CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A importância das embalagens para os produtos CÍNTIA APARECIDA RODRIGUES CRISP CAPIVARI - SP 2013 1 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO A importância das embalagens para os produtos CÍNTIA APARECIDA RODRIGUES CRISP Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Prof Ms Jorge José Elias CAPIVARI - SP 2013 II III IV AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, que é soberano em sabedoria, e a nossa família pelo incentivo e apoio recebido. Aos nossos colegas da turma dos formandos 2013 em Administração da Faculdade Cenecista de Capivari. A todos, Muito Obrigado V CRISP, Cíntia Aparecida Rodrigues – A importância das embalagens para os produtos Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração, Faculdade Cenecista de Capivari - CNEC. 2013. RESUMO Este trabalho apresenta a importância que a embalagem possui na influência do processo de compra, sendo a embalagem algo visual que permite chamar a atenção do cliente no processo de escolha. Além disso, verificamos que o mundo da embalagem é definido como mundo do produto, da indústria e do marketing, mas não é apenas isso, por outro lado a embalagem é uma ótima „arma‟ das empresas, para enfrentar as grande batalhas com a concorrência que acontecem nos ponto-de-venda diariamente. A embalagem é o vendedor silencioso de uma empresa. Palavras-chave: 1. Embalagens. 2. Marketing. 3. Produtos 4. Consumidores VI CRISP, Cíntia Aparecida Rodrigues – A importância das embalagens para os produtos Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso, Curso de Administração, Faculdade Cenecista de Capivari - CNEC. 2013 ABSTRACT This work shows the importance that packaging has on the influence of the buying process, the packaging being something visual that allows you to call the attention of the client in the selection process. Furthermore, we find that the world of packaging is defined as the product world, industry and marketing, but it's not just that, however the packaging is a great "weapon" of companies to address the great battles with competition happening in point-of-sale daily. Packaging is the silent salesman for a company Key words: 1. Packaging. 2. Marketing. 3. Products 4. Consumers VII SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 CAPÍTULO 1 Apresentação do Trabalho .................................................................................................. 3 1.1. Caracterização do Problema ........................................................................................ 3 1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho ................................................................. 4 1.3. Relevância do Trabalho .............................................................................................. 4 1.4. Objetivos do Estudo .................................................................................................... 5 1.5. Estrutura do Trabalho .................................................................................................. 5 1.6. Classificação e Metodologia ........................................................................................ 5 CAPÍTULO 2 Revisão Bibliográfica ......................................................................................................... 7 2.1 Conceito do Marketing. ................................................................................................ 7 2.2 Conceito aplicado ao Marketing. ................................................................................ 10 2.3.Mix de Marketing ...................................................................................................... 14 2.3.1. Produto.............. ..................................................................................................... 15 2.3.2. Preço ...................................................................................................................... 17 2.3.3 Distribuição ............................................................................................................ 18 2.3.4. Promoção.............. .................................................................................................. 19 2.3.5.Embalagem ............................................................................................................. 21 2.4 O mundo das Embalagens .......................................................................................... 23 2.4.1.Conceito da Embalagem ......................................................................................... 23 2.4.2. Histórico ................................................................................................................. 24 2.4.3 Consumidor e a influencia da embalagem no processo de compra ........................ 26 2.4.4.Embalagens Premiadas ano 2013 ............................................................................ 27 2.4.5.Embalagem destaque ............................................................................................... 33 CAPÍTULO 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................. 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 36 VIII IX INTRODUÇÃO Pretende-se nesse estudo mostrar a importância das embalagens para os produtos e o quanto elas podem influenciar na decisão de compra, qual o seu papel no marketing, tornando-se responsável pela potencialização de vendas e pela construção de grandes marcas favorecendo o processo de atração, identificação e compra do produto se destacando no ponto de venda. Segundo Kotler (2006, p.397), embalagens bem desenhadas podem criar valor de conveniência e promocional. Elas devem ser vistas como uma arma de estilo, especialmente no caso de alimentos, cosméticos, artigos de higiene pessoal e pequenos eletrodomésticos. Sendo o primeiro contato do comprador com o produto, a embalagem é capaz de atrai-lo ou afasta-lo. Muitos especialistas de marketing acrescentam um quinto P (packaging) aos Ps de preço, produto, promoção e ponto (distribuição). Entretanto, a maioria deles trata embalagem como elemento da estratégia de produto (KOTLER, 2006 p 397) Com a contribuição da tecnologia elas vêm sendo valorizada pelo consumidor, uma vez que os produtos aparecem no mercado envolvidos em embalagens chamativa, visando também a função da embalagem como publicidade em conhecer sentimentos e desejos dos consumidores. Em decorrência as embalagens passam a ser pensadas não mais como um simples recipiente para transporte e sim como uma poderosa ferramenta de marketing. Para um melhor entendimento deste processo , vamos conhecer um pouco mais sobre o marketing, suas definições e origem. O marketing é uma ciência que acompanha a humanidade há alguns séculos, e está intimamente inserida no mundo dos negócios. Profissionais de marketing atuam desde a idéia inicial de um produto, passando pelo desenvolvimento, concepção, lançamento, chegando ao processo de venda, onde ele será consumido para satisfazer uma necessidade ou um desejo. 1 E a embalagem pode exercer essa função de maneira brilhante, pois a partir de seu belo design, ela consegue encantar o consumidor, fazendo muitas vezes com que ele experimente uma novidade. A grande maioria dos alimentos que é consumido vem embalado, e esse atributo com certeza é um dos primordiais da embalagem, ou seja, o de conter e proteger um produto. Teremos a embalagem abordada desde sua origem também, procurando mostrar um pouco desse mundo fantástico, bem como conceitos de embalagem, histórico e as embalagens premiadas em 2013. 2 Capítulo 1 - APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1.1 Caracterização do problema A cada ano, a cada mês encontra-se no mercado uma grande gama de produtos novos e por muitas vezes com os preços mais baixos de seus concorrentes, com isso os clientes não conseguem mais fidelizar os produtos. A embalagem se torna uma das peças fundamental para atrair a atenção e conquistar novos clientes. Diante dessa observação de mercado, verifica-se que o consumidor muitas vezes compra um produto pela sua aparência física, design, ou melhor, pela embalagem e rotulagem. Como pode ser percebida a embalagem está no dia-a-dia de todo ser humano, ela faz parte de nossas vidas. A grande maioria dos alimentos que é consumido vem embalado, e esse atributo com certeza é um dos primordiais da embalagem, ou seja, o de conter e proteger um produto. Esse mundo da embalagem fica ainda mais fascinante, quando ela é usada como ferramenta de marketing. Como é notável, a corrida competitiva hoje é muito acirrada, e a cada dia são lançados novos produtos no mercado, para tentar conquistar a preferência do consumidor. Por isso os profissionais de marketing buscam na embalagem, o diferencial para conseguir se destacar entre seus concorrentes, principalmente quando essa batalha é travada na categoria de produtos de uso e consumo de bens duráveis, onde são travadas verdadeiras batalhas no ponto-de-venda. E a embalagem exerce essa função de maneira brilhante, pois a partir de seu belo design, ela consegue encantar o consumidor, fazendo muitas vezes com que ele experimente uma novidade. 3 1.2. Apresentação e justificativa deste trabalho Este trabalho justifica-se pelo fato de grande valor das vendas dos produtos no mercado decorrer em função das embalagens neste aspecto este estudo aborda sob este tema afim de averiguar se isto realmente ocorre. A competitividade do mercado atual onde os produtos são ofertados em grandes quantidades fez com que os consumidores tornassem mais exigentes, se perdendo em meio à tanta opção de produtos muito semelhantes, sendo assim, o design da embalagem, passa a ter um papel fundamental devendo responder pela diferenciação do produto, impactando visualmente e criando um contato emocional com o consumidor, produto e marca podendo resultar em fidelização. O presente trabalho procura responder a pergunta a embalagem influencia no processo de compra de um produto ? 1.3. Relevância do Trabalho A relevância em estar desenvolvendo um trabalho com este assunto e tema pode ser considerado pelo motivo de estar buscando um melhor entendimento dos conceitos que possam estar ajudando os profissionais de marketing,, bem como os jovens, hoje acadêmicos à estarem se interessando à adentrarem no mundo dos negócios , com uma visão mais apurada da realidade e da necessidade de uma boa administração em marketing, visando pelo lado das embalagens, com um campo visual que por muitas vezes, passa despercebido por algumas empresas e hoje representa-se muito na decisão de compra dos clientes. 4 1.4. Objetivos deste estudo Este trabalho tem por objetivo. a-) Estudar o conceito de marketing e da embalagem b-) A influencia da embalagem no processo de compra c-) Levantamento das embalagens premiadas em 2013 1.5. Estrutura do trabalho O primeiro capítulo apresenta a caracterização do problema, a importância da embalagem, apresentação justificativa e objetivos. O segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica sobre o tema, com o momento histórico, o conceito e aplicação do Marketing. O terceiro capítulo apresenta as ferramentas do marketing, conceituando os 4p‟s mais conhecido como mix de marketing utilizado pelas empresas criando. O quarto capítulo aborda o tema principal estudo sobre a embalagem, com histórico e sua influencia no processo de compra e a comunicação com a mídia. 1.6 – Classificação e Metodologia De acordo com Marconi e Lakatos (2011, p.43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. 5 Seguindo com a ideia de Marconi e Lakatos (2011, p.43) “Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas”. Para Gil (1999, p.65), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituido principalmente de livros e artigos científicos”. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo exploratória onde serão feitas coletado dados de diversos autores. De acordo com Gil (1999, p.65), “ As pesquisas exploratórias tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. 6 Capítulo 2- REVISÃO BIBLIORÁFICA 2.1 - Conceito do Marketing Antes de iniciar o estudo sobre a importância das embalagens vamos falar sobre Marketing. Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa mercado. É utilizada para expressar a ação voltada para o mercado. Assim, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas ações. (MACHLINE et al, 2003, p.02) Atualmente ouve-se falar muito em marketing, mas se enganam os que acham que é uma disciplina nova e inovadora no mundo dos negócios. De acordo com BAKER, (2005, p.03), “o enigma do marketing é que ele é uma das atividades mais antigas do homem e, ainda, é vista como a mais recente disciplina de negócios”. Partindo desse conceito, fica claro que o marketing é uma arte praticada há muitos anos e que sofreu uma transição para se tornar essa profissão importantíssima e de notoriedade expressiva no mundo dos negócios; exige muita criatividade para se obter sucesso frente aos concorrentes, que crescem a cada dia, impulsionados pelo lucro que o mercado proporciona. Todas essas mudanças vêm fundamentadas em fortes pilares teóricos, onde se destacam a visão de grandes gurus como Michel J. Baker, Marcos Cobra, Philip Kotler, Peter Drucker, Armstrong e muitos outros. “Marketing é tanto uma orientação gerencial, uma filosofia de negócios, quanto uma função de negócios. Para entender o marketing é essencial distinguir claramente as duas.” (BAKER, 2005, p.04) O marketing como filosofia de negócios segue a trajetória do desenvolvimento econômico acompanhado por mudanças tecnológicas. 7 São características importantes da Revolução Industrial, onde o avanço tecnológico gerou excesso de produção, e os produtores viram-se obrigados a descobrir técnicas que possibilitassem o escoamento de uma produção crescente de serviços e mercadorias. A solução encontrada foi a adoção de conceitos de marketing para identificar mercados e a forma de atingi-los, procurava-se estimular a demanda por meio de maiores esforços de venda. Posteriormente, percebeu-se que isso não era o bastante, e que era preciso oferecer um produto diferente do concorrente. O preço tornou-se uma estratégia distintiva de um fornecedor para o outro, mas essa estratégia não era a mais aceita pelos administradores, pois baixava os lucros. Então, a solução foi a adoção de uma política de diferenciação de produto. A idéia era oferecer um produto não só fisicamente diferente, mas também com atributos diferenciados - com benefícios subjetivos, trazidos por meio de serviços, propaganda e esforços promocionais. Já a abordagem do marketing como função de negócios, traz a função de marketing responsável pelo mix de marketing. Marketing é o processo de executar e planejar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais (CHURCHILL e PETER, 2000, p.4). Essa definição baseia-se nos 4P‟s do marketing- produto, preço, praça e promoção. O marketing possui várias ferramentas que são indispensáveis na sobrevivência de uma organização gerando valor, lucro ou prejuízo utilizando da propaganda, promoção e distribuição de idéias. O fato do marketing receber em algumas organizações orientações específicas, não significa que ele seja mais importante que a produção e finanças, por exemplo. BAKER (2005), ressalta que, na realidade, em uma organização realmente orientada para o marketing, a necessidade de uma função especializada de marketing é provavelmente muito menor do que em uma empresa dominada por vendas ou produção. Isso propõe que o marketing deve estar atrelado aos outros departamentos da empresa, e para tanto é necessário um planejamento estratégico desde a produção até a entrega do produto ao consumidor. 8 Sabe-se que o marketing é primordial para o sucesso de uma organização, e ele está inserido ao nosso redor, no dia a dia de cada um de nós. A função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação constituem a essência do pensamento e da prática do marketing moderno.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2005, p.04). Garantir a satisfação dos clientes: essa talvez seja uma das premissas mais interessantes desse processo chamado marketing. Para muitos, marketing é apenas a propaganda que se faz de determinado produto ou serviço, ou mesmo aquele contato que se tem no momento da venda; o que vale dizer que há um enorme engano. O processo de marketing envolve a idéia, o desenvolvimento, a produção e a distribuição de um produto ou serviço. Daí explica-se a intensidade da palavra “satisfação” para o marketing, pois para satisfazer as necessidades dos consumidores, a cada dia são criados novos produtos, visando a lucratividade e o sucesso. Marketing é o processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação e produtos e serviços de valor com outros (KOTLER, 2000, p.30). Podemos dizer que o marketing busca a satisfação do cliente sejam eles consumidores finais e ou organizações, tornando-se responsável por um sistema de troca de bens e serviços ou seja ambos obtém o que necessitam e desejam. Essa é uma atividade que se fará presente enquanto a humanidade existir, pois as necessidades humanas são ilimitadas: 9 Os consumidores vêem os produtos como pacotes de benefícios e escolhem aqueles que lhes dão o melhor conjunto de valores por seu investimento.” Um Gol significa transporte básico, preço acessível e economia de combustível; um Ômega significa conforto, luxo e status.As pessoas, de acordo com seus desejos e recursos, demandam produtos com os benefícios que lhes garantam maior satisfação.(KOTLER; ARMSTRONG, 2005, p.04). O sucesso de empresas se dá ao devido cuidado em analisar e conhecer o mercado e a demanda, e isso pode ser alcançado também através de pesquisas. É imprescindível uma análise bem feita desses fatores, para se saber qual a real necessidade e desejo dos consumidores. Todo ser humano possui necessidades básicas de sobrevivência; precisa se alimentar para manter-se forte, se vestir para abrigar-se do frio ou do sol. E o marketing aproveita dessas necessidades básicas, mas não se atém a elas. O marketing vai além e busca saber o que, exatamente, um atleta ou uma mulher grávida quer comer, o que eles querem vestir, o que é mais adequado às especificidades da situação de cada um. Há uma crescente evolução nos mercados, e essa é a excitação e os desafios enfrentados pelos empresários, onde a essência das empresas de sucesso é adaptar-se a essas mudanças sem fracassar, pois se fracassarem fatalmente serão superadas pela competição; e é aí que torna-se tão importante a prática das técnicas de marketing. 2.2 Conceitos aplicados ao marketing Empresas produzem produtos e serviços, na tentativa de garantir a satisfação e necessidades dos consumidores. De acordo com GRIFFIN (2002, p. 228). “produtos são o conjunto de atributos, funções e benefícios que os clientes compram. Primeiramente eles podem consistir de atributos tangíveis (físicos) ou intangíveis, como aqueles associados com serviços, ou uma combinação de tangíveis e intangíveis.” 10 Para MACHILENE, at al (2005), seus atributos são características funcionais (desempenho, sabor, temperatura, velocidade, etc.), formais (tamanho, cor, peso) ou estéticas (estilo), percebidas e conhecidas, ou não, pelo cliente. Um produto pode oferecer diferentes tipos de benefícios, tais como ode natureza física (saciar a fome), emocional, psicológicas (sentir segurança) ou sociais (ser aceito por um grupo). Serviço, “por sua vez é um bem intangível, uma ação ou um desempenho que cria valor por meio de uma mudança desejada no cliente ou em beneficio dele.” (MACHLINE et al, 2005, p.04). O serviço não caracteriza posse de nada. Algumas de suas características são: intangíveis, há o envolvimento do cliente no processo, são perecíveis, as pessoas constituem parte do serviço, não existe estoque entre outros. MACHLINE (et al, 2005, p.03) define mercado como “ o conjunto de pessoas ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por produtos ou serviços e que se dipõem de renda para adquiri-los.” KOTLER; ARMSTRONG (2003, p.03) descreve ainda que, “o tamanho de um mercado depende do número de pessoas que apresentam a necessidade, têm recursos para fazer uma troca e estão dispostas a oferecer esses recursos em troca daquilo que desejam.” O mercado-alvo é aquele em que a empresa direcionará seus esforços e investimentos para atingir uma determinada camada de consumidores (social, etária, gênero), onde ela focará suas ações de marketing. O marketing na prática empresarial se origina também de outras disciplinas como a Economia, Sociologia, Psicologia. Sendo assim, temos a Teoria da escolha individual, formulada pelo economista Adam Smith (1776), é um dos fundamentos teóricos, entre a relação dos interesses individuais do comprador e os do vendedor, por meio da troca voluntária e competitiva. Essa teoria engloba quatro princípios: 11 1. As pessoas buscam experiências que valham a pena; 2. A escolha individual determina o que vale a pena; 3. Por meio da troca livre e competitiva, os objetivos individuais serão realizados; 4. As pessoas são responsáveis pelas suas ações e escolhem o que é melhor para elas (princípio da soberania do consumidor). (SMITH, 1776 apud MACHLINE et al, 2003, p.03) Os consumidores normalmente se vêem diante de uma difícil escolha, pois se deparam com uma vasta oferta de produtos, serviços e marcas que podem satisfazer suas necessidades. Diante desse cenário, a escolha é feita baseada no valor, satisfação e qualidade que estes produtos ou serviços lhes proporcionam ou apresentam. Valor para o cliente decorre da relação custo-benefício, onde se percebe que os benefícios adquiridos com a aquisição de um produto ou serviço, são maiores que os custos incorridos para aquisição do mesmo. A satisfação do cliente depende muito do desempenho que o produto ou serviço por ele adquirido vá apresentar. Se o que se adquiriu igualar ou superar as expectativas do consumidor, automaticamente ele ficará satisfeito e propenso a efetuar novas aquisições. Se a situação for reversa, isso causará insatisfação e conseqüentemente uma possibilidade muito menor de se repetir a compra. É nesse aspecto que as empresas trabalham intensamente para sempre proporcionar ao cliente aquele algo a mais além do prometido. Mas é bom ressaltar que se a empresa estabelecer expectativas muito baixas, ela não atrairá compradores suficientes (embora satisfaça aqueles que compram). (KOTLER, 2005). Qualidade total do produto é um dos maiores valores que os clientes esperam dos produtos ou serviços oferecidos pelos fornecedores. Ela está intimamente ligada à satisfação do cliente, e normalmente determinará seu grau de satisfação. 12 Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou implícitas. Essa é uma definição claramente voltada para o cliente. Podemos dizer que a empresa fornece qualidade sempre que seu produto ou serviço atende às expectativas dos clientes ou as excede. Uma empresa que satisfaz a maioria das necessidades de seus clientes na maior parte das vezes é chamada de empresa de qualidade. (KOTLER, 2005, p.56) Baseado nisso, fica claro que as empresas de hoje devem implementar a gestão de qualidade para manter e aumentar sua gama de cliente e conseqüentemente permanecerem lucrativas. Seguindo nessa linha de comando, chega-se à vantagem competitiva, termo que se refere a uma competência exclusiva da empresa, que não pode ser copiada pelos seus concorrentes. Hoje a concorrência não só está em toda parte como aumenta a cada dia. Segundo KOTLER (2005, p.169), “uma empresa pode fazer mais descobertas sobre sua posição competitiva classificando seus concorrentes e ela mesma segundo o papel que desempenham no mercado: líder, desafiante, seguidor ou ocupante de nicho.” Isso serve como base para se definir quais ações empreender baseado na situação atual e a desejada da empresa. 13 2.3 Mix de Marketing Conhecido como composto de marketing as ferramentas estão divididas em quatro grandes grupos sendo: produto, preço, praça e promoção que tem por objetivo a criação de valor para os clientes e organizações. “ A interação de uma organização com seus meios ambientes internos e externos se realiza através do composto de marketing” ( COBRA, 1992, p.41). A administração de marketing, é definida “como a análise, planejamento, a implementação e o controle de programas desenvolvidos para criar, construir e manter trocas benéficas com compradores-alvo para que sejam alcançados os objetivos organizacionais.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2005). Então sabe-se que a administração de marketing, envolve a tomada de decisões, a gestão de recursos e de processos e avaliação dos resultados, afim de maximizar os lucros da empresa. Nesse processo de gerenciamento, grandes atenções são voltadas para uma tarefa considerada fundamental, que é a administração do composto de marketing, mais conhecida como mix de marketing, ou ainda de forma resumida como 4P‟s: produto, preço, promoção e distribuição. Mix de marketing é esse conjunto de quatro ferramentas que a empresa utiliza na criação de valor para o cliente. (MACHLINE et al 2003). Essas quatro variáveis são controláveis, e a empresa as utiliza para alcançar suas metas. Diante desse contexto, normalmente quando se fala em tomadas de decisões, é especificamente direcionado a esse mix que o gerente de marketing vai concentrar suas atenções, pois o “mix de marketing „certo‟ é aquele que maximiza o valor para o acionista”. (BAKER, 2005, p.203). 14 De qualquer forma é importante frisar que a administração de marketing requer a aplicação de técnicas para saber tudo ou quase tudo sobre os consumidores. Pois o grande desafio que os profissionais de marketing enfrentam envolve o desenvolvimento de novos produtos e o reposicionamento dos existentes que aumentarão o apelo junto às novas gerações de consumidores. Muitas marcas atualmente preferidas pela geração mais jovem são irreconhecíveis para os mais velhos, e em contra partida outras que eram um tremendo sucesso nas gerações anteriores, estão se esforçando pra se adaptar às mudanças em curso no mercado. 2.3.1 Produto As decisões do produto (que são considerados a essência de qualquer organização), englobam a idéia, a oportunidade do seu desenvolvimento e a sua introdução no mercado de forma eficaz, satisfazendo as necessidades dos clientes, com um posicionamento claramente definido para conseguir vantagem sobre a os concorrentes. Segundo Las Casas (2006) pode-se afirmar que o produto é a parte mais importante do composto de marketing: Todas as atividades de uma empresa justificam-se pela sua existência. [...] todos os demais componentes do composto de mix de marketing são extremamente necessários e importantes, mas sem o produto, objeto principal da comercialização, eles seriam até mesmo inexistentes. (LAS CASAS, 2006, p.164) Produto é “como algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2006). 15 Normalmente as pessoas têm idéia do produto como algo que se pode tocar e possuir, e estas são algumas características do produto cujo tipo recebe a classificação de bem tangível. Mas não é apenas isso, pois uma empresa de prestação de serviço, por exemplo, também tem o seu produto para oferecer, e neste caso seu produto é a prestação de serviços, classificado como bem intangível, pois é algo que não pode ser apalpado. Claramente se pode observar que a vida do ser humano gira em torno do consumo de produtos, por isso a preocupação constante das empresas em lançar produtos que cada vez mais proporcionem utilidades, despertando o interesse do consumidor, fazendo com que este saia de sua casa e vá ao ponto de venda experimentar um a novidade. Las Casas (2006) acredita que o benefício que o produto poderá proporcionar faz com que seja necessário fazer algumas definições básicas do produto, tais como: Produto básico: É o conjunto de benefícios, o pacote de utilidades proporcionado pela versão básica do produto. O produto básico, em certo sentido, é o mínimo que se pode esperar de uma oferta. Produto ampliado: São todos benefícios extras adicionados ao produto e que fazem parte de uma compra. Produto esperado: São benefícios que os consumidores esperam ou que estão acostumados a receber através de outras ofertas no mercado. Neste caso a diferença existente entre o produto ampliado e o produto esperado é que determinará os benefícios válidos para a diferenciação do produto, ou a criação de “algo mais”. Produto diferenciado: O fabricante deverá analisar as várias ofertas existentes e níveis de expectativas dos compradores para determinar quais características mais importantes que poderão ser incluídas. (LAS CASAS, 2006, p.165 e 166). Para os profissionais de marketing é muito importante estar atentos a esses níveis, quando planejam um produto, para saber mensurar adequadamente o custo-benefício que cada nível proporciona, pois como se 16 sabe a idéia original de um produto é que ele proporcione satisfação aos consumidores e também a maximização dos lucros para a empresa durante seu ciclo de vida. Pois assim como qualquer ser vivo o produto também tem seu ciclo de vida. Desde o momento que ele é introduzido no mercado até a sua retirada total, ele passa pelos estágios da introdução, crescimento, maturidade e declínio. (LAS CASAS, 2006) 2.3.2 Preço “Muitas decisões de compras são feitas com base nos preços dos produtos. A maioria dos consumidores possuem desejos e necessidades ilimitadas, porém recursos limitados”. (LAS CASAS, 2006, p.188). Estas decisões tornam-se um diferencial entre as concorrentes, gerando vantagem competitiva, garantindo assim um retorno que aumente da rentabilidade da empresa. Segundo Kotler; Armstrong (2006), em sentido mais restrito, preço é a quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço. Historicamente, o preço tem sido o principal fator a afetar a escolha do comprador. Las Casas (2006) descreve que uma boa determinação de preços poderá levar uma empresa ao desenvolvimento e lucratividade, enquanto que uma má determinação poderá levar a empresa a grandes prejuízos e até mesmo a falência. De acordo com Kotler; Armstrong (2006), o único elemento do mix de marketing que produz receita é o preço, sendo todos os demais representa custo. Ele é também um dos elementos mais flexíveis, ao contrário das características dos produtos e dos compromissos com canais de distribuição, os preços podem ser alterados rapidamente. A flexibilidade é uma característica importante dessa variável, pois se sabe que há várias influências que a afetam e vários fatores internos e externos a serem considerados numa decisão de preço. Exemplo: 17 Fatores internos: objetivos de marketing, estratégia de mix de marketing, custos e considerações organizacionais. Fatores externos: natureza do mercado e demanda, concorrência, outros fatores ambientais (economia, revendedores, governo). (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.263). Para a empresa é importante que se tenha uma estratégia de posicionamento bem esclarecida, para daí se determinar o preço de um produto, pois caso contrário essa decisão se tornará ainda mais difícil e poderá não surtir os resultados esperados: a rentabilidade. 2.3.3 Distribuição Segundo Las Casas (2006) um bom produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar vendas. É necessária também a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores finais. Assim as decisões de distribuição que é uma tradução da palavra place em inglês, envolvem as atividades da empresa, que tornam os produtos disponíveis e acessíveis aos consumidores, fazendo com que os produtos estejam sempre no lugar certo na hora certa para o consumidor. Para Las Casas (2006), isso é possível através do sistema de distribuição onde o marketing proporciona utilidade de lugar e de tempo, elegendo distribuidores que possam vender seus produtos em locais certos e no tempo certo. Por outro lado, mesmo notando toda a importância da variável de distribuição, “é comum que as empresas dêem pouquíssima atenção a seus canais de distribuição, à vezes com resultados desastrosos”. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006). 18 Baker (2005) afirma que novas estratégias de distribuição estão oferecendo aos consumidores maiores benefícios em termos de conveniência, rapidez, acessibilidade e custos mais baixos, e essa inovação vem se tornando uma vantagem competitiva para algumas empresas. Conforme descreve Las Casas (2006), sem a devida atenção no canal de distribuição, o plano de marketing será deficiente, pois os consumidores estão acostumados e muitas vezes exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis e convenientes. Para que essa variável funcione bem, também é preciso que haja um bom relacionamento entre as empresas e os agentes dos canais de distribuição, pois segundo Las Casas, a decisão sobre distribuição traduz compromissos em longo prazo que exigem investimentos consideráveis (em treinamentos, desenvolvimento da capacidade dos intermediários, entre outros). Porém quando bem planejado e executado, esse investimento garante retorno para a empresa, pois esses intermediários através de seus contatos, experiência e especialização, conseguem oferecer à empresa mais do que ela conseguiria por conta própria, no que se refere a levar os produtos ao ponto de venda. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006). 2.3.4 Promoção As decisões de promoção são aquelas que envolvem investimentos nas atividades de comunicação. “As empresas não devem limitar-se a fazer bons produtos, devem informar os consumidores sobre os benefícios deles e posicioná-los cuidadosamente em suas mentes. Para isso, devem utilizar com muita habilidade as ferramentas de comunicação de massa da propaganda, da promoção de vendas e das relações públicas”. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.386) 19 De acordo com Las Casas (2006), a propaganda, venda pessoal, promoção de vendas, merchandising e relações públicas, são alguns dos meios de comunicação usados nesse processo dentre os muitos existentes. A propaganda, cuja execução exige bons investimentos, não é algo exclusivo da modernidade. Sabe-se que já existia desde as civilizações primárias; porém os modelos de propaganda evoluíram assim como a humanidade e hoje o que se vê são sofisticados meios de propaganda com o intuito de informar, persuadir e lembrar os consumidores. (Kotler; Armstrong, 2006). Las Casas (2006) ressalta que, Um comercial, para ser eficiente, deve seguir alguns propósitos básicos, como chamar a atenção do público a que se refere despertar o interesse e o desejo e levar os consumidores atingidos pelo comercial à ação. [...]. Devem, portanto, ser aplicados os princípios de AIDA (Atenção-Interesse-Desejo-Ação). (LAS CASAS, 2006, p.243) Já a venda pessoal “é a única técnica promocional que envolve comunicação face a face entre vendedor e comprador” (BAKER, 2005, p.298), por isso ela é tão eficiente, mas ao mesmo tempo tão cara, “uma vez que a manutenção de uma equipe de vendas exige treinamento, controle, gastos em transportes, tempo de espera, etc.” (LAS CASAS, 2006, p.250). “A promoção de vendas consiste em incentivos de curta duração destinados a estimular a compra ou venda de um produto ou serviço” (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.400). Las Casas (2006), reforça esta idéia, dizendo que ela deve atrair a atenção e favorecer a ação dos consumidores à compra dos produtos. Para a Associação Americana de Marketing (AMA), a promoção de vendas abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e 20 propagandas, tornando-as mais efetivas tais como o uso de amostras, exposições, demonstrações entre outros. (apud Las Casas, 2006, p.255). Merchandising cujo temo significa “ação na mercadoria”, é definida pela AMA como uma operação de planejamento necessária para se pôr no mercado o produto certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidades certas e a preço certo. (apud Las Casas, 2006, p.257). As relações públicas é outra ferramenta importante, pois segundo Las Casas (2006), são vários os públicos que se relacionam com uma empresa. “Relações públicas consiste no desenvolvimento de bons relacionamentos com os diversos públicos da empresa pela obtenção de publicidade favorável, construção de uma boa imagem corporativa, impedindo ou revertendo à disseminação de boatos [...]”.(Kotler; Armstrong, 2006, p.404). 2.3.5 Embalagem Em geral, além dessas variáveis mencionadas, para alguns profissionais de marketing já existe mais um componente importantíssimo que pode ser englobado nesse cenário; trata-se embalagem. Para alguns profissionais ela é considerado um componente na estratégia de marketing, enquanto a maioria vê apenas como um elemento na estratégia de produto. Mas, segundo Griffin (et al, 2001, p. 232), a embalagem é cada vez mais importante: Conforme os mercados amadurecem e a diferenciação competitiva estreitou-se, a embalagem tornou-se um componente muito importante da estratégia de marketing. Ás vezes, uma empresa esquece que o produto é embalado e que não só o produto é vendido e adquirido. Freqüentemente, a embalagem de um produto é o seu esforço de marketing mais distintivo. ( GRIFFIN et al, 2001, p. 232) 21 Sabe-se que a embalagem exerce várias funções essenciais para o produto, dentre elas a de facilitar a armazenagem, proteger e conservar o produto ajudar a posicionar ou reposicionar o produto, facilitar o uso do produto e ajudar a vender o produto, dentre outras. (COBRA, 1990). Sem dúvida essa é a função primordial da embalagem. Kotler; Armstrong ressalta ainda que: Nos últimos tempos, entretanto, numerosos fatores transformaram a embalagem em uma importante ferramenta de marketing. A maior concorrência e saturação nas prateleiras das lojas de varejo significa que agora as embalagens devem realizar inúmeras tarefas de vendas – desde atrair a atenção até descrever o produto para efetuar a venda. (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p.218) Dessa forma pode-se afirmar que as embalagens têm a missão de induzir o consumidor à compra. (LAS CASAS, 2006), quando utilizada como uma ferramenta de marketing. 22 2.4 Conceito da embalagem Segundo (Kotler 2000 p.440) “ A embalagem é o conjunto de atividades de projeto e produção do recipiente ou envoltório de um produto” Podemos afirmar que a embalagem contém aspectos importantes para o produto como o cuidado de proteção ao produto evitando perdas no manuseio e armazenagem, ainda servindo como instrumento para aumentar a eficiência do produto. Há três tipos de materiais. Por exemplo: A loção pós barba Old Spice vem em num frasco (embalagem primária); dentro uma caixa de papelão (embalagem secundária), que vem uma caixa maior (embalagem de remessa), que contém seis dúzias de caixas Old Spice. (KOTLER, 2000, pag.440) Sua função é tornar compreensível o conteúdo e viabilizar a compra. Kotler (2000) descreve que vários fatores contribuíram para o crescimento das embalagens como uma ferramenta de marketing, tais como: - Auto- serviço: um número crescente de produtos é vendido na forma de auto-serviço. Num supermercado médio, que estoca cerca de 15 mil itens, o comprador comum passa por cerca de 300 itens por minuto. Dado que 53 por cento de todas as compras são feitas por impulso, a embalagem eficaz opera como um “comercial instantâneo”. A embalagem deve desempenhar muitas das tarefas de vendas: atrair a atenção, descrever os aspectos do produto, criar confiança no consumidor e transmitir uma imagem geral favorável. - Poder aquisitivo do consumidor: um aumento no poder aquisitivo do consumidor significa que os consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais pela conveniência, pela aparência, pela confiabilidade e pelo prestígio de melhores embalagens. - Imagem da marca e da empresa: as embalagens contribuem para o reconhecimento instantâneo da empresa ou da marca. [...] - Oportunidade de inovação: uma embalagem inovadora pode trazer grandes benefícios para os consumidores e lucros para os fabricantes. (KOTLER, 2000, p.440) Segundo (BLESSA 2001 p.27) “percepção visual é o alicerce de qualquer esforço de marketing para posicionar uma marca e é um conceito 23 chave na teoria psicológica e na prática do marketing”. O poder de atração que a embalagem exerce atuam diretamente na sensibilidade humana, no fator motivacional, fazendo com que o individuo realize o desejo despertado por meo da compra. A identificação do produto não se dá só pela marca a embalagem também é um meio pela sua cor, forma e texto, podendo sugerir um bom nível de qualidade. (BLESSA 2001 p.35) afirma que a percepção da embalagem é uma força excitante que pode impeli o consumidor á aquisição do produto embalado. De acordo com Cobra (1997, p.218) uma embalagem atraente e informativa pode proporcionar o encontro do comprador com a mensagem publicitária no ponto-de-venda. Afirma que a imagem exterior do produto, que é a embalagem, ou em alguns casos os rótulos deve transmitir ao comprador virtual uma idéia clara do que é o produto. 2.4.1- Histórico Há registros arqueológicos de “embalagens” que datam de 2200 a.C. Essas primeiras “embalagens” utilizavam-se exclusivamente de materiais naturais disponíveis na época, como couro, entranhas de animais, frutos, folhas e outras fibras vegetais. Isso possibilitou ao ser humano, entre outras vantagens, prolongar a duração das caçadas sem ficar faminto e sedento.(NEGRÃO, CAMARGO 2008 p.24) A história do desenvolvimento das embalagens é muito parecida com a do marketing, pois é sabido que “desde as primeiras civilizações já existia a necessidade de transportar, acondicionar e armazenar alimentos” (ABRE, 2013). Um bom exemplo disso são as cascas de coco e conchas do mar, que eram usadas pelo homem como vasilhas para se beber água. Caminhando nessa linha do tempo, mais adiante, esses recipientes começaram a sofrer a intervenção artesanal do homem, “possibilitando a criação de tigelas de madeiras, bolsas de pele de animais, potes e vasilhames de barro” (ABRE, 2013). No início, o vidro foi a matéria mais utilizada. No primeiro século depois de Cristo artesãos da Síria o utilizavam para produzir recipientes de diversos 24 formatos. Nessa mesma época, começou a ser utilizado também metais como ferro, cobre e estanho para se desenvolver utensílios, mas estes tiveram uma participação maior na produção de embalagens somente nos tempos mais modernos, diferentemente da cerâmica de barro, que ao lado do vidro era muito utilizada. Com o passar do tempo, especialmente na Revolução Industrial, a embalagem passou a ser produzida em série, onde constantemente passava por aprimoramentos, deixando-as mais bonitas e mais resistentes, onde a principal idéia era permitir que os produtos alimentares fossem transportados dos locais de produção para os galpões de estoques, mantendo-se estáveis por longos períodos, para atender a demanda que crescia cada vez mais. Para este tipo de situação as embalagens de papelão foram as mais utilizadas. O plástico, uma matéria-prima muito comum hoje em dia, só entrou nesse cenário depois da 2ª Guerra Mundial, permitindo a ampliação do uso das embalagens transparentes em uma vasta gama de formatos, dando continuidade a um trabalho que já se iniciara nos anos 20 quando era utilizado apenas o celofane. Foi nos anos 60 que as embalagens plásticas tiveram um aumento significativo em sua produção. Toda essa ”evolução”, fez com que a indústria de embalagem passasse a desenvolver embalagens, mesclando os tipos de matéria prima. “É o caso das caixas de cartão que, ao receberem uma camada de resina plástica, tornam-se impermeáveis e podem ser utilizadas para embalar líquidos (sucos, leite, entre outros)” ( ABRE, 2013), uma embalagem muito usada nos dias atuais. Nesse mundo onde a maioria dos produtos são embalados, a indústria de embalagem acompanha as tendências mundiais, produzindo embalagens com características especiais, para as inúmeras utilidades a qual é exigida, o que torna esse setor muito cada vez mais atrativo financeiramente e que constantemente passa por inovações tecnológicas. 25 2.4.2 O consumidor e a influencias da embalagem no processo de compra “A grande maioria dos gastos de consumo ocorre nos pontos-de-venda de varejo e os consumidores geralmente recorrem a uma visita à loja como a oportunidade final para obter informações e avaliar o produto”. (SAMARA, MORSCH, 2007, p.35). Segundo (SAMARA; MORSCH, 2007) no processo de percepção, o indivíduo absorve sensações ao entrar em contato com mensagens que escolhe para prestar atenção, entre tantas exposições que o circunda. Transferindo isso para os produtos de uso e consumo não duráveis, onde não existirá a presença de um vendedor para informação e aconselhamento, a embalagem é altamente perceptível aos olhos do consumidor, atraindo-o por sua beleza, fazendo o papel do vendedor e informando-lhe sobre o produto desejado, com intuito de levá-lo ao consumo. Normalmente uma “decisão final é tomada para satisfazer uma necessidade, e essa decisão inclui a seleção do tipo de produto, a marca, a loja [...] e a forma de pagamento.” (SAMARA; MORSCH, 2007, p.35). Por isso da importância de uma marca estar bem expressa de forma adequada na embalagem, como já foi descrito anteriormente. É importante ressaltar ainda, que não é só a beleza das embalagens que influenciam os consumidores no ponto-de-venda. Outros atributos importantes que devem ser levados em consideração são a praticidade de armazenamento, a facilidade de manuseio (abri e fechar, por exemplo) e a nova onda que atinge todo o mundo, que é a sustentabilidade. As embalagens cartonadas que acondiciona leite, sucos entre outros produtos abrangem tanto a questão de armazenamento e praticidade de manuseio. Esse tipo de embalagem atrai os consumidores, por ser mais prática sua alocação nas despensas dos lares, como no caso do leite, por exemplo, onde é muito mais prático guardar o leite que vem em “caixinhas” do que os que vêm em “saquinhos” plásticos. O sistema de abertura dessas embalagens também foi inovado num passado 26 recente, pois não existe nada mais constrangedor do que uma embalagem difícil de abrir, uma característica que era típica das embalagens metálicas: a de sardinha por exemplo. A questão ambiental atualmente também está tendo grande influência no comportamento de compra dos consumidores. Pessoas estão passando a procurar nos pontos-de-venda, além da beleza, da praticidade e da comodidade, produtos ecologicamente corretos. E é aí que as embalagens com poder de reciclagem ganham a preferência do consumidor. Nos produtos sustentáveis, as cores que são predominantes nas embalagens são o verde, o branco e o azul (em menor escala), pois trazem um sinal de pureza e leveza. O único problema é que as indústrias ainda se deparam com outro desafio, que é o de descobrir como não fazer com que o consumidor pague mais caro por esses produtos. As influências exercidas pelas embalagens num processo de compra são inúmeras, há consumidores que compram determinados produtos apenas para colocar a embalagem em algum tipo de coleção, como os colecionadores de marca de cigarros ou de whisky, ou ainda aqueles que compram o tradicional requeijão influenciado pela reutilização que a sua embalagem pode proporcionar posteriormente ou simplesmente pela beleza do grafismo estampado no copo. 2.4.3 - EMBALAGENS PREMIADAS ANO 2013 Seguindo os objetivos traçados no inicio desse trabalho apresentamos embalagens premiadas no ano de 2013. Em evento realizado pela ABRE – Associação Brasileira de Embalagem desde 2011 premia embalagens que se destacam pela qualidade, tecnologia, design funcionalidade e inovação. Dividese em módulos : embalagem, design gráfico, design estrutural, tecnologia de materiais e conservação, competitividade internacional, marketing e especial. 27 Modulo embalagem de alimentos doces: Ouro A Batavo teve como maior desafio lançar uma embalagem inédita no mercado de iogurtes, com porção individual conceituando “mais pote, menos copo”. Pote fabricado com material resistente, de boa qualidade a qual o diferencia no ponto de venda e reciclável. (ABRE, 2013) Modulo embalagem de alimentos Salgados : Ouro A Salero Alimentos desafia e cria uma embalagem voltada para pequenas empresas com recursos limitados mais com uma ótima apresentação no ponto de venda 28 Modulo embalagem de bebidas não alcoólicas : Ouro A Casa Valdugo fabricante do suco inova com uma embalagem que traz beleza e de boa qualidade fortalecendo a marca a sua tradição Modulo embalagem de bebidas alcoólicas : Ouro Uma embalagem sofisticada, buscando valorizar a marca e uma aproximação maior do consumidor trouxe diferenciação ao produto com qualidade falando de uma cachaça Premium. 29 Modulo design gráfico de bebidas não alcoólicas : Ouro O 1º refrigerante do mundo Schweppes, completa 230 anos em 2013 e a Coca-cola do Brasil mais uma vez inova com embalagens que leva a história da marca. Modulo embalagem cosméticos e cuidados pessoais : Ouro Quando se fala em sustentabilidade a Natura lidera e lança a linha SOU trazendo conceito de consumo consciente com preço mais acessível, permite que seja consumido até o final usando o slogan “você aproveita o produto até a última gota”. embalagem moderna e fácil de usar. (ABRE, 2013) 30 Modulo embalagem design gráfico de alimentos doces: Ouro A Talento cria latas colecionáveis para fortalecimento do valor da marca sendo destaque em design gráfico com tema “brasilidade” deu vida as latas com traços artísticos, foram escolhidas pelo público através de votação no facebook criando vínculo com o consumidor. (ABRE, 2013) Modulo embalagem Marketing Estratégia de Comunicação: Ouro Tendo como principal público alvo os jovens adultos a coca-cola zero lança uma edição de embalagens customizadas com nomes mais comuns fazendo com que os consumidores participem ativamente procurando suas latinhas no mercado. (ABRE, 2013) 31 Modulo design gráfico de cosméticos, cuidados pessoais, saúde e farmacêuticos : Ouro A Johnson & Johnson do Brasil cria uma nova embalagem padrão de comunicação sendo bem clara no que o produto pode oferecer Modulo Voto Popular: Ouro A Routhier & Darricarrére inova ao trazer um produto numa embalagem que atraia mais o publico jovem com humor e tradicional com a ideia de amigos se unirem e escolherem um motorista 32 2.4.4- EMBALAGENS DESTAQUE Para consumidores fiéis da cerveja Skol, a AmBev lança uma linha de garrafas decorativas tendo como proposta levar a garrafa do bar para a casa e deixar do jovem que mora sozinho mais descolada, a casa da mulher moderna que é cheia de estilo, após ser consumida a garrafa de alumínio se transforma em vaso de flor, castiçal, abajur, relógio e dentre outros. Considerada uma das idéias mais originais já lançadas. Para Maria Fernanda Albuquerque, gerente de marketing da Skol “Identificamos que embalagens comuns têm sito usadas como porta-objetos e pensamos „por que já não entregar a solução completa, moderna de cheia de estilo?‟ Queremos que o consumidor identifique a Skol como uma marca de estilo de vida”. 33 Capítulo 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Em função do tema abordado, considera-se que o mesmo agregou ainda mais valor ao nosso conhecimento. Com a realização deste trabalho, falar sobre o tema foi fascinante, pois possibilitou conhecer um pouco mais sobre como os profissionais do mercado agem no dia-a-dia para enfrentar a árdua batalha que ocorre nos pontos-de-venda. Diante das pesquisas realizadas, pude compreender as origens do marketing, que ao mesmo tempo se mistura com a da embalagem, pois como observamos durante as pesquisas, ambos já existiam desde os primórdios da humanidade. Durante a elaboração do trabalho em questão, compreendi que a embalagem tem uma grande influência sobre o consumidor no ponto de venda, podendo atraí-lo ou afastá-lo. Além do design atrativo, com apelo emocional fazendo o papel do vendedor. Empresas fazem uma análise do que o consumidor espera e busca em determinada embalagem tentando se adaptar às exigências do consumidor com itens como funcionalidade, conveniência, praticidade, qualidade, quantidade, atratividade, proteção, informação, segurança alimentar e cada vez mais com a preocupação ambiental, sendo bem vistas pelo consumidor final e pela sociedade. A ideia de considerar a embalagem como o quinto "P", foi uma questão que chamou bastante a atenção, tornando o produto como um todo, mais completo. Um fato relevante que gostaria de frisar, foi o pouco material encontrado em livros de marketing. Notamos que o assunto é pouco explorado pelos escritores da área do marketing, o que tornou a nossa pesquisa mais difícil, mas nada que pudesse nos tirar o prazer de ter falado das embalagens, das suas origens, funções e de sua beleza. Conclui-se então, que cada vez mais os produtos além de prezar por todos os itens inerentes à sua concepção e objetivo, a característica visual possui um grande apelo com o consumidor, muitas vezes fazendo com que a embalagem seja um divisor de águas, quando da definição pela aquisição do produto. 34 Com relação aos objetivos levantados no início do trabalho foram atingidos, porque no ítem 2 foi conceituado Marketing e a embalagem no item 2.3.5, a influencia da embalagem no processo de compra foi atingido no item 2.4.3 o levantamento das embalagens premiadas em 2013 foi atingido porque no item 2.4.3 foram apresentadas as seguintes embalagens: Batavo, Sarelo, Casa Valdugo, Cachaça Golveia, Schweppes, Natura, Talento, Coca-cola, SempreLivre, Routhier, e no item 2.4.4 levantamento da embalagem destaque em 2013 pode-se evidenciar a importância do tema abordado com o ambiente cada vez mais competitivo entre os fabricantes, forçando-os cada vez mais, a investir em novos produtos e tecnologias, para poder conquistar o consumidor. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKER, Michael J. 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