unidade ii a ação humana e os valores

Propaganda
Filosofia
• 10 °. Ano
Isabel Bernardo
Catarina Vale
UNIDADE II
A AÇÃO
HUMANA E
OS VALORES
Dimensões da ação
humana e dos valores
FICHA FORMATIVA
Nome:
N °. :
Turma:
Data:
GRUPO I
1. Clarifica os conceitos de:
a) norma;
b) consciência moral;
e) ética consequencialista.
c) ética;
d) ética deontológica;
2. Estabelece a relação entre a noção de experiência convivencial e a de norma
moral.
3. Lê o seguinte texto.
Viver eticamente é pensar sobre as coisas que se encontram para além dos nossos
próprios interesses. Quando penso eticamente torno-me apenas um ser, com necessidades e desejos próprios, certamente, mas a viver no meio de outros que também
têm necessidades e desejos. Quando agimos eticamente, devemos ser capazes de justificar o que estamos a fazer, e essa justificação deve ser tal que possa, em princípio,
convencer qualquer ser razoável.
Peter Singer (2006). Como havemos de viver? A ética numa época de individualismo.
Lisboa: Dinalivro, p. 303
3.1 Clarifica o que o autor considera ser “viver eticamente”.
3.2 Explica porque é que “viver eticamente” implica o desenvolvimento de uma
consciência ética.
A teoria ética de Kant, e sobretudo a sua noção de universalizabilidade dos juízos
morais, é por vezes criticada por ser vazia. Isto significa que a sua teoria só nos oferece
um enquadramento que revela a estrutura dos juízos morais sem ajudar em nada os que
estão perante tomadas de decisão morais efetivas. Dá pouca ajuda às pessoas que tentam
decidir o que devem fazer.
Esta crítica negligencia a versão do imperativo categórico que nos ensina a tratar as
pessoas como fins, e nunca como meios. Nesta última formulação, Kant dá, sem dúvida,
algum conteúdo à sua teoria moral. Mas, mesmo combinando a tese da universalizabilidade com a formulação dos meios e dos fins, a teoria de Kant não oferece soluções satisfatórias para muitas questões morais.
Por exemplo, a teoria de Kant não consegue dar facilmente conta dos conflitos entre
deveres. Se, por exemplo, eu tenho o dever de dizer sempre a verdade e também o de pro-
© EDIÇÕES ASA • 2013
GRUPO II
Dimensões da Ação Humana e dos Valores
teger os meus amigos, a teoria de Kant não me poderá mostrar o que deverei fazer quando
estes deveres entram em conflito. Se um louco com um machado me perguntasse onde
está o meu amigo, a minha primeira reação seria mentir-lhe. Dizer a verdade seria fugir
ao meu dever de proteger o meu amigo. Mas, por outro lado, segundo Kant, dizer uma
mentira, mesmo numa situação-limite como esta, seria uma ação imoral: tenho o dever
absoluto de nunca mentir.
N. Warburton (1998). Elementos básicos de filosofia. Lisboa: Gradiva, pp. 77-78.
1. Clarifica em que consiste, segundo Kant, o imperativo categórico.
2. Explica o que quer dizer o autor do texto quando refere que uma das críticas
à ética kantiana é a de não dizer aos agentes como agir em concreto.
3. Explicita porque é que um mesmo ato como “não mentir” pode ser, para Kant,
moralmente bom ou ausente de intenção ética.
4. Explica em que consiste a objeção, dirigida à ética kantiana, presente no
último parágrafo do texto.
GRUPO III
1. Mostra porque é a ética de Mill uma ética hedonista.
2. Enuncia as principais diferenças entre a ética kantiana e a ética de Mill.
3. Expõe os dois princípios éticos que sustentam a ética utilitarista.
© EDIÇÕES ASA • 2013
4. Clarifica qual a crítica que Rachels apresenta neste texto ao utilitarismo.
Suponha que está a caminho do teatro quando alguém lhe lembra que o dinheiro
que se prepara para gastar podia ser usado para providenciar comida a pessoas com
fome ou vacinas a crianças do Terceiro Mundo. Certamente que essas pessoas precisam mais de comida e medicamentos do que o leitor precisa de ver uma peça de teatro. Por isso, desiste do seu entretenimento e dá o dinheiro para uma organização de
caridade. Mas isso não põe fim ao caso. Pelo mesmo tipo de raciocínio, o leitor não
pode comprar roupas novas, um carro, computador ou uma máquina fotográfica.
Provavelmente deveria mesmo mudar-se para um apartamento mais barato. Afinal de
contas, o que é mais importante – ter estes luxos ou as crianças terem algo para comer?
J. Rachels (2004). Elementos de filosofia moral. Lisboa: Gradiva, p. 162.
5. Explicita de que forma Mill responderia a esta objeção.
Download