09/06/2015 Disciplina: Produção de Hortaliças TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DA BATATA DOCE (Ipomoea batatas L.) Pombal-PB 2015 ORIGEM Ø A batata-doce pertence à família Convolvulaceae e espécie Ipomoea batatas. Ø Originária da América Central e do Sul Ø Difundida pelos portugueses e espanhóis, para os demais continentes, sendo cultivada em todas as zonas tropicais e temperadas. 1 09/06/2015 IMPORTÂNCIA DA CULTURA v Hortaliça tuberosa, cultivada em todo o território brasileiro • Utilizada tanto para o comércio como para a produção de alimentos de subsistência; • Facilidade de cultivo; • Alta tolerância à seca; • Baixo custo de produção; • Adaptada ao baixo nível tecnológico e por isso tem menor risco de produção; • Bastante rústica; • Baixa incidência de pragas ou de doenças. IMPORTÂNCIA DA CULTURA NORDESTE v Importância social, por ser uma fonte de alimento energético, e auxiliar na geração de emprego e renda, contribuindo para a fixação do homem no campo. PARAÍBA v Cultivada e difundida nas regiões próximas aos grandes centros consumidores, especialmente nas microrregiões do brejo e do litoral Paraibano. 2 09/06/2015 IMPORTÂNCIA DA CULTURA IMPORTÂNCIA DA CULTURA ØA raiz pode ser consumida assada, cozida ou frita Ø Possui grande valor como recurso forrageiro, devendo ser consumida “in natura” para melhor aproveitamento das vitaminas. Ø Produção de Álcool 3 09/06/2015 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA No contexto mundial, os maiores produtores são a China, Indonésia, Índia, Japão e o Brasil Estados Rio Grande do Sul Paraíba Sergipe Área plantada Área colhida (ha) (ha) 12.312 3.653 3.352 12.311 3.192 3.352 Rend. Médio (Kg/ha) 12.490 6.350 12.112 IBGE, 2010 4 09/06/2015 VALOR NEUTRACÊUTICO VALOR NEUTRACÊUTICO Fonte mais popular de energia, devido a seu alto teor de amido, minerais e vitaminas Ø Entre os carotenóides presentes nas raízes destaca-se o betacaroteno, que após ser ingerido pelo organismo humano se transforma em: Vitamina A Vitamina E Ø Também fornece quantidades sais minerais ( )e . consideráveis de 5 09/06/2015 VALOR NEUTRACÊUTICO COMPONENTE Água Calorias Fibras digeríveis Potássio Sódio Magnésio Manganês Zinco Cobre Vitamina A – retinol Vitamina B – tiamina Vitamina B2 – riboflavina Vitamina C – ácido ascórbico Vitamina B5 – niacina QUANTIDADE 72,8 (g) 102 1,1 (g) 295 (mg) 43 (mg) 10 (mg) 0,35 (mg) 0,28 (mg) 0,2 (mg) 300 (mg) 96 (mg) 55 (mg) 30 (mg) 0,5 (mg) VALOR NEUTRACÊUTICO 6 09/06/2015 VÍDEO 1 GRUPOS E CULTIVARES As batatas podem apresentar polpa branca, creme, amarelo-clara, laranja e roxa, sendo a película externa branca, rosada ou roxa. 7 09/06/2015 GRUPOS E CULTIVARES As variedades de batata doce mais comuns são: • Rosada Uruguaia • Rosada Canadense • Rosada Bauru • • • • Amarela Branca Roxa Japonesa GRUPOS E CULTIVARES 8 09/06/2015 BOTÂNICA E MORFOLOFIA BOTÂNICA E MORFOLOGIA Ø espécie herbácea; Ø hábito de crescimento rasteiro; Ø podendo ainda ser ereto ou intermediário. 9 09/06/2015 BOTÂNICA E MORFOLOGIA As ramas podem ser de cor verde, roxa ou ainda ter seções verdes juntamente com seções roxas. O formato das folhas pode variar de inteiro até totalmente recortado e as cores também podem variar entre verde e roxa, podendo ainda possuir um tom de verde amarelado. BOTÂNICA E MORFOLOGIA • As raízes podem apresentar o formato redondo, oblongo ou alongado. • Podem conter veias e dobras e possuir pele lisa ou rugosa. • Além das características genéticas o formato e as dobras são afetados pela estrutura do solo e pela presença de torrões, pedras e camadas compactadas do solo. Raíz tuberosa (reserva) Raízes absorventes 10 09/06/2015 BOTÂNICA E MORFOLOGIA As flores são hermafroditas, com cinco sépalas e cinco pétalas, normalmente de coloração lilás ou roxa. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 11 09/06/2015 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Durante o crescimento anual da planta são identificadas três fases fisiológicas Ø 1° - predomina o desenvolvimento da parte aérea, embora aí sejam formadas as raízes absorventes e as aptas à tuberização; Ø 2° - ocorre os crescimentos radical (tuberização) e vegetativo; Ø 3° - prevalece a tuberização; CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO A época de plantio varia em função das condições locais (temperatura, chuva, luminosidade, fotoperíodo) e da cultivar (precocidade, vigor). • Recomenda-se os meses de , e , como melhor época de plantio nos Estados do , e do Brasil. • No aconselhase plantar no 12 09/06/2015 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS . Planta tropical, exige temperaturas relativamente altas e não tolera geadas Ø Superior a , alta luminosidade, fotoperíodo longo e suficiente umidade no solo. Ø , o desenvolvimento vegetativo diminui ou parando e a produtividade decresce. O excesso de umidade forma raízes tuberosas finas e alongadas TIPOS DE PROPAGAÇÃO Existem três opções de propagação: • Batatas: As raízes tuberosas possuem a capacidade de desenvolver gemas vegetativas • Ramas ou estacas: Retirandose estas partes vegetativas de uma cultura em desenvolvimento; 13 09/06/2015 ESPAÇAMENTO 80 a 100 cm entre leiras e de 25 a 40 cm entre plantas Espaçamentos maiores Aumentam a produção por planta, com batatas de maior peso médio e com menor gasto de ramas para o plantio. Espaçamentos menores Aumentam a produção por unidade de área e diminuem o peso médio das batatas. CORREÇÃO DO SOLO E ADUBAÇÕES SOLOS IDEAIS: Mais leves, soltos, bem estruturados, de média ou alta fertilidade, bem drenados e com boa aeração. Solos encharcado ou muitos úmidos e com pouca aeração retarda a formação de raízes tuberosas. É muito tolerante as variações de acidez no solo, pode crescer e produzir bem em solos com pH de 4,5 a 7,5 Nível ideal está entre 5,6 a 6,5. 14 09/06/2015 CORREÇÃO DO SOLO E ADUBAÇÕES ü Fazer duas arações de 30-35 cm de profundidade (início do preparo do solo e uma semana antes do plantio) üConfeccionar leiras de 20 a 30 cm de altura. A calagem deve ser realizada cerca de 90 dias antes do plantio, com base na análise do solo. CORREÇÃO DO SOLO E ADUBAÇÕES As exigências nutricionais da cultura são em ordem decrescente: Potássio, Nitrogênio, Fósforo, Cálcio e Magnésio. Sintomas de deficiência nutricional: • Produção de tubérculos pequenos com baixa aceitação no mercado; • Atraso no crescimento; • Redução na acumulação de amido e de glicose nos tubérculos; • Alteração nas características importantes no armazenamento, como textura e firmeza dos tubérculos; 15 09/06/2015 Após a colheita, as ramas, pequenas de batatas e pedaços de raiz podem originar novas plantas, constituindo a SOQUEIRA, que geralmente hospeda pragas e patógenos que contaminam cultivos posteriores. Porque o controle da soqueira é difícil ? as ramas localizadas próximo à superfície do solo brotam em pouco tempo as batatas e outros restos da planta brotam mais tarde Com essa desuniformidade, ao mesmo tempo que se têm plantas novas, se têm plantas em inicio de tuberização. MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO • A batata doce tem boa resistência a seca. • Recomenda-se a irrigação, quando os plantios forem feitos em época seca ou quando ocorrerem longo períodos sem chuva. 2 duas vezes por semana, até os 20 dias; 1 vez por semana, dos 20 aos 40 dias; A cada duas semanas, após os 40 dias até a colheita; O sistema de irrigação mais indicado é o de aspersão por provocar menor compactação da leira e facilitar os trabalhos na colheita 16 09/06/2015 VÍDEO 2 PRAGAS DA CULTURA ØBroca-da-raiz (Euscepes postfasciatus,Coleoptera, Curculionidae). ØBroca-das-hastes (Megastes pusialis, Lepidoptera, Pyralidae). 17 09/06/2015 PRAGAS DA CULTURA Ø Broca-da-raiz • O inseto pode aparecer durante todo o ciclo da cultura. • As fêmeas fazem a postura em pequenos orifícios localizados na base do caule ou diretamente sobre as raízes. • Após sete dias as larvas eclodem e danificam as raízes interna e externamente, no campo e durante o armazenamento. • As lacunas causadas pelas larvas alteram o aspecto físico, o odor e o sabor das raízes. PRAGAS DA CULTURA 18 09/06/2015 PRAGAS DA CULTURA ØBroca-das-hastes • As lagartas desta praga formam galerias largas dentro do caule e hastes largas, podendo se estender até às batatas. • As fêmeas depositam seus ovos no caule e nas hastes da planta próximo à base. • Logo após a eclosão, as larvas penetram nas ramas, escavando galerias que podem abrigar mais de uma lagarta. PRAGAS DA CULTURA Ø Larva-arame (Conoderus sp e Coleoptera, Elateridae); ØVaquinhas (Diabrotica speciosa, Coleoptera, Chrysomelidae; Diabrotica bivittula, Coleoptera, Chrysomelidae e Sternocolaspis); quatuordecimcostata, Coleoptera, Chrysomelidae) ØNegrito (Typophorus negritus); 19 09/06/2015 DOENÇAS PROVOCADAS POR FUNGOS Mal-do-pé: causada pelo fungo Plenodomus destruens. • O fungo se instala geralmente na base da planta, formando uma necrose úmida, que anela o caule e interrompe a absorção de água e nutrientes. Sintomas: grande quantidade de material vegetal seco e ramas com folhas murchas ou amareladas, que pode ocasionar destruição total da lavoura. DOENÇAS PROVOCADAS POR FUNGOS ØDisseminação: se dá pela incorporação dos restos da cultura, permanecendo no solo por vários anos. Medidas de controle: Emprego das técnicas do MIP Desinfecção de ramas com fungicida Retirar ramas-sementes das partes mais novas das plantas 20 09/06/2015 DOENÇAS PROVOCADAS POR FUNGOS Nanismo: é causada por uma das várias raças do vírus "sweet potato feathery mottle virus" (SPFMV) que é mundialmente disseminado. • A doença se caracteriza por uma redução de toda a parte aérea da planta, formando folhas cloróticas e pequenas, ramas finas e entre-nós curtos. Evitar a entrada e disseminação da doença através do MIP Usar ramas sadias DOENÇAS PROVOCADAS POR FUNGOS Nematóides: os gêneros Meloidogyne e Rotylenchulus são relatados como causadores de danos econômicos. Sintomas: Ferimentos e rachaduras feitas nas raízes tuberosas. Isto ocorre porque, à medida que se dá o crescimento lateral das raízes, os ferimentos se tornam orifícios, protuberâncias e rachaduras que depreciam sensivelmente o produto. 21 09/06/2015 ØDisseminação: uso de raízes para a formação de viveiro pode ser uma fonte de disseminação utilizar nematicidas nas áreas de viveiros; fazer rotação de cultura conhecer o histórico das área Controle utilizar cultivares resistentes; eliminar soqueiras formar viveiros a partir de material sadio COLHEITA E PÓS COLHEITA 22 09/06/2015 COLHEITA • escalonada, • antecipada ou • retardada Realizada quando as raízes estão no tamanho desejado. 110 A 160 DAP üPara Mesa, 1OO A 110 DAP Tamanho ideal para comercialização. üPara Indústria 180 DAP Batatas maiores, com alto teor de matéria seca COLHEITA Enxada ou Mecanicamente ØAntes da colheita, deve-se cortar a rama com enxada, retirando-se as raízes no mesmo dia ou no dia seguinte. ØAs batatas devem ficar expostas ao sol para secar por um período entre 30 minutos. 23 09/06/2015 LAVAGEM Ø A prática de lavagem da batata-doce para armazenamento não é recomendada, porque prejudica a conservação e aumenta as perdas por ataque de patógenos. Ø O melhor método de limpeza constitui na escovação para retirada da terra aderida. SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO A seleção e classificação consiste em: • separar as raízes segundo tamanho, forma e aspecto; • descartar as raízes esverdeadas, manchadas, muito pequenas 24 09/06/2015 SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO Armazenamento em caixas Ficar em ambiente com temperatura amena Alta umidade relativa do ar Boa aeração PÓS - COLHEITA Ø Nos principais mercados brasileiros (Rio de Janeiro e São Paulo), vigoram normas não oficias de padronização. Aceita pelos produtores e atacadistas que inclui as seguintes classes de produto: Extra A Extra Especial Diversos 301 a 400g 201 a 300g 151 a 200g 80 a 150g ou maiores que 400g 25 09/06/2015 VÍDEO 3 Estágio a Docência Disciplina: Produção de Hortaliças Prof.: Caciana Cavalcanti Costa Mestranda - Maria de Fatima Emanuelle Alexandre Pessoa TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DA BATATA DOCE (Ipomoea batatas L.) Pombal-PB 2015 26