aplicação do imiquimode na terapia antitumoral de

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APLICAÇÃO DO IMIQUIMODE NA TERAPIA ANTITUMORAL DE MELANOMA
CUTÂNEO EM CAMUNDONGOS
FABIANO DE VARGAS DA COSTA ([email protected]) / Biomedicia/UNIFRA, Santa Maria
DIEGO SCHIRMER RENZI ([email protected]) / Biomedicia/UNIFRA, Santa Maria
CRISTINA GARCIA VENTURINI ([email protected]) / Faculdade de farmácia - ufrgs, Porto AlegreRS
ADRIANA RAFFIN POHLMANN ([email protected]) / instituto de quimica - ufrgs, Porto Alegre-RS
SILVIA GUTERRES ([email protected]) / Faculdade de farmacia - ufrgs, Porto Alegre-RS
LUIZ CARLOS RODRIGUES JUNIOR ([email protected]) / Curso de Farmácia e Mestrado em
Nanociências-UNIFRA, Santa Maria-RS
RENATA PLATCHECK RAFFIN ([email protected]) / Mestrado em Nanociências-UNIFRA, Porto AlegreRS
Palavras-Chave:
IMIQUIMODE;MELANOMA;B16F10;TERAPIA
O melanoma cutâneo é um câncer que tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina,
que determinam a cor da pele dos indivíduos. Este câncer representa 4% dos cânceres de pele, sendo
considerado o mais grave devido à sua alta probabilidade de metástase, atingindo predominantemente
indivíduos caucasianos (BRASIL, 2010). A mortalidade do melanoma corresponde a três vezes o número de
óbitos causados pelas demais neoplasias de pele em conjunto (AZULAY, 2008).
Algumas substâncias descritas na literatura são estimuladoras do funcionamento do sistema imunológico
contra este câncer, umas delas seria o imiquimode. O imiquimode 5% creme é uma imidazoquinolina amina
com sua estrutura química 1- (2-metilpropil)-1Himidazoll[4;5-C] quinolina 4 amina e fórmula molecular
C14H16N4 (UROSEVIC et al, 2003), com capacidade de atuar como imunomodulador e também como próapoptótica. Como imunomodulador, liga-se aos receptores TLR-7 das células dendríticas, resultando na
transcrição e liberação de múltiplas citocinas pró-inflamatórias locais. Esse tipo de resposta imune inata é
suficiente para induzir também uma resposta imune celular contra as células tumorais. Como pró-apoptótica
consiste na ativação da caspases, via Bcl-2, não dependendo de receptores de membrana (SCHÖN &
SCHÖN, 2004).
O presente trabalho tem como objetivo avaliar e comparar os efeitos do imiquimode na redução do tumor
induzido pela linhagem de melanoma murino B16F10 in vivo. Células B16F10 foram cultivadas até
confluência em meio DMEM 1X suplementado com soro fetal bovino 10%. Camundongos fêmeas C57Bl6
foram divididos em 3 grupos de 5 camundongos. Cada grupo recebeu 2x106 células B16F10 por via
subcutânea na coxa esquerda e os animais foram mantidos sob observação diária até aparecimento do
primeiro sinal de crescimento tumoral na coxa (10° dia). O grupo 1 (controle) não recebeu tratamento, o
grupo 2 foi tratado com creme sem ativo, o grupo 3 foi tratado com creme contendo imiquimode a 0,1%. O
tratamento foi realizado durante duas semanas, sendo aplicado o creme na coxa esquerda todos os dias.
Após o tratamento, os camundongos foram sacrificados por deslocamento cervical e volume da coxa medido
com paquímetro. Os valores obtidos foram avaliados utilizando as medidas do volume da coxa de um
camundongo sem tumor induzido com valores de largura 5,76 mm, comprimento 7,56 mm e espessura 7,36
mm. O grupo 1 que não recebeu nenhum tratamento apresentou a maior média, nas quais, largura de 22,53
mm, comprimento de 24,59 mm e espessura de 15,42 mm (com desvio padrão de 4,8111). O grupo 2 que
recebeu somente o creme sem ativo apresentou as seguintes medidas: largura equivalente à 16,02 mm,
comprimento de 16,48 mm e espessura de 11,43 mm(com desvio padrão de 2,7923). O grupo 3 que recebeu
o imiquimode na forma livre apresentou uma leve redução no tumor, obtendo as seguintes medidas: largura
11,14 mm, comprimento 8,79 mm e espessura 9,03 mm(com desvio padrão de 1,2930). Com base nos
resultados clínicos obtidos o imiquimode demonstrou eficácia no controle do melanoma. Com isso, fica
disponível uma nova abordagem terapêutica a este tipo de câncer, porém embasada em estudos mais
minuciosos sobre o mecanismo de ação do imiquimode e seus efeitos adversos. Novos estudos serão
realizados a fim de determinar o mecanismo de ação do fármaco.
REFERÊNCIAS:
SCHÖN, M.P.; SCHÖN, M; Immune modulation and apoptosis induction: two sides of the anti-tumoral activity
of imiquimod.; Apoptosis; v.9, n.3; p.291-298; 2004.
UROSEVIC, M. et al; Mechanisms underlying imiquimod-induced regression of basal cell carcinoma in vivo;
Archives of Dermatology; v.139, n.10; p.1325-1332; 2003.
AZULAY, R.D.; Neoplasias Melanocíticas e Dermatoscopia.; In: AZULAY, R.D.; Dermatologia.5 ed. Rio de
Janiero;Guanabara Koogan, 2008.; 621-630.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA).; Tipos de Câncer:Pele Melanoma.; Disponível em:
http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pele_melanoma; Acesso em: 1 de ago.
2011.
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