LARA, Glaucia Muniz Proença

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As projeções enunciativas e seus efeitos de sentido no discurso
do manual escolar
Glaucia Muniz Proença Lara
Departamento de Letras/CCHS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Caixa Postal 549 – 79.070-900 – Campo Grande – MS – Brasil
[email protected]
Resumo. Neste trabalho, examinamos, à luz da semiótica greimasiana, o discurso
de dois manuais escolares muito utilizados no/para o ensino de português, no
início do século XX, em busca das projeções enunciativas de pessoa e de tempo,
já que essas categorias, que integram os contratos entre enunciador e
enunciatário, produzem efeitos de sentido diversos e funcionam como valiosos
recursos de persuasão.
Palavras-chave.
discurso;
manual escolar;
projeções enunciativas.
Abstract. Resorting to Greimas’ semiotics, we analyze the discourse of two books
that were widely used for teaching Portuguese at the beginning of the 20th century
in order to detect the projections of person and tense, since these two
grammatical forms related to enunciation produce different effects of meaning
and work as powerful persuasive resources.
Keywords.
discourse;
text book;
enunciative projections.
O presente artigo se insere numa pesquisa mais ampla (ainda em curso), na qual
examinamos, com base nas contribuições teórico-metodológicas da semiótica greimasiana,
o discurso de manuais escolares utilizados no/para o ensino de língua portuguesa, ao longo
de mais ou menos um século, em busca do “jogo de imagens” (imagem da língua, imagem
do enunciador e do enunciatário) que nele se constrói.
Aqui analisaremos, em duas obras publicadas no início do século XX: Grammatica
expositiva – curso superior, de Eduardo Carlos Pereira (1ª edição de 1907), e Lições de
português, de Otoniel Mota (1ª edição de 1911), as projeções enunciativas de pessoa e de
tempo, categorias situadas no patamar discursivo (componente sintáxico) do percurso
gerativo de sentido.
O discurso dos manuais em questão, tomado como um discurso predominantemente
temático, deve ser examinado como uma “cena” ou “espetáculo” enunciativo, ou seja,
“deve-se fazer a análise narratológica da enunciação”, o que implica considerar, entre
outros aspectos, as relações contratuais que se estabelecem entre enunciador e enunciatário
e que são, para a semiótica greimasiana, relações de comunicação e manipulação. Assim, o
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enunciador propõe, com base num fazer persuasivo, um contrato, um acordo ao
enunciatário e este, através de um fazer interpretativo, aceita ou rejeita o contrato proposto
(BARROS, 1999, p. 5-6).
Cabe, portanto, ao analista apreender os diferentes procedimentos de que se serve o
enunciador para levar o enunciatário a acreditar na “verdade” do discurso e dos valores em
jogo, o que implica, no entender de Bertrand (2003, p. 99), tomar o contrato enunciativo
como um contrato de veridicção. O que importa não é, pois, o “verdadeiro” em si mesmo,
mas “o balanço incerto entre o ‘fazer-crer’ de um lado e o ‘crer-verdadeiro’ de outro”, o
que envolve a oposição entre o ser e o parecer.
Dentre os procedimentos utilizados na construção desse “dizer verdadeiro”,
destacaremos, neste trabalho, as projeções enunciativas de pessoa e de tempo que, por meio
de efeitos de sentido diversos, funcionam como valiosos recursos de persuasão. Do ponto
de vista da categoria de pessoa, há dois tipos de projeção: a enunciativa, em que se instala o
eu do discurso, e a enunciva, em que se projeta o ele discursivo. As projeções (debreagens)
enunciativa e enunciva criam, em princípio, dois grandes efeitos de sentido: de
subjetividade e de objetividade (FIORIN, 1996, p. 45). Há ainda outros procedimentos,
como, por exemplo, o uso da 1ª pessoa do plural, que se coloca a meio caminho entre a
subjetividade e a objetividade. Também em relação ao tempo, temos as projeções
enunciativa e enunciva, em que se instalam, respectivamente, o agora do discurso e o
então.
Examinando a 46ª edição (1926) da Grammatica expositiva – curso superior, de
Eduardo Carlos Pereira1, encontramos, no que se referente às projeções de pessoa, a
predominância do ele(s) enuncivo e do nós enunciativo. Em nenhum momento, o
enunciador se serve da 1a. pessoa do singular para construir seu discurso, mesmo quando
quer contrapor-se a outro(s) estudioso(s) ou marcar posição própria. De fato, o uso do “eu”
criaria um efeito de sentido de subjetividade que não cabe num discurso que se propõe
científico.
A terceira pessoa (do singular ou do plural) é empregada em três situações:
a) para criar um efeito de sentido de objetividade, próprio do discurso da ciência,
predominando, portanto, nas definições, classificações e explanações sobre a
língua. Exemplo: “As notações orthograficas ou léxicas são chamadas signaes
diacríticos, o que vale dizer – signaes discriminantes, porque servem para discriminar o
valor phonetico ou prosodico das letras. ” (p. 332);
b) para contrapor-se ao nós. Nesse caso, o autor assume uma certa distância em
relação às teorias gramaticais vigentes para poder questioná-las e/ou contestá-las
(integral ou parcialmente). Opõe-se, assim, o nós (= eu, autor da gramática) ao
ele(s) = os gramáticos. Exemplo: “Lavra confusão entre os grammaticos sobre o
numero de nossos diphtongos oraes. (...) Optamos por 8 (ou 11) em nossas edições
anteriores, segundo o modo de contar, que é o de G. Vianna, no qual o fechado e o
aberto são computados dois a dois. ” (p. 12);
c) em lugar da 1a. do plural. Nesse caso, o autor usa a terceira pessoa do plural em
“os gramáticos”, em lugar de “nós, os gramáticos” (nós exclusivo = eu + eles)
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para produzir o efeito de sentido de identificação com os gramáticos de sua
época, de “pertencimento” ao grupo, ou pelo menos a uma parte dele. Exemplo:
“São estas fórmas semelhantes ás dos verbos pronominaes essenciaes, e o pronome se,
como ensinam os grammaticos, indica uma certa espontaneidade do sujeito. ” (p. 135).
A projeção enunciativa na 1a. pessoa do plural (nós) aparece também em três
situações:
a) como plural de autor (nós, em lugar de eu), já que o enunciador fala em nome da
ciência, do saber, criando um efeito de sentido de autoridade, conhecimento e
cientificidade. Exemplo: “Outros ha que analysam á franceza essas expressões (...), o
que julgamos preferível. ” (p. 219);
b) como 1a. pessoa do plural mesmo, como nós inclusivo (eu + vocês, destinatários
da gramática). Exemplo: “O PREDICADO PRONOMINAL concorda, como vimos,
com o nome a que se refere...” (p.210);
c) como 1a. pessoa do plural, novamente, mas, desta vez, como nós misto (nós,
usuários ou falantes da língua; nós, brasileiros). Exemplo: “Quando falamos ou
escrevemos, as pessoas ou cousas mencionadas no discurso entram em uma das
seguintes classes relativas ao acto da palavra... ” (p. 89).
Em resumo: as projeções de pessoa deixam entrever, fundamentalmente, um efeito
de sentido de objetividade (próprio de um discurso didático-científico, de cunho temático),
que se manifesta tanto no emprego da 3a. pessoa quanto na utilização do plural de autor, e
um diálogo com os discursos gramaticais vigentes, que pode manifestar-se ora como adesão
(os gramáticos = nós), ora como oposição (os gramáticos versus nós).
No que se refere às projeções de tempo, as que ocorrem na obra de Pereira são:
a) o presente omnitemporal ou gnômico, apropriado ao discurso da norma única,
natural, que se apresenta como uma verdade eterna, e ao da ciência. Exemplo:
“Linguagem é a expressão do pensamento por meio de palavras. ” (p.1);
b) o presente pontual, o futuro do presente e o pretérito perfeito, utilizados para
organizar temporalmente o discurso da gramática e indicar o que está sendo
feito, o que será feito nas partes seguintes e o que foi feito nas anteriores.
Exemplo: “Já estudamos os diversos processos da língua para formação da passiva,
cumpre-nos agora discriminar-lhe o uso...” (p. 297);
c) o presente e o pretérito perfeito12, para descrever, respectivamente, fatos
lingüísticos da atualidade e de momentos anteriores (na época do “velho
português” ou do latim). Exemplo: “Representou esta figura papel importante na
evolução da língua; hoje, porém, só se dá como vicio de pronuncia... ” (p. 33);
d) o pretérito perfeito 2, que vem, em geral, acompanhado do pretérito imperfeito.
Exemplo: “O verbo começar, seguido de infinitivo, admittia no portuguez antigo tres
regencias: começar fazer, a fazer, de fazer. Archaizou-se a primeira regência. (p. 220);
e) o futuro do presente, empregado em duas situações (além da citada no item b
acima): - para indicar ordem ou dever-fazer (ao invés do imperativo); - em lugar
do presente, para produzir o efeito de atenuação (futuro de polidez) ou para
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indicar suposição ou dúvida (futuro de probabilidade). Exemplos: “Graphar-se-ão
com z e não com s as syllabas tônicas finaes... ” (p. 46) – futuro com valor deôntico.
“Aqui, porém, no Brasil, nenhuma pessoa culta o fará...” (p. 82) – futuro pelo presente;
f) o futuro do pretérito, usado pelo futuro do presente para acentuar a atenuação
própria do futuro, denotando probabilidade incerta. Exemplo: “Posteriormente, sob
a influencia do r, o e ter-se-ia convertido em a.... ” (p. 155);
g) o imperativo, que não diz respeito à temporalidade propriamente, mas à
modalização do discurso (empregado na construção da norma prescritiva).
Exemplo: “Não se escreva consoante dobrada ou insonora sem motivo ethymologico...”
(p. 43).
Como é possível constatar, as projeções de tempo, através de diferentes efeitos de
sentido, contribuem para a construção de imagens distintas do que seja uma língua. Nessa
perspectiva, elas ora favorecem o discurso da norma única, que corresponde a uma
concepção de língua homogênea, sem variação (uso do presente gnômico); ora o da norma
prescritiva, que remete a uma imagem de língua heterogênea, mas com usos hierarquizados,
no discurso da boa e da má norma (emprego do imperativo e do futuro com valor deôntico);
ora o da norma de freqüência de uso (uso do futuro do presente pelo presente e do futuro do
pretérito pelo futuro do presente). Predominam, no entanto, em Grammatica expositiva –
curso superior, o imperativo/futuro com valor deôntico e o presente gnômico. Assim, a boa
norma – caracterizada, em contraposição à má norma – torna-se “a” norma da língua, o que
sugere a passagem do “normativo” ao “normal”, ao “natural”: a língua é assim. Nesse caso,
a articulação do presente gnômico com o ele(s) enuncivo reforça o efeito de sentido de
objetividade, fazendo com que o discurso do manual analisado assuma a aparência de
cientificidade e neutralidade, o que contribui para o “crer-verdadeiro” do enunciatário.
Passemos a Lições de Português, de Otoniel Mota, cuja edição analisada foi a 9ª
(1946). Podemos afirmar que predominam, também nessa obra, o ele(s) enuncivo e o nós
enunciativo. O autor se serve da 1a. pessoa do singular uma única vez (e fora do corpo da
obra) para explicar a razão que o levou a autorizar a reimpressão do livro. Trata-se de uma
questão de ordem estritamente pessoal, o que justifica que se crie um efeito de sentido de
subjetividade. Nas demais ocasiões, Mota usa o autor por “eu” (embreagem enunciva),
marcando, com isso, uma posição mais objetiva e distanciada, compatível com o gênero de
discurso (didático-científico) em que seu texto se insere.
A terceira pessoa (do singular ou do plural) é utilizada em três situações:
a) para criar um efeito de sentido de objetividade, próprio do discurso da ciência.
Mesmo quando se refere diretamente aos enunciatários, Mota usa os termos os
alunos ou os professores (e não “vocês”), o que se mostra coerente com o
emprego de o autor por “eu”, como sinalizamos acima. Exemplo: “Aos professores,
mormente aos novatos, o autor se permite a liberdade de observar que esta lição deve ser
aplicada imediatamente em trechos faceis, de autores modernos... ” (p. 84);
b) para opor o nós (= eu, autor da gramática) ao ele(s): “os gramáticos”, quando o
objetivo é questionar ou criticar o discurso gramatical dominante. Exemplo: Os
gramáticos em geral chamam adjuntos ao que nós chamamos modificadores.” (p. 19);
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c) em lugar da 1a. do plural, isto é, o autor usa a terceira pessoa do plural em “os
gramáticos”, em lugar de “nós, os gramáticos” (nós, exclusivo = eu + eles),
quando quer mostrar-se em sintonia com os gramáticos de sua época (situação
mais freqüente do que a descrita em b). Exemplo: “Os gramáticos costumam chamar
de voz reflexa a esse caso particular da voz ativa em que o sujeito não somente faz, mas
também sofre a ação verbal.” (p. 72).
Assim como o ele(s) enuncivo, a projeção enunciativa na 1a. pessoa do plural (nós)
ocorre em três situações:
a) como plural de autor (nós, em lugar de eu), em que se produz o efeito de um eu,
delegado da comunidade científica e da ciência. Exemplo: Damos em seguida um
trecho de Eça de Queiroz, no qual grifamos todas as preposições existentes... (p 25);
b) como 1a. pessoa do plural mesmo, ou seja, como nós misto (nós, usuários ou
falantes da língua). Exemplo: “Numa oração que recitamos, num discurso, numa carta,
há sempre uma ou mais pessoas a quem nos dirigimos.” (p. 37);
c) como 1a. pessoa do plural novamente, mas, desta vez, como nós inclusivo (eu +
vocês, destinatários da gramática). O nós inclusivo é mais empregado do que o
nós misto, dado o acentuado caráter didático-pedagógico da obra. Exemplo: “Já
tivemos oportunidade de ver na lição V que a frase pela opinião pública está
modificando o adjetivo condenado. ” (p. 31).
Em síntese: as projeções de pessoa indicam não apenas a construção de um efeito de
sentido de objetividade, próprio de um discurso científico de cunho didático-pedagógico
(emprego da 3a. pessoa e do plural de autor), como também um diálogo – ora polêmico, ora
harmônico – com o discurso gramatical vigente.
No que concerne às projeções de tempo, aparecem na obra de Mota:
a) o presente omnitemporal ou gnômico. Exemplo: “As palavras indispensáveis na
sentença chamam-se – sujeito gramatical e predicado gramatical.” (p. 19);
b) o presente pontual, o futuro do presente e o pretérito perfeito, bastante utilizados
para organizar temporalmente o discurso da obra, o que é compatível com um
discurso que se propõe didático. Exemplo: Na lição anterior mostramos, de modo
material, que as preposições ligam (...). Agora falaremos das relações que elas
expressam. (p. 24);
c) o presente e o pretérito perfeito1 para descrever, respectivamente, fatos
lingüísticos da atualidade e de fases anteriores do português ou mesmo do latim.
Aparece também o pretérito perfeito 2, aliado ao pretérito imperfeito, como em:
“Tal construção já existia no baixo latim, onde o infinitivo usurpava nesse caso o lugar
do conjuntivo. Santo Agostinho escreveu: Non habent quid respondere.” (p. 129);
d) o futuro do presente, empregado com valor deôntico, e em lugar do presente para
indicar atenuação (futuro de polidez) ou suposição, dúvida (futuro de
probabilidade). Exemplos: “As relações principais são a de posse, qualidade (...), que
facilmente os alunos poderão enxergar e deverão enxergar por si sós. ” (p. 24); “...se o
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último verbo for de predicação incompleta, a expressão toda o será; se for de predicação
incompleta, o mesmo sucederá com a expressão em conjunto.” (p. 120);
e) o futuro do pretérito, usado pelo futuro do presente para produzir o efeito de
sentido de dupla atenuação. Exemplo: “De forma nenhuma se poderia usar a ênclise
nesses dois casos...” (p. 131);
f) o imperativo, ligado à modalização do discurso, que é bastante utilizado por Mota
na construção da norma prescritiva. Pode também aparecer o infinitivo com valor
de imperativo, como em: “Dizer, nas sentenças abaixo, quais são as formas
passivas...” (p. 68).
Do ponto de vista das projeções de tempo, constatamos que, também em Lições de
português, predominam o imperativo/futuro com valor deôntico e o presente gnômico, o
que sugere uma interpenetração dos discurso da “boa norma” e da “norma única”. Devido
ao tipo de enunciatário envolvido (professores e alunos) são também freqüentes os tempos
voltados para a organização temporal da obra: o presente pontual, o futuro do presente e o
pretérito perfeito, que pretendem tornar a exposição mais clara e didática.
À guiza de conclusão, podemos afirmar que as duas obras examinadas deixam
entrever, nas projeções enunciativas de pessoa e de tempo, uma mistura de discursos e
imagens. Assim, o discurso da boa (e da má) norma, de caráter prescritivo, freqüentemente,
se confunde com o discurso da norma única (norma culta, tomada como “a” língua
portuguesa). Assim, passa-se da normatização à normalização e da imagem de uma língua
heterogênea com usos hierarquizados à concepção de uma língua homogênea e uniforme.
Notas
1. Cumpre esclarecer que mantivemos a grafia original dos manuais escolares examinados,
bem com os destaques (itálicos, negritos, uso de maiúsculas) utilizados por seus autores.
2. Para a distinção entre o pretérito perfeito 1 (anterioridade em relação ao agora – tempo
enunciativo) e o pretérito perfeito 2 (concomitância a um marco temporal pretérito – tempo
enuncivo), remetemos o leitor a Fiorin (1996).
Referências
BARROS, Diana Luz P. de. Conceitos e imagens da norma no português falado no Brasil:
o discurso da gramática. São Paulo: USP, 1999. (relatório de projeto de pesquisa).
BERTRAND, Denis. Caminhos da semiótica literária. Bauru: EDUSC, 2003.
FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação. São Paulo: Ática, 1996.
MOTA, Otoniel. Lições de português. 9. ed. São Paulo/Rio de Janeiro/Recife/Porto Alegre:
Nacional, 1946.
PEREIRA, Eduardo Carlos. Grammatica expositiva – curso superior. 46. ed. São
Paulo/Rio de Janeiro/Recife/Porto Alegre: Nacional, 1926.
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