UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO JOCINÉIA PEREIRA NASCIMENTO SANTOS VERA LÚCIA RIBEIRO DE AMORIM DA SILVA FICHAMENTO DO LIVRO GEOGRAFIA PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA SALVADOR 2010 JOCINÉIA PEREIRA NASCIMENTO SANTOS VERA LÚCIA RIBEIRO DE AMORIM DA SILVA FICHAMENTO DO LIVRO GEOGRAFIA PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA Fichamento do Livro Geografia Pequena História Crítica, elaborado por estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, apresentado a Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial da disciplina Introdução à Geografia. Orientador(a): Noeli Pertile. SALVADOR 2010 GEOGRAFIA PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA Antonio Carlos Robert Moraes Objeto da Geografia Neste capítulo foi abordado os vários rótulos e definições dados ao objeto da Geografia por diversos autores como: O estudo da superfície terrestre; O estudo da Paisagem; O estudo da individualidade dos lugares; Estudo do Espaço; O estudo das relações entre o homem e o meio ou entre a sociedade e a natureza; outro objeto de estudo seria a ação do homem na transformação do meio; A relação em si, com os dados humanos e os naturais possuindo o mesmo peso, onde quase todo autor dá uma roupagem própria à sua concepção voltado para as perspectivas da Geografia Tradicional. O Positivismo como Fundamento da Geografia Tradicional Esta advém principalmente, do fundamento comum de todas as correntes da Geografia Tradicional sobre as bases do positivismo. E como uma primeira manifestação dessa filiação positivista está na redução da realidade ao mundo real dos sentidos, restringindo-se aos aspectos visíveis do real limitando os procedimentos de análise à indução, posta como a única via de qualquer explicação científica reduzindo a um mero empirismo. Outra manifestação da filiação positivista é a idéia da existência de um único método de interpretação comum a todas as ciências. Aqui a geografia é uma Ciência de contato entre o domínio da natureza e a da humanidade. O homem vai aparecer como um elemento a mais da paisagem, sem se preocupar também com a relação entre os homens. Na verdade, a idéia de Ciência de síntese serviu para encobrir a vaguidade e a definição do objeto, idéia essa que postulava um conhecimento excepcional, desvinculava tal ciência de uma exigência do próprio positivismo. E as máximas e os princípios vão sendo, incorporados e transmitidos, no pensamento geográfico de uma forma não crítica. Portanto só será geográfico um estudo que aborde a forma, ou a formação, ou a dinâmica, a organização ou transformação do espaço terrestre, dependendo de uma postura policial, do engajamento social, de quem faz Geografia. Origens e Pressupostos da Geografia Sua origem remonta à Antiguidade Clássica, especificamente ao pensamento grego. A partir das discussões de vários autores sobre diversos temas como mediação do espaço e a discussão da formação da Terra, (Tales e Anaximandro) a descrição dos lugares numa perspectiva regional (Heródoto), a relação entre o homem e o meio (Hipócrates) e a concepção de lugar na sua Física, sem articulá-la com a discussão da relação homem-natureza (Aristóteles), pode-se dizer que o conhecimento geográfico se encontrava dispenso pois um lado, as matérias apresentadas com essa designação eram bastante diversificadas, sem um conteúdo unitário e por outro lado, muito do que se entende por Geografia, não era apresentado com este rótulo assim até o século XVIII não é possível falar de conhecimento geográfico. No início do século XIX, pressupostos históricos da sistematização geográfica objetivam-se no processo de avanço e domínio das relações capitalistas de produção. Assim, na própria constituição do modo de produção capitalista. O primeiro destes pressupostos dizia respeito ao acontecimento efetivo da extensão real do planeta. Outro era a existência de um repositório de informações, sobre variados lugares da Terra. O outro pressuposto para o aparecimento de uma Geogragia unitária, residia no aprimoramento das técnicas cartográficas. Estes implicavam a valorização dos temas geográficos pela reflexão da época, a ponto de legitimarem a criação de uma disciplina especifica dedicada a eles. E esses termos vão ocorrer nas seguintes discussões os autores que se dedicaram à filosofia do Conhecimento, como Kant ou Liebniz enfatizaram a questão do espaço. Os filósofos que discutiram a Filosofia da História como Hegel ou Herder, destacaram a influência do meio sobre, outra sistematização geográfica pode ser detectada nos pensadores políticos do Iluminismo, os quais discutiram as formas de poder e de organização do Estado, dentre eles encontram-se Rousseau, Montesquieu. Finalmente o temário geográfico resume-se no aparecimento das teorias do Evolucionismo, que partem das formulações de Darwin e Lamarck, dá um lugar de destaque, em sua explicação, ao papel desempenhado pelas condições ambientais, na evolução das espécies, a adaptação ao meio seria um dos processos fundamentais. Assim com a ajuda de todos esses pressupostos históricos, a Terra estava toda conhecida. A Sistematização da Geografia: Humboldt e Ritter No início do século XIX a Alemanha não conhece a monarquia absolutista, nem qualquer outro tipo de governo centralizado, pois o poder está nas mãos dos proprietários de terras, sendo absoluta ao nível local, a estrutura feudal permanece intacta. É neste quadro que as relações capitalistas vão penetrar, sem romper com a ordem vigente. O capitalismo penetra no quadro agrário alemão sem alterar a estrutura fundiária, onde a propriedade da terra, origem de todo poder, permanece com os elementos pré-capitalistas e logo depois tornam-se capitalistas, pela destinação dada à produção. Sendo assim o comercio local se desenvolve, sendo a produção destinada ao exterior. Nesta tem-se como domínio e organização do espaço, apropriação do território, variação regional, entre frutos, pois, a Geografia surge na Alemanha, onde a questão do espaço era a primordial. As primeiras colocações, no sentido de uma Geografia sistematizada, vão ser obras de dois autores prussianos ligados à aristocracia: Alexandre Von Humboldt e Karl Ritter ambos são contemporâneos e pertencem a geração que vivencia a Revolução Francesa: Humboldt nasce em 1769, e entendia a Geografia como a parte terrestre da Ciência do Cosmo. Já Ritter nasce em 1779, sua Geografia é principalmente, um estudo dos lugares, uma busca da individualidade destes. Ratzel e Antropogeografia O autor Friedrich Ratzel é alemão e prussiano, vivencia a constituição real do Estado Nacional alemão e suas primeiras décadas. Sua Geografia foi um instrumento poderoso de legitimação dos desígnios expansionistas do Estado alemão recém-constituído e expressa diretamente um elogio do imperialismo, onde na história moderna recompensa da vitória foi sempre um proveito territorial. Em seu principal livro publicado em 1882, “Antropogeografia fundamentos da aplicação da Geografia à História” Ratzel definiu o objeto geográfico como o estudo da influencia que as condições naturais exercem sobre a humanidade. Pois a análise das relações, entre o Estado e o espaço, foi um dos pontos privilegiados da antropogeografia: Privilegiou também o elemento humano, abriu várias frentes de estudo, valorizando questões referentes à História e ao espaço. Mas infelizmente em termos de método, a obra de Ratzel não realizou grandes avanços, por manter a idéias da Geografia como Ciência empírica, cujos procedimentos de análise seriam a observação e a descrição. Assim manteve a visão naturalista, reduziu o homem a um animal. Outro desdobramento da postura de Ratzel manifestou-se na Constituição da Geopolítica. E uma última perspectiva, foi a chamada escola ambientalista. O ambientalismo representa um determinismo atenuado, sem visão fatalista e absoluta. Contudo pode-se avaliar o peso da obra desse autor na evolução do pensamento geográfico e a importância para o debate geográfico, os temas políticos e econômicos, colocando o homem no centro das análises. Vidal de La Blache e a Geografia Humana Vidal de La Blache publicou suas obras nas últimas décadas do passado e nos primeiros do atual, fundou a escola francesa de Geografia e, mais deslocou para este país o eixo da discussão geográfica, até então sediada na Alemanha. A proposta de Vidal manifestava um tom mais liberal, consoante com a evolução francesa, e sua análise partiu do homem abstrato do liberalismo. Imprimiu ainda no pensamento geográfico, o mito da ciência asséptica, propondo uma despolitização aparente do temário dessa disciplina. Vidal de La Blache definiu o objeto da Geografia como a relação homem-natureza, na perspectiva da paisagem. Colocou o homem como um ser ativo, que sofre a influencia do meio, porém que atua sobre este, transformando-o. Assim na perspectiva Vidalina a natureza passou a ser vista como possibilidades para a ação humana. É a geografia caberia estudar os gêneros de vida, os motivos de sua manutenção ou transformação e sua difusão, com a formação dos domínios de civilização. Vidal era mais relativista, negando a idéia de causalidade e determinação de Ratzel. Sendo assim, sua Geografia fala de população, de agrupamento, de estabelecimentos humanos, das técnicas e dos instrumentos, mas nunca de sociedade, nem das relações sociais, nem de processos de Produção. Os desdobramentos da proposta lablachiana Vidal fundou a corrente que se tornou majoritária no pensamento geográfico, após suas formulações o núcleo central dessa disciplina estava constituído. Houve uma multiplicidade de influência para os geógrafos posteriores. La Blache criou a doutrina, o Possibilismo. Seus seguidores desenvolveram a proposta lablachiana, em toda sua potencialidade. Todos incorporando-a em formulações próprias, porém mantendo o fundamental de suas colocações. Alguns tentaram contemplar a proposta de La Blache e outros tomaram seus fundamentos e desenvolveram propostas próprias de definição do objeto. Foi o caso de J. Brunhes, que escreveu uma volumosa Geografia Humana, onde propõe uma “Classificação positiva dos fatos geográficos”. Já A. Demangeon, resolveu a problemática econômica, enfatizando as instalações humanas, em relação as atividades produtivas e elaborou o conceito de “meio geográfico”, diferenciando-o “meio físico”. Vidal de La Blache planejou uma obra coletiva, a Geografia Universal, que foi executada por seus discípulos, os quais explicitaram um conceito vislumbrado que seria tomado como o balizamento central da geografia francesa posterior a “região”. Esta era a denominação dada a uma unidade de análise geográfica, que experimenta a própria forma de como os homens organizam o espaço terrestre. A idéia de região propiciou o que viria a ser a majoritária e mais usual perspectiva de análise do pensamento geográfico: a Geografia Regional, que foi o principal descobrimento da proposta vidaliana. O acúmulo dos estudos regionais proporcionou o aparecimento de especializações, sendo que a perspectiva mais globalizante foi a Geografia Econômica. Esta privilegiou, como objeto de sua análise, a vida econômica de uma região, discutindo os fluxo. A geografia econômica foi um dos focos destacados do surgimento do movimento de renovação do pensamento geográfico, estando assim no limite da Geografia Tradicional. “Da proposta vidaliana, desdobrou-se também uma Geografia Histórica, que se dedicou a temas como: a organização do espaço na Antiguidade, as vias comerciais da Europa na Baixa Idade Média”. ETC (Carlos 1993, p. 79) Com desdobramento da proposta Marx Sorre foi o autor que apresentou a idéia de que a Geografia deve estudar as formas pelas quais os homens organizam seu meio, entendendo o espaço como “a morada do homem”. Desta forma, é possível considerar o estudo de Sorre como uma Ecologia Humana. Sendo que, a idéia do espaço geográfico é a de espaços sobrepostos em inter-relação. A proposta de Sorre foi, sem dúvida, a reciclagem da Geografia Humana por Vidal de La Blache. Representou uma retomada e um enriquecimento de suas teorias, mantendo-lhes a essência de grande formulação da Geografia francesa, no sentido de um conhecimento geográfico global e unitário. Este foi o itinerário da Geografia Tradicional da França, enfocando as propostas que conceberam um conhecimento unitário. Na verdade, foi o desenvolvimento da mesma proposta que poderia considerar a majoritária no pensamento geográfico Tradicional. Além do Determinismo e do Positivismo: A proposta de Hartshorne. A geografia Racionalista, sendo uma outra grande corrente do pensamento geográfico, vincula-se aos nomes de A. Hethner e R. Hartshorne, a qual foi denominada como racionalista por ter uma menor carga empirista em relação as geografias anteriores. O fato de ter sido menos empirista não quer dizer que desfez com toda a geografia apenas ela não se negou ao uso da dedução. Alfred Hether em razão de suas teorias, buscou um outro meio para a análise geográfica, que não fosse o Determinismo nem o Possibilitismo. Ele propõe a geografia como ciência que estuda “a diferenciação de áreas” isto é, a que visa explicar porque e em que diferem as porções da superfície terrestre. Hartshorne sustentou a idéia de que as ciências se definiram por métodos próprios, não por objetos singulares. Esses métodos varia de forma à trabalhar o real em sua complexidade; abordando fenômenos variados, estudados em outras ciências. “Para Hartshorne, o estudo geográfico não isolaria os elementos, ao contrario, trabalharia com suas inter-relações” (Carlos, 1993 p. 87). Hartshorne diz que os fenômenos variam de lugar a lugar, que as suas inter-relações também variam. Para melhor compreensão ele dividiu seu estudo em Geografia Ideográfica que é utilizar de vários fenômenos em um único local para adquirir um conhecimento com profundidade, e pesquisador tinha condições de compreender o caráter da área estudada. Também em Geografia Neomotética onde o pesquisador utiliza um fenômeno e reproduzi-loia em outros lugares. Tais desdobramentos já se inserem no movimento de renovação da geografia, que terá na proposta de Hartshorne uma das vias de sua objetivação. As propostas de Hartshorne, por um lado encerram as derradeiras tentativas de Geografia Tradicional. A Geografia Tradicional deixou de ser ciência elaborada, um corpo de conhecimentos sistematizados, com relativa unidade interna e indiscutível continuidade nas discussões. Por outro lado a Geografia Tradicional elaborou um rico acervo empírico, fruto de um trabalho exaustivo de levantamento de realidades locais. Finalmente, o pensamento tradicional da Geografia elaborou alguns conceitos que merecem ser reavaliados O movimento de renovação da Geografia Na perspectiva dos Geógrafos citados nos capítulos anteriores a Geografia Tradicional esta em crise, sendo que enseja a busca de uma liberdade maior de reflexão e criação. Essa crise é benéfica, pois introduz um pensamento crítico, frente o passado dessa disciplina e seus horizontes futuros. Algumas razões contribuíram para a crise como o desenvolvimento do modo de produção capitalista havia superado seu estágio concorrencial, entrando na era do monopolista. O planejamento econômico estava estabelecido como uma arma de intervenção do Estado. Com a influência do capitalismo as cidades cresciam e as comunidades locais tendiam a se desaparecer. O próprio fundamento filosófico sobre o qual se assentava o pensamento geográfico tradicional, havia ruído e também a própria complexização da realidade e dos instrumentos de pesquisa havia envelhecidos as formulações do positivismo clássico. Além desses razões apresentada, a falta de leis, foi uma das maiores causas da crise da Geografia Tradicional. Todas estas questões favoreceram as para as críticas do pensamento geográfico tradicional, daí dava-se início ao movimento de renovação. Sendo que alguns autores vão ficar nas análises mais formais e outros avançam em análise mais profundas na base social e na função ideológica e desse conhecimento. A Geografia renovada é amplamente diversificada e em função de seus propósitos possibilitou formar dois grandes conjuntos denominados: Geografia Pragmática e outro Geografia Crítica. A Geografia Pragmática Essa geografia é planejada a serviço do capitalismo. Desta forma, seu intuito geral e o de “renovação metodológica” que dê conta das tarefas postas pelo planejamento. Suas propostas visam apenas uma redefinição das formas de veicular os interesses do capital, por esse motivo geral uma crítica superficial a Geografia Tradicional. Dentro da Geografia Pragmática todos os dados analisados poderiam ser expressos por números o que permitirá uma explicação geral da área analisada. A Geografia Pragmática desenvolve uma tecnologia de intervenção da realidade. Ela é também um instrumento da dominação burguesa. A crítica a esta geografia alimenta o embate ideológico atual sendo um embate político atual sendo um embate ideológico atual sendo um embate político, ao nível da ciência; uma luta ideológica, expressão da luta e classe, no plano do pensamento. Vale observar o teor das críticas feitas à perspectiva pragmática. A Geografia Pragmática trata-se de uma geografia mais superficial, distante da real existente, por ser meramente quantitativa, enquanto a Geografia Tradicional na concepção de espaço era mais rica, porém maior grau de concretude, maior correspondência do real. “O saldo da Geografia Pragmática é um desenvolvimento técnico, minimizado frente ao empobrecimento real da análise por ela empreendida”. (Carlos, 1993, p 111) A Geografia Crítica A geografia Crítica é uma outra linha do pensamento geográfico. Esta vai romper o pensamento anterior. Ela trabalha com a transformação da realidade social, sendo uma geografia militante que tem capacidade de lutar por uma sociedade mais justa. Desta forma ela deve ser um instrumento de libertação do homem. Os autores da geografia crítica aprofunda suas análises em razões da crise, fazendo uma crítica a Geografia Tradicional que manteve suas análises de forma superficial. Yves Lacoste foi o autor estabeleceu a crítica mais radical da Geografia Tradicional. Ele expõe seu trabalho como “guerrilha epistemológica”. A crítica radical do pensamento tradicional é uma exigência da proposta de renovação. Para Lacoste o indivíduo não tem visão total do espaço, enquanto o Estado possui esta visão para utilizar como forma de dominação em todos os lugares. Assim ela argumenta: “É necessário construir uma visão integrada do espaço numa perspectiva popular, é socializar ETs saber, pois ele possui fundamental valor estratégico nos embates políticos. Diz explicitamente: é necessário saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater.” (Carlos, 1995 p 116) Alguns autores da Geografia Crítica afirmam que a renovação da geografia não basta apenas explicar o mundo, mais fazer transformá-lo. Pierre George um autor que se destacou dentro desse movimento tentou conciliar a metodologia de análise racional com o instrumento conceitual do Materialismo Histórico questionando as relações de produção, as relações de trabalho, a ação do grande capital... A Geografia Crítica em seu desenvolvimento teve contribuições não só do geógrafo, mas também de extrageógrafo que foram bastante benéfica, pois rompeu com o isolamento dos Geógrafos. Para a proposta da Geografia Crítica buscou-se vários caminhos. Em uma concepção mais global, Milton Santos, fala da necessidade de discutir o espaço social que é também um fator, pois é uma acumulação de trabalho, uma incorporação de capital na superfície terrestre. Milton apresenta em uma de suas propostas a postura política e o posicionamento social que a caracterizam. A unidade da Geografia Crítica manifesta na postura de oposição a uma realidade social e especial contraditória, fazendo do saber geográfico um instrumento de combate a situação existente. Esta unidade abre-se para um discurso crítico o qual dá condições de reflexão e elaboração de uma nova geografia. Finalmente, todo este movimento de renovação da geografia vai ter suas influências no plano da ciência, da luta de classe da sociedade capitalista. Os geógrafos críticos assumem a perspectiva popular, e da transformação da ordem social. Buscam uma geografia mais generosa e um espaço mais justo, que seja organizado em função dos interesses dos homens. BIBLIOGRAFIA MORAES, Antonio. CR. Geografia pequena história crítica. 12ª edição. São Paulo: Hucetec, 1993.