XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPH0576 VERBOS: UMA ANÁLISE DO USO DO DISCURSO INDIRETO EM REPORTAGENS POLICIAIS. LUIZ RICARDO DA SILVA ZUIM [email protected] LETRAS (LICENCIATURA) PORTUGUÊS/INGLÊS, PORTUGUÊS/ESPANHOL; PORTUGUÊS/LITERATURAS NOTURNO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) ELZIRA YOKO UYENO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO VERBOS: UMA ANÁLISE DO USO DO DISCURDO INDIRETO EM REPORTAGENS POLICIAIS. ENIC Autor (a): Luiz Ricardo da Silva Zuim Orientador (a): Prof.ª Drª Elzira Yoko Uyeno Como estudante de línguas e leitor de jornais, percebi o uso frequente do discurso indireto em reportagens policiais. A partir dessa percepção, notei alguns equívocos em relação ao uso dos verbos nesse tipo de discurso. A hipótese para esses equívocos no uso do discurso indireto é que, por sermos falantes nativos, não observamos a lógica desse tipo de discurso e erramos ao utilizá-lo. O objetivo geral da pesquisa é acrescentar à comunidade científica resultados relevantes sobre o problema encontrado. O objetivo específico é analisar em reportagens policiais os usos do discurso indireto equivocados e neles encontrar indícios de que se devem ao desconhecimento da Língua Portuguesa. Para compor o corpus de pesquisa foram analisados jornais de publicação diária, focando em reportagens policiais. Os resultados da pesquisa demonstraram que os jornalistas, ao reproduzirem as falas de seus entrevistados utilizam o discurso indireto. O equívoco encontrado se encontra exatamente nesse ato de fazer a voz do entrevistado. Ao relatar uma fala no passado (afinal a entrevista ocorreu em um tempo depois do fato vivido pelo entrevistado) o jornalista faz uso apenas do passado simples, sendo que o correto ao relatar um fato anterior de um já ocorrido, é utilizar o pretérito mais que perfeito. Os erros mais frequentes foram entre esses dois tempos verbais: passado simples e pretérito mais que perfeito, algumas vezes no lugar do passado simples o passado imperfeito. Os resultados revelam também que em momento algum foi utilizado o pretérito mais que perfeito, como se esse tempo verbal não existisse. Esse tipo de erro ocasiona uma mistura dos tempos verbais no passado, não expressando precisamente o momento dos fatos ocorridos. Mesmo assim, nós falantes nativos não percebemos esse erro. Isso se deve pelo fato de que na linguagem oral (brasileira), não utilizamos o pretérito mais que perfeito, para a nossa comunicação nos basta o passado simples e o pretérito imperfeito, isto é, já é suficiente para a comunicação e compreensão entre nós falantes, porém foge das normas gramaticais da língua escrita. Como o jornal é um veiculo de informação rápida e têm o intuito de levar o leitor o mais próximo possível de sua leitura, o gênero reportagem policial procura estar o mais perto possível da linguagem oral, o que possibilitaria melhor compreensão da parte do leitor. Concluise que seja uma estratégia jornalística. Palavras-chave: verbo, discurso e jornais. ENIC Doutora em Linguística Aplicada, UNITAU, [email protected] Graduando em Letras Port./Inglês, UNITAU, [email protected]