EMA/202268/2017 EMEA/H/C/004124 Resumo do EPAR destinado ao público Tagrisso osimertinib Este é um resumo do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) relativo ao Tagrisso. O seu objetivo é explicar o modo como a Agência avaliou o medicamento a fim de recomendar a sua autorização na UE, bem como as suas condições de utilização. Não tem por finalidade fornecer conselhos práticos sobre a utilização do Tagrisso. Para obter informações práticas sobre a utilização do Tagrisso, os doentes devem ler o Folheto Informativo ou contactar o seu médico ou farmacêutico. O que é o Tagrisso e para que é utilizado? O Tagrisso é um medicamento contra o cancro utilizado para tratar adultos com um tipo de cancro do pulmão chamado cancro do pulmão de células não-pequenas (CPCNP). O Tagrisso é utilizado em doentes com cancro avançado ou disseminado e com a mutação T790M, uma mudança específica no gene de uma proteína conhecida como recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Contém a substância ativa osimertinib. Como se utiliza o Tagrisso? O tratamento com o Tagrisso deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência na utilização de medicamentos contra o cancro. Antes do início do tratamento, os médicos devem confirmar que os seus doentes apresentam mutação T790M através de testes genéticos num laboratório adequado. O Tagrisso está disponível na forma de cápsulas (40 mg e 80 mg) para administração por via oral. A dose recomendada é de 80 mg uma vez por dia. O tratamento com o Tagrisso pode continuar enquanto se verificarem melhorias ou a doença se mantiver estável e os efeitos secundários forem 30 Churchill Place ● Canary Wharf ● London E14 5EU ● United Kingdom Telephone +44 (0)20 3660 6000 Facsimile +44 (0)20 3660 5555 Send a question via our website www.ema.europa.eu/contact An agency of the European Union © European Medicines Agency, 2017. Reproduction is authorised provided the source is acknowledged. toleráveis. Caso ocorram determinados efeitos secundários, o médico pode decidir reduzir a dose ou interromper o tratamento. Para mais informações, consulte o Folheto Informativo. Como funciona o Tagrisso? A substância ativa do Tagrisso, o osimertinib, é um tipo de medicamento contra o cancro denominado inibidor da tirosina cinase. Bloqueia a atividade do EGFR, que normalmente controla o crescimento e a divisão das células. Nas células cancerosas do pulmão, o EGFR é muitas vezes hiperativo, causando uma divisão descontrolada das células cancerosas. Ao bloquear o EGFR, o osimertinib ajuda a reduzir o crescimento e a disseminação do cancro. Ao contrário da maioria dos outros inibidores da tirosina cinase, o Tagrisso é ativo contra as células cancerígenas com a mutação T790M no gene EGFR. Quais os benefícios demonstrados pelo Tagrisso durante os estudos? O Tagrisso demonstrou eficácia na redução de tumores em doentes com mutação T790M no gene EGFR e no abrandamento do crescimento do cancro. Em dois estudos que incluíram 411 doentes, a taxa de resposta global (a percentagem de doentes que apresentaram diminuição do tumor) com o Tagrisso foi de 66 % e a duração média de resposta foi de 12,5 meses. Nestes estudos, o Tagrisso não foi comparado com outros tratamentos. Um terceiro estudo em 419 doentes analisou sobretudo o nível de eficácia do Tagrisso na prevenção do agravamento da doença; este estudo comparou o Tagrisso com a quimioterapia à base de platina (tratamento padrão para o CPCNP). Nos doentes a tomar o Tagrisso, o cancro não registou agravamento durante cerca de 10,1 meses, em comparação com 4,4 meses nos doentes a receber quimioterapia. Quais são os riscos associados ao Tagrisso? Os efeitos secundários mais frequentes associados ao Tagrisso (que podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas) são diarreia, erupção na pele, pele seca, paroníquia (infeção nas unhas), prurido (comichão), estomatite (inflamação do revestimento da boca) e uma diminuição dos níveis de glóbulos brancos e plaquetas. O uso do Tagrisso em simultâneo com a erva de S. João (um medicamento à base de plantas utilizado no tratamento da depressão) é contraindicado. Para a lista completa de restrições de utilização e efeitos secundários comunicados relativamente ao Tagrisso, consulte o Folheto Informativo. Por que foi aprovado o Tagrisso? Os doentes com a mutação T790M têm um mau prognóstico e opções de tratamento muito limitadas. Por conseguinte, há uma elevada necessidade médica por satisfazer. Em estudos efetuados, o Tagrisso mostrou eficácia na redução de tumores em doentes com esta mutação e no abrandamento do agravamento do cancro No que diz respeito à segurança, os efeitos adversos associados ao Tagrisso são similares aos de outros medicamentos da mesma classe e são considerados aceitáveis. Por conseguinte, o Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência concluiu que os benefícios do Tagrisso são superiores aos seus riscos e recomendou a sua aprovação para utilização na UE. Tagrisso EMA/202268/2017 Página 2/3 Foi inicialmente concedida ao Tagrisso uma autorização condicional pois aguardavam-se dados adicionais sobre o medicamento. Dado a empresa ter apresentado a informação adicional necessária, a autorização passou de condicional a plena. Que medidas estão a ser adotadas para garantir a utilização segura e eficaz do Tagrisso? No Resumo das Características do Medicamento e no Folheto Informativo foram incluídas recomendações e precauções a observar pelos profissionais de saúde e pelos doentes para a utilização segura e eficaz do Tagrisso. Outras informações sobre o Tagrisso Em 2 de fevereiro de 2016, a Comissão Europeia concedeu uma Autorização de Introdução no Mercado condicional, válida para toda a União Europeia, para o Tagrisso. A autorização passou a autorização plena em 24 de abril de 2017. O EPAR completo relativo ao Tagrisso pode ser consultado no sítio Internet da Agência em: ema.europa.eu/Find medicine/Human medicines/European public assessment reports. Para mais informações sobre o tratamento com o Tagrisso, leia o Folheto Informativo (também parte do EPAR) ou contacte o seu médico ou farmacêutico. Este resumo foi atualizado pela última vez em 04-2017. Tagrisso EMA/202268/2017 Página 3/3