APOSTILA DE CIÊNCIAS – 8º ANO Aula: Sistema Digestório Prof. Thiago Moura Responsável por transformar os alimentos que ingerimos na energia que nosso corpo necessita para realizar as atividades diárias. Todos os dias ingerimos lipídios (gorduras), proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais, porém, para que essas substâncias possam ser absorvidas pelo nosso corpo, elas primeiro precisam ser transformadas em partículas cada vez menores para a absorção. Esse sistema é formado por um único tubo, que sofre modificações em sua extensão, variando de funções. É composto pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, além das glândulas fígado, pâncreas e salivares. Características dos órgãos: Boca: formada pelos dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva. A saliva também tem função antisséptica, ou seja, contém um número elevado de células de defesa que atacam microrganismos. A língua tem 3 funções principais: movimentar o alimento pelo interior da boca. sensitiva (percebe sabores e texturas). produzir os sons característicos da fala. Faringe: parte comum do sistema respiratório e digestório. Nessa região situam-se duas estruturas importantes: a úvula e a epiglote. Ambas servem para fechar as passagens de ar durante a deglutição de alimentos, impedindo que partículas sólidas ou líquidas entrem nas vias respiratórias. Quando isso acontece, o corpo possui um mecanismo de defesa: tosse. Esôfago: tubo muscular por onde o alimento desce até o estômago. Perfura o músculo diafragma. A partir do esôfago, inicia-se uma série de movimentos musculares involuntários chamados peristálticos. Esses movimentos impulsionam o bolo alimentar sempre no sentido “boca-ânus”. Estômago: alargamento do esôfago, bolsa muscular onde o bolo alimentar fica armazenado em meio ácido. O ácido auxilia na quebra de moléculas cada vez menores para facilitar a absorção no intestino. Dependendo do alimento ingerido, ele pode ficar poucas horas (2 a 4) ou até mesmo mais (16 a 24). Nesse estágio o bolo alimentar se chama “quilo”. O estômago possui duas válvulas (uma na entrada, outra na saída) que regulam a passagem do bolo alimentar. Intestino Delgado: após sua estadia no estômago, o “quilo” segue para o duodeno (primeira parte do intestino delgado). Nessa região, ele recebe o suco pancreático e a biles produzida no fígado, que servem para queimar gorduras e quebrar moléculas maiores. Nesse estágio, recebe o nome de “quimo”. Esse intestino pode chegar a medir cerca de 6 metros. Percorrendo sua extensão, todos os nutrientes, vitaminas e extratos energéticos são retirados dos alimentos ingeridos e enviados para o fígado via corrente sanguínea. A absorção desses nutrientes é o processo mais demorado. Intestino Grosso: ao chegar nesse intestino, o “quimo” já não possui praticamente nada que possa ser aproveitado pelo organismo. Apenas água e sais minerais são reabsorvidos. O restante forma as fezes que vão se acumulando até percorrerem toda sua extensão e chegarem ao reto (última parte do intestino grosso), que tem como ponto final a válvula chamada esfíncter, ou, ânus. Glândulas desse sistema: Fígado: é considerado o “laboratório do corpo”, onde todos os nutrientes, vitaminas, sais minerais e outras fontes de energia são metabolizados. No fígado, os nutrientes são analisados e enviados as outras partes e órgãos do corpo de acordo com as necessidades. Tudo isso, via corrente sanguínea. O fígado também produz a biles que fica armazenada na vesícula biliar. É o único órgão (glândula) do corpo que se regenera. Pâncreas: produz uma substância importante chamada insulina. É graças a ela que o açúcar (glicose) que ingerimos é transformado em energia. A falta de insulina no corpo faz com que o açúcar vá se acumulando nas artérias, o que pode levar ao seu entupimento. Essa doença é conhecida como diabetes. Também produz o suco pancreático que auxilia na digestão. Salivares: localizam-se ao redor da boca e pescoço cuja função é produzir a saliva que irá auxiliar no processo digestivo. Todas possuem abertura direta na cavidade bucal. A saliva possui enzimas que digerem o amido já na boca. Etapas do processo digestivo: Antes mesmo de comermos alguma coisa, o simples fato de imaginarmos o alimento sendo ingerido já provoca uma série de reações por todo o organismo (“dar água na boca”). Ao ser estimulado, o cérebro envia ordens ao estômago para que produza mais ácido, e aos músculos para que iniciem os movimentos peristálticos. Consiste em duas etapas: Mecânica: parte física que envolve a mastigação e movimentos musculares. Química: parte metabólica que envolve a absorção de nutrientes e ação dos ácidos, enzimas e substâncias misturadas aos alimentos.