Coagulação de uma proteína do leite Coagulação de uma proteína do leite André Ariel Kunimura, Carolina Ferreira dos Santos, Daniele Almeida Cyrino, Iago Andrade Lancia, Lucas Nascimento Casasco Oliveira, Rodrigo Carniel Ferreira, Thais Petareli Garbulho. Professora Doutora Maria Cristina Carlan da Silva, CCNH Santo André Resumo Este experimento foi realizado para observar a coagulação das proteínas do leite através da alteração em fatores como a temperatura e o pH. Para isso foi criado um meio de cultura contendo leite e iogurte natural o qual foi subdividido em seis partes iguais as quais foram submetidas a diferentes processos como a adição de substâncias, aquecimento e repouso. Após três dias, os béqueres foram observados e os resultados devidamente anotados. Os resultados, assim como a metodologia, os objetivos e a conclusão estão dispostos neste trabalho. INTRODUÇÃO Proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e alta massa molecular. São sintetizadas pelo encadeamento de aminoácidos, através de ligações denominadas ligações peptídicas. Podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função. De uma maneira geral, desempenham nos seres vivos as seguintes funções: estrutural, enzimática, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulação sangüínea e transporte. A forma das proteínas é um fator muito importante em sua atividade, pois se ela é alterada, a proteína torna-se inativa. Esse processo de alteração da forma da proteína é denominado desnaturação; este é um processo, geralmente irreversível, que consiste na quebra das estruturas secundária e terciária de uma proteína, podendo ser provocado por diversos fatores. OBJETIVO Verificar e analisar a coagulação de proteínas do leite a partir de resultados obtidos em laboratório. 1ETODOLOGIA Materiais utilizados: Seis béqueres de 250mL, um bastão de vidro, placa aquecedora, béquer de 50mL, espátula, um frasco conta-gotas com própolis, ácido acético diluído, leite em pó, dois potes de iogurte natural, leite. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Coagulação de uma proteína do leite Enumerou-se os béqueres de 250mL de 1 a 6. No primeiro colocou-se apenas 40mL de leite e nos de numeração de 2 à 6 adicionou-se quatro espátulas de iogurte e leite até completar 40mL e utilizando o misturador homogeneizou-se a mistura. No béquer de número 3 foi adicionado 10mL de vinagre. No béquer de número 4 foram adicionadas quatro colheres de leite em pó.O béquer de número 5 foi aquecido até ferver. No béquer de número 6 foram adicionadas quinze gotas de própolis. Após esse processo os béqueres foram colocados em repouso durante três dias para que desse tempo da proteína coagular. RESULTADOS E DISCUSSÃO Todos os meios de cultura foram mantidos em repouso durante três dias em temperatura ambiente e foram obtidos os seguintes resultados: Béquer 1 - Observou-se a coagulação de suas proteínas e a formação de duas fases; isso se deve as bactérias, presentes no próprio leite, que convertem a lactose em ácido lático, ocasionando a fermentação e alteração do pH o que gera a separação de fases . Béquer 2 - Ocorreu a coagulação enzimática, pois a enzima renina agiu sobre a proteína do leite destruindo a sua capacidade protetora. Isto permitiu que as partículas coloidais se tornassem instáveis, coagulando o leite. Esse colóide instável, denominado paracaseína, dá origem à formação do paracaseinato de cálcio, que é o coágulo. Em condições de repouso, o caseinato de cálcio formado se agrega tomando uma aparência semi-sólida. Béquer 3 - Ocorreu a coagulação ácida. Devido ao baixo pH do vinagre, as cargas elétricas das partículas coloidais da caseína presente no leite se neutralizaram ou se igualaram, devido ao excesso de cargas negativas existentes na caseína. As partículas coloidais se uniram formando um “gel” em uma mistura heterogênea. Béquer 4 - O leite em pó manteve as proteínas do leite comum, incluindo a caseína, encontrada em aproximadamente 80% das proteínas totais do leite. Com a quantidade de caseína aumentada, a proliferação de fungos foi incentivada. Béquer 5 - Ao aquecer o béquer 5, observou-se a coagulação das enzimas solúveis do leite pelo calor. As enzimas solúveis são desnaturadas de maneira irreversível a partir de 60 oC; a causa da desnaturação é a modificação da conformação globular das proteínas para a forma linear, causando, assim, um desenrolamento da cadeia peptídica. Portanto este foi o béquer no qual a enzima coagulou primeiro. Béquer 6 - O própolis adicionado no béquer 6 retardou o aparecimento de bactérias produtoras de amônia, diminuindo a desaminação e a proteólise, mantendo o aspecto do meio de cultura próximo do aspecto inicial. CONCLUSÃO Após a análise dos seis tipos de cultura preparadas notamos uma diferenciação no período para iniciar a coagulação das proteínas. Vimos que a adição de determinados produtos, aceleram ou retardam a velocidade de coagulação. As substâncias mais relevantes foram o própolis, que inibiu o crescimento de fungos e retardou a reação, e com o leite em pó, pois a caseína é um excelente meio de cultura. Recomendamos para evolução do experimento, que os processos sejam observados com maior frequência para se obter o tempo exato de coagulação das proteínas. 1EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, Gilberto U.L.; DESTEFANO, Ricardo H.R.; MESSIAS, Claudio L.. Produção de protease durante o crescimento e análise de culturas submersas de Metarhizium anisopliae. Rev. Microbiol. 1999. GOULART. Estudos preliminares sobre atividade “invitro” do extrato etanólico de própolis (EEP) no combate de bactérias isoladas de processos infecciosos de animais.Salvador: Universidade Federal da Bahia, 1995. 18p. AGRADECIMENTOS IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Coagulação de uma proteína do leite Agradecemos à Professora Doutora Maria Cristina Carlan da Silva pelo auxílio que nos foi dado, aos técnicos do laboratório. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011