Patologias Psiquiátricas Identificadas

Propaganda
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL
EM INDIVÍDUOS COM
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
GRAVE/PROFUNDA
Uma Experiência Multidisciplinar em Instituição
Associação de Pais e Amigos de
Deficientes Profundos - Objectivos
Desde 1984…
Apoiar e promover a investigação da etiologia, fenomenologia e terapêutica
da deficiência;
Educar e desenvolver as capacidades dos indivíduos com deficiência intelectual
profunda e ajudar os pais ou responsáveis nos problemas a eles relativos;
Favorecer a criação de centros terapêuticos;
Solidarizar-se com o futuro das pessoas com deficiência intelectual profunda,
integrando-as na vida social;
Intensificar a colaboração entre os técnicos e os pais dos utentes, com vista a
uma melhor congregação de esforços no campo da educação e reabilitação;
Realizar acções de formação;
Colaborar com os serviços oficiais existentes;
Colaborar com as Associações congéneres para a prossecução dos fins comuns.
Caracterização da População
Número de utentes: 64
Regime de Frequência:
CAO e Lar residencial: 56
CAO: 8
Sexo:
Feminino: 26
Masculino: 38
Idade:
Caracterização Clínica da População
Patologias
Número de Casos
Deficiência Intelectual Grave e Profunda
64
“Paralisia Cerebral”
25
Epilepsia
27
Perturbação Global do
Desenvolvimento/Autismo
8
Cromossomopatia/Trissomia 21
3
Embriopatia da Rubéola
2
Doença Metabólica (Doença de S. Filippo) 1
Doenças Neoplásicas, Infecciosas e Virais
do SNC da Infância
4
Traumatismo Crânio-Encefálico
1
Deficiência Intelectual
Critérios DSM-IV-R
A. Funcionamento Intelectual significativamente inferior à média (QI igual ou
inferior a 70);
B. Défices ou insuficiências concomitantes no funcionamento adaptativo actual
em pelo menos duas das seguintes áreas:
Comunicação
Auto-cuidados
Vida familiar
Competências sociais/interpessoais
Uso dos recursos comunitários
Auto-controlo
Aptidões escolares funcionais
Trabalho
Lazer
Saúde
Segurança
C. Início antes dos 18 anos
Deficiência Intelectual Grave e
Profunda
D.I. Grave
QI 20-25 a 35-40
7% da população com DI
Atraso no DPM notado precocemente (idade pré-escolar)
A sua linguagem verbal é deficitária, podendo comunicar
de forma simples
Necessitam de protecção, supervisão e ajuda porque o seu
nível de autonomia é muito pobre
Podem desempenhar tarefas simples e participar em
actividades sociais limitadas
Deficiência Intelectual Grave e
Profunda
DI Profunda
QI < 20-25
<1% da população com DI
Compromissos gravíssimos nas funções cognitiva e de comunicação
Dependentes de outros em quase todas as funções e actividades
Alguns adquirem discurso e comportamentos sociais simples
Excepcionalmente terão autonomia para se deslocar e responder a treinos
simples de auto-ajuda.
Quanto maior a gravidade da DI maior a probabilidade de associação com:
Deficiências sensoriais e motoras
Incontinência
Epilepsia
Doença Mental
Comportamentos de Desafio (esforço para comunicar ou expressão de frustração)
Auto-mutilação
Riscos de saúde acrescidos
Deficiência Intelectual Grave e
Profunda
… em todos os casos:
Necessidades mais complexas e maiores dificuldades
em exprimir essas necessidades;
Grande dependência de apoios;
Dificuldades acrescidas no acesso aos recursos
comunitários.
Doenças Físicas Associadas
Epilepsia;
Patologia Ortopédica:
Escoliose;
Displasia da Anca;
Alterações Posturais Graves,
Hipotonia, Espasticidade;
Osteoporose, Fracturas Patológicas;
Osteoartropatia Degenerativa.
Patologia Gastro-Intestinal:
DRGE;
Gastrite, Úlcera Gastroduodenal;
H. Hiato;
Obstipação e Suboclusão e Oclusão
Intestinal.
Doenças Físicas Associadas
Dentes e Gengivas:
Defeitos de Ortodôncia;
Cáries Dentárias, Abcessos;
Gengivites, Gengivorragias e Hipertrofia
das Gengivas.
Infecções Respiratórias;
Infecções do Tracto Urinário, Retenção
Urinária;
Irregularidades Menstruais,
Dismenorreia, Menopausa Precoce;
Dislipidémia, HTA, Obesidade;
Patologia da Tiróide;
Patologia Cardíaca Congénita,
Cardiopatia Isquémica;
Doenças Hematológicas (Anemia, PTI);
Doenças Reumatológicas.
Equipa Multidisciplinar - Constituição
Clínica Geral;
Enfermagem;
Auxiliar de Enfermagem;
Pedopsiquiatria;
Psicologia;
Neurologia;
Serviço Social;
Fisioterapia;
Terapia da Fala;
Terapia Ocupacional.
Equipa Multidisciplinar - Objectivos
Prevenção Primária:
Diagnóstico e Intervenção Terapêutica:
Promoção da Saúde;
Promoção da Saúde Mental.
Sinais e Sintomas Físicos;
Sinais e Sintomas Mentais;
Alterações do Padrão Comportamental (por exemplo: Comportamentos
Desafiantes);
Diagnóstico Diferencial Físico/Mental.
Articulação com Serviços de Saúde (Públicos e Privados) da
Comunidade.
Formação.
“Saúde”
Definição: “estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência de
doença”.
OMS
Promoção da Saúde Física:
Prevenção das doenças mais comuns
Défices auditivo e visual (Cons. ORL e Oftalmologia)
Doenças dos dentes e gengivas
Doenças Cardiovasculares
Rastreio e tratamento das Dislipidémias, da Diabetes, da HTA e da
Obesidade (ex lab regulares, registos tensionais e de peso, apoio de
Nutricionista)
Doenças Respiratórias
Higiene oral e consultas de Medicina Dentária (Escola de Medicina Dentária de
Lisboa)
Vacinação Sazonal anti-gripal
Medidas preventivas de contágio
Identificação precoce de sinais e sintomas respiratórios
Intervenção precoce da Fisioterapia/Cinesioterapia
Doenças Hepato-Biliares e Gastro-Intestinais (Lab., Imagiologia)
Promoção da Saúde Física - Prevenção
das doenças mais comuns:
Doenças Osteoarticulares (alterações posturais, artroses, osteoporose)
Alterações Hormonais (F. Tiroideia, irregulares menstruais, menopausa precoce)
Despiste precoce e articulação com Urologia
Doenças Neoplásicas
Despiste precoce (Clínica, exames complementares)
Articulação com Endocrinologia, Ginecologia
Patologia Urológica (ITU, HBP)
Promoção da actividade física; mobilizações; fisioterapia.
Rastreios clínico e imagiológico (Rx, TDO) precoces.
Rastreio do cancro da mama (palpação, mamografia e ecografia)
Rastreio do cancro do útero ( Colpocitologia, ecografia)
Rastreio do cancro da próstata (PSA, ecografia)
Iatrogenias
Ex. Laboratoriais de controle (PFH, Hemograma, doseamentos séricos)
ECG
Promoção da Saúde Mental – Objectivos:
Diminuir a probabilidade
de se desenvolver um
problema de saúde mental
ou evitar a sua recidiva;
Melhorar o bem-estar
mental de cada indivíduo.
Prevenção de Problemas de Saúde Mental
numa População com D.I. Grave/Profunda
Identificar “factores de vulnerabilidade” mental;
Reconhecer “factores protectores” em cada
indivíduo que reduzam os níveis de ansiedade, de
depressão e de comportamentos desadequados;
Fazer um “Planeamento Centrado na Pessoa”,
respeitando as necessidades e interesses
individuais.
Factores de Vulnerabilidade Mental Identificados no
Indivíduo com D.I. Grave/Profunda
Riscos de Saúde Física acrescidos;
Deficiências associadas (motora, sensoriais) dificultando a
comunicação;
Necessidades mais complexas e maior dificuldade em
expressar e comunicar essas necessidades;
Associação frequente com formas graves de epilepsia,
condicionando, pela clínica e pela terapêutica, o bem-estar
físico e mental;
Frequência aumentada de comportamentos de auto-mutilação
e suas sequelas físicas;
Factores de Vulnerabilidade Mental Identificados no
Indivíduo com D.I. Grave/Profunda
Perpetuação de mal-estar físico (ex: dor crónica, mal-estar
GI) pelas grandes dificuldades em comunicá-lo e diagnosticálo;
Baixa auto-estima, perda da individualidade, ausência da
capacidade de escolha;
Dificuldade de gerir perdas e lutos;
Associação frequente com a deficiência física e com o malestar físico;
Associação com deficiências sensoriais agravando
comportamentos de desafio e auto-mutilação;
Efeitos acessórios da medicação e das interacções
medicamentosas.
Reconhecer Problemas de Saúde Mental no
Indivíduo com D.I. Grave/Profundo
Grande variabilidade
individual;
Difícil identificação
clínica (alterações do
pensamento, das
emoções e dos
comportamentos; sinais
e sintomas físicos).
Reconhecer Problemas de Saúde Mental no
Indivíduo com D.I. Grave/Profundo
Sinais de Alerta:
Alterações dos padrões comportamentais;
Sinais e Sintomas Físicos:
Alterações do apetite;
Alterações de peso;
Alterações da impulsividade sexual;
Dores de Cabeça;
Dores Abdominais;
Vómitos;
Alterações de trânsito GI;
Alterações do controlo de esfíncteres;
Alterações dos níveis de energia e actividade.
Reconhecer Problemas de Saúde Mental no
Indivíduo com D.I. Grave/Profundo
Sinais de Alerta:
Alteração dos Níveis de Humor:
Elevado/Baixo;
Irritabilidade.
Alterações do Sono (Insónias, sonolência);
Capacidade reduzida de adaptação a novas situações
ou de adquirir novas capacidades – deterioração
recente não esperada;
Alteração do padrão de interacção social (isolamento,
desinteresse por actividades).
Intervenção Diagnóstica
Avaliação Multidisciplinar, integrada, de
alterações comportamentais (técnicos,
cuidadores, família);
Investigação, junto dos cuidadores e da
família, de outros sinais de alarme;
Definir relação de causalidade entre
comportamentos de desafio e problemas
mentais;
Diagnóstico Diferencial entre patologia
física e mental (exames complementares
de diagnóstico, articulação com outras
especialidades médicas).
Relação entre Comportamentos de Desafio e
Patologia Mental
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações Globais do Desenvolvimento
Perturbações do Comportamento Alimentar
Pert. Autística
Pert. Globais do Desenvolvimento SOE
Pica
Pert. Ruminação
Bulimia, anorexia
Perturbações da Eliminação
Enurese
Encoprese
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbação de Movimentos Estereotipados com e
sem Comportamentos de Auto-Mutilação:
Maior intensidade, frequência e gravidade no indivíduo com DI
Grave/Profunda, sobretudo quando associada a Perturbação Global do
Desenvolvimento
Desencadeados por condições de sobre ou sob estimulação do meio ou
resultado de alteração de rotinas
Características:
Sequências complexas de movimentos sem objectivo aparente
Impossíveis de interromper com as actividades
Causam agitação ou agressividade quando interrompidos
Requerem redireccionamento
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbação de Movimentos Estereotipados com
ou sem Comportamentos de Auto-Mutilação
Importante caracterizar os comportamentos de auto-mutilação:
Associados a Fenotipo comportamental (Ex: Embriopatia da Rubéola)
Nível de gravidade:
Dificuldade de interromper
Resultando em comportamento agressivo ou destrutivo
Gravidade das lesões físicas
Desproporcional em relação ao nível de DI
Associação com outras doenças mentais
Associação com lesões físicas prévias
Relacionar com limiar à dor
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Demências
Difícil diagnosticar alterações cognitivas (memória, orientação)
no indivíduo com DI Grave/Profunda
Ausência de testes diagnósticos (neuropsicológicos) de Demência
para a população portuguesa com DI Grave/Profunda
Sinais precoces de alarme:
labilidade emocional, irritabilidade, apatia, agressividade, insónia
Perda de capacidades no desempenho de tarefas
Compromisso da socialização, isolamento
Incontinência de esfíncteres
Convulsões
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações Mentais Devidas a Condições
Médicas Gerais
Perturbações da Personalidade devido a Condições
Médicas Gerais
Ex: Pert. da Personalidade associadas a Hidrocefalia de Pressão
Normal (Sínd. Demencial)
Perturbação Mental SOE devida a Condição Médica Geral
Ex: agressividade ou agitação ou alterações motoras devidas a
otalgias, odontalgia, dismenorreia, dor abdominal, infecção,
iatrogenia…
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Esquizofrenia e Outras Perturbações
Psicóticas
Difícil diagnosticar delírios, alucinações ou alterações do pensamento
no indivíduo com DI Grave/Profunda
Sobreposição de sinais e sintomas de Perturbação Global de
Desenvolvimento e de Esquizofrenia
Importância de uma abordagem longitudinal e multidisciplinar
Importante despistar etiologia orgânica para o quadro psicótico (Ex:
tumor cerebral)
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Esquizofrenia e outras Perturbações
Psicóticas
Sinais de Alarme:
Comportamento bizarro, olhando à volta respondendo a estímulos não
evidentes ao outro;
Isolamento e evicção social, estereotipias, agitação;
Auto e hetero-agressividade agravadas;
Comportamento desorganizado ou catatónico;
Negligência nos auto-cuidados;
Rituais bizarros;
Respostas afectivas alteradas; padrão alterado de comunicação,
Alterações do sono/Insónias;
Padrões de comportamento social alterados, mais restritivos.
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações do Humor
Diagnóstico difícil no indivíduo com DI Grave/Profunda, desde que não se
manifestem por comportamentos disruptivos;
Estudo longitudinal, com recurso a várias fontes de informação;
Conhecer o “estado basal” de funcionamento mental do indivíduo: observação
directa e registos de comportamentos;
Estudo mais prolongado que no indivíduo sem DI;
Identificar Síndromes Genéticos ou outros que estejam associados a
perturbações de humor ou de comportamento : Fenotipos Comportamentais;
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações do Humor
Sintomas “cognitivos” (culpa, desespero, impotência, ideias de suicídio) ausentes ou de
difícil diagnóstico: depressões “mascaradas”, “equivalentes depressivos”;
Sinais mais comuns à observação:
Problemas de Comportamento/ Comportamentos de Desafio;
Ansiedade e comportamentos obsessivos;
Isolamento social;
Humor irritável;
Perda de capacidades adaptativas e produtivas;
Alterações do apetite, do sono e da actividade motora;
Sintomas somáticos, psicóticos.
Diagnósticos mais frequentes:
Episódio Depressivo Major
Perturbação Depressiva SOE.
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações de Ansiedade
Diagnóstico dependente da observação externa;
O indivíduo aparenta estar muito assustado e agitado, taquicardico,
suado, polipneico, com dor torácica;
A duração e os desencadeantes do episódio completam o diagnóstico.
Diagnósticos mais frequentes:
Perturbação de Pânico
Perturbação Aguda de Stress
Perturbação de Ansiedade Generalizada
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC)
Nem todos os comportamentos repetitivos no indivíduo com DI são
sintomas de POC;
Difícil diagnosticar obsessões nesta população;
As obsessões e a compulsões são diferentes das clássicas pela ausência
de pensamento abstracto, total dependência nas AVD e ausência de
consciência social;
No indivíduo com DI Grave: Insistência em sequências ou arranjos
fixos, ordenação excessiva, compulsões de encher/esvaziar;
Mais frequente em indivíduos com DI, sobretudo se associada a
Síndromes Genéticos ou a Perturbações do Espectro do Autismo;
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações Psicossomáticas
Perturbação do Controle dos Impulsos
Perturbações da Adaptação
Perturbações da Adaptação com Perturbação de Comportamento;
Perturbações da Adaptação com Perturbação Mista das Emoções e
Comportamentos
“Depressão”: perda de capacidades, isolamento.
“Ansiedade”: irritabilidade, auto e heteroagressividade, automutilação.
“Perturbações do Comportamento”: automutilação, ameaças, agressão,
destruição ou alteração de padrões comportamentais anteriores.
Patologias Psiquiátricas Identificadas
Critérios Diagnósticos Adaptados (DM-ID)
Perturbações da Adaptação
Agentes de Stress:
Mudança de cuidadores, de pares, de rotinas;
Separações, perdas, lutos;
“Crise” familiar (nascimentos, mortes, separações, doenças,
saídas dos irmãos de casa);
Abuso, maus tratos, negligência;
Mal estar físico;
Aculturação
Intervenção Terapêutica
Objectivos:
Reduzir sinais e sintomas
de doença;
Reduzir o mal estar físico
e psicológico;
Promover a inclusão
social;
Promover a qualidade
de vida;
Reduzir a probabilidade
de recaídas.
Tipos de Intervenções:
Intervenções Sociais,
Intervenções
Psicológicas
Terapia Comportamental,
Terapia CognitivoComportamental,
Aconselhamento.
Intervenções Biológicas
Principais Dificuldades
Falta de formação específica dos técnicos de saúde e ausência de Instrumentos
Diagnósticos (médicos, psiquiátricos, psicológicos) aferidos para a população com DI;
Dificuldades na articulação com os serviços clínicos (públicos e privados) da comunidade:
Dependência do SNS para a realização de Consultas da Especialidade e de Exames
Complementares de Diagnóstico;
Dependência do SNS para o atendimento de indivíduos altamente dependentes e com
grandes dificuldades de comunicação em serviços de urgência hospitalares saturados;
Dificuldade em estabelecer “pontes preferenciais “com especialidades médicas,
cirúrgicas e diagnósticas do SNS.
Adaptação dos conhecimentos teóricos e da prática clínica ao processo avaliativo e
diagnóstico baseado aqui num padrão diferente de comunicação e na perspectiva futura de
uma MEDICINA DO DESENVOLVIMENTO.
Principais Dificuldades – um Padrão
Diferente de Comunicação
Esta é a minha voz
Eu não estou estragado
Não tentes consertar-me
Apoia-me para que eu possa contribuir.
Não me tentes ajudar
Pergunta-me se eu preciso de ajuda e deixa-me mostrar-te
como o podes fazer.
Não tentes ser meu amigo
Tenta conhecer-me primeiro e talvez nos tornemos amigos.
Principais Dificuldades – um Padrão
Diferente de Comunicação
Fica quieto e ouve
Não me critiques se eu me comportar de uma forma que não
entendes
Pode ser a minha tentativa de comunicar contigo da única
forma que sei.
Não me ensines a ser obediente, submisso ou polido.
Eu preciso de ser capaz de dizer não para me afirmar.
Eu não sou um projecto. Não trabalhes em mim. Vê-me
como um parceiro e trabalha comigo.
Lembra-te, ninguém é auto-suficiente.
Baseado na Brochura criada por Blackbird Creative para “the Brice Foundation”, 2001.
Download