APRESENTAÇÃO A Política Nacional de Humanização (PNH), do Ministério da Saúde, se estrutura a partir de princípios, método, diretrizes e dispositivos, sendo uma Política transversal e com indissociabilidade entre a atenção e gestão. Prioriza o protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos. A Portaria Nº 3.390, de dezembro de 2013, do Ministério da Saúde, institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente hospitalar na Rede de Atenção à Saúde (RAS), onde considera Acolhimento como a escuta ética e adequada das necessidades de saúde do usuário no momento de procura ao serviço de saúde e na prestação de cuidados com a finalidade de atender à demanda com resolutividade e responsabilidade. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, através da Superintendência de Assistência à Saúde - SUPAS, vem desenvolvendo ações que viabilizam a implantação da Política Nacional de Humanização na Atenção Hospitalar, em conformidade com a Rede de Atenção à Saúde e, em específico, a Rede de Atenção às Urgências (RAU) integrando os Hospitais da Rede Estadual e Municipal. Para tanto, e como fortalecimento, organização e normatização de processos de trabalho, vem apresentar o Manual de Acolhimento e Classificação de Risco nas Urgências do Estado do Piauí, o que contribuirá diretamente para a materialização da Diretriz da PNH, Acolhimento, no âmbito da Atenção Hospitalar e favorecendo a promoção da cultura da solidariedade e da paz. Estimando o valor humano dos processos coletivos, agradecemos a todos e todas que contribuíram para a realização deste Manual, ao tempo em que congratulamos aqueles que terão a valorosa satisfação na legitimação do Sistema Único de Saúde, garantindo a participação ativa de usuários, trabalhadores e gestores da saúde, na melhoria da qualidade dos serviços com a implantação da Política Nacional de Humanização (PNH). Teresina, Piauí, 19 de março de 2015. Francisco de Assis de Oliveira Costa Secretário de Estado da Saúde do Piauí Sumário Introdução....................................................................................................................................05 1. Organização da Rede de Atenção às Urgências no Estado do Piauí...................... 06 2. Implantação/implementação do AC&CR nas unidades de urgência................... 09 2.1. Acolhimento à demanda espontânea na Atenção Básica..................................... 10 2.2. Acolhimento e Classificação de Risco nas UPAS e Portas Hospitalares........... 12 Objetivos a serem alcançados com as oficinas ............................................................... 14 Sugestões metodológicas para as oficinas....................................................................... 14 Recomendações metodológicas para os trabalhos em grupos................................. 16 Sugestão de Plano de Ação .................................................................................................. 17 3. AC&CR como dispositivo organizacional das portas de Urgência...................... 17 Organização dos fluxos de atendimento ........................................................................ 19 Fluxograma de acesso........................................................................................................... 20 4. Protocolo de Classificação de Risco (CR)................................................................... 21 2º. Verificação do nível de consciência/alteração do estado mental Escala de Coma de Glasgow.................................................................................................................... 24 3º. Verificação dos Sinais Vitais......................................................................................... 25 4º. Avaliação da dor pela Escala Visual Analógica – EVA........................................... 25 Tabela 1: Escala Analólógica da dor................................................................................. 26 Tabela 2: Avaliação da severidade da dor....................................................................... 26 5º. Avaliação dos sinais sintomas através da utilização das pranchas para determinação da CR............................................................................................................... 27 6º.Identificação dos fatores de risco................................................................................ 27 I. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO TRAUMA....................................................................... 27 II. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NAS INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS............................ 30 5. Perfil e atribuições das equipes que atuam nos serviços de urgência............ 33 6. Monitoramento e avaliação............................................................................................ 42 6.1. Indicador: Tempo médio entre o cadastro e a CR................................................ 42 6.2. Indicador: Tempo médio da CR................................................................................. 42 6.3. Indicador: Tempo médio entre a CR e o atendimento médico de acordo com a prioridade clínica....................................................................................................... 43 6.4. Indicador: Nº de atendimentos de acordo coma prioridade clínica.............. 43 7. Pactos e integração do serviço na Rede....................................................................... 44 Anexo 1: Sinais Vitais em Pediatria................................................................................... 46 Observações:............................................................................................................................. 47 Limite mínimo pressão sistólica........................................................................................ 47 4. Sinais de Alerta em Pediatria......................................................................................... 47 Anexo2: Diagrama da Queimadura – Lund e Browder............................................... 48 Ficha Técnica............................................................................................................................. 50 AC&CR-Piauí Introdução A Política Nacional de Humanização (PNH), implementada a partir de 2003 pelo Ministério da Saúde, vem construindo com gestores, trabalhadores e usuários das três esferas de Governo, alternativas nos modos de produzir a atenção e gestão em saúde, buscando superar algumas dificuldades existentes no processo de implantação e consolidação do Sistema Único de Saúde. Entre as tecnologias que vem sendo desenvolvidas, o AC&CR tem se mostrado um dispositivo potente como reorganizador dos processos de trabalho, resultando em maior satisfação de usuários e trabalhadores, aumento da eficácia clínica e também como disparador de outras mudanças como a constituição de equipes de referência, a gestão compartilhada da clínica, a constituição de redes entre os vários serviços de saúde, a valorização do trabalho em saúde, a inclusão dos cuidadores nos Projetos Terapêuticos Singulares, a participação de trabalhadores e usuários na gestão. A estratégia de implantação da sistemática do AC&CR possibilita abrir processos de reflexão e aprendizado institucional de modo a re-significar as práticas assistenciais e construir novos sentidos e valores, avançando em ações humanizadas e compartilhadas, pois a produção de saúde é, necessariamente, um trabalho coletivo e cooperativo, entre sujeitos. Possibilita a ampliação da resolutividade ao incorporar critérios de avaliação de riscos, que levam em conta toda a complexidade dos fenômenos saúde/doença, o grau de sofrimento dos usuários e seus familiares, a priorização da atenção no tempo, diminuindo o número de mortes evitáveis, sequelas e internações. Este processo contribui para a promoção da cultura de solidariedade e da paz, para a legitimação do sistema público de saúde e favorece a aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do SUS como uma política pública essencial e que é um patrimônio do povo brasileiro. 5 AC&CR-Piauí 1. Organização da Rede de Atenção às Urgências no Estado do Piauí A Rede de Atenção as Urgências (RAU) tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/ emergência nos serviços de saúde de forma ágil e oportuna; priorizar as linhas de cuidado cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica na rede de urgências das regiões de saúde e instituir o AC&CR como base organizativa do cuidado e dos fluxos de acesso, contribuindo no processo regulatório e melhoria da qualidade dos serviços. De acordo com a portaria nº 1.600, de 7 de julho 2011 que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências, são componentes da RAU: 1.1. Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde: estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltada para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando à promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. 6 1.2. Atenção Básica em Saúde (ABS): ampliar o acesso ao atendimento às urgências de baixa complexidade, com fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção, quando necessário, considerando o tempo de acesso até a referência mais próxima, contextos de vulnerabilidade e a qualificação dos profissionais de saúde para o manejo de urgências clínicas e pediátricas, com a implantação de acolhimento com avaliação de risco e considerando contextos de vulnerabilidade. AC&CR-Piauí 1.3. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e as Centrais de Regulação Médica das Urgências: chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) resultando em sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS, acionado por uma Central de Regulação Médica das Urgências através do número 192, sendo composto por: a) Central de Regulação Médica das Urgências: estrutura física constituída por profissionais (Médicos, Telefonistas Auxiliares de Regulação Médica – TARM; e Rádio Operador - RO) capacitados em regulação das chamadas telefônicas que demandam orientação e/ou atendimento de urgência (por meio de uma classificação e priorização das necessidades de assistência), ficando também responsável por ordenar o fluxo efetivo das referências e contra referências dentro da Rede de Atenção. b) Unidades Móveis: I - Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo dois profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem; II - Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo três profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência, um enfermeiro e um médico; III - Equipe de Aero médico: conduzida por profissional habilitado à operação de aeronaves e equipe de atendimento composta por no mínimo um médico e um enfermeiro; IV - Equipe de Embarcação: composta por dois ou três profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem, em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; 7 AC&CR-Piauí V - Motolância: conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para a condução de Motolância; VI. Ambulancha: conduzida por profissional habilitado à operação de embarcações e no mínimo por um médico e um enfermeiro; VII - Veículo de Intervenção Rápida (VIR): tripulado por um condutor de veículo de urgência, um médico e um enfermeiro. 1.4. Sala de Estabilização (SE): ambiente para a assistência temporária e qualificada ao usuário, a fim de estabilizar pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à Rede de Atenção a Saúde pela Central de Regulação das Urgências. 1.5. Força Nacional de Saúde do SUS (FNS): é um programa de cooperação entre os entes públicos voltados à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas de desastres ou de desassistência à população. Objetiva aglutinar esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais para populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso, pautando-se pela equidade na atenção, considerando-se seus riscos; e com aplicação de investimentos financeiros e de recursos humanos. 1.6. Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h): é o serviço de urgência de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde da família e a atenção hospitalar. Esta unidade objetiva: • Prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados, de natureza clínica; • Prestar o atendimento inicial aos casos de natureza cirúrgica e de trauma; • Realizar a investigação diagnóstica inicial, de modo a definir a necessidade ou não de encaminhamentos a serviços hospitalares de maior complexidade. 8 AC&CR-Piauí 1.7. Componente Hospitalar constituído por: • Pronto Socorro: Articulado com os demais serviços tem a missão de atender e dar retaguarda às urgências de maior complexidade; • Enfermarias de retaguarda; • Leitos de cuidados intensivos; • Serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório; • Linhas de cuidado prioritárias com atendimento à demanda espontânea e/ ou referenciada. 1.8. Atenção Domiciliar (AD): Compreendida como o conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde, que acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na atenção primária, ambulatorial e hospitalar. Realiza o cuidado através da equipe de saúde e consiste em modalidade substitutiva ou complementar ao atendimento hospitalar, visando a humanização pela proximidade do lar e da família, pois atua na deshospitalização de usuários estáveis ou com algum grau de reabilitação funcional. 2. Implantação/implementação do AC&CR nas unidades de urgência O Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde assim se constituindo numa postura ética, que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. 9 AC&CR-Piauí O AC&CR é uma das diretrizes fundamentais para a garantia do acesso, atendimento e resolubilidade das demandas e necessidades de saúde da população, o que nos convoca ao desafio de problematizar como pode ser realizado o processo de “implantação/implementação” do acolhimento nas Redes de Atenção à Saúde. Neste sentido, destacamos algumas questões: • O que é acolhimento? • Quais são as principais necessidades e demandas que levam gestores, trabalhadores e usuários a decidirem pelo processo de implantação do acolhimento? • Quais as etapas necessárias para a implantação do acolhimento? O processo de “implantação e implementação” do AC&CR nas unidades/serviços não pode ser realizado de forma apenas normativa pois requer um conjunto de estra-tégias que permitam problematizar e, principalmente, subsidiar os gestores, trabalhadores e usuários, para a construção coletiva da proposta. Desta forma, o objetivo deste texto é ofertar um “passo a passo” para processo de implantação e implementação do AC&CR nos pontos de atenção de atenção que compõe a Rede de Urgência. 2.1. Acolhimento à demanda espontânea na Atenção Básica Para estabelecê-la como principal porta de entrada e ordenadora do cuidado em rede o processo de acolhimento na atenção básica em relação às demais portas de entrada deve estar conectado e pactuado, com informações nítidas entre gestores, trabalhadores e usuários quanto à função, fluxo e responsabilização do cuidado em rede. Isso implica, muitas 10 AC&CR-Piauí vezes em rever sua organização e seu papel efetivo no sistema municipal e regional de saúde, colocando em análise o perfil assistencial de cada unidade de serviço. Além disto, organizar a agenda dos profissionais, problematizar as filas no atendimento, prever estrutura física compatível com o atendimento aos casos agudos, disponibilizar equipamentos, adequar materiais e medicamentos e, em especial, cuidar da qualificação das equipes para o atendimento inicial às urgências e aos usuários com casos agudos simples, que possam ser atendidos de forma resolutiva na própria unidade. Material que pode contribuir no processo de discussão do acolhimento para construção de sua proposta na Atenção Básica é o Caderno de Atenção Básica nº 28 volume I - Acolhimento à Demanda Espontânea na Atenção Básica. Nesta publicação, são apresentadas discussões sobre acolhimento, demanda espontânea, fluxo dos usuários na unidade, avaliação de risco e vulnerabilidade, modelagens de acolhimento (Acolhimento pela equipe de referência do usuário; Equipe de acolhimento do dia; Acolhimento misto; Acolhimento coletivo; gestão das agendas de atendimento individual, dentre outras questões importantes no atendimento às urgências na atenção básica). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/ miolo_CAP_28.pdf) 11 AC&CR-Piauí 2.2. Acolhimento e Classificação de Risco nas UPAS e Portas Hospitalares A partir das experimentações de implementação do AC&CR e apoio na literatura, descrevemos algumas proposições para as equipes e gestores das unidades de urgência que poderão orientar o desenvolvimento desta diretriz e dispositivo nestes serviços de saúde. Trata-se de algumas sugestões que deverão ser discutidas entre os atores en-volvidos no trabalho em saúde visando encontrar os melhores caminhos que levem a adequações à realidade de cada local e à qualificação dos processos de atenção e gestão assegurando acesso e resolutividade. Para fins didáticos, distribuímos essas sugestões em cinco etapas que se interligam no processo de implementação do AC&CR de modo que não deverão ser vistas de modo “engessado”. São portanto, adaptáveis as realidades de cada local. Etapa 1 - Decisão política-institucional, mobilização e participação: o envolvimento de todos na pactuação da proposta Um dos primeiros movimentos para o processo de implantação do AC&CR trata-se da decisão política-institucional do gestor de saúde de constituir com o conjunto da equipe de gestores e trabalhadores de saúde uma proposta e plano de ação. A dimensão coletiva desta proposta é fundamental para o seu êxito. Algumas ações: 1. Construção de espaços coletivos para ampliar a capacidade de análise dos atores envolvidos (quais nossos problemas? Superlotação da porta? Tempo de espera no PS?), nas respectivas instâncias: Grupo de Trabalho de Humanização, Colegiado de Gestão da Unidade, Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, Conselhos de Saúde e Grupos Condutores de Urgência; 2. Apoio do Grupo Condutor da Rede de Urgências e Emergências Estadual de modificar o modelo de atendimento da Porta de Entrada; 12 AC&CR-Piauí 3. Envolvimento dos conselhos e entidades de classe (Médico, Enfermagem e outros) em busca de apoio ao novo modelo de atendimento; 4. Sensibilização dos gestores, gerentes, chefes, dirigentes, demais trabalhadores e usuários dos sistemas de urgência e emergência e atenção hospitalar, em todos os níveis de atenção e gestão locais, através de encontros amplos e abertos, para construir a adesão ao processo de AC&CR e de construção de Redes; 5. Constituição de um Grupo de Trabalho (GT) para fomentar a implementação do AC&CR que poderá ser composto por enfermeiros, médicos, gerentes, gestores, administradores, demais profissionais de saúde envolvidos, representantes dos Conselhos de Saúde e representantes dos usuários. Etapa 2- Problematização e Qualificação da Discussão do AC&CR Objetivo: Apropriação de conhecimentos sobre o acolhimento, avaliação e classificação de risco para implementação desta diretriz/dispositivo. Sugerimos que a implantação/implementação do AC&CR se desenvolva a partir de Oficinas com o propósito de criar espaços de reflexão crítica e acompanhamento do processo de trabalho na unidade de saúde. A metodologia proposta inclui a realização de atividades de concentração e dispersão. As atividades em concentração são realizadas em grupos e plenárias, a abordagem teórico-conceitual é subsidiada por textos de apoio, exposição dialogada, metodologias ativas de ensino-aprendizagem, estudos de caso, problematização, e referências bibliográficas complementares. As atividades em dispersão são realizadas com a participação das equipes dos serviços, mediadas por um roteiro e coordenadas pelos participantes da oficina. Esse produto parcial é apresentado e discutido na próxima atividade em concentração. O produto final da Oficina é um conjunto de propostas para a implantação/implementação do processo de Acolhimento e da ferramenta da Classificação de Risco. Esses produtos são objetos de pactuação com os gestores locais na plenária final da Oficina. 13 AC&CR-Piauí Objetivos a serem alcançados com as oficinas: • Refletir sobre a organização do processo de trabalho e o trabalho em equipe; • Apreender o conceito de acolhimento nas dimensões relacional, técnica, clínica e de cidadania; • Promover a apropriação das tecnologias de classificação de risco; • Elaborar propostas para a implantação/implementação do processo de Acolhimento e da ferramenta classificação de risco nos serviços e a construção de redes que garantam a continuidade do cuidado em saúde; • Envolver as equipes e gerentes dos serviços no processo de reflexão crítica sobre as práticas; • Facilitar a implantação/implementação do acolhimento e classificação de risco nos serviços de saúde; • Incluir a representação de usuários de saúde (Conselho Local de Saúde, representantes dos movimentos sociais locais e outros) na discussão e construção do processo de implantação/implementação do acolhimento e classificação de risco nos serviços de saúde, entendendo o AC&CR como diretriz estruturante do Ministério da Saúde em todos as portas de entrada do sistema. Sugestões metodológicas para as oficinas: Nas oficinas de trabalho é importante que todos os atores (trabalhadores, gerentes dos serviços, gestores e usuários) estejam presentes visando coerência com a tríplice inclusão da PNH. Poderão ser empregadas diferentes metodologias educacionais de modo a ativar a participação, a problematização, a produção dos conhecimentos coletivos e o compartilhar de experiências do cotidiano das práticas de saúde. A definição dos papéis de cada um é parte importante da pactuação nas mudanças dos processos de trabalho e desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe. Para otimização do tempo sugerimos a divisão da plenária em 3 subgrupos de acordo com temáticas. 14 AC&CR-Piauí Em seguida são feitas algumas recomendações de temas que poderão ser abordados dependendo de cada realidade e problematizados de acordo com questões que levem os grupos a refletirem sobre seu processo de trabalho e a proporem mudanças visando a melhoria do atendimento. Tema 1 - Relações de trabalho, relações com usuários e familiares, e a ambiência 1.1 Como é a organização do processo de trabalho na sua unidade? O processo de trabalho é dividido por classe profissional? Há trabalho em equipe multiprofissional? 1.2 Quais as maiores dificuldades encontradas neste trabalho? 1.3 Como se dão as relações de trabalho entre as pessoas da equipe? E da equipe com os usuários e familiares? 1.4 Existem espaços de conversa entre gerentes e trabalhadores? 1.5 Como são tomadas as decisões em sua unidade? Pelas chefias, pelo gestor geral da unidade, por colegiados? 1.6 Como se dá a participação dos trabalhadores e usuários no dia a dia da unidade? 1.7 Existem formas e canais de comunicação com os usuários? Quais? 1.8 Do que e como a rede social do usuário é informada? 1.9 Como é o seu ambiente de trabalho? 1.20 Como é o ambiente físico e no que ele interfere nas práticas de acolhimento (conforto, privacidade, informação, sinalização)? Tema 2 - Acesso e caracterização da demanda do serviço 2.1 Como acontece o acesso do usuário ao atendimento em seu serviço? 2.2 Quem procura o serviço? 2.3 Quem encaminha para o serviço, e como são esses encaminhamentos? 2.4 O que se configura como necessidade de atendimento no serviço? 2.5 Ao chegar na unidade a quem o usuário se dirige? 2.6 Qual é o caminho que o usuário faz até ser atendido? 2.7 Como é percebida a demanda do usuário? 2.8 Como é feita a escuta do usuário? 2.9 Quem define quem será atendido? Quem não é atendido, por quê? 15 AC&CR-Piauí Tema 3 - Relações com outros serviços: internos e externos 3.1 Como a porta da urgência do seu serviço se relaciona com os outros serviços do Sistema de Saúde (hospitais, Atenção Básica, SAMU, UPA, CAPS etc.)? 3.2 Como a unidade de urgência se relaciona com as demais unidades do hospital (UTI, enfermarias, serviços de apoio, transporte etc.)? 3.3 Como é feito o encaminhamento dos casos não atendidos na unidade? Quem responde por eles? 3.4 Há articulação com a rede de serviços de saúde (sistema de transferência do cuidado)? Como funciona? Recomendações metodológicas para os trabalhos em grupos. 16 É importante estarmos atentos a algumas questões simples que podem facilitar o trabalho nas oficinas de implantação/implementação do AC&CR. É indicado que cada grupo tenha um facilitador que será o responsável pelo apoio ao desenvolvimento do tema dentro do grupo, além de fazer o controle do tempo de discussão, divisão das tarefas para relatoria e sistematização das propostas, preparação e distribuição dos materiais didáticos etc. Tome cuidado com o tempo de discussão dos grupos. É importante que o facilitador esteja atento à distribuição do tempo de trabalho entre as questões norteadoras e encaminhamento para apresentações em plenária. Isso garante a participação mais efetiva de todos do grupo com resultados para compartilhamento nas decisões coletivas. É sempre importante que os participantes dos grupos tenham acesso aos materiais de apoio às discussões propostas. A construção do grupo torna-se mais rica quando é possível discutir experiências que servem de base para construção do trabalho. O material didático (guias, protocolos, manuais técnicos, cartilhas e outros) poderá ser disponibilizado com antecedência aos participantes das oficinas ou proposto pelo facilitador para leitura conjunta como dispositivo para os trabalhos. AC&CR-Piauí Etapa 3- Elaboração Coletiva da Proposta • Realização de oficinas para a elaboração de um plano operativo com responsáveis, prazos e formas de acompanhamento; Importante!!!!!! O Plano de ação deve integrar a um plano municipal/regional na perspectiva da construção da Rede de Atenção às Urgências, conforme a portaria 1600. Identificação de necessidade e busca de Recursos financeiros para adequação de área física e equipamentos. (Vide anexo 1: portarias da Rede de Urgência) Sugestão de Plano de Ação: O que é necessário fazer para implementar o ACCR na unidade? Como fazer? Recursos necessários Responsáveis/prazos • Discussão e elaboração das estratégias para a qualificação na utilização do protocolo de classificação de risco; • Elaboração de folder ou manual de informações e fluxos com grade de referência pactuada. 3. AC&CR como dispositivo organizacional das portas de Urgência O AC&CR é um dispositivo de organização dos fluxos, com base em critérios que visam priorizar o atendimento aos usuários que apresentam sinais e sintomas de maior gravidade e ordenar toda a demanda. Ele se inicia no momento da chegada do usuário com a identificação da situação/queixa ou evento apresentado por ele 17 AC&CR-Piauí Ambiência: O cuidado em saúde de forma integral, resolutiva e acolhedora prevê uma reinvenção da ambiência com oferta de espaços que não separe a produção de saúde da produção de sujeitos. Neste sentido, os espaços devem ser pensados de forma que busquem aliar conforto, segurança, resolutividade, e favoreça as relações do sujeito, estimulando o encontro consigo mesmo e com o outro. Assim, os espaços devem facilitar o fluxo e a comunicação no cotidiano do trabalho. O grande desafio é a composição de áreas que atendam às necessidades e demandas dos usuários, gestores e trabalhadores, produzindo bem-estar e otimização dos processos de trabalho. Assim, a ambiência vai muito além do espaço físico. Pressupõe por arranjos espaciais singulares, incorporando uma visão ético-estético-política, que favorece o acesso, a boa acolhida, a resolutividade dos processos de trabalho, a conversação e a produção coletiva. Os espaços deste modo devem respeitar a privacidade, os direitos dos usuários, a autonomia e os valores culturais. Na implementação do AC&CR nos serviços das urgências, a composição espacial sugerida é organizada por áreas que identifiquem os níveis de risco dos usuários atendidos e as prioridades de atendimento. Nessa direção, os espaços devem ser desenvolvidos pelo menos em 5 níveis de cuidado, identificados com diferentes cores, de acordo com a clínica do usuário e os processos de trabalho demandados. 18 AC&CR-Piauí Organização dos fluxos de atendimento: Eixo da Emergência: área de atendimento em que se exigem intervenções médicas imediatas e assistência especializada. São atendidos nesta área os pacientes com a CR: Vermelha (emergência) • São pacientes com risco imediato de morte e que necessitam de atendimento médico imediato. • As medidas de manutenção da vida deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede e o paciente deverá ser transportado/atendido pelo Suporte Avançado do SAMU-192. • Atendimento nas Salas de Emergência (estabilização). Laranja (urgência) • São pacientes com potencial risco de agravo necessitando de atendimento médico mediato e assistência de enfermagem contínua. • As medidas de manutenção da vida deverão ser iniciadas em qualquer ponto de atenção da rede e o paciente deverá ser transportado/atendido pela Ambulância de Suporte Avançado do SAMU-192 • Atendimento nas Salas de Emergência (estabilização) Eixo do Pronto Atendimento: área destinada ao atendimento de pacientes em regime ambulatorial não necessitando de leitos de observação. Classificação Amarela (urgência) • São pacientes que necessitam de atendimento médico mediato nos consultórios. • O transporte/atendimento será feito pela Ambulância de Suporte Básico do SAMU-192 19 AC&CR-Piauí Classificação Verde • Por definição são pacientes sem risco iminente de morte ou de agravo. Serão atendidos por ordem de chegada ou referenciados para as Unidades Básicas de Saúde desde que tenham a garantia do atendimento. Classificação Azul • São as demandas por procedimentos de enfermagem como: curativos, troca de sondas, administração de medicamentos ou atendimento a casos crônicos/agendamentos. Fluxograma de acesso: 20 AC&CR-Piauí 4. Protocolo de Classificação de Risco (CR) O protocolo CR é uma ferramenta de apoio à decisão clínica e uma forma de linguagem universal para as urgências clínicas e traumáticas. Tem como propósito a pronta identificação do usuário mais grave, permitindo um atendimento rápido e seguro de acordo com o potencial de risco, com suporte nas evidências científicas existentes. Orienta uma análise sucinta e sistematizada, que possibilita identificar situações que ameaçam a vida. Se baseia na medicina de desastres e se refere a análise sucinta e sistematizada das situações que ameaçam a vida orientadas pelas seguintes chaves de decisão: 1. Alterações no nível de consciência e/ou estado mental, 2. Permeabilidade das vias aéreas, 3. Avaliação da respiração e ventilação, 4. Avaliação da circulação, 5. Avaliação da dor (escalas), 6. Sinais e sintomas gerais e específicos, 7. Fatores de risco (clínicos e trauma), São determinantes na CR: O Risco de Morte: O risco de morte é qualquer ausência ou instabilidade de sinais vitais: (A- via aérea, B-respiração, C- circulação), os quais colocam o paciente no primeiro grupo de prioridades. A- Incapacidade de manter sua via aérea, por qualquer período de tempo tem obstrução de vias aéreas. Estridor inspiratório e expiratório apresenta grave risco em sua via aérea. B- Respiração inadequada, sendo aquele paciente que não consegue respirar o suficiente para manter uma oxigenação adequada. Podem haver sinais de esforço respiratório, sinais de ventilação ineficaz ou exaustão. C- A ausência de pulso durante a palpação por 5 segundos do pulso carotídeo no adulto ou braquial na criança, que pode ser seguido de sudorese, palidez, taquicardia, hipotensão e alteração do estado de consciência, define o choque. 21 AC&CR-Piauí Dor: Dor intensa representa uma dor insuportável (laranja). Dor moderada refere-se uma dor intensa, significativa, mas suportável (amarelo). Qualquer usuário com dor de início há menos de sete dias e de intensidade inferior à dor moderada tem dor leve recente, devendo ser alocado na prioridade pouco urgente (verde) ao invés da não urgente (azul). Observar outros determinantes que indique maior prioridade. Sangramentos/hemorragias: Hemorragia exanguinante, quando a morte ocorrerá rapidamente se ela não for estancada. Hemorragia severa ou incontrolável seria aquela cujo sangramento se mantém abundantemente apesar da compressão local direta e sustentada, ou aquela que rapidamente encharca grandes curativos. Hemorragia moderada incontrolável ocorreria quando o sangramento for discreto ou se mantiver escorrendo após compressão local. Qualquer hemorragia por menor que seja deve ser classificada como prioridade urgente (amarelo). Temperatura: Um adulto muito quente e uma criança quente deverão ser sempre classificados como muito urgente (laranja), enquanto que um adulto quente será urgente (amarelo). Paciente hipotérmico deverá ser sempre alocado na prioridade de muito urgente (laranja). Sinais vitais de mensuração obrigatória Pressão Arterial para: • Idosos • Gestantes • Hipertensos • História de Diabetes • Obesos • Queixa de dor de cabeça, vertigem, desmaio Glicemia Capilar • História de diabetes • Queixa de vertigem ou desmaio 22 AC&CR-Piauí Frequência Cardíaca para • História de cardiopatia • Queixa de dor torácica • Queixa de intoxicação exógena Sistematização do atendimento na Classificação de Risco 1º. Identificação do Problema: A CR se inicia com a chegada do usuário e a identificação da queixa de apresentação, evento, sinal ou sintoma que o levou ao serviço de urgência. A descrição da queixa deve ser clara suscinta, objetiva, com o início e evolução da mesma. O termo abrupto é usado para identificar início do evento em segundos ou minutos; súbito indica início em menos de 12horas; agudo indicara período de tempo entre 12 e 24 horas. Sinais e sintomas recentes são aqueles que surgiram nos últimos sete dias. Ex: Paciente com dor epigástrica e vômitos persistentes há 6 horas. 23 AC&CR-Piauí 2º. Verificação do nível de consciência/alteração do estado mental Escala de Coma de Glasgow 24 AC&CR-Piauí 3º. Verificação dos Sinais Vitais: (Sinais Vitais em pediatria: Anexo 1) 4º. Avaliação da dor pela Escala Visual Analógica – EVA A EVA pode ser utilizada durante todo o atendimento, registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a EVA o enfermeiro deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável por uma pessoa. Ressalta-se que sua avaliação não se restringe à resposta do paciente mediante visualização da EVA, podendo-se utilizar de outros parâmetros clínicos para aferição da dor. 25 AC&CR-Piauí Tabela 1: Escala Analólógica da Dor Dicas de como abordar a paciente: • Você tem dor? • Como você classifica sua dor? (Deixe a paciente falar livremente, faça observações na ficha de CR sobre o que ela falar) Observação: a) Se não tiver dor, a classificação é zero. b) Se a dor for leve, seu nível de referência é de 1 a 3. c) Se a dor for moderada seu nível de referência é de 4 a 6. d) Se for intensa, seu nível de referência é de 7 a 10 (dor máxima=10 será considerada laranja na CR pois não representa risco de morte imediato). Tabela 2: Avaliação da severidade da dor 26 AC&CR-Piauí 5º. Avaliação dos sinais sintomas através da utilização das pranchas para determinação da CR 6º.Identificação dos fatores de risco I. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO TRAUMA Múltiplo Crânio e Face Tóraco-lombar Abdome/Pelve MMSSII Situação/evento: 27 AC&CR-Piauí 28 AC&CR-Piauí Mecanismos de trauma grave • • • • • • • • • • • Queda de altura superior a 6 metros. Acidente automobilístico com ejeção do veículo. Acidente automobilístico com capotamento. Acidente automobilístico com tempo de resgate > 20min. Acidente automobilístico com intrusão significante do compartimento do motorista / passageiro. Acidente automobilístico com óbito no mesmo compartimento do motorista / passageiro. Acidente automobilístico com impacto frontal em velocidade > 40Km/h (sem cinto de segurança) ou em velocidade > 60Km/h (com cinto de segurança). Acidente com motocicleta com impacto de carro em velocidade maior que 30Km/h, especialmente quando o motociclista é separado da motocicleta. Atropelamento de pedestre ou ciclista por carro em velocidade > 10Km/h. Queda de altura de > 3 vezes a altura do paciente. Importante: Sempre considerar os mecanismos de trauma no recebimento dos pacientes nas unidades de atendimento. 29 AC&CR-Piauí II. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NAS INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS Respiratória Circulatória Pele e subcutâneo Situação/queixa/evento: 30 Gastrointestinal Oftalmológica Metabólica Otológica Neurológica Odontológica AC&CR-Piauí 31 AC&CR-Piauí Fatores de Risco Clínicos (nunca serão classificados como verdes) • • • • Imunossupressão, HIV, ICC, IRC, CH, DM Drogas/produtos químicos/venenos de alta letalidade Eventos anteriores graves que exigiram intervenções imediatas. Sinais vitais alterados com história de IAM; AV Descritores clínicos: 32 AC&CR-Piauí Anotações da CR na Ficha de Atendimento 5. Perfil e atribuições das equipes que atuam nos serviços de urgência São consideradas habilidades necessárias a estes profissionais: • Capacidade de comunicação, boa interação com os profissionais das equipes de saúde, usuários, familiares, SAMU-192, Bombeiros, Concessionárias e a Polícia; • Resolutividade de problemas e conflitos,; • Pro-atividade, agilidade e julgamento crítico; É importante ainda que o profissional possua qualificação por meio de treinamento para a atividade proposta e experiência em urgência. Atribuições dos profissionais que compõem estas unidades. O processo de acolhimento com avaliação e classificação de risco (CR) envolverá diferentes profissionais com as seguintes atribuições: a. Equipe de 1ª abordagem “Posso Ajudar”: • Abordar os usuários/familiares/acompanhantes na entrada/ recepção do hospital para: • Escutar a necessidade, queixas e expectativas dos usuários; • Responsabilizar-se para dar uma resposta adequada ao problema, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com a possibilidade de ofertas do hospital; 33 AC&CR-Piauí • Orientar devidamente de acordo com os fluxos facilitando o acesso dos usuários e familiares dentro da unidade; • Buscar a integração com a equipe de Classificação de Risco, Coordenação Médica e de Enfermagem, além das equipes dos outros serviços (Radiologia, Laboratório, etc.) reconhecendo-as como retaguarda para uma melhor resposta ao usuário; • Agir com discrição, agilidade e responsabilidade; • Orientar quanto às normas de troca de acompanhantes, visitas e outras normas da unidade, quando, for o caso; • Orientar quanto ao local de internação quando for requisitado; • Colaborar e participar para a efetivação de ações de humanização na atenção e gestão, na unidade; • Apoiar a presença do acompanhante e facilitar a inclusão deste, no processo de cuidado. b. Serviço de recepção: • Preencher de forma legível, ágil, correta e completa o Boletim de Emergência (BE); • Responsabilizar-se pelo preenchimento correto dos campos de identificação deste Boletim; • Colocar, sempre, no Boletim, o nome da pessoa responsável pelo usuário e a pessoa que o socorreu; • Anotar o endereço e telefone corretamente e confirmá-los sempre que a pessoa retornar a Unidade por qualquer motivo, com o objetivo de atualizar o cadastro; • Dar baixa no BE, pelo nome do médico responsável pela alta, em tempo real contribuindo para o não extravio do mesmo. Caso o nome do médico não conste na lista do sistema, deverá repassá-lo ao responsável pelo setor, para que este possa providenciar sua inclusão no sistema, quando for o caso; c. Equipe de Classificação de Risco: • Acolher o usuário de forma responsável, reconhecendo-o como um cidadão de direito; 34 AC&CR-Piauí • Escutar a queixa, os medos e as expectativas do usuário; • Identificar riscos e vulnerabilidades; • Responsabilizar-se para dar uma resposta adequada e pactuada ao problema, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com a possibilidade de ofertas do ser-viço; • Classificar o risco do usuário com rapidez e eficiência, seguindo o protocolo pactuado e validado pela Secretaria Estadual de Saúde – SESAPI, Fundação Municipal de Saúde - FMS, Fundação Hospitalar de Saúde – FHT ou Hospital; • Orientar o usuário e acompanhante de forma compreensível quanto ao seu agravo e quanto ao tempo de espera do atendimento; • Distribuir as fichas de atendimento conforme sua classificação; • Distribuir as fichas de encaminhamentos para atendimentos em outros serviços de saúde; • Orientar os usuários quanto ao local de realização de exames e de medicação, quando for o caso; • Solicitar apoio da Coordenação Médica, Serviço Social e Psicologia quando necessário; • Trabalhar sempre em equipe, buscando a integração de todos os apoiadores; d. Coordenação Médica e de Enfermagem do Pronto-Socorro • Organizar, junto com a equipe, os processos de trabalho da Unidade, objetivando a cogestão, a atuação interdisciplinar, valorização do trabalhador e a inclusão das necessidades do usuário; • Apoiar a equipe do AC&CR sempre que necessário e quando for solicitado pela mesma; • Escutar a queixa, medos e expectativas do usuário e familiares; • Responsabilizar-se para dar uma resposta ao problema, pactuada com a equipe, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com a possibilidade de ofertas do serviço; • Fomentar espaços democráticos de discussão, para inclusão dos problemas e conflitos inerentes ao cotidiano do trabalho em equipe; • Coordenar e promover a permanente articulação entre a Unidade de Urgência e as unidades de Internação fomentando a gestão de leitos; 35 AC&CR-Piauí • Fomentar RODAS de conversa, para enfrentamento dos problemas do cotidiano da Unidade favorecendo a inclusão dos diversos atores envolvidos. • Constituir e apoiar o funcionamento do COLEGIADO GESTOR, estimulando o envolvimento/participação dos profissionais na tomada de decisões; • Avaliar diariamente os pacientes que permanecem na sala de observação, a média de permanência e taxa de ocupação, tomando decisões conjuntas em casos de pacientes que ultrapassem um período maior que 12 horas na Unidade; • Atuar, junto às equipes, fomentando a horizontalização e responsabilização pela continuidade do cuidado; • Apoiar a implementação dos dispositivos: Kanbam, corrida de leitos multiprofissional diariamente; • Promover articulação com os Grupos Condutores das Redes de Atenção à Saúde no Piauí; • Verificar diariamente e com responsabilização os pedidos de exame de alto custo (tomografia, ecocardiograma) para que cumpram critérios de emergência evitando a demanda excessiva e as constantes glosas. e. Chefes de Plantão do Pronto Socorro: • Avaliar diariamente as AIHS e a gravidade dos pacientes a serem transferidos, além de verificar se estão com o KIT alta (resumo de alta/ transferência, exames e condições de transporte); • Fazer diariamente a avaliação das AIHs para evolução do pedido na Central de leitos ou proceder/solicitar ao responsável a elaboração de nova AIH caso o quadro do paciente tenha mudado; • Tomar decisões emergenciais com base em diretrizes já definidas; • Administrar problemas e conflitos inerentes ao cotidiano do trabalho em equipe; • Responder às solicitações das UPAS e do SAMU de forma responsável e acolhedora; • Informar aos familiares sobre o quadro clínico do usuário, na ausência dos médicos responsáveis pelo mesmo; • Representar a diretoria na ausência da mesma; 36 AC&CR-Piauí f. Médicos do pronto-socorro: • Fazer a reclassificação de risco sempre que necessário e proceder às discussões com a equipe de classificação de risco de forma construtiva; • Solicitar exames de acordo com as cores do protocolo de classificação de risco, conforme acordado com o Laboratório e RX; • Trabalhar sempre em equipe, buscando a integração com todos os profissionais de saúde; • Participar e colaborar para a efetivação de ações de humanização na assistência e gestão, no ambiente da unidade. g. Serviço de Psicologia: • Prestar apoio matricial a todos os casos solicitados pela equipe multidisciplinar, bem como atender e avaliar os usuários identificados pela própria equipe para sua intervenção profissional; • Levantar a hipótese diagnóstica e a definição do diagnóstico diferencial, auxiliando na determinação das causas e na dinâmica das alterações e/ ou distúrbios da estrutura psicológica do usuário, detectando quadros reativos ou patológicos; • Registrar no BE, informações básicas que forneçam à equipe de saúde, uma visão geral do estado psicológico do usuário, bem como definição de condutas adotadas pela Psicologia em relação ao caso (atendimento, encaminhamento, orientações feitas); • Acompanhar e apoiar a equipe de saúde, no contato com o usuário e família nos demais setores do Pronto-Socorro, sempre que necessário, e dar sequência ao atendimento na Unidade de Internação, caso o paciente seja transferido; • Participar do horário de visita da sala de emergência, diariamente, acompanhando os familiares antes e após a visita e realizando o atendimento psicológico aos familiares sempre que necessário; • Acompanhar e apoiar a equipe, os usuários e familiares nas situações de perdas e morte, fornecendo informações e promovendo cuidados na abordagem do morrer que contribuam para o enfrentamento do luto e das perdas; 37 AC&CR-Piauí • Acompanhar o médico das salas vermelha e amarela, no contato com o acompanhante e família, numa abordagem transdisciplinar, dentro e fora do horário de visita, no momento do boletim médico; • Avaliar pacientes em situação de risco de autoextermínio e tomar medidas necessárias; • Criar fluxo interno de atendimento aos pacientes com tentativa de autoextermínio; • Procurar participar das reuniões da Saúde Mental da SMS buscando soluções para o encaminhamento de pacientes portadores de sofrimento mental e comportamento suicida; • Realizar atendimento aos usuários vítimas de violência física e sexual, conforme protocolo e em conjunto com o Serviço Social. Levantar os eventos sentinelas. h. Serviço Social: • Fazer busca ativa, a fim de verificar os casos que necessitam de intervenção e acompanhamento do Serviço Social, em uma perspectiva de maior inserção na equipe multiprofissional e otimização de leitos (alta hospitalar); • Informar e orientar o paciente, acompanhante e/ou responsável quanto à dinâmica e normas do hospital; • Realizar atendimento psicossocial ao paciente e/ou acompanhante/ visitante nas seguintes situações: diagnóstico e/ou prognóstico grave, conflito intrafamiliar, negli-gência da família quanto aos cuidados com o paciente, dificuldade em levar o usuário por ocasião da alta hospitalar, abandono e óbito. Solicitar e/ou intervir juntamente com a Psicologia, caso necessário; • Praticar escuta responsável, qualificada e reflexiva em todos os atendimentos que realizar, acerca da demanda, necessidade do usuário ou familiar; • Contatar e referenciar o usuário pós-alta hospitalar ao Centro de Saúde / Equipe PSF de sua referência, articulando a continuidade da atenção na rede SUS; 38 AC&CR-Piauí • Orientar e encaminhar o usuário/familiar ou responsável, quanto a direitos sociais, previdenciários, Defensoria Pública e direitos humanos; • Ser a referência para a informação aos usuários, escuta qualificada (postura acolhedora) e de apoio à equipe; • Trabalhar em sintonia com o “Posso Ajudar” estimulando sua potencialidade na Unidade; • Coordenar, juntamente com o enfermeiro, a porta de entrada para organização do atendimento – postura acolhedora a todos os trabalhadores da recepção e de vigilância; • Realizar, junto com o enfermeiro, capacitações em serviço com trabalhadores da recepção, vigilância e de portaria; • Articular a continuidade da atenção na rede SUS e na rede de proteção social, mediante encaminhamentos com garantia de atendimento na unidade de saúde específica, via contato telefônico prioritariamente; • Atualizar informações sobre a rede SUS loco regional, bem como a rede de proteção social existente para efetivação de encaminhamentos necessários e manutenção do Manual do Acolhedor. Prestar apoio matricial a todos os casos solicitados pela equipe multidisciplinar, bem como atender aos usuários identificados pela própria equipe para sua intervenção profissional; • Participar da discussão de casos com a equipe da Unidade de Urgência/ Emergência, especialmente com a psicologia; • Identificar cuidadores, condições de moradia, avaliar área de risco, unidade de saúde de referência/ESF, utilizando inclusive visitas domiciliares quando necessário, para admissão no PAD; • Proceder a avaliação social para fins de fornecimento de medicação para os casos de deshospitalização, juntamente com o PAD; • Proceder a avaliação socioeconômica e ou outros recursos da rede social, para liberação de transporte para domicílio; • Orientar os usuários quanto aos seus direitos previdenciários: auxílio doença, perícia médica, procedimentos para solicitação de aposentadoria, LOAS, Bolsa Família, dentre outros; • Realizar atendimento aos usuários vítimas de violência física e sexual sejam crianças, adolescentes e mulheres, conforme protocolo existente; 39 AC&CR-Piauí i. Serviço de Vigilância: • Zelar pela segurança dos profissionais que trabalham no acolhimento; • Zelar pela segurança do patrimônio público; • Zelar pela segurança dos usuários e dos profissionais • Ajudar sempre que possível na orientação ao usuário que aguarda atendimento; • Ajudar à equipe no cuidado às pessoas com alteração de comportamento ou de estado de consciência. 40 AC&CR-Piauí Atribuições Comuns da Coordenação do Pronto-socorro, coordenadores médicos, equipe do AC&CR e profissionais dos serviços de urgência envolvidos no processo. • Tratar o usuário e familiares pelo nome; • Atender o usuário com sigilo, privacidade e respeito, resguardando seus direitos; • Agir de modo cordial e ouvir com atenção as demandas de todos os usuários, orientando-os de forma eficaz, com o objetivo de buscar a solução dos problemas; • Responsabilizar-se para dar uma resposta pactuada ao problema, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com a possibilidade de ofertas do serviço; • Identificar riscos e vulnerabilidade; • Garantir a presença do acompanhante e facilitar a inclusão deste, no processo do cuidado; • Participar das RODAS para resolver os problemas e do COLEGIADO GESTOR da Unidade, estimulando o envolvimento e a participação de usuários na gestão dos processos de trabalho; • Conhecer os fluxos e as informações contidas no “Manual de Informações do Serviço e da Rede de Atenção à Saúde”; • Realizar passagem de plantão pessoalmente, não podendo abandonar o plantão sem que outro funcionário o assuma; • Participar e colaborar para a efetivação de ações de humanização na assistência e gestão, no ambiente da unidade de saúde; • Trabalhar sempre em equipe, buscando a integração com todos os profissionais de saúde. 41 AC&CR-Piauí 6. Monitoramento e avaliação: A preocupação com a obtenção de indicadores para o acompanhamento de resultados deve estar presente desde a formulação dos objetivos pretendidos, durante a execução dos planos de ação e, ao final, para a avaliação. É necessário, no momento da formulação dos programas, prever a organização de procedimentos de coleta e tratamento de informações específicas e confiáveis em todas as fases do ciclo de sua implementação, que permitam a construção de indicadores de monitoramento desejados. Alguns indicadores recomendados para avaliação do processo da CR: 6.1. Indicador: Tempo médio entre o cadastro e a CR 6.2. Indicador: Tempo médio da CR 42 AC&CR-Piauí 6.3. Indicador: Tempo médio entre a CR e o atendimento médico de acordo com a prioridade clínica 6.4. Indicador: Nº de atendimentos de acordo coma prioridade clínica Esses indicadores aliados ao monitoramento dos fluxos de atendimento pactuados nas instituições são importantes instrumentos de avaliação para tomada de decisão e elaboração de planos de melhoria, caso se fizer necessário. Cabe ressaltar que este monitoramento deverá ser mensal e que seu produto e os relatórios gerados deverão ser discutidos junto a equipe gestora e trabalhadores envolvidos no processo, visando o compartilhamento das fragilidades e elaboração de estratégias de enfrentamento e co-responsabilização. 43 AC&CR-Piauí 7. Pactos e integração do serviço na Rede • A implantação deste Manual será realizada a partir da conformação da Rede de Atenção às Urgências (RAU) no estado do Piauí, com pactuação nas instâncias colegiadas do Sistema Único de Saúde, ou órgãos afins; • O Conselho Estadual de Saúde do Piauí homologou este Manual durante reunião ordinária realizada em julho de 2014; • Integrar e ser dispositivo reorganizador dos processos de trabalho, contribuindo para a Rede de Atenção à Saúde, enquanto malha que integra os diversos pontos de atenção em determinado território, organizando-os sistematicamente para que os diferentes níveis e densidades tecnológicas estejam articulados e adequados de forma regulada para o atendimento ao usuário(Portaria Nº 3.390-2013); • Ser a implantação do manual, meta no processo de contratualização de hospitais no âmbito do SUS, no estado do Piauí, em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar; • Em cada Município do estado deverá ser aprovado, no respectivo Conselho Municipal de Saúde, Plano Operativo para a implantação deste Manual; • A divulgação deverá ser ampla e em todos os meios de comunicação, seja de âmbito estadual, regional ou municipal; • Que sejam tomadas outras decisões pertinentes à viabilização da implantação deste Manual. 44 AC&CR-Piauí Anexo 1. Portarias que regulam a RAU • Portaria Nº 1.600, de 07 de julho de 2011 Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. • Portaria Nº 1.601, de 7 de julho de 2011 Estabelece diretrizes para a implantação do componente Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências. • Portaria Nº 2.026, de 24 de agosto de 2011 Aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. • Portaria Nº 2.029, de 24 de agosto de 2011 Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 45 AC&CR-Piauí Anexo 1: Sinais Vitais em Pediatria a. Parâmetros de verificação da Temperatura axilar: b. Parâmetros de verificação da Frequência Cardíaca e Frequência Respiratória em Pediatria: c. Parâmetros de verificação da Pressão Arterial em Pediatria: 46 AC&CR-Piauí Observações: 1. Verifica-se a FC observando as pulsações da fontanela anterior, palpando as artérias centrais: femorais e braquiais no lactente até 01 (um) ano de vida. 2. Associados a FR deverão ser observados os dados de saturação e de insuficiência respiratória como: retração intercostal, batimento de as de nariz. 3. Fórmula para verificação da Pressão arterial para crianças acima de 01 (um) ano. • Pressão Média Sistólica = 2 X (idade em anos) + 90 • Pressão Média Diastólica = sistólica X 0,66 Limite mínimo pressão sistólica: • Pressão sistólica limite inferior = 2 X idade em anos + 70 4. Sinais de Alerta em Pediatria Atenção: Condições que requerem avaliação cardiorrespiratório imediato: cardiopulmonar e suporte Respiração (ipm): Em neonatos: acima de 60 ipm; Dois meses a 01 ano: >50; Acima de 01 ano > 40 Frequência cardíaca: Recém-nascido: <80 ou > 200 bpm 01 a 08 anos: <80 ou >180 bpm 0 a 1 ano: <80 ou >180 bpm Acima de 08 anos: <60 ou 160 bpm 47 AC&CR-Piauí Anexo2: Diagrama da Queimadura – Lund e Browder 48 AC&CR-Piauí 49 AC&CR-Piauí Ficha Técnica Governador do Estado do Piauí José Wellington Barroso de Araújo Dias Secretário de Estado da Saúde do Estado do Piauí Francisco de Assis Oliveira Costa Superintendente de Atenção à Saúde – SUPAT / Coordenadora Estadual QUALISUS Cristiane Maria Ferraz Damasceno Moura Fé Superintendente de Assistência à Saúde - SUPAS Gerardo Rebelo Filho Diretor de Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar - DUDOH Alderico Gomes Tavares Coordenador Estadual da RUE Telmo Gomes Mesquita Assessora de Comunicação Social Graciene Nazareno Organização: Annatália Gomes Marilene Wagner Danyelle Monteiro Cavalcante 50 Escritores: Annatália Gomes Aline Dantas Farias Arlene da Silva Fontinele Clara Francisca Leal Cleiber Ricardo da Silveira Danyelle Monteiro Cavalcante Eloides Gonçalves de Oliveira Emília Alves Geraldo Magela Miranda Leidimar Barbosa de Alencar Lourival Oliveira Filho AC&CR-Piauí Maria Vieira de Moraes Marilene Wagner Renato Douglas e S. Souza Telmo Gomes Mesquita Revisores: Annatália Gomes Leidimar Alencar Marilene Wagner Renato Douglas Colaboradores: Antonia Selma de Brito Adriana Gomes de Assunção Annykaroline Cardoso Leal Ana Maria de Araujo Dias Ana Paula Veras Vieira Antonio Alves de Araújo Ariana Maria de Carvalho Aylane B. Rodrigues Araujo Bruna G. Vieira Sousa Carla Virgínia de Sena Santos Claudenia da Silva Façanha Claudia Leal Barroso Conceição de Maria Santos Almeida Cymara Fontinele Cunha Danielle Lages Aragão Cavalcante Edna Maria de S. Silva Elenice Rodrigues de Macedo Elisabete Jesuína de Oliveira Santos Felipe Nogueira Pinheiro Flávia Patrícia T. Rocha Gabrielly Rocha Souza Geórgia Francisca de M. Medeiros Giraides Maria Saraiva Isleide Barbosa Lima Jessika Ferreira Joana D’arc da Cruz Nascimento Josilene Soares de Sousa Lizia Maria Gomes Carneiro Maria do Rosário Soares de Sousa 51 AC&CR-Piauí Maria Edilmar de Sousa Mousinho Mariana Carvalho Oliveira Marilda Araujo B. de Castro Marilene de Sousa Oliveira Marinalda Ferreira Chaves e Silva Ozinalda Veloso P. Paz Patrícia Santos da Silva Raquel da Silva Ibiapina Rodrigo Oliveira Ribeiro Roseane Gomes Barbosa Sandra Eliza Ferreira Soares Selma Maria de Sousa Simone Almeida Medeiros Thaiana Coelho Nóbrega Martins Valda Pereira Vilarinho Viana Vera Lúcia de Sousa Neiva Veronesia M. S. Rosal Zilmar Maria Bento Cavalcante 52 AC&CR-Piauí Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4 ed. 4 reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.72p. : Il. Color. (Serie B. 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Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção Hospitalar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: editora Ministério da Saúde, 2011. Série B. Textos básicos de saúde - Cadernos HumanizaSUS; v. 3. BRASIL. Portaria GM/MS nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010: Estabelece as diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/ img/07_jan_portaria4279_301210.pdf. Acesso em: 26 de mai. de 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013: Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Acesso em Diário Oficial da União 26 de mai. de 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. 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