A importância das embalagens para os produtos

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CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A importância das embalagens para os produtos
CÍNTIA APARECIDA RODRIGUES CRISP
CAPIVARI - SP
2013
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CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
A importância das embalagens para os produtos
CÍNTIA APARECIDA RODRIGUES CRISP
Monografia de conclusão de curso
apresentado ao curso de Administração da
FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof Ms
Jorge José Elias
CAPIVARI - SP
2013
II
III
IV
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, que é soberano em sabedoria, e a nossa
família pelo incentivo e apoio recebido.
Aos nossos colegas da turma dos formandos 2013 em
Administração da Faculdade Cenecista de Capivari.
A todos,
Muito Obrigado
V
CRISP, Cíntia Aparecida Rodrigues – A importância das embalagens para os produtos Projeto
de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração, Faculdade
Cenecista de Capivari - CNEC. 2013.
RESUMO
Este trabalho apresenta a importância que a embalagem possui na influência
do processo de compra, sendo a embalagem algo visual que permite chamar a
atenção do cliente no processo de escolha. Além disso, verificamos que o
mundo da embalagem é definido como mundo do produto, da indústria e do
marketing, mas não é apenas isso, por outro lado a embalagem é uma ótima
„arma‟ das empresas, para enfrentar as grande batalhas com a concorrência
que acontecem nos ponto-de-venda diariamente. A embalagem é o vendedor
silencioso de uma empresa.
Palavras-chave: 1. Embalagens. 2. Marketing. 3. Produtos 4. Consumidores
VI
CRISP, Cíntia Aparecida Rodrigues – A importância das embalagens para os produtos Projeto
de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração, Faculdade
Cenecista de Capivari - CNEC. 2013
ABSTRACT
This work shows the importance that packaging has on the influence of the
buying process, the packaging being something visual that allows you to call the
attention of the client in the selection process. Furthermore, we find that the
world of packaging is defined as the product world, industry and marketing, but
it's not just that, however the packaging is a great "weapon" of companies to
address the great battles with competition happening in point-of-sale daily.
Packaging is the silent salesman for a company
Key words: 1. Packaging. 2. Marketing. 3. Products 4. Consumers
VII
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
CAPÍTULO 1
Apresentação do Trabalho .................................................................................................. 3
1.1. Caracterização do Problema ........................................................................................ 3
1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho ................................................................. 4
1.3. Relevância do Trabalho .............................................................................................. 4
1.4. Objetivos do Estudo .................................................................................................... 5
1.5. Estrutura do Trabalho .................................................................................................. 5
1.6. Classificação e Metodologia ........................................................................................ 5
CAPÍTULO 2
Revisão Bibliográfica ......................................................................................................... 7
2.1 Conceito do Marketing. ................................................................................................ 7
2.2 Conceito aplicado ao Marketing. ................................................................................ 10
2.3.Mix de Marketing ...................................................................................................... 14
2.3.1. Produto.............. ..................................................................................................... 15
2.3.2. Preço ...................................................................................................................... 17
2.3.3 Distribuição ............................................................................................................ 18
2.3.4. Promoção.............. .................................................................................................. 19
2.3.5.Embalagem ............................................................................................................. 21
2.4 O mundo das Embalagens .......................................................................................... 23
2.4.1.Conceito da Embalagem ......................................................................................... 23
2.4.2. Histórico ................................................................................................................. 24
2.4.3 Consumidor e a influencia da embalagem no processo de compra ........................ 26
2.4.4.Embalagens Premiadas ano 2013 ............................................................................ 27
2.4.5.Embalagem destaque ............................................................................................... 33
CAPÍTULO 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................. 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 36
VIII
IX
INTRODUÇÃO
Pretende-se nesse estudo mostrar a importância das embalagens para
os produtos e o quanto elas podem influenciar na decisão de compra, qual o
seu papel no marketing, tornando-se responsável pela potencialização de
vendas e pela construção de grandes marcas favorecendo o processo de
atração, identificação e compra do produto se destacando no ponto de venda.
Segundo Kotler (2006, p.397), embalagens bem desenhadas podem
criar valor de conveniência e promocional. Elas devem ser vistas como uma
arma de estilo, especialmente no caso de alimentos, cosméticos, artigos de
higiene pessoal e pequenos eletrodomésticos. Sendo o primeiro contato do
comprador com o produto, a embalagem é capaz de atrai-lo ou afasta-lo.
Muitos especialistas de marketing acrescentam um quinto P (packaging)
aos Ps de preço, produto, promoção e ponto (distribuição). Entretanto, a
maioria deles trata embalagem como elemento da estratégia de produto
(KOTLER, 2006 p 397)
Com a contribuição da tecnologia elas vêm sendo valorizada pelo
consumidor, uma vez que os produtos aparecem no mercado envolvidos em
embalagens chamativa, visando também a função da embalagem como
publicidade em conhecer sentimentos e desejos dos consumidores.
Em decorrência as embalagens passam a ser pensadas não mais como
um simples recipiente para transporte e sim como uma poderosa ferramenta de
marketing.
Para um melhor entendimento deste processo , vamos conhecer um
pouco mais sobre o marketing, suas definições e origem. O marketing é uma
ciência que acompanha a humanidade há alguns séculos, e está intimamente
inserida no mundo dos negócios. Profissionais de marketing atuam desde a
idéia inicial de um produto, passando pelo desenvolvimento, concepção,
lançamento, chegando ao processo de venda, onde ele será consumido para
satisfazer uma necessidade ou um desejo.
1
E a embalagem pode exercer essa função de maneira brilhante, pois a
partir de seu belo design, ela consegue encantar o consumidor, fazendo muitas
vezes com que ele experimente uma novidade.
A grande maioria dos alimentos que é consumido vem embalado, e
esse atributo com certeza é um dos primordiais da embalagem, ou seja, o de
conter e proteger um produto.
Teremos
a
embalagem
abordada
desde
sua
origem
também,
procurando mostrar um pouco desse mundo fantástico, bem como conceitos de
embalagem, histórico e as embalagens premiadas em 2013.
2
Capítulo 1 - APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
1.1 Caracterização do problema
A cada ano, a cada mês encontra-se no mercado uma grande gama de
produtos novos e por muitas vezes com os preços mais baixos de seus
concorrentes, com isso os clientes não conseguem mais fidelizar os produtos.
A embalagem se torna uma das peças fundamental para atrair a atenção e
conquistar novos clientes.
Diante dessa observação de mercado, verifica-se que o consumidor
muitas vezes compra um produto pela sua aparência física, design, ou melhor,
pela embalagem e rotulagem.
Como pode ser percebida a embalagem está no dia-a-dia de todo ser
humano, ela faz parte de nossas vidas. A grande maioria dos alimentos que é
consumido vem embalado, e esse atributo com certeza é um dos primordiais
da embalagem, ou seja, o de conter e proteger um produto.
Esse mundo da embalagem fica ainda mais fascinante, quando ela é
usada como ferramenta de marketing. Como é notável, a corrida competitiva
hoje é muito acirrada, e a cada dia são lançados novos produtos no mercado,
para tentar conquistar a preferência do consumidor. Por isso os profissionais de
marketing buscam na embalagem, o diferencial para conseguir se destacar
entre seus concorrentes, principalmente quando essa batalha é travada na
categoria de produtos de uso e consumo de bens duráveis, onde são travadas
verdadeiras batalhas no ponto-de-venda. E a embalagem exerce essa função
de maneira brilhante, pois a partir de seu belo design, ela consegue encantar o
consumidor, fazendo muitas vezes com que ele experimente uma novidade.
3
1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho
Este trabalho justifica-se pelo fato de grande valor das vendas dos
produtos no mercado decorrer em função das embalagens neste aspecto este
estudo aborda sob este tema afim de averiguar se isto realmente ocorre.
A competitividade do mercado atual onde os produtos são ofertados em
grandes quantidades fez com que os consumidores tornassem mais exigentes,
se perdendo em meio à tanta opção de produtos muito semelhantes, sendo
assim, o design da embalagem, passa a ter um papel fundamental devendo
responder pela diferenciação do produto, impactando visualmente e criando
um contato emocional com o consumidor, produto e marca podendo resultar
em fidelização.
O presente trabalho procura responder a pergunta a embalagem
influencia no processo de compra de um produto ?
1.3. Relevância do Trabalho
A relevância em estar desenvolvendo um trabalho com este assunto e
tema pode ser considerado pelo motivo de estar buscando um melhor
entendimento dos conceitos que possam estar ajudando os profissionais de
marketing,, bem como os jovens, hoje acadêmicos à estarem se interessando à
adentrarem no mundo dos negócios , com uma visão mais apurada da
realidade e da necessidade de uma boa administração em marketing, visando
pelo lado das embalagens, com um campo visual que por muitas vezes, passa
despercebido por algumas empresas e hoje representa-se muito na decisão de
compra dos clientes.
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1.4. Objetivos deste estudo
Este trabalho tem por objetivo.
a-) Estudar o conceito de marketing e da embalagem
b-) A influencia da embalagem no processo de compra
c-) Levantamento das embalagens premiadas em 2013
1.5.
Estrutura do trabalho
O primeiro capítulo apresenta a caracterização do problema, a
importância da embalagem, apresentação justificativa e objetivos.
O segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica sobre o tema, com
o momento histórico, o conceito e aplicação do Marketing.
O terceiro capítulo apresenta as ferramentas do marketing, conceituando
os 4p‟s mais conhecido como mix de marketing utilizado pelas empresas
criando.
O quarto capítulo aborda o tema principal estudo sobre a embalagem,
com histórico e sua influencia no processo de compra e a comunicação com a
mídia.
1.6 – Classificação e Metodologia
De acordo com Marconi e Lakatos (2011, p.43), a pesquisa pode ser
considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que
requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que
apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas,
utilizando métodos científicos.
5
Seguindo com a ideia de Marconi e Lakatos (2011, p.43) “Toda pesquisa
implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os
métodos ou técnicas empregadas”.
Para Gil (1999, p.65), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituido principalmente de livros e artigos científicos”.
Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo exploratória
onde serão feitas coletado dados de diversos autores.
De acordo com Gil (1999, p.65), “ As pesquisas exploratórias tem como
principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias,
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores”.
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Capítulo 2- REVISÃO BIBLIORÁFICA
2.1 - Conceito do Marketing
Antes de iniciar o estudo sobre a importância das embalagens vamos
falar sobre Marketing.
Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que
significa mercado. É utilizada para expressar a ação voltada
para o mercado. Assim, entende-se que a empresa que pratica
o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas
ações. (MACHLINE et al, 2003, p.02)
Atualmente ouve-se falar muito em marketing, mas se enganam os que
acham que é uma disciplina nova e inovadora no mundo dos negócios. De
acordo com BAKER, (2005, p.03), “o enigma do marketing é que ele é uma
das atividades mais antigas do homem e, ainda, é vista como a mais recente
disciplina de negócios”.
Partindo desse conceito, fica claro que o marketing é uma arte praticada
há muitos anos e que sofreu uma transição para se tornar essa profissão
importantíssima e de notoriedade expressiva no mundo dos negócios; exige
muita criatividade para se obter sucesso frente aos concorrentes, que crescem
a cada dia, impulsionados pelo lucro que o mercado proporciona. Todas essas
mudanças vêm fundamentadas em fortes pilares teóricos, onde se destacam a
visão de grandes gurus como Michel J. Baker, Marcos Cobra, Philip Kotler,
Peter Drucker, Armstrong e muitos outros.
“Marketing é tanto uma orientação gerencial, uma filosofia de negócios,
quanto uma função de negócios. Para entender o marketing é essencial
distinguir claramente as duas.” (BAKER, 2005, p.04)
O marketing como filosofia de negócios segue a trajetória do
desenvolvimento econômico acompanhado por mudanças tecnológicas.
7
São características importantes da Revolução Industrial, onde o avanço
tecnológico gerou excesso de produção, e os produtores viram-se obrigados a
descobrir técnicas que possibilitassem o escoamento de uma produção
crescente de serviços e mercadorias. A solução encontrada foi a adoção de
conceitos de marketing para identificar mercados e a forma de atingi-los,
procurava-se estimular a demanda por meio de maiores esforços de venda.
Posteriormente, percebeu-se que isso não era o bastante, e que era preciso
oferecer um produto diferente do concorrente. O preço tornou-se uma
estratégia distintiva de um fornecedor para o outro, mas essa estratégia não
era a mais aceita pelos administradores, pois baixava os lucros. Então, a
solução foi a adoção de uma política de diferenciação de produto. A idéia era
oferecer um produto não só fisicamente diferente, mas também com atributos
diferenciados - com benefícios subjetivos, trazidos por meio de serviços,
propaganda e esforços promocionais.
Já a abordagem do marketing como função de negócios, traz a função
de marketing responsável pelo mix de marketing.
Marketing é o processo de executar e planejar a concepção,
estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e
serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e
organizacionais (CHURCHILL e PETER, 2000, p.4).
Essa definição baseia-se nos 4P‟s do marketing- produto, preço, praça e
promoção. O marketing possui várias ferramentas que são indispensáveis na
sobrevivência de uma organização gerando valor, lucro ou prejuízo utilizando
da propaganda, promoção e distribuição de idéias.
O fato do marketing receber em algumas organizações orientações
específicas, não significa que ele seja mais importante que a produção e
finanças, por exemplo. BAKER (2005), ressalta que, na realidade, em uma
organização realmente orientada para o marketing, a necessidade de uma
função especializada de marketing é provavelmente muito menor do que em
uma empresa dominada por vendas ou produção. Isso propõe que o marketing
deve estar atrelado aos outros departamentos da empresa, e para tanto é
necessário um planejamento estratégico desde a produção até a entrega do
produto ao consumidor.
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Sabe-se que o marketing é primordial para o sucesso de uma
organização, e ele está inserido ao nosso redor, no dia a dia de cada um de
nós.
A função do marketing, mais do que qualquer outra nos
negócios, é lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar e
proporcionar ao cliente valor e satisfação constituem a
essência do pensamento e da prática do marketing moderno.”
(KOTLER; ARMSTRONG, 2005, p.04).
Garantir a satisfação dos clientes: essa talvez seja uma das premissas
mais interessantes desse processo chamado marketing.
Para muitos, marketing é apenas a propaganda que se faz de
determinado produto ou serviço, ou mesmo aquele contato que se tem no
momento da venda; o que vale dizer que há um enorme engano. O processo
de marketing envolve a idéia, o desenvolvimento, a produção e a distribuição
de um produto ou serviço. Daí explica-se a intensidade da palavra “satisfação”
para o marketing, pois para satisfazer as necessidades dos consumidores, a
cada dia são criados novos produtos, visando a lucratividade e o sucesso.
Marketing é o processo social por meio do qual pessoas e grupos de
pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação,
oferta e livre negociação e produtos e serviços de valor com outros (KOTLER,
2000, p.30).
Podemos dizer que o marketing busca a satisfação do cliente sejam eles
consumidores finais e ou organizações, tornando-se responsável por um
sistema de troca de bens e serviços ou seja ambos obtém o que necessitam e
desejam.
Essa é uma atividade que se fará presente enquanto a humanidade
existir, pois as necessidades humanas são ilimitadas:
9
Os consumidores vêem os produtos como pacotes de benefícios e
escolhem aqueles que lhes dão o melhor conjunto de valores por seu
investimento.” Um Gol significa transporte básico, preço acessível e
economia de combustível; um Ômega significa conforto, luxo e
status.As pessoas, de acordo com seus desejos e recursos,
demandam produtos com os benefícios que lhes garantam maior
satisfação.(KOTLER; ARMSTRONG, 2005, p.04).
O sucesso de empresas se dá ao devido cuidado em analisar e
conhecer o mercado e a demanda, e isso pode ser alcançado também através
de pesquisas. É imprescindível uma análise bem feita desses fatores, para se
saber qual a real necessidade e desejo dos consumidores. Todo ser humano
possui necessidades básicas de sobrevivência; precisa se alimentar para
manter-se forte, se vestir para abrigar-se do frio ou do sol. E o marketing
aproveita dessas necessidades básicas, mas não se atém a elas. O marketing
vai além e busca saber o que, exatamente, um atleta ou uma mulher grávida
quer comer, o que eles querem vestir, o que é mais adequado às
especificidades da situação de cada um.
Há uma crescente evolução nos mercados, e essa é a excitação e os
desafios enfrentados pelos empresários, onde a essência das empresas de
sucesso é adaptar-se a essas mudanças sem fracassar, pois se fracassarem
fatalmente serão superadas pela competição; e é aí que torna-se tão
importante a prática das técnicas de marketing.
2.2 Conceitos aplicados ao marketing
Empresas produzem produtos e serviços, na tentativa de garantir a
satisfação e necessidades dos consumidores.
De acordo com GRIFFIN (2002, p. 228).
“produtos são o conjunto de atributos, funções e benefícios que os
clientes compram. Primeiramente eles podem consistir de atributos
tangíveis (físicos) ou intangíveis, como aqueles associados com
serviços, ou uma combinação de tangíveis e intangíveis.”
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Para MACHILENE, at al (2005), seus atributos são características
funcionais (desempenho, sabor, temperatura, velocidade, etc.), formais
(tamanho, cor, peso) ou estéticas (estilo), percebidas e conhecidas, ou não,
pelo cliente. Um produto pode oferecer diferentes tipos de benefícios, tais como
ode natureza física (saciar a fome), emocional, psicológicas (sentir segurança)
ou sociais (ser aceito por um grupo).
Serviço, “por sua vez é um bem intangível, uma ação ou um
desempenho que cria valor por meio de uma mudança desejada no cliente ou
em beneficio dele.” (MACHLINE et al, 2005, p.04). O serviço não caracteriza
posse de nada.
Algumas de suas características são: intangíveis, há o
envolvimento do cliente no processo, são perecíveis, as pessoas constituem
parte do serviço, não existe estoque entre outros.
MACHLINE (et al, 2005, p.03) define mercado como “ o conjunto de
pessoas ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por
produtos ou serviços e que se dipõem de renda para adquiri-los.”
KOTLER; ARMSTRONG (2003, p.03) descreve ainda que, “o tamanho
de um mercado depende do número de pessoas que apresentam a
necessidade, têm recursos para fazer uma troca e estão dispostas a oferecer
esses recursos em troca daquilo que desejam.”
O mercado-alvo é aquele em que a empresa direcionará seus esforços e
investimentos para atingir uma determinada camada de consumidores (social,
etária, gênero), onde ela focará suas ações de marketing.
O marketing na prática empresarial se origina também de outras
disciplinas como a Economia, Sociologia, Psicologia.
Sendo assim, temos a Teoria da escolha individual, formulada pelo
economista Adam Smith (1776), é um dos fundamentos teóricos, entre a
relação dos interesses individuais do comprador e os do vendedor, por meio da
troca voluntária e competitiva. Essa teoria engloba quatro princípios:
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1. As pessoas buscam experiências que valham a pena;
2. A escolha individual determina o que vale a pena;
3. Por meio da troca livre e competitiva, os objetivos individuais serão
realizados;
4. As pessoas são responsáveis pelas suas ações e escolhem o que é
melhor para elas (princípio da soberania do consumidor). (SMITH,
1776 apud MACHLINE et al, 2003, p.03)
Os consumidores normalmente se vêem diante de uma difícil escolha,
pois se deparam com uma vasta oferta de produtos, serviços e marcas que
podem satisfazer suas necessidades. Diante desse cenário, a escolha é feita
baseada no valor, satisfação e qualidade que estes produtos ou serviços lhes
proporcionam ou apresentam.
Valor para o cliente decorre da relação custo-benefício, onde se percebe
que os benefícios adquiridos com a aquisição de um produto ou serviço, são
maiores que os custos incorridos para aquisição do mesmo.
A satisfação do cliente depende muito do desempenho que o produto ou
serviço por ele adquirido vá apresentar. Se o que se adquiriu igualar ou superar
as expectativas do consumidor, automaticamente ele ficará satisfeito e
propenso a efetuar novas aquisições. Se a situação for reversa, isso causará
insatisfação e conseqüentemente uma possibilidade muito menor de se repetir
a compra. É nesse aspecto que as empresas trabalham intensamente para
sempre proporcionar ao cliente aquele algo a mais além do prometido.
Mas é bom ressaltar que se a empresa estabelecer expectativas muito
baixas, ela não atrairá compradores suficientes (embora satisfaça aqueles que
compram). (KOTLER, 2005).
Qualidade total do produto é um dos maiores valores que os clientes
esperam dos produtos ou serviços oferecidos pelos fornecedores. Ela está
intimamente ligada à satisfação do cliente, e normalmente determinará seu
grau de satisfação.
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Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto
ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades
declaradas ou implícitas. Essa é uma definição claramente voltada
para o cliente. Podemos dizer que a empresa fornece qualidade
sempre que seu produto ou serviço atende às expectativas dos
clientes ou as excede. Uma empresa que satisfaz a maioria das
necessidades de seus clientes na maior parte das vezes é chamada
de empresa de qualidade. (KOTLER, 2005, p.56)
Baseado nisso, fica claro que as empresas de hoje devem implementar
a gestão de qualidade para manter e aumentar sua gama de cliente e
conseqüentemente permanecerem lucrativas.
Seguindo nessa linha de comando, chega-se à vantagem competitiva,
termo que se refere a uma competência exclusiva da empresa, que não pode
ser copiada pelos seus concorrentes. Hoje a concorrência não só está em toda
parte como aumenta a cada dia.
Segundo KOTLER (2005, p.169), “uma
empresa pode fazer mais descobertas sobre sua posição competitiva
classificando seus concorrentes e ela mesma segundo o papel que
desempenham no mercado: líder, desafiante, seguidor ou ocupante de nicho.”
Isso serve como base para se definir quais ações empreender baseado na
situação atual e a desejada da empresa.
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2.3 Mix de Marketing
Conhecido como composto de marketing as ferramentas estão divididas
em quatro grandes grupos sendo: produto, preço, praça e promoção que tem
por objetivo a criação de valor para os clientes e organizações.
“ A interação de uma organização com seus meios ambientes internos e
externos se realiza através do composto de marketing” ( COBRA, 1992, p.41).
A administração de marketing, é definida “como a análise, planejamento,
a implementação e o controle de programas desenvolvidos para criar, construir
e manter trocas benéficas com compradores-alvo para que sejam alcançados
os objetivos organizacionais.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2005).
Então sabe-se que a administração de marketing, envolve a tomada de
decisões, a gestão de recursos e de processos e avaliação dos resultados,
afim de maximizar os lucros da empresa. Nesse processo de gerenciamento,
grandes atenções são voltadas para uma tarefa considerada fundamental, que
é a administração do composto de marketing, mais conhecida como mix de
marketing, ou ainda de forma resumida como 4P‟s: produto, preço, promoção e
distribuição. Mix de marketing é esse conjunto de quatro ferramentas que a
empresa utiliza na criação de valor para o cliente. (MACHLINE et al 2003).
Essas quatro variáveis são controláveis, e a empresa as utiliza para alcançar
suas metas.
Diante desse contexto, normalmente quando se fala em tomadas de
decisões, é especificamente direcionado a esse mix que o gerente de
marketing vai concentrar suas atenções, pois o “mix de marketing „certo‟ é
aquele que maximiza o valor para o acionista”. (BAKER, 2005, p.203).
14
De qualquer forma é importante frisar que a administração de marketing
requer a aplicação de técnicas para saber tudo ou quase tudo sobre os
consumidores. Pois o grande desafio que os profissionais de marketing
enfrentam envolve o desenvolvimento de novos produtos e o reposicionamento
dos existentes que aumentarão o apelo junto às novas gerações de
consumidores. Muitas marcas atualmente preferidas pela geração mais jovem
são irreconhecíveis para os mais velhos, e em contra partida outras que eram
um tremendo sucesso nas gerações anteriores, estão se esforçando pra se
adaptar às mudanças em curso no mercado.
2.3.1 Produto
As decisões do produto (que são considerados a essência de qualquer
organização), englobam a idéia, a oportunidade do seu desenvolvimento e a
sua introdução no mercado de forma eficaz, satisfazendo as necessidades dos
clientes, com um posicionamento claramente definido para conseguir vantagem
sobre a os concorrentes.
Segundo Las Casas (2006) pode-se afirmar que o produto é a parte
mais importante do composto de marketing:
Todas as atividades de uma empresa justificam-se pela sua
existência. [...] todos os demais componentes do composto de mix de
marketing são extremamente necessários e importantes, mas sem o
produto, objeto principal da comercialização, eles seriam até mesmo
inexistentes. (LAS CASAS, 2006, p.164)
Produto é “como algo que pode ser oferecido a um mercado para
apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma
necessidade.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2006).
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Normalmente as pessoas têm idéia do produto como algo que se pode
tocar e possuir, e estas são algumas características do produto cujo tipo recebe
a classificação de bem tangível. Mas não é apenas isso, pois uma empresa de
prestação de serviço, por exemplo, também tem o seu produto para oferecer, e
neste caso seu produto é a prestação de serviços, classificado como bem
intangível, pois é algo que não pode ser apalpado. Claramente se pode
observar que a vida do ser humano gira em torno do consumo de produtos, por
isso a preocupação constante das empresas em lançar produtos que cada vez
mais proporcionem utilidades, despertando o interesse do consumidor, fazendo
com que este saia de sua casa e vá ao ponto de venda experimentar um a
novidade.
Las Casas (2006) acredita que o benefício que o produto poderá
proporcionar faz com que seja necessário fazer algumas definições básicas do
produto, tais como:
Produto básico: É o conjunto de benefícios, o pacote de utilidades
proporcionado pela versão básica do produto. O produto básico, em
certo sentido, é o mínimo que se pode esperar de uma oferta.
Produto ampliado: São todos benefícios extras adicionados ao
produto e que fazem parte de uma compra.
Produto esperado: São benefícios que os consumidores esperam ou
que estão acostumados a receber através de outras ofertas no
mercado. Neste caso a diferença existente entre o produto ampliado
e o produto esperado é que determinará os benefícios válidos para a
diferenciação do produto, ou a criação de “algo mais”.
Produto diferenciado: O fabricante deverá analisar as várias ofertas
existentes e níveis de expectativas dos compradores para determinar
quais características mais importantes que poderão ser incluídas.
(LAS CASAS, 2006, p.165 e 166).
Para os profissionais de marketing é muito importante estar atentos a
esses
níveis,
quando
planejam
um
produto,
para
saber
mensurar
adequadamente o custo-benefício que cada nível proporciona, pois como se
16
sabe a idéia original de um produto é que ele proporcione satisfação aos
consumidores e também a maximização dos lucros para a empresa durante
seu ciclo de vida. Pois assim como qualquer ser vivo o produto também tem
seu ciclo de vida. Desde o momento que ele é introduzido no mercado até a
sua retirada total, ele passa pelos estágios da introdução, crescimento,
maturidade e declínio. (LAS CASAS, 2006)
2.3.2 Preço
“Muitas decisões de compras são feitas com base nos preços dos
produtos. A maioria dos consumidores possuem desejos e necessidades
ilimitadas, porém recursos limitados”. (LAS CASAS, 2006, p.188). Estas
decisões tornam-se um diferencial entre as concorrentes, gerando vantagem
competitiva, garantindo assim um retorno que aumente da rentabilidade da
empresa.
Segundo Kotler; Armstrong (2006), em sentido mais restrito, preço é a
quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço. Historicamente, o
preço tem sido o principal fator a afetar a escolha do comprador.
Las Casas (2006) descreve que uma boa determinação de preços
poderá levar uma empresa ao desenvolvimento e lucratividade, enquanto que
uma má determinação poderá levar a empresa a grandes prejuízos e até
mesmo a falência. De acordo com Kotler; Armstrong (2006), o único elemento
do mix de marketing que produz receita é o preço, sendo todos os demais
representa custo. Ele é também um dos elementos mais flexíveis, ao contrário
das características dos produtos e dos compromissos com canais de
distribuição, os preços podem ser alterados rapidamente.
A flexibilidade é uma característica importante dessa variável, pois se
sabe que há várias influências que a afetam e vários fatores internos e
externos a serem considerados numa decisão de preço. Exemplo:
17
Fatores internos: objetivos de marketing, estratégia de mix de
marketing, custos e considerações organizacionais.
Fatores externos: natureza do mercado e demanda, concorrência,
outros fatores ambientais (economia, revendedores, governo).
(KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.263).
Para a empresa é importante que se tenha uma estratégia de
posicionamento bem esclarecida, para daí se determinar o preço de um
produto, pois caso contrário essa decisão se tornará ainda mais difícil e poderá
não surtir os resultados esperados: a rentabilidade.
2.3.3 Distribuição
Segundo Las Casas (2006) um bom produto e um preço adequado não
são suficientes para assegurar vendas. É necessária também a existência de
uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores finais.
Assim as decisões de distribuição que é uma tradução da palavra place
em inglês, envolvem as atividades da empresa, que tornam os produtos
disponíveis e acessíveis aos consumidores, fazendo com que os produtos
estejam sempre no lugar certo na hora certa para o consumidor. Para Las
Casas (2006), isso é possível através do sistema de distribuição onde o
marketing proporciona utilidade de lugar e de tempo, elegendo distribuidores
que possam vender seus produtos em locais certos e no tempo certo.
Por outro lado, mesmo notando toda a importância da variável de
distribuição, “é comum que as empresas dêem pouquíssima atenção a seus
canais de distribuição, à vezes com resultados desastrosos”. (KOTLER;
ARMSTRONG, 2006).
18
Baker (2005) afirma que novas estratégias de distribuição estão oferecendo
aos consumidores maiores benefícios em termos de conveniência, rapidez,
acessibilidade e custos mais baixos, e essa inovação vem se tornando uma
vantagem competitiva para algumas empresas. Conforme descreve Las Casas
(2006), sem a devida atenção no canal de distribuição, o plano de marketing
será deficiente, pois os consumidores estão acostumados e muitas vezes
exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis e
convenientes.
Para que essa variável funcione bem, também é preciso que haja um
bom relacionamento entre as empresas e os agentes dos canais de
distribuição, pois segundo Las Casas, a decisão sobre distribuição traduz
compromissos em longo prazo que exigem investimentos consideráveis (em
treinamentos, desenvolvimento da capacidade dos intermediários, entre
outros). Porém quando bem planejado e executado, esse investimento garante
retorno para a empresa, pois esses intermediários através de seus contatos,
experiência e especialização, conseguem oferecer à empresa mais do que ela
conseguiria por conta própria, no que se refere a levar os produtos ao ponto de
venda. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006).
2.3.4 Promoção
As decisões de promoção são aquelas que envolvem investimentos nas
atividades de comunicação.
“As empresas não devem limitar-se a fazer bons produtos, devem
informar os consumidores sobre os benefícios deles e posicioná-los
cuidadosamente em suas mentes. Para isso, devem utilizar com
muita habilidade as ferramentas de comunicação de massa da
propaganda, da promoção de vendas e das relações públicas”.
(KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.386)
19
De acordo com Las Casas (2006), a propaganda, venda pessoal,
promoção de vendas, merchandising e relações públicas, são alguns dos
meios de comunicação usados nesse processo dentre os muitos existentes.
A propaganda, cuja execução exige bons investimentos, não é algo
exclusivo da modernidade. Sabe-se que já existia desde as civilizações
primárias; porém os modelos de propaganda evoluíram assim como a
humanidade e hoje o que se vê são sofisticados meios de propaganda com o
intuito de informar, persuadir e lembrar os consumidores. (Kotler; Armstrong,
2006).
Las Casas (2006) ressalta que,
Um comercial, para ser eficiente, deve seguir alguns propósitos
básicos, como chamar a atenção do público a que se refere despertar
o interesse e o desejo e levar os consumidores atingidos pelo
comercial à ação. [...]. Devem, portanto, ser aplicados os princípios
de AIDA (Atenção-Interesse-Desejo-Ação). (LAS CASAS, 2006,
p.243)
Já a venda pessoal “é a única técnica promocional que envolve
comunicação face a face entre vendedor e comprador” (BAKER, 2005, p.298),
por isso ela é tão eficiente, mas ao mesmo tempo tão cara, “uma vez que a
manutenção de uma equipe de vendas exige treinamento, controle, gastos em
transportes, tempo de espera, etc.” (LAS CASAS, 2006, p.250). “A promoção
de vendas consiste em incentivos de curta duração destinados a estimular a
compra ou venda de um produto ou serviço” (KOTLER; ARMSTRONG, 2006,
p.400).
Las Casas (2006), reforça esta idéia, dizendo que ela deve atrair a
atenção e favorecer a ação dos consumidores à compra dos produtos.
Para a Associação Americana de Marketing (AMA), a promoção de
vendas abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e
20
propagandas, tornando-as mais efetivas tais como o uso de amostras,
exposições, demonstrações entre outros. (apud Las Casas, 2006, p.255).
Merchandising cujo temo significa “ação na mercadoria”, é definida pela
AMA como uma operação de planejamento necessária para se pôr no mercado
o produto certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidades certas e a
preço certo. (apud Las Casas, 2006, p.257).
As relações públicas é outra ferramenta importante, pois segundo Las
Casas (2006), são vários os públicos que se relacionam com uma empresa.
“Relações públicas consiste no desenvolvimento de bons relacionamentos com
os diversos públicos da empresa pela obtenção de publicidade favorável,
construção de uma boa imagem corporativa, impedindo ou revertendo à
disseminação de boatos [...]”.(Kotler; Armstrong, 2006, p.404).
2.3.5 Embalagem
Em geral, além dessas variáveis mencionadas, para alguns profissionais
de marketing já existe mais um componente importantíssimo que pode ser
englobado nesse cenário; trata-se embalagem. Para alguns profissionais ela é
considerado um componente na estratégia de marketing, enquanto a maioria
vê apenas como um elemento na estratégia de produto. Mas, segundo Griffin
(et al, 2001, p. 232), a embalagem é cada vez mais importante:
Conforme os mercados amadurecem e a diferenciação competitiva
estreitou-se, a embalagem tornou-se um componente muito
importante da estratégia de marketing. Ás vezes, uma empresa
esquece que o produto é embalado e que não só o produto é vendido
e adquirido. Freqüentemente, a embalagem de um produto é o seu
esforço de marketing mais distintivo.
( GRIFFIN et al, 2001, p.
232)
21
Sabe-se que a embalagem exerce várias funções essenciais para o
produto, dentre elas a de facilitar a armazenagem, proteger e conservar o
produto ajudar a posicionar ou reposicionar o produto, facilitar o uso do produto
e ajudar a vender o produto, dentre outras. (COBRA, 1990).
Sem dúvida essa é a função primordial da embalagem. Kotler;
Armstrong ressalta ainda que:
Nos últimos tempos, entretanto, numerosos fatores transformaram a
embalagem em uma importante ferramenta de marketing. A maior
concorrência e saturação nas prateleiras das lojas de varejo significa
que agora as embalagens devem realizar inúmeras tarefas de vendas
– desde atrair a atenção até descrever o produto para efetuar a
venda. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.218)
Dessa forma pode-se afirmar que as embalagens têm a missão de
induzir o consumidor à compra. (LAS CASAS, 2006), quando utilizada como
uma ferramenta de marketing.
22
2.4 Conceito da embalagem
Segundo (Kotler 2000 p.440) “ A embalagem é o conjunto de atividades
de projeto e produção do recipiente ou envoltório de um produto”
Podemos afirmar que a embalagem contém aspectos importantes para o
produto como o cuidado de proteção ao produto evitando perdas no manuseio
e armazenagem, ainda servindo como instrumento para aumentar a eficiência
do produto.
Há três tipos de materiais. Por exemplo:
A loção pós barba Old Spice vem em num frasco (embalagem
primária); dentro uma caixa de papelão (embalagem secundária), que
vem uma caixa maior (embalagem de remessa), que contém seis
dúzias de caixas Old Spice. (KOTLER, 2000, pag.440)
Sua função é tornar compreensível o conteúdo e viabilizar a compra.
Kotler (2000) descreve que vários fatores contribuíram para o crescimento das
embalagens como uma ferramenta de marketing, tais como:
- Auto- serviço: um número crescente de produtos é vendido na forma
de auto-serviço. Num supermercado médio, que estoca cerca de 15
mil itens, o comprador comum passa por cerca de 300 itens por
minuto. Dado que 53 por cento de todas as compras são feitas por
impulso, a embalagem eficaz opera como um
“comercial
instantâneo”. A embalagem deve desempenhar muitas das tarefas de
vendas: atrair a atenção, descrever os aspectos do produto, criar
confiança no consumidor e transmitir uma imagem geral favorável.
- Poder aquisitivo do consumidor: um aumento no poder aquisitivo do
consumidor significa que os consumidores estão dispostos a pagar
um pouco mais pela conveniência, pela aparência, pela confiabilidade
e pelo prestígio de melhores embalagens.
- Imagem da marca e da empresa: as embalagens contribuem para o
reconhecimento instantâneo da empresa ou da marca. [...]
- Oportunidade de inovação: uma embalagem inovadora pode trazer
grandes benefícios para os consumidores e lucros para os
fabricantes. (KOTLER, 2000, p.440)
Segundo (BLESSA 2001 p.27) “percepção visual é o alicerce de
qualquer esforço de marketing para posicionar uma marca e é um conceito
23
chave na teoria psicológica e na prática do marketing”. O poder de atração que
a embalagem exerce atuam diretamente na sensibilidade humana, no fator
motivacional, fazendo com que o individuo realize o desejo despertado por
meo da compra.
A identificação do produto não se dá só pela marca a embalagem
também é um meio pela sua cor, forma e texto, podendo sugerir um bom nível
de qualidade. (BLESSA 2001 p.35) afirma que a percepção da embalagem é
uma força excitante que pode impeli o consumidor á aquisição do produto
embalado.
De acordo com Cobra (1997, p.218) uma embalagem atraente e
informativa pode proporcionar o encontro do comprador com a mensagem
publicitária no ponto-de-venda. Afirma que a imagem exterior do produto, que é
a embalagem, ou em alguns casos os rótulos deve transmitir ao comprador
virtual uma idéia clara do que é o produto.
2.4.1- Histórico
Há registros arqueológicos de “embalagens” que datam de 2200 a.C.
Essas
primeiras “embalagens” utilizavam-se exclusivamente de materiais
naturais disponíveis na época, como couro, entranhas de animais, frutos, folhas
e outras fibras vegetais. Isso possibilitou ao ser humano, entre outras
vantagens,
prolongar
a
duração
das
caçadas
sem
ficar
faminto
e
sedento.(NEGRÃO, CAMARGO 2008 p.24)
A história do desenvolvimento das embalagens é muito parecida com a
do marketing, pois é sabido que “desde as primeiras civilizações já existia a
necessidade de transportar, acondicionar e armazenar alimentos” (ABRE,
2013).
Um bom exemplo disso são as cascas de coco e conchas do mar, que
eram usadas pelo homem como vasilhas para se beber água. Caminhando
nessa linha do tempo, mais adiante, esses recipientes começaram a sofrer a
intervenção artesanal do homem, “possibilitando a criação de tigelas de
madeiras, bolsas de pele de animais, potes e vasilhames de barro” (ABRE,
2013).
No início, o vidro foi a matéria mais utilizada. No primeiro século depois
de Cristo artesãos da Síria o utilizavam para produzir recipientes de diversos
24
formatos. Nessa mesma época, começou a ser utilizado também metais como
ferro, cobre e estanho para se desenvolver utensílios, mas estes tiveram uma
participação maior na produção de embalagens somente nos tempos mais
modernos, diferentemente da cerâmica de barro, que ao lado do vidro era
muito utilizada.
Com o passar do tempo, especialmente na Revolução Industrial, a
embalagem passou a ser produzida em série, onde constantemente passava
por aprimoramentos, deixando-as mais bonitas e mais resistentes, onde a
principal idéia era permitir que os produtos alimentares fossem transportados
dos locais de produção para os galpões de estoques, mantendo-se estáveis
por longos períodos, para atender a demanda que crescia cada vez mais. Para
este tipo de situação as embalagens de papelão foram as mais utilizadas.
O plástico, uma matéria-prima muito comum hoje em dia, só entrou
nesse cenário depois da 2ª Guerra Mundial, permitindo a ampliação do uso das
embalagens transparentes em uma vasta gama de formatos, dando
continuidade a um trabalho que já se iniciara nos anos 20 quando era utilizado
apenas o celofane. Foi nos anos 60 que as embalagens plásticas tiveram um
aumento significativo em sua produção.
Toda essa ”evolução”, fez com que a indústria de embalagem passasse
a desenvolver embalagens, mesclando os tipos de matéria prima. “É o caso
das caixas de cartão que, ao receberem uma camada de resina plástica,
tornam-se impermeáveis e podem ser utilizadas para embalar líquidos (sucos,
leite, entre outros)” ( ABRE, 2013), uma embalagem muito usada nos dias
atuais.
Nesse mundo onde a maioria dos produtos são embalados, a indústria
de embalagem acompanha as tendências mundiais, produzindo embalagens
com características especiais, para as inúmeras utilidades a qual é exigida, o
que torna esse setor muito cada vez mais atrativo financeiramente e que
constantemente passa por inovações tecnológicas.
25
2.4.2 O consumidor e a influencias da embalagem no processo de compra
“A grande maioria dos gastos de consumo ocorre nos pontos-de-venda
de varejo e os consumidores geralmente recorrem a uma visita à loja como a
oportunidade final para obter informações e avaliar o produto”. (SAMARA,
MORSCH, 2007, p.35).
Segundo (SAMARA; MORSCH, 2007) no processo de percepção, o
indivíduo absorve sensações ao entrar em contato com mensagens que
escolhe para prestar atenção, entre tantas exposições que o circunda.
Transferindo isso para os produtos de uso e consumo não duráveis,
onde não existirá a presença de um vendedor para informação e
aconselhamento, a embalagem é altamente perceptível aos olhos do
consumidor, atraindo-o por sua beleza, fazendo o papel do vendedor e
informando-lhe sobre o produto desejado, com intuito de levá-lo ao consumo.
Normalmente uma “decisão final é tomada para satisfazer uma
necessidade, e essa decisão inclui a seleção do tipo de produto, a marca, a loja
[...] e a forma de pagamento.” (SAMARA; MORSCH, 2007, p.35). Por isso da
importância de uma marca estar bem expressa de forma adequada na
embalagem, como já foi descrito anteriormente.
É importante ressaltar ainda, que não é só a beleza das embalagens que
influenciam os consumidores no ponto-de-venda. Outros atributos importantes
que devem ser levados em consideração são a praticidade de armazenamento,
a facilidade de manuseio (abri e fechar, por exemplo) e a nova onda que atinge
todo o mundo, que é a sustentabilidade.
As embalagens cartonadas que
acondiciona leite, sucos entre outros produtos abrangem tanto a questão de
armazenamento e praticidade de manuseio. Esse tipo de embalagem atrai os
consumidores, por ser mais prática sua alocação nas despensas dos lares,
como no caso do leite, por exemplo, onde é muito mais prático guardar o leite
que vem em “caixinhas” do que os que vêm em “saquinhos” plásticos. O
sistema de abertura dessas embalagens também foi inovado num passado
26
recente, pois não existe nada mais constrangedor do que uma embalagem
difícil de abrir, uma característica que era típica das embalagens metálicas: a
de sardinha por exemplo.
A questão ambiental atualmente também está tendo grande influência no
comportamento de compra dos consumidores. Pessoas estão passando a
procurar nos pontos-de-venda, além da beleza, da praticidade e da
comodidade, produtos ecologicamente corretos. E é aí que as embalagens com
poder de reciclagem ganham a preferência do consumidor. Nos produtos
sustentáveis, as cores que são predominantes nas embalagens são o verde, o
branco e o azul (em menor escala), pois trazem um sinal de pureza e leveza. O
único problema é que as indústrias ainda se deparam com outro desafio, que é
o de descobrir como não fazer com que o consumidor pague mais caro por
esses produtos.
As influências exercidas pelas embalagens num processo de compra
são inúmeras, há consumidores que compram determinados produtos apenas
para colocar a embalagem em algum tipo de coleção, como os colecionadores
de marca de cigarros ou de whisky, ou ainda aqueles que compram o
tradicional requeijão influenciado pela reutilização que a sua embalagem pode
proporcionar posteriormente ou simplesmente pela beleza do grafismo
estampado no copo.
2.4.3 - EMBALAGENS PREMIADAS ANO 2013
Seguindo os objetivos traçados no inicio desse trabalho apresentamos
embalagens premiadas no ano de 2013. Em evento realizado pela ABRE –
Associação Brasileira de Embalagem desde 2011 premia embalagens que se
destacam pela qualidade, tecnologia, design funcionalidade e inovação. Dividese em módulos : embalagem, design gráfico, design estrutural, tecnologia de
materiais e conservação, competitividade internacional, marketing e especial.
27
Modulo embalagem de alimentos doces: Ouro
A Batavo teve como maior desafio lançar uma embalagem inédita no
mercado de iogurtes, com porção individual conceituando “mais pote, menos
copo”. Pote fabricado com material resistente, de boa qualidade a qual o
diferencia no ponto de venda e reciclável. (ABRE, 2013)
Modulo embalagem de alimentos Salgados : Ouro
A Salero Alimentos desafia e cria uma embalagem voltada para
pequenas empresas com recursos limitados mais com uma ótima apresentação
no ponto de venda
28
Modulo embalagem de bebidas não alcoólicas : Ouro
A Casa Valdugo fabricante do suco inova com uma embalagem que traz
beleza e de boa qualidade fortalecendo a marca a sua tradição
Modulo embalagem de bebidas alcoólicas : Ouro
Uma embalagem sofisticada, buscando valorizar a marca e uma
aproximação maior do consumidor trouxe diferenciação ao produto com
qualidade falando de uma cachaça Premium.
29
Modulo design gráfico de bebidas não alcoólicas : Ouro
O 1º refrigerante do mundo Schweppes, completa 230 anos em 2013 e a
Coca-cola do Brasil mais uma vez inova com embalagens que leva a história
da marca.
Modulo embalagem cosméticos e cuidados pessoais : Ouro
Quando se fala em sustentabilidade a Natura lidera e lança a linha SOU
trazendo conceito de consumo consciente com preço mais acessível, permite
que seja consumido até o final usando o slogan “você aproveita o produto até a
última gota”. embalagem moderna e fácil de usar. (ABRE, 2013)
30
Modulo embalagem design gráfico de alimentos doces: Ouro
A Talento cria latas colecionáveis para fortalecimento do valor da marca
sendo destaque em design gráfico com tema “brasilidade” deu vida as latas
com traços artísticos, foram escolhidas pelo público através de votação no
facebook criando vínculo com o consumidor. (ABRE, 2013)
Modulo embalagem Marketing Estratégia de Comunicação: Ouro
Tendo como principal público alvo os jovens adultos a coca-cola zero
lança uma edição de embalagens customizadas com nomes mais comuns
fazendo com que os consumidores participem ativamente procurando suas
latinhas no mercado. (ABRE, 2013)
31
Modulo design gráfico de cosméticos, cuidados pessoais, saúde e
farmacêuticos : Ouro
A Johnson & Johnson do Brasil cria uma nova embalagem padrão de
comunicação sendo bem clara no que o produto pode oferecer
Modulo Voto Popular: Ouro
A Routhier & Darricarrére inova ao trazer um produto numa embalagem
que atraia mais o publico jovem com humor e tradicional com a ideia de amigos
se unirem e escolherem um motorista
32
2.4.4- EMBALAGENS DESTAQUE
Para consumidores fiéis da cerveja Skol, a AmBev lança uma linha de
garrafas decorativas tendo como proposta levar a garrafa do bar para a casa e
deixar do jovem que mora sozinho mais descolada, a casa da mulher moderna
que é cheia de estilo, após ser consumida a garrafa de alumínio se transforma
em vaso de flor, castiçal, abajur, relógio e dentre outros. Considerada uma das
idéias mais originais já lançadas.
Para Maria Fernanda Albuquerque, gerente de marketing da Skol
“Identificamos que embalagens comuns têm sito usadas como porta-objetos e
pensamos „por que já não entregar a solução completa, moderna de cheia de
estilo?‟ Queremos que o consumidor identifique a Skol como uma marca de
estilo de vida”.
33
Capítulo 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em função do tema abordado, considera-se que o mesmo agregou ainda
mais valor ao nosso conhecimento. Com a realização deste trabalho, falar
sobre o tema foi fascinante, pois possibilitou conhecer um pouco mais sobre
como os profissionais do mercado agem no dia-a-dia para enfrentar a árdua
batalha que ocorre nos pontos-de-venda. Diante das pesquisas realizadas,
pude compreender as origens do marketing, que ao mesmo tempo se mistura
com a da embalagem, pois como observamos durante as pesquisas, ambos já
existiam desde os primórdios da humanidade.
Durante a elaboração do trabalho em questão, compreendi que a
embalagem tem uma grande influência sobre o consumidor no ponto de venda,
podendo atraí-lo ou afastá-lo. Além do design atrativo, com apelo emocional
fazendo o papel do vendedor. Empresas fazem uma análise do que o
consumidor espera e busca em determinada embalagem tentando se adaptar
às exigências do consumidor com itens como funcionalidade, conveniência,
praticidade, qualidade, quantidade, atratividade, proteção, informação,
segurança alimentar e cada vez mais com a preocupação ambiental, sendo
bem vistas pelo consumidor final e pela sociedade.
A ideia de considerar a embalagem como o quinto "P", foi uma questão
que chamou bastante a atenção, tornando o produto como um todo, mais
completo.
Um fato relevante que gostaria de frisar, foi o pouco material encontrado
em livros de marketing. Notamos que o assunto é pouco explorado pelos
escritores da área do marketing, o que tornou a nossa pesquisa mais difícil,
mas nada que pudesse nos tirar o prazer de ter falado das embalagens, das
suas origens, funções e de sua beleza.
Conclui-se então, que cada vez mais os produtos além de prezar por
todos os itens inerentes à sua concepção e objetivo, a característica visual
possui um grande apelo com o consumidor, muitas vezes fazendo com que a
embalagem seja um divisor de águas, quando da definição pela aquisição do
produto.
34
Com relação aos objetivos levantados no início do trabalho foram
atingidos, porque no ítem 2 foi conceituado Marketing e a embalagem no item
2.3.5, a influencia da embalagem no processo de compra foi atingido no item
2.4.3 o levantamento das embalagens premiadas em 2013 foi atingido porque
no item 2.4.3 foram apresentadas as seguintes embalagens: Batavo, Sarelo,
Casa Valdugo, Cachaça Golveia, Schweppes, Natura, Talento, Coca-cola,
SempreLivre, Routhier, e no item 2.4.4 levantamento da embalagem destaque
em 2013 pode-se evidenciar a importância do tema abordado com o ambiente
cada vez mais competitivo entre os fabricantes, forçando-os cada vez mais, a
investir em novos produtos e tecnologias, para poder conquistar o consumidor.
35
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