Matheus – 5º ano B Parasitoses Intestinais São doenças causadas por vermes e protozoários. A contaminação se dá de várias formas, sendo que a principal é a ingestão de alimentos ou água contaminada e através da pele por ferimentos pequenos. Seja pela ausência ou precariedade de saneamento básico, seja por questões que envolvam os cuidados com higiene individual ou de instalações (reservatórios para água e meios de preparo/ conservação dos alimentos), tudo aquilo que ingerimos pode estar contaminado por microorganismos e causar doenças. É importante destacar o fato de que o número de casos dessas doenças é sempre bem maior nas áreas de baixas condições sócioeconômicas e carência de saneamento básico, incluindo-se o tratamento da água, do esgoto, do lixo e o controle de vetores, particularmente moscas, ratos e baratas. Sintomas De modo geral, a maioria das pessoas infectadas se apresenta com quadro de dor abdominal, cólicas, náuseas, vômitos, diarréias, perda de peso, anemia, febre e sintomas respiratórios. O tratamento é feito com medicamentos antiparasitários específicos após a identificação do agente causador. Prevenção A prevenção das parasitoses exige medidas simples, mas é preciso que se crie o hábito de executá-las rotineiramente. As principais são: Lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, antes do cuidado de crianças e após ir ao banheiro ou trocar fraldas Andar sempre com os pés calçados Cozinhar bem os alimentos. Carnes somente bem passadas Lavar com água potável os alimentos que serão consumidos crus e se possível deixe-os de molho por 30 minutos em água com hipoclorito de sódio a 2,5% Beber somente água filtrada ou fervida Manter limpa a casa e terreno ao redor, evitando a presença de insetos e ratos Conservar as mãos sempre limpas, as unhas aparadas, evitar colocar a mão na boca Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída. Do ponto de vista da comunidade, a prevenção se faz através de: Educação para a saúde Proibição do uso de fezes humanas para adubo Saneamento básico a toda população Condições de moradia compatíveis com uma vida saudável Ancilostomose A ancilostomose, também conhecida por amarelão, é uma doença causada por vermes nematódeos (espécie: Necator americanus e Ancylostoma duodenale). As formas adultas desses parasitas se instalam no aparelho digestivo dos seres humanos, onde se fixam na porção que compreende o intestino delgado, nutrindo-se de sangue do hospedeiro e causando anemia. Essa doença é transmitida através da penetração ativa de pequenas larvas infectantes na pele de um indivíduo em contato com ambientes propensos, principalmente o solo, contendo fezes contaminadas por ovos que eclodem e desenvolvem as larvas. Após passarem pela epiderme, as larvas atingem a corrente sanguínea, seguindo em direção aos alvéolos nos pulmões (pequena circulação). Por meio das vias respiratórias, as larvas se deslocam pela traqueia até a laringe, onde são deglutidas com os alimentos ingeridos, passando pelo esôfago, estômago e alcançando a parede do intestino. Neste local se reproduzem, eliminando ovos juntamente às fezes. A adesão dos vermes no ducto intestinal ocorre devido à presença de um aparelho bucal munido de dentículos que se inserem na superfície interna da região duodenal, provocando lesão e consequentemente sangramento, agravando o quadro anêmico. Essa doença pode ser controlada, mediante as seguintes medidas profiláticas: - Utilização de calçados (sapato ou sandália), evitando o contato direto com o solo contaminado; - Fornecimento de infraestrutura básica para a população, proporcionando saneamento básico e condições adequadas de higienização; - Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra; - Educação da comunidade, bem como o tratamento das pessoas doentes. Identificação sintomática: anemia (palidez), afecções pulmonares, fezes com rajas de sangue e indisposição física. Tratamento: vermífugos, como o albendazol, devidamente prescritos pelo médico. Ascaridíase A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário. Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos. A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas. No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas. Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática. Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica. Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.