EMA/200486/2013 EMEA/H/C/002574 Resumo do EPAR destinado ao público Stribild elvitegravir / cobicistato / emtricitabina / tenofovir disoproxil Este é um resumo do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) relativo ao Stribild. O seu objetivo é explicar o modo como a Agência avaliou o medicamento a fim de recomendar a sua autorização na UE, bem como as suas condições de utilização. Não tem por finalidade fornecer conselhos práticos sobre a utilização do Stribild. Para obter informações práticas sobre a utilização do Stribild, os doentes devem ler o Folheto Informativo ou contactar o seu médico ou farmacêutico. O que é Stribild e para que é utilizado O Stribild é um medicamento antivírico que contém as substâncias ativas elvitegravir, cobicistato, emtricitabina e tenofovir disoproxil. É utilizado no tratamento de adultos com o vírus de imunodeficiência humana do tipo 1 (VIH-1), o vírus que causa a síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA). É utilizado apenas em doentes que não receberam previamente tratamento anti-VIH ou nos quais não se preveja resistência a qualquer um dos agentes antivíricos contidos no Stribild. Como se utiliza o Stribild? O Stribild só pode ser obtido mediante receita médica e o tratamento deve apenas ser iniciado por um médico com experiência no tratamento de infeções por VIH. O Stribild está disponível na forma de comprimidos (150 mg de elvitegravir/150 mg de cobicistato /200 mg de emtricitabina/245 mg de tenofovir disoproxil). A dose recomendada é de um comprimido por dia, ingerido com alimentos. Para mais informações, consulte o Folheto Informativo. Como funciona o Stribild? O Stribild contém quatro substâncias ativas. O elvitegravir é um tipo de agente antivírico chamado “inibidor da integrase”. Bloqueia uma enzima chamada integrase, a qual está envolvida no processo de replicação do vírus VIH-1, reduzindo desta forma a capacidade do vírus para se replicar normalmente e 7 Westferry Circus ● Canary Wharf ● London E14 4HB ● United Kingdom Telephone +44 (0)20 7418 8400 Facsimile +44 (0)20 7418 8416 E-mail [email protected] Website www.ema.europa.eu An agency of the European Union © European Medicines Agency, 2013. Reproduction is authorised provided the source is acknowledged. abrandando a disseminação da infeção. O cobicistato destina-se a reforçar os efeitos do elvitegravir ao prolongar o período de tempo durante o qual atua no organismo. O tenofovir disoproxil é um “pró-fármaco” do tenofovir, ou seja, é convertido na substância ativa tenofovir no organismo. O tenofovir e a emtricitabina são tipos de agentes antivíricos estreitamente relacionados denominados inibidores da transcriptase reversa. Bloqueiam a atividade da transcriptase reversa, uma enzima produzida pelo VIH-1 que lhe permite replicar-se nas células que infetou. Ao bloquear a transcriptase reversa, o Stribild reduz a quantidade de VIH-1 no sangue e mantém-no num nível baixo. O Stribild não cura a infeção pelo VIH-1 nem a SIDA, mas pode atrasar os danos ao sistema imunitário e o desenvolvimento de infeções e doenças associadas à SIDA. Quais os benefícios demonstrados pelo Stribild durante os estudos? O Stribild foi investigado em dois estudos principais que incluíram 1422 doentes com VIH-1 que não tinham sido tratados previamente, nos quais o Stribild foi comparado com outros medicamentos antivíricos. O principal parâmetro de eficácia baseou-se na redução da carga viral (a quantidade do vírus VIH-1 no sangue). Os doentes que alcançaram uma carga viral inferior a 50 cópias/ml de ARN do VIH-1 após 48 semanas de tratamento foram considerados como tendo respondido ao tratamento. No primeiro estudo, que incluiu 715 doentes, o Stribild foi comparado com a associação de ritonavir, atazanavir mais um medicamento contendo emtricitabina e tenofovir disoproxil (que também fazem parte do Stribild). Decorridas 48 semanas, cerca de 90% dos doentes tratados com o Stribild (316 num total de 353) respondeu ao tratamento, em comparação com cerca de 87% dos doentes tratados com o tratamento comparador (308 num total de 355). No segundo estudo, que incluiu 707 doentes, o Stribild foi comparado com um medicamento contendo efavirenz, emtricitabina e tenofovir disoproxil. Decorridas 48 semanas, cerca de 88% dos doentes tratados com o Stribild (305 num total de 348) respondeu ao tratamento, em comparação com cerca de 84% dos doentes tratados com o medicamento comparador (296 num total de 352). Quais são os riscos associados ao Stribild? Os efeitos secundários mais frequentes associados ao Stribild são náuseas (sensação de enjoo) e diarreia, os quais afetaram mais de 1 em cada 10 pessoas. Nos doentes que tomaram alguns dos componentes do Stribild, observaram-se determinados efeitos secundários raros mas graves, incluindo acidose láctica (excesso de ácido láctico no sangue) e problemas renais graves. Para a lista completa dos efeitos secundários comunicados relativamente ao Stribild, consulte o Folheto Informativo. O Stribild é contraindicado em doentes que tenham interrompido previamente o tratamento com tenofovir disoproxil devido a toxicidade renal. O Stribild não pode ser utilizado com diversos outros medicamentos dada a possível interação com os mesmos, causando uma redução da eficácia do tratamento ou um aumento do risco de efeitos secundários. Para a lista completa de restrições de utilização, consulte o Folheto Informativo. Por que foi aprovado o Stribild? O Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência concluiu que os benefícios do Stribild são superiores aos seus riscos e recomendou a sua aprovação para utilização na UE. Mais especificamente, o CHMP concluiu que os benefícios do Stribild na redução da carga viral do VIH tinham sido claramente demonstrados em estudos e registou a vantagem de o medicamento ser tomado uma vez por dia. O Comité teve ainda em conta o risco dos efeitos secundários que afetam os Stribild EMA/200486/2013 Página 2/3 rins e, como tal, recomendou uma avaliação cuidadosa da função renal antes de os doentes começarem a tomar o Stribild, bem como a sua monitorização durante o tratamento. Que medidas estão a ser adotadas para garantir a utilização segura e eficaz do Stribild? Foi desenvolvido um Plano de Gestão do Risco para garantir a utilização segura do Stribild. Com base neste plano, foram incluídas informações de segurança no Resumo das Características do Medicamento e no Folheto Informativo do Stribild, incluindo as precauções apropriadas a observar pelos profissionais de saúde e pelos doentes. Em particular, a empresa responsável pela comercialização do Stribild garantirá que todos os médicos que se prevê venham a prescrever o Stribild recebam materiais educacionais com informações de segurança importantes. Estas incluirão dados sobre o risco de doença renal e as medidas adotadas para reduzir esse risco, incluindo uma despistagem e monitorização adequadas dos doentes. Outras informações sobre o Stribild Em 24 de maio de 2013, a Comissão Europeia concedeu uma Autorização de Introdução no Mercado, válida para toda a União Europeia, para o medicamento Stribild. O EPAR completo sobre o Stribild pode ser consultado no sítio Internet da Agência em: ema.europa.eu/Find medicine/Human medicines/European public assessment reports. Para mais informações sobre o tratamento com o Stribild, leia o Folheto Informativo (também parte do EPAR) ou contacte o seu médico ou farmacêutico. Este resumo foi atualizado pela última vez em 05/2013. Stribild EMA/200486/2013 Página 3/3