Dengue, Chikungunya e Zika.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DA PARAÍBA
GERENCIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Dengue, Chikungunya e Zika.
INFORME 01
Semana Epidemiológica 52ª de 2016
Situação Epidemiológica das Arboviroses na Paraíba 2016
Dengue
De 1º de janeiro a 31 de Dezembro de 2016 (52ª* semana epidemiológica de início
de sintomas), foram notificados 44.374 casos notificados de dengue na Paraíba. Em
2015, no mesmo período, (até 52ª SE) registrou-se 29.858casos, evidenciando um
aumento de 48,61%. Na figura baixo, observa-se que o pico do aumento dos casos incidiu
no mês de março, 21ª Semana Epidemiológica, entretanto a partir de maio houve uma
redução dos casos.
Figura 01: Casos Notificados de Dengue. Paraíba, 2014 a 2016.
3500
3000
2500
2000
2014
2015
1500
2016
1000
500
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53
Semanas Epidemiológicas
Fonte: Sinan Online SES/PB. Dados atualizados em 31/12/2016.
Destaca-se que dos 223 municípios do estado, 219 registraram a ocorrência de casos
suspeitos de dengue no sistema até o momento, restando 04 municípios que estão
silenciosos durante todo o ano de 2016, conforme Tabela 01.
Tabela 01: Municípios sem notificação de dengue. Paraíba, 2016.
Municípios sem Notificação no ano de 2016
Carrapateira
São Domingos do Cariri
Matinhas
Serraria
Fonte: Dengue Online-SES (*Dados segundo ano epidemiológico de sintomas).
Atualizado em 31/12/2016.
Importante evidenciar, que a sinalização de casos suspeitos é a base para o
planejamento das ações de assistência à saúde, vigilância epidemiológica e ambiental.
Chikungunya
De 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2016, registrou-se 20.928 casos notificados de
Chikungunya. Ressalta-se, que a confirmação laboratorial do primeiro caso de Chikungunya
na Paraíba ocorreu em dezembro de 2015. Observa-se o pico de casos entre a 13ª e a 20ª
SE, correspondente ao 2º Trimestre, o que coincide ao período de maior volume
pluviométrico.
Figura 02: Casos Notificados de Chikungunya. Paraíba, 2016.
2016
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Semanas Epidemiológicas
Fonte: Sinan NET/Online, SES/PB. Dados atualizados em 31/12/2016.
Zika vírus
De 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2016, registrou-se 4.899 casos notificados com
suspeita de Zika Vírus (Sinan NET/Online). Atualmente, na Paraíba, existem três Unidades
Sentinelas do Zika vírus implantadas para identificação da circulação viral nos municípios de
Bayeux, Campina Grande e Monteiro, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
Entretanto o número de coletas nessas unidades tem sido reduzido.
Figura 03: Casos Notificados de Zika na Paraíba, 2016 até 52ª SE.
Zika
600
500
400
300
2016
200
100
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 40 42 44 46 50
Semanas Epidemiológicas
Fonte: Sinan NET SES/PB. Dados atualizados em 31/12/2016.
O agravo denominado Doença Aguda pelo Zika Vírus, foi inserido na Lista de Doenças
de Notificação Compulsória a partir da Portaria Nº 204, 17 de fevereiro de 2016, o que
justifica o pico de notificações no mês de fevereiro.
Situação dos óbitos por Arboviroses
Até a 52ª Semana Epidemiológica foram registrados 108 óbitos suspeitos por
arboviroses, sendo 32 confirmados por Chikungunya e 07 por dengue, conforme apresentado
no quadro abaixo.
Quadro 02 – Distribuição de Óbitos por Arboviroses.
Fonte: SIM/SINAN NET/SINAN Online Área Técnica.
Para esclarecimento da causa morte e identificação do perfil dos óbitos, se faz
necessáriorealizar as investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar, utilizando
o Protocolo de Investigação de Óbitos por Arbovírus Urbanos no Brasil (Dengue,
Chikungunya e Zika), instituído pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho de 2016. Sendo
de responsabilidade dos municípios a investigação, cabendo as Gerências Regionais de
Saúde e ao Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas – SES/PB o apoio e
acompanhamento junto aos municípios.
Diante da situação de óbitos a Secretaria de Saúde do Estado recomenda a todas as
Secretarias Municipais de Saúde intensificar as orientações sobre sinais e sintomas da
dengue, chikungunya e zika e em caso de adoecimento o usuário deverá procurar
imediatamente a Estratégia de Saúde da Família– ESF ou serviço de saúde mais próximo de
sua residência. Destaca-se que a intervenção mais efetiva para evitar os óbitos é a detecção
precoce dos casos suspeitos, associado ao manejo clínico adequado do paciente.
Situação Laboratorial de Dengue e Chikungunya
Na Paraíba foram encaminhadas ao LACEN-PB até o final do terceiro trimestre,8.012
amostras de Sorologia para dengue (3.385 Reagentes, 4288 Não reagentes e260
indeterminadas). Já para testagem de sorologia para chikungunya, foram encaminhadas
8.503 amostras (5.189 Reagentes, 3.031 Não reagentes, 282 indeterminadas e 1
inconclusivo).
Com o objetivo de identificar o tipo de vírus circulante no Estado a vigilância
epidemiológica orienta aos municípios o envio de amostras de isolamento viral como ação de
prevenção para 2017. Para a análise de isolamento viral o Laboratório Central de Saúde
Pública - LACEN-PB esclarece que:
 Isolamento Viral /sorotipagem: É um método mais específico para determinação do
arborívirus responsável pela infecção, o mesmo é realizado em amostras selecionadas,
colhidas entre 1º e 5º dia de sintomas. Lembrando que até o 3º dia o exame recomendado é a
pesquisa de antígeno NS1 após o início dos sintomas. A coleta deve ser realizada
assepticamente de 02 ml de sangue total sem anticoagulante e/ ou soro, com seringa ou tubo a
vácuo, sem anticoagulante previamente identificado com rótulo, deve conter de forma legível
nome do exame, nome do paciente (completo e por extenso), data, hora da coleta, natureza da
amostra e a mesma deverá ser enviada ao laboratório (LACEN-PB) o mais rápido possível para
ser acondicionado em freezer a -70 ºC. As amostras deverão estar acompanhadas de ficha de
notificação e da ficha do GAL devidamente preenchidas e legíveis.
Situação da Vigilância Ambiental
LIRAa
Na Paraíba de 24 a 28 de outubro de 2016 foi realizado o 3º levantamento de índices,
para avaliar a infestação predial pelo Aedes aegypti, através do LIRAa (Levantamento de
Índice Rápido do Aedes aegypti) e LIA (Levantamento de Índice Amostral do Aedes aegypti),
este último, para municípios que possuem até 1.999 imóveis, conforme preconizado pelo
Ministério da saúde desde 2003. O mesmo é um método amostral, que monitora a densidade
larvária por meio deste indicador. Os resultados, além de apresentarem a média dos
indicadores larvários, revelam os espaços intra urbanos com as áreas de maior densidade de
larvas, o que contribui para o direcionamento e consequentemente maior efetividade das
ações de combate do vetor.
Dos 223 municípios, até a presente data 221 municípios realizaram os levantamentos.
De acordo com esses dados, 32 municípios apresentaram situação de risco para ocorrência
de surto, 122 em situação de Alerta e 67 municípios em situação satisfatória; destes 23
apresentaram IIP zero; 02 municípios não informaram o seu levantamento, conforme
classificação do Ministério da Saúde ilustrada abaixo:
Ao comparar o LIRAa de outubro/2016 com o mesmo período em 2015, observa-se uma
redução de risco de 40,7%, o que demonstra a efetividade das ações desencadeadas pelos
municípios em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Dessa forma a Gerência
Executiva de Vigilância em Saúde recomenda a todos os municípios paraibanos a realizar o
LIRAa e LIA, no período de 30/01 a 03/02/2017, pois, esse levantamento apresenta um
indicador entomológico que fornece informações valiosas para o direcionamento das
atividades de controle do Aedes Aegipty.
Para intensificação das medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da
Dengue, vírus Zika e febre Chikungunya neste verão, o Ministério da Saúde liberou recurso
através da Portaria Nº 3.129, de 28 de dezembro de 2016 que autoriza repasse no
Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS) do Componente de Vigilância em
Saúde de recurso financeiro para implementação de ações contingenciais de
prevenção e controle do vetor Aedes aegypti. Fonte: Diário Oficial da União Nº
250, quinta-feira, 29 de dezembro de 2016.
Ações desenvolvidas

Dia “D” de Mobilização ao combate do mosquito Aedes Aegipty, realizado em 02 de
dezembro de 2016;

Encaminhado ofício do governo do estado aos novos gestores municipais com o elenco
das ações prioritárias de combate ao Aedes Aegipty;

Qualificação de 350 homens do Exército para atuar nos 61 municípios prioritários, ou
seja, que apresentaram no LIRAa de outubro índice de infestação alto, incidência das
arboviroses maior que 300,ocorrência de óbito em 2016;

Início das ações de intervenção do carro Fumacê em 09 municípios (Mamanguape,
RioTinto, Aroeiras, SantaCecília, Soledade, Taperoá, AlagoaGrande, Esperança,
Queimadas), conforme critérios elencados na Nota Técnica 01/2016/GEVS;

Reunião de alinhamento com Técnicos das Gerencias Regionais de Saúde-GRS e
Técnicos dos respectivos municípios por Macrorregiões de Saúde nos dias 17, 18 24 e
25 de janeiro de 2017;

Reunião com os Secretários de Saúde programada para fevereiro;

Manejo Clínico de Dengue, Chikungunya e Zika destinado aos profissionais de saúde,
programado para março;

Apoio técnico aos municípios por meio das Gerências Regionais de Saúde e Sede da
Secretaria Estadual de Saúde;
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