UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA – URCAMP CENTRO DE CIÊNCIAS DA ECONOMIA E INFORMÁTICA - CCEI CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS O MARKETING COMO FERRAMENTA PARA ATRAIR E RETER CLIENTES: UM ESTUDO DE CASO NA GALERIA GLÓRIA EM BAGÉ/RS. ANA CLAUDIA PEREIRA CAMPOS BAGÉ – RS 2009 ANA CLAUDIA PEREIRA CAMPOS O MARKETING COMO FERRAMENTA PARA ATRAIR E RETER CLIENTES: UM ESTUDO DE CASO NA GALERIA GLORIA EM BAGÉ/RS Monografia apresentada ao Centro de Ciências da Economia e Informática (CCEI) da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. Orientador: Profº. M. Sc. Sérgio Roberto Lopes Pires Bagé 2009 ANA CLAUDIA PEREIRA CAMPOS O MARKETING COMO FERRAMENTA PARA ATRAIR E RETER CLIENTES: UM ESTUDO DE CASO NA GALERIA GLÓRIA EM BAGÉ/RS MONOGRAFIA Obtenção do Título de Bacharel em Administração de Empresas UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA (URCAMP) CENTRO DE CIÊNCIAS DA ECONOMIA E INFORMÁTICA (CCEI) Grau Final: _________ Data de Defesa: ____/____/____ Examinador 1 Titulação Assinatura Examinador 2 Titulação Assinatura Examinador 3 Titulação Assinatura Data de Aprovação: ____/____/____ DEDICATÓRIA Aos meus pais Constâncio e Elice e aos meus irmãos Claudiomar e Ana Claudete, que sempre me apoiaram e incentivaram para que eu chegasse com entusiasmo e persistência à tão esperada conquista. Ao meu tio Porciúnculo (in memoriun) pelo exemplo de amizade, carinho e dedicação em todos os momentos de sua vida. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelo dom da vida e por me abençoar e guiar ao longo da minha caminhada; aos meus pais, alicerces da minha grande conquista; aos meus irmãos, pelo amor e admiração, enfim, à todas as pessoas que caminharam ao meu lado durante esta jornada. Ao meu orientador, professor Sérgio Roberto Lopes Pires, que demonstrou extremo empenho para orientar-me na realização desse trabalho. A todos os lojistas da Galeria Glória, pela oportunidade de realização deste trabalho, boa vontade e presteza, contribuindo para a realização e conclusão das atividades. Aos professores que, com certeza, marcaram esta etapa de aprendizado e conhecimento. Por fim, agradeço a todos que, ao longo desta caminhada, colaboraram de uma maneira ou outra para eu que pudesse realizar este sonho. “Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.” Chico Xavier RESUMO O presente trabalho teve como objetivo principal identificar as estratégias de marketing que poderão ser utilizadas pelas empresas da Galeria Glória em Bagé/RS, para atrair e reter clientes. A pesquisa, de caráter descritivo, utilizou-se de questionário semi-estruturado para coleta de dados. A amostra foi constituída por 18 lojistas da Galeria. Os resultados indicam a necessidade de se rever as estratégias utilizadas pelas empresas atualmente, uma vez que as mesmas ainda não utilizam as ferramentas adequadas para implantação destas estratégias. Indicam também a necessidade da elaboração de um planejamento de marketing por parte das empresas. Além disso, os resultados indicaram que as empresas deixam de utilizar algumas estratégias e ferramentas fundamentais para atrair e reter clientes para a Galeria. Palavras-chave: estratégias, marketing, satisfação de clientes O Ambie do Tr Automaç Materiais Máquinas Layout da Layouts d Projetos Iluminaçã Tempera Organização G RESUMEN The present work had like principal objective identified the strategies of marketing that will be able to be used by the enterprises of the Galeria Gloria in Bagé/RS, to attract and to keep clients. The inquiry, of descriptive character, made use of questionnaire semi-structured for collection of data. The sample was constituted by 18 shopkeepers of the Gallery. The results indicate the necessity of the strategies used by the enterprises being revised at present, as soon as same they still do not use the tools adapted for introduction of these strategies. They indicate also the necessity of the preparation of a projection of marketing for part of the enterprises. Besides, the results indicated what the enterprises stop using some strategies and basic tools to attract and to keep clients for the Gallery. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Dados referentes à questão 01 – Idade.................................................................00 Gráfico 02: Dados referentes à questão 02 – Sexo.........................................................00 Gráfico 03: Dados referentes à questão 03 – Grau de instrução..............................................00 Gráfico 04: Dados referentes à questão 04 – Entendimento sobre marketing.........................00 Gráfico 05: Dados referentes à questão 05 – Ramo de atividade das empresas......................42 Gráfico 06: Dados referentes à questão 06 – Produtos e/ou serviços oferecidos ....................43 Gráfico 07: Dados referentes à questão 07 – Acesso à internet...............................................45 Gráfico 08: Dados referentes à questão 08 – Elaboração do plano de marketing....................47 Gráfico 09: Dados referentes à questão 09 – Elaboração da pesquisa de mercado.................49 Gráfico 10: Dados referentes à questão 10 – Ferramentas de comunicação............................51 Gráfico 11: Dados referentes à questão 11 – Missão...............................................................53 Gráfico 12: Dados referentes à questão 12 – Avaliação da satisfação dos clientes.................55 Gráfico 13: Dados referentes à questão 13 – Estratégias para atrair e reter clientes...............57 Gráfico 14: Dados referentes à questão 14 – Pontos fortes da Galeria....................................59 Gráfico 15: Dados referentes à questão 15 – Pontos fracos da Galeria...................................61 Gráfico 16: Dados referentes à questão 15 – Pontos fortes das empresas...............................61 Gráfico 17: Dados referentes à questão 15 – Pontos fracos das empresas...............................61 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Relação entre os Objetivos e o Instrumento de Pesquisa...................................36 LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUMÁRIO INTRODUÇÃO A elevada concorrência do mercado, as novas tecnologias e os novos conceitos de compra e venda observados atualmente necessitam de ações cada vez mais eficientes na busca do sucesso para as empresas. Os consumidores hoje possuem uma vasta gama de produtos e serviços ao seu alcance. Eles fazem suas escolhas com base em suas percepções de qualidade, serviço e valor, ficando satisfeitos quando suas expectativas são atendidas e principalmente quando são superadas. Quando isso acontece, permanecem fiéis por mais tempo, compram mais, são menos sensíveis a preços e fazem propaganda positiva sobre a empresa. Neste contexto, o marketing possui um papel importante para atingir as expectativas dos consumidores, uma vez que procura colocar no mercado o produto que se deseja, no local certo e pelo preço que se pode pagar. Antigamente, o marketing era visto apenas como um serviço comercial, composto por alguns vendedores e empregados e muitas vezes estava subordinado à um diretor de produção ou diretor administrativo, mas aos poucos, essa função foi-se alargando progressivamente. Atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo e ver empresas usando filosofias diferentes do marketing em um mesmo mercado. A justificativa do tema se dá através dos inúmeros benefícios que as empresas poderão ter atualmente, utilizando de forma correta as estratégias que o marketing dispõe. O objetivo deste estudo é identificar estratégias de marketing que poderão ser utilizadas pela Galeria Glória – em Bagé/RS – para atrair novos clientes e fidelizar os clientes atuais. Para isso, buscou-se a elaboração de um estudo de caso, baseando-se em referencial teórico, técnica de observação e aplicação de instrumento de pesquisa. 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA A Galeria Glória é composta de diversas empresas, com os mais variados ramos de atuação. Uma das principais preocupações dos lojistas hoje em dia, é descobrir formas de atrair novos clientes para a galeria, mantendo fiéis os clientes conquistados. Nesse sentido, o marketing pode ter papel fundamental, uma vez que se utiliza de técnicas que buscam reforçar a convicção ou desejo de uma pessoa de comprar determinado produto ou serviço. Portanto, o problema desta pesquisa é: quais estratégias de marketing poderão ser utilizadas pelas empresas que compõem a Galeria para atrair novos clientes e reter aqueles que já existem? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL Identificar as estratégias de marketing que poderão ser utilizadas pela Galeria Glória para atrair e reter clientes. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Identificar o perfil dos lojistas da Galeria; b) Identificar o perfil das empresas que compõem a Galeria; c) Levantar pontos fortes e pontos fracos da galeria; d) Levantar pontos fortes e fracos das empresas que compõem a Galeria; e) Identificar as estratégias de marketing utilizadas atualmente pelas empresas que compõem a Galeria. f) Propor, a partir da análise dos dados coletados, o uso de estratégias de marketing que poderão contribuir com as empresas da Galeria na tentativa de atrair e reter clientes. 1.3 JUSTIFICATIVA Em um mercado altamente competitivo, onde os tradicionais métodos para atrair e reter clientes estão se tornando cada vez mais ineficazes, o marketing pode ser considerado como um grande aliado para que as empresas conquistem a preferência dos consumidores. Tendo em vista esta realidade, o presente estudo é importante para as empresas que compõem a Galeria Glória, uma vez que nele são abordadas as estratégias de marketing que poderão ser utilizadas para reter e atrair novos clientes para a galeria. 1.4 METODOLOGIA Este estudo caracteriza-se por abordar um estudo de caso que aborda o marketing como ferramenta para atrair e reter clientes e foi desenvolvido na Galeria Glória em Bagé, no Rio Grande do Sul. A população alvo do estudo são os lojistas da Galeria Glória. A coleta de dados para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada através de questionários aplicados na população alvo. Foi utilizado um questionário de perguntas fechadas e abertas com o objetivo de avaliar as estratégias de marketing que poderão ser utilizadas pelos lojistas da Galeria para atrair e reter clientes. Os dados foram tabulados e analisados pelo “método descritivo”, que têm o objetivo de proporcionar informações sumarizadas dos dados contidos no total de elementos da amostra estudada. 1.5 ESTRUTURAS DA MONOGRAFIA Esta monografia está dividida em capítulos que relacionam conteúdos de significativa importância para a realização da análise dos dados e do estudo de caso. Inicialmente, o capítulo um introduz o assunto correspondente ao estudo, apresentando o porquê da escolha do tema, sua justificativa, seus objetivos, bem como a metodologia utilizada no desenvolvimento do trabalho. O capítulo dois apresenta a caracterização do local, objeto deste estudo. O capítulo três apresenta o embasamento teórico relacionado ao tema do estudo apresentando: O capítulo quatro define os procedimentos metodológicos utilizados para a execução da presente pesquisa, a partir de um estudo de caso. No capítulo cinco faz-se a apresentação e a análise dos resultados obtidos na pesquisa realizada. Por fim, o capítulo seis destina-se a apresentar as considerações finais do estudo efetuado. 2 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL OBJETO DE ESTUDO 2.1 LOCALIZAÇÃO A Galeria Glória situa-se no centro do município de Bagé, RS, mais especificamente à Avenida Sete de Setembro, 1171. A Galeria Glória possui 02 (dois) acessos: pela Avenida Sete de Setembro e pela Rua Ismael Soares. 2.2 ESTRUTURA A Galeria Glória é composta por 24 lojas, oferecendo grande diversidade na área de comércio e prestação de serviços, sendo que 50% (cinqüenta por cento) das empresas atuam no comércio, 33% (trinta e três por cento) na prestação de serviços e ainda 17% (dezessete por cento) atuam no comércio e prestação de serviços simultaneamente. As lojas, atuam nos mais variados ramos, tais como: atacado de lingerie; roupas e calçados infantis; jóias; confecção feminina e acessórios em geral; salões de beleza; lojas de celulares e acessórios; artigos de papelaria em geral e serviços de fotocópias; artigos para presentes; utensílios para o lar; produtos fotográficos; lanches e bebidas; produtos e serviços de serigrafia; concerto de calçados, bolsas e cintos; moda íntima, pijamas, chinelos e robes e confecção jovem. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 MARKETING Quando se fala em marketing, freqüentemente se tem uma idéia pálida e bastante distorcida do que é a atividade. O marketing participa de todo o processo da produção e envolve-se ainda com os aspectos preço, promoção, distribuição e merchandising. Pode ser entendido então, como o instrumento que visa proporcionar o produto/serviço que o público deseja, no momento certo e no local certo a um preço que se possa pagar (DE FELIPPE JR, 2007). Segundo Iasnogrodski (1999), o marketing consiste no estudo sistemático das forças de formação da procura e da motivação do consumidor, das considerações temporais e especiais que influenciam as transações econômicas, e dos esforços integrados e reações dos consumidores em um mercado. Numa visão menos ampla, podemos defini-lo como sendo a técnica de criar e manter clientes dentro do contexto geral existente no mercado. Para Kotler (2000), podem ser estabelecidas para o marketing duas definições: uma social e outra gerencial. Socialmente, o marketing pode ser visto como um processo por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. O autor afirma ainda que quando se usa uma definição gerencial, o marketing pode ser visto como o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. (AMA - American Marketing Association - Nova definição de 2005).1 FRAGA (2006) diz que a palavra “marketing”, se observada de forma pragmática assume sua tradução literal: mercado. Para o autor, pode-se, então, afirmar que marketing é o estudo do mercado. É uma ferramenta administrativa que possibilita a observação de tendências e a criação de novas oportunidades de consumo visando à satisfação do cliente e 1 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing. Acesso em 01 mai 2009. respondendo aos objetivos financeiros e mercadológicos das empresas de produção ou prestação de serviços. 2 Já Nóbrega (2008), entende o marketing como uma forma de despertar nos consumidores suas necessidades reprimidas e demonstrar com supri-las através de produtos e/ou serviços. 3 KOTLER (2003) por sua vez, afirma que o marketing é a função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca a todos na organização para pensar no cliente e atender ao cliente. Finalmente, Etzel, Walker e Stanton (2001), afirmam que o marketing é um sistema total de atividades de negócios desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam os desejos dos mercados-alvo e atingir objetivos organizacionais. Os autores salientam que esta definição tem duas implicações significativas: a de que todo o sistema de atividades de negócios deve ser orientado ao cliente, e a de que o marketing deve começar com uma idéia sobre um produto que satisfaça o desejo do cliente e não deve encerrar até que esses desejos sejam completamente satisfeitos. 3.2 COMPOSTO DE MARKETING O composto de marketing ou composto mercadológico é representado pelo conjunto de ferramentas que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercadoalvo (KOTLER, 2000). Ainda segundo o autor, existem quatro grupos amplos que são denominados os 4P’s do marketing: produto, preço, praça e promoção. Para De Felippe Jr (2007) o composto de marketing é representado pelo conjunto de variáveis controláveis que as empresas podem utilizar para influenciar e modificar as respostas dos consumidores. Estas variáveis são: produto, preço, promoção e mercado ou praça e segundo o autor, podem ser assim definidos: 2 3 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing. Acesso em 01 mai 2009. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing. Acesso em 01 mai 2009. Produto: é qualquer objeto ou serviço que pode ser oferecido ao mercado para compra, consumo ou utilização. Uma lata de cerveja, um espetáculo de teatro ou um programa do governo podem ser considerados como produto. Preço: envolve todos os aspectos numéricos referentes ao produto ou serviço até se chegar ao consumidor, como descontos, reduções, formas de pagamento, bonificações, etc. Promoção: é a política de comunicação com o mercado, envolvendo propaganda, publicidade, venda direta, promoção de vendas, merchandising, brindes, sorteios, concursos, marketing direto, telemarketing, etc. Mercado ou Praça: compreende o processo de distribuição, canais de distribuição, pontos de venda, níveis de estoque, locais de estocagem, transportadora, enfim, todo o deslocamento do produto até o consumidor. 3.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Para Kotler (2000), o comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Porém, os fatores culturais são os que exercem a maior e mais profunda influência. Segundo o mesmo autor, os fatores culturais incluem a cultura, a subcultura e a classe social. Os fatores sociais são: grupos de referência, família, papéis sociais e status. Os fatores pessoais incluem a idade e o estágio do ciclo de vida, ocupação, circunstâncias econômicas, estilo de vida, personalidade e auto-imagem. Já os fatores psicológicos têm a ver com a motivação, percepção. Aprendizagem e crenças e atitudes. Segundo Iasnogrodski (1999) existem duas teorias que podem explicar o comportamento do consumidor: a microeconômica e a psicológica. Ao discutir as forças psicológicas que influenciam no comportamento do consumidor, pode-se dizer que este pode ser influenciado pela motivação, percepção, experiências pessoais, atitudes e convicções, personalidade e auto conceito. O autor afirma ainda que a cultura, a classe social e a família podem influenciar diretamente no comportamento de compra do consumidor. Já Serrano (2008) diz que as atitudes do consumidor que se referem ao processo de tomada de decisão e ao seu comportamento de compra podem ser controladas e analisadas. Segundo o autor, isto significa que, para compreender o comportamento do homem e, portanto, a natureza efetiva do seu desejo por consumo, deve-se prestar atenção a esses hábitos, atitudes e estímulos. 3.4 NECESSIDADES E SATISFAÇÃO DO CLIENTE Kotler (2000) afirma que as necessidades descrevem exigências humanas básicas. Essas necessidades se tornam desejos quando são dirigidas a objetos específicos capazes de satisfazer as pessoas. Segundo o mesmo autor, existem ainda hoje em dia, muitas dúvidas a respeito de como os clientes fazem suas escolhas. Acredita-se que eles avaliam qual oferta proporciona maior valor. Para isso, formam uma expectativa de valor e agem com base nela, onde a probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender ou não a essa expectativa de valor. Por esse motivo, o autor salienta sobre a importância de a empresa buscar vantagens competitivas, para que se possa criar maior valor para o cliente satisfazendo assim, suas necessidades. Para Lima (2007), as necessidades dos clientes obedecem a uma hierarquia para aquisição de produtos ou serviços. Isto significa que no momento em que o cliente atende uma necessidade básica, surge outra, em seu lugar, num nível hierárquico superior, exigindo sempre que busquem meios para satisfazê-la. Já Santângelo (2008) salienta que satisfazer as necessidades dos clientes, não é diferencial competitivo e sim premissa básica para qualquer produto ou serviço. É necessário cada vez mais surpreender, exceder o grau de expectativa dos clientes. Somente desta maneira, as empresas poderão ter vantagens competitivas e talvez sustentabilidade no futuro. Neste sentido, Churchill e Petter (2000) afirmam que as empresas devem ter uma visão orientada para o marketing, o que significa que as organizações devem possuir uma filosofia de negócios, procurando construir produtos e serviços para satisfazer seus clientes, por meio da compreensão de suas necessidades e desejos. Portanto, é importante que as empresas saibam avaliar a satisfação de seus clientes. Para Crocco et al.(2006), ao verificar se o cliente está satisfeito, o comerciante ou prestador de serviços estabelece um diferencial em relação à concorrência, gerando informações que permitirão correções no processo de venda, além de identificar oportunidades de novas vendas. Ainda segundo os autores, uma das ferramentas mais adequadas para se verificar a satisfação dos clientes é o atendimento pós-venda. Para eles, o trabalho de pós-venda tem sido cada vez mais valorizado pelas pequenas empresas, pois elas já percebem que, ao contrário de outras formas de marketing, o pós-venda não exige maiores investimentos. 3.5 ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES No passado, muitas empresas achavam que seus clientes eram garantidos. Isso talvez, porque eles não tinham muitas alternativas. Hoje, além de melhorar suas relações com seus parceiros (fornecedores, distribuidores, etc.), muitas empresas estão se concentrando no desenvolvimento de vínculos mais sólidos com seus clientes finais (KOTLER, 2000). O autor afirma ainda que os clientes de hoje são mais difíceis de agradar. São mais inteligentes, mais conscientes em relação aos preços, mais exigentes, perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou melhores. Portanto, o desafio não é deixar os clientes satisfeitos, mas sim conquistar clientes fiéis. Ainda segundo o autor, a maior parte da teoria e prática de marketing infelizmente concentra-se na arte de atrair novos clientes, em vez de se preocupar com a retenção dos existentes. Tradicionalmente, a ênfase tem sido na realização de vendas, em vez de na construção de relacionamentos; em pré-vendas e vendas, em vez de na assistência pós-venda. KOTLER (2003), diz que a chave para a retenção de clientes é a satisfação de clientes. Um cliente altamente satisfeito: a) Permanece fiel por mais tempo. b) Compra mais à medida que a empresa lança novos produtos ou aperfeiçoa produtos existentes. c) Fala favoravelmente da empresa e de seus produtos. d) Dá menos atenção a marcas e propaganda concorrentes e é menos sensível a preço. e) Oferece idéias sobre produtos ou serviços à empresa. f) Custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma vez que as transações são rotinizadas. Já Iasnogrodski (1999), afirma que a empresa são os clientes e por isso eles são a parte mais importante dela. Segundo o autor, deve-se levar em consideração que: a) Clientes satisfeitos provocam menos estresse; b) Clientes satisfeitos tomam menos o nosso tempo; c) Clientes satisfeitos falam de sua satisfação a outras pessoas, o que amplia a boa reputação; d) Clientes satisfeitos trazem satisfação ao trabalho e podem ajudar a motivar você e sua equipe; e) Clientes são seres humanos – é natural querer proporcionar um atendimento atencioso, prestativo e eficiente. Para Menshhein (2007), a fidelização é um processo onde os dois lados ganham e sentem-se bem, trazendo benefícios mútuos e permitindo estabelecer uma relação duradoura. Porém, fidelizar clientes não é uma tarefa fácil e requer por parte da empresa, muitas vezes, a formulação de estratégias de marketing fortes e bem planejadas. 3.6 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO KOTLER (1999), afirma que, somente após decidir sobre a segmentação de mercado, a empresa deve posicionar os seus produtos/serviços de modo que os clientes-alvo fiquem cientes dos benefícios inerentes a eles. Posicionamento, segundo o autor, é o esforço de implantar o (s) benefício (s) – chave e a diferenciação nas mentes dos clientes. O autor afirma ainda que, além dos benefícios-chave, os vendedores apresentarão aos compradores potenciais, razões adicionais pelas quais eles deveriam dar preferência à sua marca. Para Bernardino, Pacanowski, Khoury e Reis apud Weinstein (2004), segmentação é o processo de dividir mercados em grupos de consumidores potenciais com necessidades e características similares. Segundo os autores, a segmentação de mercado proporciona vários benefícios, tais como: projetar formatos de loja que atendam as necessidades do mercado; elaborar estratégias de comunicação eficazes e de menor custo; avaliar a concorrência; auxiliar o marketing de uma empresa menor, de forma que ela crie um nicho defensável; identificar lacunas de mercado, ou seja, segmentos que ainda não estão sendo bem atendidos ou que têm potencial de crescimento. Já Nickels e Wood (1999), acreditam que se a segmentação de mercado for utilizada de maneira adequada, pode oferecer quatro benefícios: oportunidades para construir e fortalecer relacionamentos de longo prazo com clientes chaves; maior eficiência e eficácia do marketing; melhor compreensão do ambiente competitivo do marketing e respostas rápidas às necessidades em mutação dos consumidores. Os autores afirmam ainda que o processo de segmentação divide-se em quatro passos: definir os mercados a serem segmentados; identificar e aplicar as variáveis de segmentação; avaliar os segmentos e finalmente, selecionar os segmentos que se deseja conquistar. Após completar as quatro etapas, Nichels e Wood (1999), salientam que a empresa deverá realizar a seleção do mercado alvo e o posicionamento. Só depois disso, a empresa estará pronta para aplicar suas estratégias de marketing. 3.7 ESTRATÉGIAS DE MARKETING Segundo Menshhein (2007) para obterem sucesso, as empresas precisam compreender realmente o que é desejado pelo consumidor. O autor afirma que, quando utiliza o marketing de forma planejada, a empresa passa a conhecer as necessidades e desejos do consumidor e com isso, a conquista e retenção de clientes tornam-se objetivos mais fáceis de serem alcançados. Para Almeida (2003), é com o marketing que as empresas vão conseguir conquistar e fidelizar seus clientes. Para isso, o marketing conta com quatro instrumentos básicos de ação: produção de bens e serviços que atendam aos desejos do público; escolha do preço certo para estes produtos; distribuição eficiente e ágil; comunicação adequada com o público (propaganda na mídia impressa, eletrônica, promoção em pontos-de-venda, sorteios, brindes, merchandising, mala-direta, etc). 3.7.1 Estratégias de produto Para que qualquer empresa possa colocar em prática estratégias de marketing voltadas para o produto, faz-se necessário o conhecimento do conceito de “produto” dentro do contexto de marketing. De acordo com Crocco et al.(2006): Produto é um conceito bastante amplo no marketing, e se refere a qualquer coisa que é oferecida ao mercado para ser adquirida, usada ou apreciada. Assim, qualquer coisa pode ser tratada como um produto. O refrigerante [...] é, obviamente um produto. Mas também são produtos: um corte de cabelo, um restaurante, um lugar para passar as férias [...] Para Etzel, Walker e Stanton (2001), um produto é um conjunto de atributos básicos montados em uma forma identificável. Cada produto, segundo os autores, é identificado por um nome descritivo (ou genérico), normalmente compreensível, tal como aço, seguro, raquetes de tênis ou entretenimento. 3.7.1.1 Diferenciação e posicionamento De acordo com Bernardino, Pacanowski, Khoury e Reis (2004), a diferenciação permite ao varejista distinguir-se de seus concorrentes em função da oferta de linhas de produto, opções de serviços, horários de funcionamento, localização, preço, atendimento e postura da equipe, ambientação e forma de utilizar a comunicação. Para Bernardino, Pacanowski, Khoury e Reis (2004), os produtos vendidos por diferentes varejistas do mesmo ramo estão cada vez mais similares. Portanto, se uma loja conseguir oferecer algum conjunto de produtos que seja exclusivo, como os de marca própria ou aqueles obtidos com exclusividade em sua região, conseguirá algum diferencial que gere a fidelidade de vários consumidores. Já sobre posicionamento, Kotler (1999) afirma que: Posicionamento é o esforço de implantar o(s) benefício(s)-chave e a diferenciação na mente dos clientes. Além do(s) benefício(s)-chave, os vendedores apresentarão aos compradores potenciais razões adicionais pelas quais eles deveriam dar preferência à sua marca. Para Kotler (2000), posicionamento do produto significa projetá-lo na mente do consumidor em relação aos concorrentes. Necessita, porém, de uma comunicação bastante eficaz no sentido de fazer com que o produto seja sempre lembrado na mente do consumidor. Quando se deseja posicionar um determinado produto no mercado, ou seja, torná-lo aceitável na mente do consumidor, é necessário fazer um esforço de comunicação compatível com tais objetivos. 3.7.1.2 Ampliação e complementação de linhas de produtos Outra estratégia voltada para o produto é a ampliação e complementação de linhas de produtos. Segundo Crocco et al. (2006), complementar uma linha de produtos significa incluir novos produtos dentro da mesma faixa de atuação. Por exemplo, pode ser adequado complementar com um shampoo anticaspa uma linha de shampoo que possua um produto para cabelos oleosos, outro para cabelos secos e outro para cabelos normais. Já a ampliação de uma linha de produtos, segundo o autor, envolve o crescimento da linha para outras faixas de atuação. Ainda segundo os autores, a ampliação pode ser dividida em: ampliação para baixo (lançamento de produtos com versão mais simples do produto original); ampliação para cima (lançamento de produtos com versão mais sofisticada do produto original); e ampliação para ambos os lados (refere-se a um produto lançado em uma faixa intermediária de mercado e que busca transformar-se em uma linha completa). Porém, antes de oferecer um produto/serviço novo ao mercado, é necessário que se faça uma pesquisa para analisar como este produto/serviço será aceito pelo mesmo. 3.7.1.2.1 A pesquisa de mercado Segundo Kotler (1999), a pesquisa é o ponto inicial para o marketing. Sem ela, uma empresa entra em um mercado às cegas. O bom marketing, segundo o autor, envolve pesquisa cuidadosa sobre a oportunidade no mercado e a preparação de estimativas financeiras baseadas na estratégia proposta que indiquem se os retornos atenderiam os objetivos financeiros da empresa. Ainda segundo o autor, a pesquisa levará a empresa a reconhecer que os compradores em qualquer mercado normalmente diferem em suas necessidades, percepções e preferências. Para Kotler e Keller, (2006) a pesquisa de marketing corresponde à elaboração, à coleta, à análise e à edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada pela empresa. A pesquisa de marketing é muito importante para as empresas, pois através dos resultados obtidos, ela pode estudar a melhor estratégia para poder alcançar seus objetivos, uma vez que a partir da pesquisa é possível definir a segmentação da empresa, seu público alvo, além de mostrar como a mesma deverá se posicionar perante o mercado. 3.7.1.3 Marca A marca pode ser considerada como um sinal que distingue um produto/serviço do outro. Mas além disso, a marca também pode ser considerada como uma importante ferramenta de marketing, e quando a empresa resolve trabalhar a imagem da sua marca, aí então ela terá uma estratégia de marketing. Segundo Crocco et al. apud AMA4 (2006), marca é um nome, designação, sinal, símbolo ou combinação dos mesmos que tem o propósito de identificar bens ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los de seus concorrentes. Ainda sobre marca, os autores afirmam que: [...] Para uma empresa, o produto pode ser visto como um somatório de fatores controláveis por ela, tais como matéria-prima, qualidade, custo de produção etc. Mas, para o consumidor, representa a satisfação de uma necessidade, seja ela qual for: social, emocional, econômica, etc. Em suma, o valor do produto advém do que o consumidor dele retira, e não do que o fabricante coloca nele. [...] Uma marca de sucesso é resultado da percepção dos consumidores no sentido de achá-la melhor do que marcas concorrentes; todavia, uma marca fracassa se os consumidores não perceberem essa relação. Os autores salientam ainda sobre algumas estratégias relacionadas à marca: a marca deve ser simples e fácil de pronunciar; o nome da marca não deve ter significado em outras línguas; o nome da marca deve trazer um significado adequado ao produto; a marca deve ter uma identidade, ou seja, transmitir algo ao consumidor. Já Etzel, Walker e Stanton (2001), afirmam que a marca deve: sugerir algo sobre o produto, particularmente seus benefícios e uso; ser fácil de pronunciar, soletrar e lembrar; ser distintiva; ser adaptável às adições feitas à linha do produto e ser passível de registro e proteção legal. 3.7.1.4 Embalagem A embalagem, segundo Etzel, Walker e Stanton (2001), pretende servir a vários propósitos vitais: proteger o produto no seu caminho até o consumidor; fornecer proteção após o produto ter sido comprado; ajudar a ganhar aceitação do produto por parte dos intermediários e ajudar a persuadir o consumidor a comprar o produto. Neste sentido, os autores afirmam que a embalagem que uma empresa utiliza pode tornar-se uma vantagem diferencial de um produto ou pelo menos uma parte significativa dele. Segundo os autores, algumas estratégias de embalagem podem ser utilizadas pelas empresas, tais como: Uso de embalagens por família: embalagens altamente similares para todos os produtos ou embalagens com uma característica comum e altamente perceptível; Uso de embalagem múltipla: prática de colocar várias unidades do mesmo produto em um recipiente; Já Crocco et al. (2006) chamam a atenção com referência ao uso de embalagens quando afirmam que as mesmas devem: ter funcionalidade (manuseio) , ter estilo (visual) e serem feitas de material que não seja mal visto pelo consumidor (como a lata, por exemplo, que é malvista por ser cortante). 3.7.2 Estratégias de preço Para Crocco et al. (2006), o preço pode ser definido como a quantidade de dinheiro necessária para concretizar a venda de um produto. O preço é uma variável crítica para o sucesso da empresa. Alguns objetivos de marketing, segundo o autor, dependem do elemento preço do composto mercadológico, tais como: maximizar a participação de mercado da empresa, maximizar a receita da empresa, maximizar o lucro da empresa no curto prazo, obter a máxima margem de contribuição por unidade vendida, auferir uma margem de contribuição mínima por unidade vendida, ou outros objetivos. Para cada um destes objetivos, existe uma estratégia de preço a ser seguida. Com referência a estas estratégias, o autor destaca algumas: Estratégia de desnatamento de mercado: é a estratégia de preços que busca estabelecer o máximo preço possível para um produto introduzido no mercado, reduzindo-o gradativamente. 4 American Marketing Association Estratégia de preços de penetração: é a introdução de produtos por um preço abaixo da média dos concorrentes, para em seguida, elevá-lo gradativamente, com a finalidade de capturar imediatamente uma parcela do mercado. Estratégia do preço premium: consiste na oferta de um produto a um preço maior que a média do mercado, em virtude de características superiores de qualidade ou de design, ou de serviços associados. Porém, quando a empresa não puder diferenciar-se da concorrência pelo elemento preço, Crocco et. al (2006) salientam que outras estratégias deverão ser utilizadas, tais como: embalagem, sabor, cor, design, desempenho, distribuição, qualidade dos produtos/serviços, entre outras. 3.7.3 Estratégia de distribuição Nos dias atuais, onde o tempo corre muito depressa, é natural que as pessoas se sintam pressionadas a fazerem suas compras de casa, evitando ir até as lojas. Isto faz com que as empresas se preocupem muito com a forma como vão levar seus produtos/serviços até seus clientes. Quando se fala em distribuição no marketing, há de se ter uma visão ampla do termo. A palavra distribuição para o marketing refere-se aos caminhos e processos que a empresa utiliza para levar seus produtos ou serviços até os consumidores de maneira eficiente e eficaz. Esses caminhos são chamados de canais de distribuição ou canais de marketing. Para Etzel, Walker e Stanton (2001), o papel da distribuição dentro de um mix de marketing é levar o produto até seu mercado-alvo. Nesse processo, a atividade mais importante é acertar sua venda e a transferência da propriedade, do produtor até o consumidor final. Já Dornelas (2007), afirma que existem duas maneiras de vender o produto: através de vendas diretas e vendas indiretas: Venda direta, segundo o autor, é a maneira mais usada de distribuição. Uma empresa vende diretamente seus produtos através da sua equipe de vendas e adicionalmente pode ou não controlar o processo de distribuição. Venda indireta, segundo o autor, é realizada usando a estratégia de canais de distribuição. A empresa pode vender sua produção ao atacadista, que por sua vez vende ao varejista e ele ao consumidor final. A empresa também pode vender simultaneamente ao atacadista, varejista, distribuidor e representante, usando diferentes preços dependendo da estratégia de canal utilizada. Para Crocco et. al (2006), existem três estratégias que constituem o modelo básico para a gestão de distribuição: Estratégia da distribuição seletiva: considera pontos de venda escolhidos segundo critérios de público-alvo, necessidade de conhecimento técnico do produto em alguma medida, compatibilidade com posicionamento e nível de demanda planejado; Estratégia da distribuição intensiva: corresponde a disponibilização do produto em todos ou no maior número de pontos de venda compatíveis com aquela oferta; e Estratégia da distribuição exclusiva: é particularmente recomendada em situações de negócio e condições de mercado em que o nível de serviços e o valor da marca são fundamentais para o posicionamento do produto, a percepção do consumidor e a lucratividade da organização. 3.7.4 Estratégia de promoção Segundo Kotler (1999), a promoção (o quarto P do composto de marketing), cobre todas aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público alvo. Essas ferramentas, segundo o autor, se enquadram em cinco categorias bem amplas: propaganda, promoção de vendas, relações públicas ou promoção institucional, força de vendas e marketing direto. 3.7.4.1 Propaganda Para Kotler (1999), a propaganda é a ferramenta mais poderosa para promover a conscientização das pessoas sobre uma empresa, um produto, um serviço ou uma idéia. RAUPP, CAMPANA FILHO E PINTO (2008) afirmam que, estrategicamente a propaganda tem três compromissos com um produto ou com um serviço: comunicar a existência desse produto ou serviço; aumentar os níveis de lembrança sobre a mensagem publicitária; e levar o consumidor à experimentação. Os autores ainda lembram sobre os canais de comunicação que são utilizados na propaganda: Mídia convencional: composta por meios clássicos de propaganda como: TV aberta, rádio, revista, jornal e outdoor; Novos meios: são aqueles mais recentes e que já são, tecnicamente aceitos pelo mercado como: TV a cabo e internet; Mídia alternativa: são todos os meios que não se encaixam dentro do conceito de mídia convencional ou de novos meios. Por exemplo: painéis em ônibus, mensagens em táxi, etc. Os autores salientam ainda sobre a importância do planejamento em propaganda que se divide em seis grandes etapas: determinar os objetivos da propaganda; definir público-alvo; alocar verba; desenvolver campanha; planejar veiculação e medir o resultado da propaganda. 3.7.4.2 Promoção de vendas A maioria dos anúncios não gera vendas rapidamente. Os anúncios trabalham mais com a mente das pessoas que com seu comportamento – esse é o território da promoção de vendas. O cliente ouve falar em liquidação, uma oferta de dois pelo preço de um, um brinde ou uma chance de ganhar algo. Nesse caso, ele age. (KOTLER, 1999). Para Crocco et. al (2006), a promoção de vendas são os incentivos a curto prazo que visam aumentar as vendas do produto. Já Raupp, Campana Filho e Pinto (2008) afirmam ainda que a promoção de vendas pode ser feita para três públicos-alvo: interno, ou a equipe de vendas; intermediário, que pode ser o distribuidor, o atacadista, revendedor, varejista; ou final, que é o consumidor. Os autores citam alguns exemplos de promoção de vendas elaboradas para o público final: self liquidating: venda de um artigo (item promocional) a preço de custo na compra de um produto em promoção; preço/quantidade: oferta de uma unidade adicional na compra de uma quantidade predeterminada pela empresa; troca direta: prêmio oferecido na compra de “x” unidades do produto em promoção; cuponagem: cupons de desconto para compra/aquisição de produtos ou serviços; sorteio; concurso; prazo; desconto e liquidação. 3.7.4.3 Promoção institucional A promoção institucional segundo Bernardino, Pacanowski, Khoury e Reis (2004), é um importante instrumento de apoio à divulgação e à criação e sustentação da imagem da loja, marca e produto. Segundo os autores, a promoção institucional divide-se em: promoção de imagem e promoção social, sendo que: A promoção de imagem é aquela realizada através do patrocínio e eventos culturais ou esportivos, tendo por objetivo associar a imagem da loja a um momento singular de descontração ou desligamento das atividades rotineiras e dos problemas, o que facilita a fixação da marca patrocinadora na mente do consumidor. Já a promoção social está ligada a ações sociais, como fazem O Boticário, os Supermercados Pão de Açúcar e a Natura, por exemplo. Para Kotler (1999), a promoção institucional ou relações públicas consiste num conjunto de ferramentas, tais como: publicações (revistas da empresa, relatórios anuais, manuais e panfletos úteis ao consumidor); eventos (patrocínio de competições esportivas, atividades culturais, etc); notícias (matérias favoráveis sobre a empresa, seus funcionários e seus produtos); e causas comunitárias (doação de tempo e dinheiro a obras de caridade); social (boa reputação por ter um comportamento socialmente responsável). 3.7.4.4 Força de Vendas Para Santângelo (2009), a administração de vendas é uma das ferramentas mercadológicas com que as empresas buscam no mercado recursos para fazer frente as suas despesas e atingir seus objetivos financeiros. Segundo o autor, o processo de comunicação está na essência de uma venda, no entanto o papel do vendedor como “distribuidor” de produtos em diversos momentos não pode ser ignorado. O vendedor funciona como uma ligação da organização com o seu cliente. Para Zoltners (2009), o que faz com que o sistema de vendas de uma empresa flua são os impulsores da produtividade da força de vendas. Os impulsores relacionam-se a decisões que impactam as dimensões dos vendedores e das atividades em cinco aspectos: Estrutura da área: decisões sobre tamanho, territórios e contas por vendedor. “Devo ter vendedores que vendem tudo para todos ou vendedores especializados?”; RH: decisões sobre recrutamento, treinamento e coaching. “Coloque um bom gerente ali, que se rodeia de pessoas competentes”; Sistemas de apoio: decisões que facilitam a atividade do vendedor, relacionadas a informações sobre o mercado, ferramentas, bancos de dados, sistema de relacionamento com o cliente etc.; Retenção dos talentos: decisões sobre o equacionamento da remuneração, incentivos, definição e acompanhamento das metas; Gestão do desempenho: decisões sobre definição e execução da estratégia, dentro da cultura da empresa. 3.7.4.5 Marketing Direto Para Crocco et. al (2006), marketing direto é a comunicação direta e criteriosa, porém impessoal, entre empresa e cliente. Pode ser via telefone, internet, correio ou fax, com o objetivo de se obter uma reposta favorável e imediata. Para Nichels e Wood (1999), o marketing direto é um processo de comunicação de marketing de duas vias por meio do qual as empresas oferecem e os consumidores compram produtos sem que haja contato com outros parceiros de canal. Segundo Shimoyama e Zela 5, o marketing direto identifica quem devemos atingir e direciona a estratégia de marketing até essas pessoas. Os autores citam algumas ferramentas do marketing direto: 5 Disponível em: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/mkt/1.pdf Mala direta: principal representante do marketing direto. É uma forma de comunicação direta, dirigida a quem pretendemos informar sobre um produto ou serviço. Telemarketing - trata-se da utilização do telefone como ferramenta de marketing. Ele pode ser usado como forma de vender, comunicar, pesquisar ou prospectar clientes. Catálogo: ao mesmo tempo em que comunica a existência e os atributos de um produto, o catálogo é também uma forma de distribuição direta. Internet: utilização da rede mundial de computadores para comunicação e interligação virtual entre fornecedores e consumidores. 3.8 PLANEJAMENTO DE MARKETING Para que as estratégias de marketing obtenham sucesso, é necessário que exista, por parte dos administradores, um profundo conhecimento da organização. Para isso, torna-se necessário que a empresa elabore um plano de marketing (DE FELIPPE JR, 2007). Neste contexto, De Felippe Jr (2007) afirma também que o primeiro passo para se planejar ações de marketing é saber qual é o negócio da empresa, ou seja, saber exatamente a que se destina a empresa e qual a sua atuação no mercado. Segundo o autor, para saber com clareza qual é o negócio da empresa, é importante que se possa responder algumas perguntas: Quais são os produtos/serviços que a empresa oferece? Quem são seus clientes? Por que esses clientes compram os produtos ou usam os serviços da empresa? Quem são os principais concorrentes da empresa? Onde a empresa é diferente de seus concorrentes? Em que pontos a empresa é melhor? Em que pontos a empresa é pior? Onde a empresa quer chegar? O mesmo autor salienta ainda que, quanto mais clara for a definição do que a empresa produz ou que serviços oferece, para quem vende e por que vende, mais fácil será a criação de um plano de marketing, que permitirá ampliar sua participação no mercado. Para Westwood (2002) antes de determinar os objetivos de marketing e estratégias futuras, a empresa deve entender claramente a sua posição atual e de seus produtos no mercado. A análise da situação, segundo o autor, é um processo que ajuda a fazer isso ao: analisar o clima econômico de seus negócios; considerar onde a empresa está em seus mercados estratégicos e principais áreas de vendas; examinar os pontos fortes e fracos da empresa – sua organização, seu desempenho e seus principais produtos; comparar a empresa com seus concorrentes e identificar as oportunidades e ameaças. Ainda segundo o autor, os objetivos de marketing só podem ser estabelecidos depois que o processo de análise da situação estiver completo. Os resultados desta análise servirão para determinar as estratégias e táticas. Por isso, a análise da situação é a chave para a preparação de qualquer plano de marketing. Vale salientar que como qualquer outro plano, o plano de marketing é composto de etapas, que deverão ser cumpridas pela empresa passo a passo. KOTLER E KELLER (2006) afirmam que o planejamento estratégico de marketing é composto das seguintes etapas: definição da missão do negócio, análise de SWOT, estabelecimento de metas, formulação de estratégias, elaboração de programas, implementação e feedback e controle. 3.8.l DEFINIÇÃO DA MISSÃO DO NEGÓCIO Para Kotler e Keller (2006), o primeiro passo para elaboração de um plano estratégico, seja ele qual for, é a definição da missão específica do negócio. A Missão de uma organização é uma visão de longo alcance a respeito de sua própria razão de ser, devendo os diretores organizacionais, a partir de um diagnóstico, que contemple o sistema de crenças e valores, definir de forma clara e coesa: “Qual é a natureza do negócio da organização? E quais são os negócios em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro?” (Oliveira, 2001). Porém, definir a missão, não é uma tarefa simples para a organização. Neste sentido, Costa (2003) diz que a missão organizacional apresenta a razão de existência da organização. Sua formulação deve buscar responder às seguintes perguntas: Qual a necessidade básica que a organização pretende suprir? Que diferença faz para o mundo externo, a organização existir ou não? Para que serve a organização? Qual a motivação básica que inspirou seus fundadores? Por que a organização surgiu? Para Silva, Tenca, Schenini e Fernandes (2006), o enunciado da missão deve ser construído visando o longo prazo, pois a definição de missão tem vocação para a eternidade; portanto é preciso resistir à tentação de alterar a declaração de missão a cada mudança na economia. 3.8.2 A ANÁLISE DE SWOT Para Westwood (2002), o processo fundamental para analisar a situação de uma empresa é a análise de SWOT, que em português significa: “pontos fortes e pontos fracos e suas relações com nossas oportunidades e ameaças no mercado”. O autor afirma ainda que os pontos fortes e os pontos fracos referem-se à empresa e aos seus produtos, ao passo que as oportunidades e ameaças comumente são consideradas fatores externos sobre os quais a empresa não exerce controle. Para Kotler (2000), a análise de SWOT é uma atividade do planejamento estratégico que permite estudar o ambiente interno e externo das empresas, identificando as forças e oportunidades que devem ser exploradas pelas mesmas. De acordo com Tuleski (2009), a análise de SWOT é dividida em duas partes: o ambiente interno (forças e fraquezas) da organização e o ambiente externo (oportunidades e ameaças). Esta divisão é necessária porque a organização tem que agir de forma diferente nos dois casos. O ambiente interno, segundo a autora pode ser controlado pelos dirigentes da organização, já que ele é o resultado de estratégias de atuação definidas pela própria empresa. Já o ambiente externo, está totalmente fora do controle da organização, porém, isso não significa que não seja útil conhecê-lo. Apesar de não poder controlá-lo, a empresa poderá monitorá-lo, procurando aproveitar as oportunidades de maneira mais ágil e eficiente e evitar as ameaças enquanto for possível. A autora afirma ainda que as forças correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser combinados para gerar vantagens competitivas em relação a seus competidores, incluindo: marcas de produtos, conceitos da empresa, participação de mercado, vantagens de custo, localização, fontes exclusivas de matéria-prima, grau de controle sobre a rede de distribuição. Já as fraquezas correspondem aos pontos mais vulneráveis da empresa e podem incluir: pouca força de marca, baixo conceito de mercado, custos elevados, localização não favorável, falta de acesso à fontes de matéria-prima, falta de controle sobre os canais de distribuição. Finalmente, Morais (2008) salienta que tão poderosa como a análise de SWOT é para o planejamento de negócio, é igualmente poderosa nas vendas e na tomada de decisão do marketing. Empregando esta ferramenta tradicional nas vendas e nas atividades do marketing, a empresa poderá fazer exame da vantagem de suas forças, descobrir oportunidades novas, minimizar suas fraquezas, e eliminar suas ameaças em maneiras surpreendentes. 3.8.3 O ESTABELECIMENTO DE METAS Depois de ter realizado uma análise SWOT, a empresa pode estabelecer metas específicas para o período de planejamento. Esta etapa do processo é denominada estabelecimento de metas. A maioria das unidades de negócios procura um conjunto de objetivos que incluem lucratividade, crescimento das vendas, aumento na participação de mercado, contenção de riscos, inovação e reputação (KOTLER E KELLER, 2006). Segundo os autores, os objetivos devem atender quatro critérios: Os objetivos devem ser organizados hierarquicamente, do mais importante para o menos importante; Sempre que possível, os objetivos devem ser estabelecidos quantitativamente; As metas devem ser realistas; Os objetivos devem ser consistentes. 3.8.4 A FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS A palavra estratégia é muito utilizada atualmente, principalmente pelas organizações e pelas pessoas que fazem parte do mundo empresarial. Porém, é preciso entender o significado desta palavra. Para Souza (2008), estratégia é a criação de uma posição única e valiosa que engloba um conjunto diferente de atividades. Significa fazer escolhas de posicionamento competitivo. De acordo com o autor, a estratégia competitiva consiste em ser diferente de seus concorrentes. Escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para fornecer uma combinação única de valor. Segundo Kotler e Keller (2006), para atingir suas metas, todos os negócios devem preparar estratégias, as quais consistem em uma estratégia de marketing, uma estratégia de busca de recursos compatíveis. Já Churchill e Peter (2002) afirmam que desde o momento que um gerente define um objetivo a ser alcançado, a partir daí é preciso saber como chegar lá. As estratégias organizacionais, segundo os autores, envolvem planos centrados em alcançarem objetivos. As estratégias podem incluir quanto dinheiro deve ser alocado para várias linhas de negócios ou quais atividades requerem um parceiro com determinada competência. Porém, os autores salientam que as estratégias só têm sucesso quando levam a empresa a alcançar seus objetivos. Para isso, Etzel, Walker e Stanton (2001) salientam que todas as atividades de marketing em uma organização devem ser coordenadas. Isso significa que os esforços de marketing (planejamento do produto, preços, distribuição e promoção) devem ser projetados e combinados de forma consistente e coerente e que um executivo deve ter total autoridade e responsabilidade para o conjunto completo das atividades de marketing. 3.8.5 A ELABORAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS Depois de desenvolver suas estratégias, a unidade de negócios deve elaborar programas detalhados de apoio. A melhor estratégia de marketing pode ser arruinada por uma implementação ineficiente (Kotler e Keller, 2006). Ainda segundo os autores, ao implementar uma estratégia, as organizações não podem esquecer seus “públicos interessados” (clientes, fornecedores, funcionários, distribuidores), nem as necessidades deles. 3.8.6 O FEEDBACK E O CONTROLE KOTLER E KELLER (2006) afirmam que à medida que implementa sua estratégia, a empresa precisa acompanhar os resultados e monitorar os novos conhecimentos nos ambientes externo e interno. Segundo os autores, alguns ambientes permanecem razoavelmente estáveis de ano para ano. Outros evoluem lentamente de maneira bastante previsível. Outros, ainda, mudam rápido de modo imprevisível e por vezes violenta. Os autores ainda salientam que as empresas, no entanto, podem ter certeza de uma coisa: o mercado vai mudar. E quando isso acontecer, segundo eles, será necessário analisar e revisar a implementação, os programas, as estratégias ou até mesmo os objetivos. 4 METODOLOGIA Nesta seção, apresenta-se a metodologia que foi adotada no presente trabalho, bem como as principais etapas que envolveram o método e os procedimentos utilizados. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Este estudo abordou o marketing como ferramenta para atrair e reter clientes, e foi desenvolvido na Galeria Glória, na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. O público alvo da pesquisa foram todos os lojistas da Galeria. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, aplicada e quantitativa. Para operacionalizar a pesquisa, foi utilizado o método de estudo de caso, que segundo Yin (2005) permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real. Segundo o mesmo autor, utiliza-se o estudo de caso em muitas situações, para contribuir com o conhecimento que temos dos fenômenos individuais, sociais, políticos e de grupo, além de outros fenômenos relacionados. Segundo Gil (2002), a pesquisa exploratória representa um período de investigação informal e relativamente livre, no qual o pesquisador procura obter, tanto quanto possível, entendimento dos fatores que exercem influência na situação que constitui o objeto da pesquisa. A pesquisa descritiva segundo Leal, Souza (2006) busca descrever as características de determinada população, ou fenômeno, ou estabelecimento de relações entre variáveis. Neste tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles. Para Vergara (2000), a pesquisa aplicada, é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos ou não. De acordo com Leal, Souza (2006), o método quantitativo procura garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando margem considerável de segurança quanto às conclusões. A determinante da pesquisa utilizada identificou os tipos de ferramentas de marketing que poderão ser utilizadas pelos lojistas, na busca para reter e atrair novos clientes para a Galeria Glória. A fundamentação teórica e os resultados alcançados foram a base para a análise e interpretação dos dados coletados, sendo possível assim, responder aos objetivos propostos. 4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS O instrumento utilizado para a pesquisa foi um questionário que coletou dois tipos de informações: a) Dados demográficos, que são colhidos a partir das primeiras perguntas do questionário e servem para identificar o perfil do pesquisado; e b) Dados objetivos, que são compostos pelas respostas de que realmente vão medir as opiniões dos pesquisados. 4.3.1 PRÉ TESTE O questionário antes de sua aplicação foi testado em um pequeno número de pessoas com características semelhantes à população alvo, para verificar seu entendimento pelos pesquisados. 4.4 PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS Quanto à análise e interpretação dos dados coletados, pode-se afirmar que foi baseada fundamentalmente nos resultados alcançados no estudo e na fundamentação teórica, buscando inter-relacionar as informações e, sobretudo, responder aos objetivos propostos. A análise dos dados foi realizada pelo “método descritivo”, que têm o objetivo de proporcionar informações sumarizadas dos dados contidos no total de elementos da amostra estudada. A resposta, para o problema de pesquisa e os objetivos geral e específicos, foi obtida através da analogia e comparação dos dados coletados e situações observadas com o referencial teórico do estudo. A pesquisa bibliográfica e documental foi essencial para o desenvolvimento não somente da fundamentação teórica deste trabalho, como também para a exposição dos dados secundários. A relação de cada objetivo do presente trabalho com as perguntas (APÊNDICE A) propostas no estudo são demonstradas no quadro 01 a seguir: OBJETIVOS Nº DAS QUESTÕES RELACIONADAS Objetivo Específico nº 01 01, 02, 03 e 04 Identificar o perfil dos lojistas da Galeria Objetivo Específico nº 02 Identificar o perfil das empresas que 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12 compõem a Galeria Objetivo Específico nº 03 Levantar pontos fortes e pontos fracos da 14 e 15 galeria Objetivo Específico nº 04 Levantar pontos fortes e fracos das empresas 16 e 17 que compõem a Galeria Objetivo Específico nº 05 Identificar as estratégias de marketing utilizadas atualmente pelas empresas que 13 compõem a Galeria Objetivo Específico nº 06 Propor, a partir da análise dos dados coletados, o uso de estratégias de marketing Questões 1 a 17 que poderão contribuir com as empresas da Galeria na tentativa de atrair e reter clientes Fonte: dados primários (2009) Quadro 01: Relação entre os Objetivos e o Instrumento de pesquisa 5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Este capítulo tem por escopo a apresentação e análise dos dados obtidos na aplicação dos questionários com os lojistas da Galeria Glória. A análise dos resultados foi realizada pelo “método descritivo”, que têm o objetivo de proporcionar informações sumarizadas dos dados contidos no total de elementos da amostra estudada, no caso toda a população. Os dados do questionário (APÊNDICE A) foram coletados junto a 18 (dezoito) lojistas de um total de 24 (vinte e quatro), sendo que 02 (dois) lojistas não foram encontrados e 04 (quatro) optaram por não participar da pesquisa. A descrição e análise dos resultados foram divididas em dois blocos: a) Descrição e análise dos dados demográficos dos lojistas (questões de 01 a 03); b) Descrição e análise dos dados objetivos, com questões abertas e fechadas (questões 04 à 17). A seguir, são demonstradas em forma de gráficos as respostas fornecidas pelos participantes da pesquisa. 5.1 DADOS DEMOGRÁFICOS Questão 01: Idade Fonte: dados primários (2009) Gráfico 01: Idade A análise destes dados referente à faixa etária dos lojistas da Galeria Glória evidencia que: 6% (seis por cento) possuem idade entre 18 a 25 anos, 22% (vinte e dois por cento) possuem idade entre 26 a 35 anos, 38% (trinta e oito por cento) possuem idade entre 36 a 45 anos, 28% (vinte e oito por cento) possuem idade entre 46 a 55 anos, 6% (seis por centro) possuem idade entre 55 a 65 anos e 0% (zero por cento) possuem mais de 65 anos. Isto mostra que a faixa etária dos lojistas da Galeria Glória é bastante variada, estando mais concentrada entre 36 a 45 anos de idade. Questão 02: Sexo Fonte: dados primários (2009) Gráfico 02: Sexo A análise do gráfico 02 mostra que 67% (sessenta e sete por cento) dos lojistas da Galeria Glória são do sexo feminino e 33% (trinta e três por cento) são do sexo masculino. Questão 03: Grau de Instrução Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Ensino Fundamental Completo B – Ensino Fundamental Incompleto C – Ensino Médio Completo D – Ensino Médio Incompleto E – Ensino Superior Completo F – Ensino Superior Incompleto Fonte: dados primários (2009) Gráfico 03: Grau de Instrução Analisando o gráfico 03, evidencia-se que a maioria dos lojistas da Galeria Glória possui nível de escolaridade médio completo, com 44% (quarenta e quatro por cento), tendo ainda 6% (seis por cento) que possuem ensino fundamental completo, 11% (onze por cento) que possuem ensino médio incompleto, 17% (dezessete por cento) que possuem ensino superior completo e 22% (vinte e dois por cento) com ensino superior incompleto. Nenhum lojista possui apenas ensino fundamental incompleto (0% - zero por cento). 5.2 DADOS OBJETIVOS Questão 04: O que você entende por marketing? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Vendas B – Propaganda e Publicidade C – Promoções D – Distribuição E – Conjunto de atividades desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam os desejos dos consumidores F – Preços baixos G – Pesquisa de mercado H – Produtos/serviços de qualidade I – Outros Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 04: Entendimento sobre marketing De acordo com Kotler (2000), quando se usa uma definição gerencial, o marketing pode ser visto como o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. Analisando o gráfico 04, evidencia-se que a maioria dos lojistas da Galeria Glória, 72% (setenta e dois por cento) entende o marketing como sendo o conjunto de atividades desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam os desejos dos consumidores. Isto significa dizer que a maioria dos lojistas possui algum conhecimento acerca do tema. O marketing com o conceito de propaganda e publicidade foi lembrado por 32% (trinta e dois por cento) dos lojistas, 6% (seis por cento) entendem o marketing apenas como atividade de promoção, 6% (seis por cento) como preços baixos e outros 6% (seis por cento) como produtos/serviços de qualidade. Não responderam a esta questão 6% (seis por cento) dos pesquisados. O marketing com conceito de vendas e de pesquisa de mercado não foi mencionado, com 0% (zero por cento) para ambos os conceitos. Não foram citados também outros conceitos para marketing (0% - zero por cento). Questão 05: Qual o ramo de atividade da sua empresa? Fonte: dados primários (2009) Gráfico 05: Ramo de atividade Analisando os dados, verifica-se que 50% (cinqüenta por cento) das empresas que compõem a Galeria atuam no ramo do comércio, 33% (trinta e três por cento) no ramo de prestação de serviços e ainda 17% (dezessete por cento) atuam nos dois ramos: comércio e prestação de serviços. Questão 06: Qual (quais) produto(s) ou serviço(s) a sua empresa oferece? A questão 06 foi elaborada sob a forma de questão aberta, tendo como objetivo analisar o perfil do local objeto de estudo. Foram mencionadas como resposta: Atacado de lingerie; Roupas e calçados infantis; Jóias; Confecção feminina e acessórios; Acessórios em geral; Cortes de cabelo, escovas, hidratação, alisamentos; Celulares e acessórios, MP3, MP4, MP9, MP12, câmeras digitais e assistência técnica; Artigos de papelaria em geral e serviços de fotocópias; Produtos fotográficos e prestação de serviços; Lanches e bebidas; Camisetas, cartazes, faixas, troféus, adesivos, moletons, coletes, jalecos, banners, etiquetas, pastas, bolsas; Concerto de calçados, bolsas, cintos, etc; Pijamas, lingerie, chinelos, robes; Confecção jovem e acessórios. Questão 07: Sua empresa possui acesso à internet? Fonte: dados primários (2009) Gráfico 07: Acesso à internet A internet é uma ferramenta bastante utilizada pelas empresas atualmente, principalmente como um instrumento do marketing. Segundo Raupp, Campana Filho e Pinto (2008), a propaganda tem três compromissos com um produto ou com um serviço: comunicar a existência desse produto ou serviço; aumentar os níveis de lembrança sobre a mensagem publicitária; e levar o consumidor à experimentação. Os autores ainda citam a TV a cabo e a internet como novos meios, ou seja, aqueles mais recentes e que já são tecnicamente aceitos pelo mercado. De acordo com Shimoyana e Zela a internet é uma importante ferramenta do marketing direto utilizada para comunicação e interligação virtual entre fornecedores e consumidores. Analisando os dados, verifica-se que 67% (sessenta e sete por cento) das empresas que compõem a Galeria possuem acesso à internet enquanto que 33% (trinta e três por cento) das empresas não possuem. Questão 08: Sua empresa já elaborou um plano de marketing? Fonte: dados primários (2009) Gráfico 08: Plano de Marketing Segundo De Felippe Jr (2008), para que as estratégias de marketing obtenham sucesso, é necessário que exista, por parte dos administradores, um profundo conhecimento da organização. Para isso, torna-se necessário que a empresa elabore um plano de marketing. Através da análise do gráfico 08, pode-se verificar que menos da metade das empresas participantes desta pesquisa, 44% (quarenta e quatro por cento) já elaboraram um plano de marketing, enquanto que 56% (cinqüenta e seis por cento) nunca elaboraram o referido plano. Questão 09: Sua empresa já elaborou uma pesquisa de mercado? Fonte: dados primários (2009) Gráfico 09: Pesquisa de Mercado Segundo Kotler (1999), a pesquisa é o ponto inicial para o marketing. Sem ela, uma empresa entra em um mercado às cegas. O gráfico 09 mostra que as respostas se apresentaram de forma equilibrada, onde 50% (cinqüenta por cento) dos lojistas afirmaram que suas empresas já elaboraram uma pesquisa de mercado e outros 50% (cinqüenta por cento) afirmaram que suas empresas nunca elaboraram a referida pesquisa. Questão 10: Das ferramentas de comunicação listadas abaixo, quais sua empresa utiliza para levar os produtos/serviços até o consumidor? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Rádio B – TV C – Jornal D – Panfletos E – Telefone F – Internet G – Mala direta H – Telemarketing I – Não utiliza nenhuma ferramenta J – Utiliza outras Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 10: Ferramentas de comunicação Ao analisarmos o gráfico 10, evidenciamos que o rádio e a TV foram ambos lembrados por 50% (cinqüenta por cento) dos pesquisados. O jornal e o telefone foram lembrados por 33% (trinta e três por cento) dos pesquisados. O panfleto foi lembrado por 17% (dezessete por cento) dos lojistas. A internet foi lembrada por apenas 22% (vinte e dois por cento) dos pesquisados, 6% (seis por cento) disseram utilizar outras ferramentas. A mala direta e o telemarketing não foram mencionadas pelos pesquisados. Nenhum lojista afirmou não utilizar nenhuma ferramenta de comunicação. Questão 11: A sua empresa possui missão? Fonte: dados primários (2009) Gráfico 11: Missão Para Kotler e Keller (2006), o primeiro passo para elaboração de um plano estratégico, seja ele qual for, é a definição da missão específica do negócio. A Missão de uma organização é uma visão de longo alcance a respeito de sua própria razão de ser, devendo os diretores organizacionais, a partir de um diagnóstico, que contemple o sistema de crenças e valores, definir de forma clara e coesa: “Qual é a natureza do negócio da organização? E quais são os negócios em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro?” (Oliveira, 2001). Analisando o gráfico 11, pode-se observar que 61% (sessenta e um por cento) das empresas que compõem a Galeria possuem uma “missão”. Já um percentual menor, porém significativo de 39% (trinta e nove por cento) não possuem uma “missão” definida. Questão 12: Como a sua empresa avalia a satisfação de seus clientes? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Através do pós venda B – Na próxima venda C – Não consegue avaliar a satisfação D – Através de outras formas Fonte: dados primários (2009) Gráfico 12: Satisfação dos clientes Segundo Kotler (2000), existem ainda hoje em dia, muitas dúvidas a respeito de como os clientes fazem suas escolhas. Acredita-se que eles avaliam qual oferta proporciona maior valor. Para isso, formam uma expectativa de valor e agem com base nela, onde a probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender ou não a essa expectativa de valor. Por esse motivo, o autor salienta sobre a importância de a empresa buscar vantagens competitivas, para que se possa criar maior valor para o cliente satisfazendo assim, suas necessidades. Para Crocco et. al (2006), uma das ferramentas mais adequadas para se verificar a satisfação dos clientes é o atendimento pós-venda. O gráfico 12 mostra que 33% (trinta e três por cento) das empresas avaliam a satisfação de seus clientes através do pós-venda. A avaliação da satisfação feita na próxima venda ao cliente é utilizada por 39% (trinta e nove por cento) das empresas, 17% (dezessete por cento) não conseguem avaliar a satisfação de seus clientes e 11% (onze por cento) das empresas utilizam outras formas de avaliação (foram citadas como outras formas: a pesquisa e comentários de clientes). Questão 13: Das estratégias abaixo, quais sua empresa utiliza para atrair e reter clientes? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A - Segmentação dos clientes de acordo com seus perfis e históricos de compras B - Estratégias voltadas para os preços (mais acessíveis ou mais elevados dependendo do produto/serviço oferecido) C - Estratégias voltadas para a distribuição dos produtos/serviços (pontos de venda, filiais, vendas on-line, etc) D - Estratégia de diferenciação (em preço, em horário de funcionamento, em localização ou em atendimento, etc) E - Estratégias voltadas para o produto (ampliação e complementação da linha de produtos; lançamento de novos produtos; diferenciação; valorização da marca e da embalagem) F - Estratégias de promoção (propaganda, promoções, descontos, liquidações, telemarketing, etc) G - Participação em eventos (desfiles, eventos culturais, esportivos, campanhas comunitárias) H - Não utiliza nenhuma estratégia atualmente I - Utiliza outras estratégias Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 13: Estratégias para atrair e reter clientes Segundo Menshhein (2007) para obterem sucesso, as empresas precisam compreender realmente o que é desejado pelo consumidor. O autor afirma que, quando utiliza o marketing de forma planejada, a empresa passa a conhecer as necessidades e desejos do consumidor e com isso, a conquista e retenção de clientes tornam-se objetivos mais fáceis de serem alcançados. O gráfico 13 mostra que a segmentação de clientes foi lembrada por 11% (onze por cento) dos pesquisados, estratégias voltadas para o preço foram lembradas por 17% (dezessete por cento) dos lojistas, 50% (cinqüenta por cento) citaram a estratégia de diferenciação, estratégias voltadas para o produto e estratégias de promoção foram ambas lembradas por 39% (trinta e nove por cento) dos lojistas, participação em eventos por 22% (vinte e dois por cento), 6% (seis por cento) dos lojistas afirmou não utilizar nenhuma estratégia atualmente e 17% (dezessete por cento) disseram utilizar outras estratégias. As estratégias voltadas para a distribuição dos produtos/serviços não foram mencionadas pelos lojistas, com 0% (zero por cento). Questão 14: Quais dos itens abaixo você considera como sendo pontos fortes (forças) da Galeria Glória? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Mix de empresas B – Localização C – Acesso D – Layout (visual, iluminação, limpeza, etc) E – Parceria entre as empresas para atingir seus objetivos F – Outros Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 14: Galeria – pontos fortes Para Westwood (2002) antes de determinar os objetivos de marketing e estratégias futuras, a empresa deve entender claramente a sua posição atual e de seus produtos no mercado. Segundo o mesmo autor, o processo fundamental para analisar a situação de uma empresa é a análise de SWOT, que em português significa: “pontos fortes e pontos fracos e suas relações com nossas oportunidades e ameaças no mercado”. Através da análise do gráfico 14, pode-se observar que o mix de empresas foi lembrado por 50% (cinqüenta por cento) dos pesquisados. A localização da Galeria foi mencionada como ponto forte por 61% (sessenta e um por cento) dos pesquisados. O acesso foi lembrado por 11% (onze por cento) dos pesquisados. Apenas 6% (seis por cento) dos pesquisados mencionaram o layout como ponto forte enquanto que a parceria entre as empresas foi lembrada por 17% (dezessete por cento) dos pesquisados. Não foram mencionados outros pontos fortes para a Galeria nesta pesquisa (0% - zero por cento). Questão 15: Quais dos itens abaixo você considera como sendo pontos fracos (fraquezas) da Galeria Glória? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Mix de empresas B – Localização C – Acesso D – Layout (visual, iluminação, limpeza, etc) E – Parceria entre as empresas para atingir seus objetivos F – Outros G – Não responderam Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 15: Galeria – pontos fracos Analisando o gráfico 15, pode-se observar que o mix de empresas não foi citado pelos pesquisados como sendo um ponto fraco da Galeria (0% - zero por cento), a localização e o acesso foram ambos lembrados por 17% (dezessete por cento) dos pesquisados, o layout foi o mais lembrado com 44% (quarenta e quatro por cento), a parceria entre as empresas foi citado por 33% (trinta e três por cento) dos pesquisados, 6% (seis por cento) mencionaram outros pontos fracos e 6% (seis por cento) não responderam à questão. Questão 16: Quais dos itens abaixo você considera como sendo pontos fortes (forças) da sua empresa? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Mix de produtos/serviços B – Preço C – Qualidade dos produtos/serviços D – Atendimento E – Imagem/reputação F – Localização G – Layout (visual) H – Condições de pagamento oferecidas I – Atendimento pós-venda J – Outros Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 16: Empresas – pontos fortes Através da análise do gráfico 16, pode-se observar que o mix de produtos/serviços e o preço são considerados como pontos fortes da empresa por 44% (quarenta e quatro por cento) dos lojistas, 78% (setenta e oito por cento) citaram como ponto forte a qualidade dos produtos/serviços, 89% (oitenta e nove por cento) citaram o atendimento como ponto forte. Já a imagem/reputação foi lembrada por 61% (sessenta e um por cento) dos lojistas, enquanto que a localização foi lembrada por 17% (dezessete por cento) dos pesquisados, o layout/visual por 11% (onze por cento), as condições de pagamento oferecidas por 28% (vinte e oito por cento) e o atendimento pós venda por 22% (vinte e dois por cento) dos pesquisados. Outros pontos fortes não foram citados. Questão 17: Quais dos itens abaixo você considera como sendo pontos fracos (fraquezas) da sua empresa? Foram apresentadas as seguintes opções de resposta: A – Mix de produtos/serviços B – Preço C – Qualidade dos produtos/serviços D – Atendimento E – Imagem/reputação F – Localização G – Layout (visual) H – Condições de pagamento oferecidas I – Atendimento pós-venda J – Outros Nesta questão, em alguns casos, foram escolhidas mais de uma opção pelos pesquisados. Fonte: dados primários (2009) Gráfico 17: Empresas – pontos fracos Analisando o gráfico 17, pode-se observar que o mix de produtos/serviços é considerado como ponto fraco da empresa por 6% (seis por cento) dos lojistas, a localização e o layout forma lembrados por 33% (trinta e três por cento) dos lojistas, as condições de pagamento por 17% (dezessete por cento), 22% (vinte e dois por cento) citaram o atendimento pós venda e ainda outros pontos fracos foram citados por 11% (onze por cento) dos pesquisados. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos nesta pesquisa apontam a necessidade se rever as estratégias de marketing utilizadas atualmente pelas empresas. De acordo com os dados demográficos, o perfil predominante dos pesquisados têm as seguintes características: idade entre 36 a 45 anos, sexo feminino e com escolaridade ensino médio completo, sendo que a maioria possui algum conhecimento sobre marketing. Com o auxílio e a apresentação dos gráficos analisados, aplicação e análise de questionários, foi possível responder aos objetivos propostos no estudo, onde diagnosticou-se que: 1) as empresas que compõem a Galeria atuam no ramo do comércio e prestação de serviços, sendo que a metade delas atua somente no comércio; 2) as empresas oferecem os mais variados produtos e/ou serviços, demonstrando com isso, que existe uma grande diversifação na Galeria; 3) um percentual considerável de empresas ainda não utiliza a internet; 4) a maioria das empresas nunca elaborou um plano de marketing; 5) apenas metade das empresas já elaboraram pesquisa de mercado; 6) O rádio e a TV são as ferramentas mais utilizadas pelos lojistas, seguidas do jornal e do telefone; 7) existe um percentual significativo de empresas que não possuem uma “missão” definida; 8) a maioria dos lojistas avalia a satisfação dos seus clientes na próxima venda; 9) estratégias de diferenciação são as mais utilizadas pelos lojistas; 10) a localização e o mix de empresas são os principais pontos fortes da Galeria, enquanto que o layout e a falta de parceria entre as empresas são considerados pontos fracos; 12) como pontos fortes, as empresas possuem a qualidade de produtos/serviços, o atendimento e a imagem/reputação, enquanto que a localização, o layout e o atendimento pós-venda são considerados pontos fracos. A partir dos resultados obtidos na pesquisa, comprova-se que apesar das empresas utilizarem estratégias adequadas na busca para atrair e reter clientes, existe a necessidade de aperfeiçoamento destas estratégias com o uso de ferramentas de comunicação que possam atingir de forma mais eficaz, os objetivos destas empresas. Ferramentas como a internet, mala-direta e o telemarketing são importantes ferramentas do marketing direto que tornam mais eficaz a utilização de estratégias por parte das empresas. Para que qualquer estratégia de marketing obtenha sucesso, é necessário também que as empresas elaborem um plano de marketing, sendo que o primeiro passo para se elaborar este plano é a definição da missão da empresa, ou seja, saber exatamente qual é o seu negócio, a que se destina e qual a sua atuação no mercado. A pesquisa de mercado é o ponto inicial para o marketing, e todas as empresas deveriam utilizar esta ferramenta, seja quando para entrar no mercado, seja quando for lançar um produto novo no mercado. As empresas devem levar em consideração os seus pontos fortes, buscando neutralizar os pontos fracos. Também é importante que se busquem parcerias entre as empresas para, através dos pontos fortes da Galeria, buscar novos clientes para as empresas e retendo aqueles que já existem. Ainda que tenha sido possível aferir dados concretos sobre a utilização de estratégias de marketing, o tema não se esgota neste trabalho, sendo passível de complementação em outras investigações. Espera-se, outrossim, que este estudo tenha oferecido contribuições sobre o tema relativo à estratégias de marketing, ensejando a realização de novas pesquisas e o aprimoramento dos profissionais da área da Administração dada a relevância e a amplitude do assunto. 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APÊNDICE A – Formulário de Pesquisa (questionário). Prezado(a) lojista Estou concluindo o curso de graduação em Administração de Empresas, e escolhi como tema da minha monografia: O marketing como ferramenta para atrair e reter clientes: um estudo de caso na Galeria Glória em Bagé/RS. Para isso, peço-lhe a gentileza de responder o questionário abaixo, que pretende responder aos objetivos propostos na minha pesquisa. O questionário poderá ser devolvido em até quatro dias, não sendo necessária a sua identificação. PERFIL DOS LOJISTAS 1. Idade: ( ) 18 à 25 anos ( ) 26 à 35 anos ( ) 36 à 45 anos ( ) 46 à 55 anos ( ) 55 à 65 anos ( ) mais de 65 anos ( ) Masculino 2. Sexo ( ) Feminino 3. Grau de Instrução: ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Superior Completo ( ) Ensino superior Incompleto 4. O que você entende por marketing? ( ) Vendas ( ) Propaganda e publicidade ( ) Promoções ( ( ) Conjunto de atividades desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam os desejos dos consumidores ( ) Distribuição ) Preços Baixos ( ) Pesquisa de Mercado ( ) Produtos/serviços de qualidade ( ) outros: ................................................................................................................................. PERFIL DAS EMPRESAS 5. Qual o ramo de atividade da sua empresa? ( ) comércio ( ) prestação de serviço 6. Qual(quais) produto(s) ou serviço(s) a sua empresa oferece? ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................... 7. Sua empresa possui acesso à internet? ( ) Sim ( ) Não 8. Sua empresa já elaborou um Plano de Marketing? ( ) Sim ( ) Não 9. Sua empresa já realizou Pesquisa de mercado? ( ) Sim ( ) Não 10. Das ferramentas de comunicação listadas abaixo, quais sua empresa utiliza para levar os produtos/serviços até o consumidor? ( ) Rádio ( ) TV ( ) Jornal ( ( ) Mala direta ( ( ) Utiliza outras: .......................................................................................................................... ) Telemarketing ( ) Panfletos ( ) Telefone ( ) Internet ) Não utiliza nenhuma ferramenta 11. A sua empresa possui “missão”? ( ) Sim ( ) Não Segundo Lúcio Júnior (2008), missão refere-se ao propósito da empresa. É uma descrição precisa do que a organização entrega a seus clientes no contexto do mercado que está inserida. Na missão encontram-se objetivos gerais, princípios, detalhes da operação e como a empresa está organizada. 12. Como sua empresa avalia a satisfação de seus clientes? ( ) Através do pós venda ( ) na próxima venda ( ( ) outros: ................................................ ) Não consegue avaliar a satisfação 13. Das estratégias abaixo, quais sua empresa utiliza para atrair e reter clientes? ( ) Segmentação dos clientes de acordo com seus perfis e históricos de compras ( ) Estratégias voltadas para os preços (mais acessíveis ou mais elevados dependendo do produto/serviço oferecido) ( ) Estratégias voltadas para a distribuição dos produtos/serviços (pontos de venda, filiais, vendas on-line, etc) ( ) Estratégia de diferenciação (em preço, em horário de funcionamento, em localização ou em atendimento, etc) ( ) Estratégias voltadas para o produto (ampliação e complementação da linha de produtos; lançamento de novos produtos; diferenciação; valorização da marca e da embalagem) ( ) Estratégias de promoção ( propaganda, promoções, descontos, liquidações, telemarketing, etc) ( ) Participação em eventos (desfiles, eventos culturais, esportivos, campanhas comunitárias) ( ) Não utiliza nenhuma estratégia atualmente ( ) Utiliza outras estratégias: .......................................................................................................... ............................................................................................................................................................. PONTOS FORTES E FRACOS 14. Quais dos itens abaixo você considera com sendo pontos fortes (FORÇAS) da Galeria Glória? ( ) Mix de Empresas limpeza, etc) ( ( ( ) Localização ( ) Acesso ( ) Layout (visual – iluminação, ) Parceria entre as empresas para atingir seus objetivos ) Outros: ............................................................................................................. 15. Quais dos itens abaixo você considera com sendo pontos fracos (FRAQUEZAS) da Galeria Glória? ( ) Mix de Empresas limpeza, etc) ( ( ( ) Localização ( ) Acesso ( ) Layout (visual – iluminação, ) Parceria entre as empresas para atingir seus objetivos ) Outros: ............................................................................................................. 16. Quais dos itens abaixo você considera com sendo pontos fortes (FORÇAS) da sua empresa? ( ) Mix de Produto(s)/serviço(s) ( ) Preço ( ) Atendimento ( ( ) Condições de pagamento oferecidas ( ( ) Outros: .................................................................................................................................... ) Imagem(reputação) ( ( ) Qualidade do(s) produto(s)/serviço(s) ) Localização ( ) Layout(visual) ) Atendimento pós-venda 17. Quais dos itens abaixo você considera com sendo pontos fracos (FRAQUEZAS) da sua empresa? ( ) Mix de Produto(s)/serviço(s) ( ) Preço ( ) Atendimento ( ( ) Condições de pagamento oferecidas ( ( ) Outros: .................................................................................................................................... ) Imagem(reputação) ( ( ) Qualidade do(s) produto(s)/serviço(s) ) Localização ( ) Layout(visual) ) Atendimento pós-venda Muito Obrigada por sua colaboração! Ana Claudia Pereira Campos e-mail: [email protected] Fone: 9957-1337