TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PARA H1N1 Por Regia Damous Fontenele Feijó - médica Infectologista Coordenadora do SCIH do Hospital São Luiz Itaim O enfrentamento de doenças com potencial disseminatório como o H1N1, sempre levam a questões de como proceder o atendimento sem expor ao risco outros pacientes e profissionais da saúde (PAS). Os hospitais da Rede D’Or São Luiz alinharam seus fluxos baseando suas ações em documentos técnicos locais e internacionais. O atendimento se inicia diferenciado desde a recepção do paciente suspeito até a realização de exames diagnósticos, medicações e outros procedimentos. Os casos suspeitos são encaminhados para uma unidade separada e o foco da avaliação é a identificação dos fatores de risco e dados clínicos de gravidade, avaliando a necessidade de internação em quartos ou UTI, assim como a necessidade de ventilação mecânica. Medidas contra a contaminação Uma outra estratégia adotada para reduzir transmissão cruzada nosocomial foi instituir medidas de precauções para gotículas e no contato com o paciente internado, principalmente naqueles pacientes secretivos. As gotículas existentes na tosse acabam se depositando nas vestimentas e superfícies dos PAS durante os procedimentos, facilitando a disseminação da doença. Diagnóstico e tratamento O exame diagnóstico de escolha é o PCR (proteína em cadeia de polimerase) com acurácia de 98%-100%. O tratamento antiviral para casos graves é fundamental, independente do diagnóstico confirmatório. O oseltamivir deve ser administrado nas primeiras 48h e deve ser mantido por 5 dias, podendo ser estendido por mais 5 dias caso a gravidade se mantenha. Os pacientes que respondem ao tratamento em 2-3 dias podem receber alta após o 5º dia, e não é necessário repetir testes diagnósticos.