mudas até L3. As aves ingerem os insetos com L3 infectante. A L3 livre no trato digestivo se alojam nas glândulas do proventrículo , tornam-se L4 e adultos. T.crani e T.fissispina são parasitas de marrecos, tendo H.I os crustáceos. 5.6 - Gongylonema Ingluvícola Hospedeiros: aves Hospedeiros intermediários: insetos (baratas, gafanhotos) Localização : Inglúvio (papo) Ciclo: Semelhante ao Tetrameres. 5.7 - Cheilospirura hamulosa Hospedeiros: aves Hospedeiros intermediários: insetos (baratas, gafanhotos) Localização : estômago muscular (moela) Ciclo: Semelhante ao Tetrameres. 5.8 - Oxyspirura mansoni Hospedeiros: aves Hospedeiros intermediários: insetos Pág. 6 Localização : olho- membrana nictante Ciclo: Provoca conjuntivite. Os ovos embrionados passam pelo canal lacrimal, são ingeridos, saem nas fezes. É ingerido por insetos. A ave ingere o inseto contendo L3 infectante , a L3 é liberada no estômago da ave e migra até chegar no olho. 5.9 - Physcephalus sexalatus Hospedeiros: suínos Hospedeiros intermediários: coleópteros Localização : estômago Paratênicos: anfíbios, répteis, aves e mamíferos insetívoros. Ciclo: Coleópteros ingerem ovos embrionados, os ovos eclodem e liberam L1 que fazem mudas até L3, o suíno se infecta ao ingerir o besouro ou hospedeiros paratênicos . A L3 evolui até adulto no estômago do suíno. 6 - Família Trichuridae 6.1 - Gênero Trichuris Hospedeiros: homem, ruminantes, suínos, caninos e felinos. Localização: ceco e porções do intestino grosso. Ciclo: As fêmeas põem milhares de ovos por dia, saem nas fezes do hospedeiro, tornam-se embrionados no solo. Os ovos são muito resistentes, são infectantes contendo L1. Quando ingeridos as larvas escapam , vão ao ceco, invadem a parede intestinal, saem para a luz do intestino grosso onde se tornam adultos. 6.2 - Gênero Capillaria Hospedeiros: mamíferos e aves. Localização: trato digestivo. Ciclo: Semelhante ao trichuris. A exceção é a Capillaria hepática que no ciclo os ovos não são eliminados nas fezes. As fêmeas colocam seus ovos no fígado do hospedeiro, estes ficam no fígado até o primeiro hospedeiro ser ingerido por outro. Os ovos no segundo hospedeiro são liberados nas fezes, se embrionam no meio ambiente, são ingeridos geralmente por ratos (primeiro hospedeiro) , o segundo hospedeiro normalmente são cães ou gatos. 7 - Família Trichinellidae 7.1 - Trichinella spiralis Hospedeiros: mamíferos, os ratos são reservatório natural. Localização: intestino grosso. Adultos no intestino delgado, larvas nos músculos estriados. Ciclo: Os machos após acasalamento são expulsos, as fêmeas invadem a mucosa do intestino delgado e liberam as larvas. As larvas vão para os músculos e se encistam. A infecção ocorre pela ingestão da carne contendo cistos. As larvas desencapsulam no estômago do hospedeiro, realizam mudas até a fase adulta. 8 - Família Oxyuridae 8.1 - Gênero oxyuris Oxyuris equi Hospedeiros: eqüinos e asininos. Localização: intestino grosso. Pág. 7 Ciclo: Direto, fecal-oral, monoxeno, geohelminto. A fêmea migra até o reto, fazem a postura na região perianal, geralmente à noite, depois as fêmeas são eliminadas na defecação. Os cordões de ovos vão ao solo, dentro do ovo ocorre duas mudas até L3. O ovo contendo L3 é ingerido em alimentos ou pastagens, a L3 no intestino do eqüino invade as criptas da mucosa do ceco e cólon , muda para L4, após dois meses torna-se adultos. 9 - Família Filaroidea Os vermes adultos podem ser encontrados no sistema circulatório, no tecido subcutâneo, nas cavidades ou ligamentos. 9.1 - Dirofilaria immets Hospedeiros: caninos, felinos, carnívoros silvestres. Hospedeiros intermediários: mosquitos do gênero Aedes, Anopheles, culex e ctenocephalides canis. Localização: adultos no ventrículo direito do coração e na artéria pulmonar, larvas nos tubos de malpighi Ciclo: as microfilárias eliminadas pela fêmea são encontradas na circulação sanguínea do H.D. À noite e durante a madrugada as microfilárias aumentam na circulação periférica. O H.I. suga o sangue contaminado por L1, estas sofrem mudas para L2 e L3. A L3 é inoculada através da picada no hospedeiro definitivo, a larva infectante entra na circulação e vai ao coração. Período pré-patente - 32 semanas. 9.2 - Dirofilaria repens Localização: tecido subcutâneo. Ciclo: semelhante ao anterior, a única diferença é que os vermes não ficam em artérias pulmonares. 9.3 - Dipetalonema reconditum Hospedeiros: cães Hospedeiros intermediários: pulgas, carrapatos( L1, L2, L3). Localização:tecido subcutâneo, larvas circulantes no sangue. 9.4 - Dipetalonema grassi Hospedeiros: cães Hospedeiros intermediários: carrapatos (Ripicephalus sanguineus) Localização:tecido subcutâneo, larvas estão na pele e raramente no sangue . 9.5 - Onchocerca cebei Hospedeiros: bubalinos Hospedeiros intermediários: culicóides sp Localização: Nódulos subcutâneos no búfalo contem L1, larvas circulantes no sangue. 9.6 - Onchocerca guturosa Hospedeiros: bovinos Hospedeiros intermediários: simulirum sp ( borrachudos) Localização: os adultos localizam-se no ligamento cervical, as larvas formam nódulos na pele. Pág. 8 9.7 - Onchocerca cervicalis Hospedeiros: eqüinos Hospedeiros intermediários: culicóides sp Localização: os adultos localizam-se no ligamento cervical, as larvas na pele. 9.8 - Parafilária bovícula Hospedeiros: bubalinos Hospedeiros intermediários: Haematobia atripalpis Localização: os adultos estão no tecido subcutâneo (hemorrágicos), as larvas em exsudato sero-sanguinolento no local da picada. 10 - Família Dioctophymalidae 10.1 - Dioctophyma renale Hospedeiros: cães, caninos silvestres Hospedeiros intermediários: primeiro hospedeiro - anelídeo Segundo hospedeiro - peixes Localização: adultos no rim, peritônio, fígado e testículos. Larvas L2 em anelídeo e L3 e L4 em fígado de peixe. Ciclo: Os ovos são eliminados na urina do cão, evolui no meio ambiente para L1, são então ingeridos por anelídeos oligoquetas, a L1 muda para L2 e se encistam. Os peixes ingerem crustáceos parasitados por anelídeos , a L2 livre migra para o fígado, muda para L3 e L4 infectante. Os cães se infectam ingerindo L4 no fígado de peixes . O ciclo torna-se completo em dois anos. Este parasitismo é extremamente grave pois os vermes adultos destroem completamente o rim. 11 - Família Stephanuridae 11.1 - Stephanurus dentatus Hospedeiros: suínos. Localização: rim, tecido perrineal, ureteres, raramente o fígado e pâncreas. Ciclo: Os adultos vivem em cistos que se comunicam com os ureteres. S ovos são eliminados na urina, eclodem liberando L3 infectante. O ciclo pode ser monoxeno ou heteroxeno. Monoxeno : vermes adultos no rim de suínos eliminam ovos na urina, no solo mudam para L1, L2 e L3. A infecção pode ocorre via Oral - A L3 atravessa a parede do intestino e chega ao fígado . A L3 atinge o tecido perirrenal, muda para L4 e adulto. Outra é a via cutânea - A L3 no solo penetra na pele do hospedeiro, cai na circulação sanguínea, coração pulmão, artéria aorta e fígado, pode ocorrer infecção pré-natal, do fígado cai na cavidade peritonial e atinge o tecido perirrenal, muda para L4 e adulto. Heteroxeno: vermes adultos no rim de suínos eliminam ovos na urina, no solo mudam para L1, L2 e L3. Minhocas ingerem as larvas, o suíno ingere minhocas se contaminando. 12 - Família Oligacanthorynchidae 12.1 - Macracanthorhynchus hirudinaceus Hospedeiros: suínos, carnívoros. Pág. 9 Hospedeiros intermediários: larvas e adultos de coleópteros . Localização: adultos no intestino delgado, larvas nos coleópteros. Ciclo: Ovos com embrião (L1) são eliminados nas fezes do HD, os ovos são ingeridos por coleópteros e libera uma larva espinhosa, passa a L2 infectante. O HD se infecta ao ingerir larvas ou adultos de coleópteros . REFERÊNCIAS BIBILIOGRAFICAS FORTE E. PARASITOLOGIA VETERINÁRIA, 3ª Ed. Ed. Ícone Ltda, 1997 URQUHART G. M. et all. PARASITOLOGIA VETERINÁRIA, 2ª Ed. Ed. Guanabara Pág. 10