RESIDENCIA MEDICA (SUS 2000) QUESTÕES de 1 a 4. Um paciente, sexo masculino, 52 anos, é atendido com sudorese profusa e queixa de dor precordial constrictiva com inicio há 3 horas. A pressão arterial na entrada era 70X50mmHg. É feito um registro do traçado do monitor, como mostrado abaixo (traçado 1). O paciente logo depois evoluiu com PCR (traçado 2), sendo iniciadas manobras de ressuscitação de acordo com o protocolo padrão do ACLS. 01) Bradicardia sinusal severa. 02) Taquicardia atrial com bloqueio a-v variável. 03) Fibrilação ventricular. 04) Taquicardia paroxística supraventricular. 05) Torsade de pointes. Questão 4. Após retorno a ritmo sinusal, o paciente persistia com P.A.= 70X40mmHg, a próxima atitude a ser tomada deve ser: 01) Infusão de cristalóides I.V. e em seguida iniciar solução de dopamina na dose de 5ug/kg/min. 02) Dopamina 5ug/kg/min + dobutamina 10ug/kg/min. 03) Dobutamina 10ug/kg/min + nitroglicerina I.V. 04) Dobutamina 20ug/kg/min + noradrenalina 1,0ug/kg/min. 05) Dopamina 2,0ug/kg/min + dobutamina 20ug/kg/min + noradrenalina 1,0ug/kg/min. QUESTÕES 5 e 6. Um paciente jovem é submetido a anestesia geral inalatória por abdome agudo. Durante a anestesia, desenvolve taquicardia, taquipnéia, arritmias ventriculares, rigidez mucular e cianose. Questão 1. Em relação às atitudes durante as manobras de ressuscitação, é correto afirmar: 01) – O uso de adrenalina endovenosa interfere no fluxo sanguíneo cerebral. não 02) – A estimulação dos B-receptores promovida pela adrenalina tende a desenvolver vasodilatação, mas é droga de escolha na PCR por aumentar a irritabilidade miocárdica e favorecer a desfibrilação. 03) – A desfibrilação elétrica é atitude de eleição no paciente em PCR monitorizado e independente do ritmo cardíaco identificado. 04) – Em pacientes que receberam altas doses de lidocaína durante as manobras de ressuscitação, pode haver bloqueios cardíacos de graus variáveis e depressão do nó sinusal. 05) – Podem ser usados por via endotraqueal: adrenalina, narcan, lidocaína, bicarbonato de sódio e atropina. Questão 2. A atitude imediata a ser considerada após o registro do traçado 2 é: 01) – Desfibrilação elétrica 200j-200j-360j. 02) – Lidocaína 1,5mg/kg. 03) – Adrenalina 1mg I.V. 04) – Bretílio 5mg/kg. 05) – Lidocaína 1,5mg/kg + desfibrilação elétrica – 200j-200j-360j. Questão 3. O paciente voltou a apresentar ritmo sinusal após as manobras de ressuscitação, tendo chegado a informação que o paciente era hipertenso e tinha ingerido uma caixa de nifedipina acidentalmente. Decidiu-se então iniciar cloreto de cálcio I.V. Uma complicação da administração de doses altas dessa droga é: Questão 5. O diagnóstico mais provável para justificar esse quadro é: 01) Sepsis. 02) Reação anafilática ao anestésico. 03) Síndrome neuroléptica maligna. 04) Crise de feocromacitoma. 05) Hipertermia maligna. Questão 6. A droga de escolha para tratar esse paciente é: 01) Cefalosporina de 3ª geração + aminoglicosídeo + metronidazol. 02) Adrenalina – 1 ampola diluída para 10ml I.V. lentamente. 03) Akineton diluído para 200ml de S.G.5% I.V. rápido. 04) Fentolamina + propranolol I.V. 05) Dantrolene I.V. QUESTÕES 7 E 8 Encontra-se internado no seu hospital um paciente com choque séptico, insuficiência renal aguda, potássio sérico = 7,8mEq/l, em anasarca, submetido a ventilação mecânica com FIO2=65%-70%, peep= 10cmH2O, em uso de dobutina 10ug/kg/min + noradrenalina 0,5ug/kg/min, mantendo P.A.= 125X80mmHg e PAM = 90mmHg. Questão 7. O método de depuração extra-renal a ser escolhido, por ser mais eficaz em remover líquido rapidamente e normalizar o K, sérico é: 01) Hemodiálise convencional 02) Diálise peritoneal intermitente. 03) Hemodiafiltração veno-venosa contínua. 04) Diálise peritoneal contínua. 05) Hemofiltração arterio-venosa contínua. Questão 8. Em relação às drogas que podem ser escolhidas para sedar/curarizar esse paciente, é correto afirma, exceto: 01) Heloperidol I.V. em doses altas pode levar ao aparecimento de torsade de pointes. 02) Uso prolongado de prepotol pode levar a hipertrigliceridemia. 03) Delírios são comuns após o uso de katamina. 04) O cloridrato de atracurium está associado a liberação de histamina quando injetado rapidamente em bollus. 05) O uso de succinil colina pode levar a hipocalemia. olhos sob dor, localizava o estimulo álgico e estava afásico. Pela classificação de coma de Glasgow esse paciente apresenta: 01) 5 pontos 02) 6 pontos. 03) 7 pontos. 04) 8 pontos. 05) 9 pontos. Questão 9. Em relação a anticoagulação de pacientes com prótese valvulares cardíacas, é verdade que, exceto: 01) O uso de anticoagulantes orais em pacientes com prótese metálica em posição aórtica deve elevar o RNI para aproximadamente 3,5. 02) A anticoagulação oral em pacientes com bioprótese deve levar o RNI para valores entre 2,0 e 3,0. 03) A edição de aspirina 100mg/dia a pacientes de alto risco para embolismo cardíaco, anticoagulados e com bioprótese parece diminuir a incidência de AVE isquêmico. 04) Pacientes com bioprótese em posição mitral, mantidos em ritmo sinusal, ainda assim devem ser anticoagulados indefinidamente. 05) Pacientes que serão submetidos a cardioversão elétrica por fibrilação atrial crônica, com válvula cardíaca nativa, devem ser anticoagulados por período de 2-4 semanas antes do procedimento e 4 semanas após. QUESTÕES 14 e 15. Paciente chega ao hospital com alteração do nível de consciência, comportamentos automáticos inicialmente em face, progredindo para os membros superiores, até que se torna com olhar fixo e arresponsivo. Questão 10. Um paciente de 70 kg dá entrada em choque séptico no hospital. Após a infusão de Ringer Lactato – 2000ml I.V. o paciente continuava chocado e decide-se iniciar uma solução de dopamina 5 ampolas/200ml de S.G. 5% obtendo bom controle pressórico com a dose de 60 microgotas/min. Essa dose corresponde a: 01) 7,15 ug/kg/min. 02) 10,6 ug/kg/min. 03) 14,3 ug/kg/min. 04) 20,3 ug/kg/min. 05) 30,4 ug/kg/min. Questão 11. Paciente, 65 anos, submetido a prostatectomia radical, decide-se iniciar heparina de baixo peso molecular, em função da permanência prolongada no leito. O modo de ação dessa medicação é: 01) Inativação do fator Xa e prolongamento do TP e TTPA. 02) Inativação do fator IIIa e TTPA normal. 03) Inativação do fator Xa e TTPA normal. 04) Inativação dos fatores IIa, Xa e prolongamento do TTPA. 05) Inativação do fator Va. Questão 14. O diagnóstico mais provável para esse paciente é: 01) Estado de mal convulsivo generalizado. 02) Estado de mal parcial complexo. 03) Estado de mal epiléptico nãoconvulsivo(ausência). 04) Estado de mal epiléptico mioclônico. 05) Estado de mal epiléptico parcial simples, tipo motor. Questão 15. A primeira droga a ser usada para tratá-lo deve ser: 01) Diazepan I.V. 02) Difenilhidantoína. 03) Valproato de sódio. 04) Fenobarbital. 05) Carbamazepina. Questão 16. Paciente diabético, 70 anos, 80 kg, dá entrada em coma. A glicemia inicial era de 900mg%, os níveis de uréia e creatinina eram respectivamente 280mg% e 3,0mg%. O sódio sérico era 150mEql, e potássio sérico de 3,5mEq/l. A osmolaridade sérica desse paciente é de aproximadamente: 01) 305 mOsm. 02) 358 mOsm. 03) 380 mOsm. 04) 407 mOsm. 05) 438 mOsm. Questão 17. Mulher, 25 anos, chega ao hospital relatando fraqueza generalizada, tornando-se dispnéica ao realizar esforços habituais. Referia ainda diplopia, fatigabilidade fácil, com piora dos sintomas à noite. O diagnóstico mais provável é: 01) Miastemia gravis. 02) Síndrome de Guillan-Barré. 03) Hipotireoidismo. 04) Botulismo. 05) Intoxicação por arsênico. Questão 12. São indicações para o uso de medicina hiperbárica, exceto: 01) Gangrenas gasosas. 02) Fasciite necrotizante. 03) Necrose de partes moles. 04) Queimaduras por radiação. 05) Choque circulatório após lesão traumática de um membro. Questão 18. São complicações do estado generalizado, exceto: 01) Hipoglicemia. 02) Rabdomiólise. 03) Hipercalemia. 04) Arritmias cardíacas. 05) Insuficiência hepática. Questão 13. Paciente dá entrada no hospital em coma após TCE. Ao ser examinado o médico percebeu que ele abria os Questão 20. No diagnóstico diferencial metabólico, é correto afirma: do de mal estado convulsivo de coma 01) Hiponatremia só leva ao coma quando o nível do sódio sérico for menor que 105mEq/l. 02) Hipoglicemia geralmente leva ao coma quando o nível de glicose sérica atinge 45mg%. 03) Hipóxia induz ao coma quando PaO2 cai a 45mmHg. 04) Hipernatremia pode induzir ao coma quando sódio sérico for maior que 155mEq/l. 05) Encefalopatia hepática é causa de coma sempre que houver hemorragia gastrointestinal. Questão 20. Um paciente que desenvolve secreção inapropriada de hormônio antidiurético, SIHAD, pode ter: 01) Pneumonia, queimaduras. 02) Anemia de Fanconi, anemia falciforme. 03) Gravidez, turbeculose. 04) Síndrome de Sheehan, síndrome de GuillainBarré. 05) Asma, sarcoidose. Questão 21. Durante uma craniotomia, um paciente hipertensão intracraniana pode usar: 01) Halotano e droperidol. 02) Quetamina e protóxido. 03) Etomidato e lidocaína. 04) Benzodiazepínicos e isoflurano. 05) Tiopental e enflurano. com QUESTÕES 22 e 23. Questão 22. O traçado do ECG acima, gravado de um monitor em paciente com intoxicação digitálica, traduz: 01) BAV IIº -Mobitiz I. 02) BAV IIº- Mobitiz II. 03) BAV – Total. 04) BAV Iº 05) BAV IIIº. + fib.atrial. Questão 23. Esse paciente deve ser tratado com: 01) Inserção de um marca-passo transitório. 02) Fenitoína 100mg I.V. 6h/6h. 03) Lidocaína 1,5mg/kg ataque + 2mg/h continuo. 04) Amiodarona 5mg/kg ataque + 600mg/24h. 05) Quinidina 200mg V.O. 2h/2h até 1200mg, depois 200mg V.O. 8h/8h. Questão 24. Paciente, 50 anos, é internado com quadro clinico de tosse, febre alta, dor torácica há 72h. Não há historia previa de comorbidade. O Rx de tórax mostrava derrame pleural e infiltrado pulmonar à direita. Os agentes etiológicos que podem justificar esse achado são: 01) Anearóbios e legionella sp. 02) S. pneumoniae e vírus. 03) Bacilos gram-negativos e S.pyogenes. 04) H. influenzae e P.Carinil. 05) M.tuberculosis e P.Carinil. Questão 25. São, por ordem de freqüência, os agentes etiológicos mais freqüentes em pneumonia comunitária de paciente jovem sem comorbidade: 01) Streptococcus pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae. 02) Legionella sp e vírus. 03) Streptococcus pneumoniae e Legionella sp. 04) Streptococcus pneumoniae e Chiamydia pneumoniae. 05) Mycoplasma pneumoniae e Moraxella catarrhalis. Questão 26. Paciente com pneumonia comunitária é levado à UTI por insuficiência respiratória, sendo necessário intubação oro-traqueal e ventilação mecânica. Decidese realizar uma fibrobroncoscopia e lavado broncoalveolar antes de iniciar antibióticos. A analise quantitativa desse material, para que possa ser considerada representativa de um agente responsável pela infecção deve apresentar: 01) >100 bactérias. 02) >1.000 bactérias. 03) >10.000 bactérias. 04) >100.000 bactérias. 05) >1.000.000 bactérias. Questão 27. Uma mulher jovem, em tratamento para tuberculose pulmonar e que esteja usando anticoncepcional oral, terá nível sérico dessa medicação diminuído em função da interação com: 01) Isoniazida. 02) Ethambutol. 03) Pirazinamida. 04) Refampicina. 05) Streptomicina. Questão 28. É uma manifestação paraneoplásica adenocarcinoma de pulmão: 01) Endocardite verrucosa, não bacteriana. 02) Síndrome de Cushing. 03) SIADH. 04) Ginecomastia. 05) Hipercalcemia. de Questão 29. Das complicações de fibrose cística, as menos freqüentes são: 01) Azoospermia e anovulação. 02) Cirrose biliar e obstrução intestinal. 03) Hemoptise e baqueteamento digital. 04) Mal-absorção e Diabetes Mellitus. 05) Infecções respiratórias e pneumotórax. Questão 30. Em um paciente com quadro clinico muito sugestivo de trombo-embolismo pulmonar, TEP, é a melhor indicação usar trombolítico venoso porque: 01) Os trombolíticos conferem menor recorrência de TEP. 02) A mortalidade global de TEP é menor após trombolíticos. 03) A função cardiovascular e melhor preservada após trombolíticos. 04) A instabilidade hemodinâmica traduz TEP maciço, e o uso de trombolíticos produz rápida perfusão pulmonar e melhor sobrevida. 05) Pacientes que tenham evidencia de TVP, com repercussão local, terão maior chance de TEP recorrente, assim a opção trombolítico pode diminuir esse evento. Questão 31. São características comuns entre espondilartropatias, exceto: 01) Sacroiliite. 02) Espondilite. 03) Entensopatia. 04) Envolvimento cardíaco. 05) Associação com antígeno HLA-B27. as Questão 32. Paciente procura o medico com queixa de dor, calor e inchaço monoarticular na extremidade inferior. É feita suspeita de gota. A analise do liquido sinovial de mostrar: 01) Coloração esbranquiçada, aspecto opaco, presença de50.000 – 300.000 leucócitos, > 90% de PMN, proteínas > 3,0g%. 02) Coloração amarelo-esbranquiçada, aspecto levemente opaco, presença de 3.000 – 50.000 leucócitos, > 70% de PMN, Proteínas > 3,0g%. 03) Coloração amarelo-palído, aspecto transparente, presença de < 3.000 leucócitos, <25% de PMN, proteínas <3,0g%. 04) Coloração hemática, aspecto homogêneo, presença de < 3.000 leucócitos, < 25% de PMN, proteínas < 3.0g%. 05) Coloração amarelo-esbranquiçado, aspecto opaco, presença de 50.000 – 300.000 leucócitos, > 90% de PMN, proteínas > 3,0g%. Questão 33. Embora infreqüente, a embolia gasoso pode ser uma complicação após cateterismo venoso central. O posicionamento do paciente a ser adotado na suspeita dessa situação é: 01) Decúbito lateral esquerdo + posição de Trendelemburg. 02) Decúbito lateral direito + tórax a 30º. 03) Decúbito prona. 04) Decúbito lateral direito + posição de Trendelemburg. 05) Decúbito dorsal + tórax a 30º. Questão 34. Uma paciente de 35 anos é internada com dor abdominal de forte intesidade em fossa ilíaca direita, toxemia, febre alta e silencio abdominal. O Rx de tórax e P.A. normais, o leucograma exibe 16.500, 20% bastões, e 75% de segmetados. A gasometria arterial desse paciente provavelmente seria: 01) pH=7,29, PCO2=27, PO2=85, HCO3=15, BE=12. 02) pH=7,42, PCO2=38, PO2=92, HCO3=18, BE=10. 03) pH=7,51, PCO2=36, PO2=100, HCO3=25, BE=+6 04) pH=7,28, PCO2=52, PO2=80, HCO3=22, BE=+2. 05) pH=7,32, PCO2=35, PO2=110, HCO3=24, BE=0. Questão 35. Paciente, sexo masculino, 55 anos, com uma glicemia=195mg%, procura o médico que além de orientações sobre mudança de estilo de vida, lhe prescreve uma sulfoniluréia como agente hipoglicemiante. São ações farmacológicas dessa classe de drogas, exceto: 01) Suprimir a gliconeogênese hepática. 02) Aumentar o nível sérico de insulina circulante logo após iniciadas, mantendo essa tendência durante todo o tempo de uso. 03) Reduzir o influxo de K, e facilitar o influxo de Ca++ levando a estimulação dos receptores para sulfoniluréia na célula B-pancreática. 04) Estimular a liberação de somastotatina. 05) Diminuir a secreção de glucagon. Questão 36. São ações, a longo prazo, dos glicocorticóides tópicos, exceto: 01) Estrias. 02) Teleangeictasias. 03) Hiperpigmentação de pele. 04) Rosácea. 05) Atrofia da pele. Questão 37. Em relação a acne e seu tratamento, é correto afirmar: 01) A proliferação de um anaeróbio o Propionibacterium acnes leva obstrução do lúmen das unidades pilosebáceas. 02) O uso de metronidazol na acne rosácea leva a redução das pupulas, pústulas e teleangiectasias. 03) Sulfametoxazol-trimetropin é medicação efetiva na acne, contando com baixa incidência de reações cutâneas. 04) Hidroxicloroquina tópica é em geral de utilidade no tratamento da acne. 05) O uso de peróxido de benzoil tem sido desencorajado no tratamento da acne, pela alta incidência de rações alérgicas. Questão 38. Em paciente com diagnóstico de fibromialgia, FM, é correto afirmar, exceto. 01) Historia de dor difusa pelo corpo, há pelo menos 3 meses. 02) Distúrbios do sono, notadamente na fase REM, e fadiga. 03) Existe um associação entre mais de 70% dos pacientes com FM e síndrome da fadiga crônica. 04) São necessários pelo menos 5 pontos dolorosos dos 18 pesquisados para diagnóstico de FM. 05) FM geralmente não afeta a aptidão cardiovascular medida pelo teste ergométrico. Questão 39. Um paciente de 64 anos é levado a cirurgia de bypass coronário devido a uma coronariopatia grave, recebendo 02 derivações aorto-coronária com ponte de safena e derivação da art. mamaria inf.esq. O tempo de circulação extra-corpórea foi de 55 min. Fazia uso de propanolol no pré-operatório. Não havia antecedentes clínicos de hemorragia. Nas 3 horas de pós-operatório o debito de drenagem torácica era de 420ml/h, sem apresentar sinais de diminuição, exigindo vigorosa reposição de glóbulos vermelhos. Seus sinais vitais eram estáveis. Os exames de coagulação no pré-operatório eram: HT=47%, Plaquetas 280.000, TP=90%, TTPA=32seg. Novos exames de coagulação são feitos no pós-operatório: HT=36%, Plaquetas 210.000, TS=5,1min, TTPA=34,5seg, TP=70%. O defeito que justifica esse sangramento é: 01) Fibrinólise. 02) Coagulopatia de consumo. 03) Alteração na via intrínseca da coagulação. 04) Defeito na integridade vascular. 05) Alteração na via extrínseca da coagulação. Questão 40. Mulher, 60 anos, foi submetida a mastectomia esq., há 2 anos sem relato de complicações hemorrágicas. Chega ao hospital para mastectomia direita trazendo HT=-42%, Plaquetas 45.000, TTPA=32seg, TP=90%. Durante a cirurgia ocorre hemorragia importante. É feito novo estudo da coagulação: HT=26%, Plaquetas=35.000, TP=86% e TTPA=34seg. A melhor conduta nessa situação é: 01) Transfusão de plaquetas. 02) Transfusão de plasma fresco. 03) Transfusão de crioprecipitado. 04) Reposição de vitamina K. 05) Reposição de complexo protrombínico. Questão 41. Mulher, 45 anos, chega ao hospital com historia de febre e dor abdominal em fossa ilíaca direita. Não há relato de gravidez. É pensado em apendicite aguda e indicada a intervenção cirúrgica. Ao saber da necessidade de cirurgia, a paciente conta que aos 10 anos de idade durante uma amigdalectomia, houve sangramento excessivo, que se repetiu aos 20 anos, após pequena cirurgia odontológica. São pedidos os exames pré-operatórios que mostram: HT=41%, Plaquetas=190.000, TS=18min, TTPA=37seg, TP=74%. O defeito potencial nessa situação é: 01) Na integridade vascular. 02) Na lise do coágulo. 03) Fibrinólise. 04) Transtorno de um dos fatores inativos da coagulação. 05) Coagulação intravascular disseminada. Questão 42. Mulher, 50 anos, é internada para submeter-se a uma correção cirúrgica de insuficiência mitral severa (troca de válvula mitral por bioprótese). Tinha antecedentes de intolerância ao esforço físico. Chamava a atenção os sinais evidentes de insuficiência cardíaca congestiva biventricular, com hepatomegalia, distensão de jugulares a 45º e crepitação pulmonar fina em bases. Não há antecedentes de transtornos hemorrágicos. Vem em uso de digoxina e diuréticos. Seus exames pré-operatórios eram: HT=36%, plaquetas 210.000, TTPA=33seg, TP=37%. No pós-operatório imediato houve sangramento profuso, sem sitio determinado, havendo perdas pelo dreno de mediastino e incisão cirúrgica, exigindo reposição de concentrado de glóbulos vermelhos. O médico pensou em ação pela heparina durante o tempo de circulação extra-corpórea e fez altas doses de sulfato de protamina sem sucesso em conter a hemorragia. Os exames pós-operatórios eram: HT=28%, Plaquetas 145.000, TS=6,2min, TP=21%, Fibrinogênio normal, TT normal. Nessa situação a melhor atitude terapêutica é: 01) Reposição de concentrado de plaquetas, pois deve haver defeito quantitativo. 02) Reposição de vitamina K, pois já havia sinais de função hepática deficiente no préoperatório. 03) Reposição de crioprecipitado, que repõe basicamente fatores de coagulação. 04) Reposição de plasma fresco, pois deve haver deficiência dos fatores VIII e V. 05) Reposição de vit. K+premarin+stiptanon, pois deve haver defeito na formação de coágulo. Questão 43. Homem, 74 anos, é levado a uma RTU de próstata por hipertrofia benigna. Nunca havia se hospitalizado antes, não usava medicamentos, não havia relato de comorbidades. Seus exames pré-operatórios eram: HT=43%, plaquetas=360.000, TTPA=34seg, TP=92%. O procedimento durou 1h30min, sob raquianestesia, tendo o cirurgião observado sangramento maior que o esperado em bexiga e uretra no final do procedimento. No CRPA foi observado que a bolsa da sonda vesical apresentava urina de cor vermelho-escuro, e tendência a queda de pressão arterial. Observou-se ainda, sangramento pela cânula oro-traqueal. Os exames pós-operatórios eram: HT=30%, plaquetas=240.000, TTPA=60seg, TP=45%. Tempo de reptilase normal, PDF elevado. O diagnóstico mais provável e conduta terapêutica nesse caso é: 01) Fibrinólise, devendo ser tratado com plasma fresco. 02) Coagulopatia de consumo, devendo receber heparina venosa em baixas doses. 03) Fibrinólise, devendo ser tratado com EACA (ácido épsilon aminocapróico) e transfusão de glóbulos vermelhos. 04) Síndrome do coagulo retido, levando a coagulopatia de consumo, devendo ser submetido a re-exploração cirúrgica. 05) Coagulação intravascular disseminada, devendo ser iniciado heparina venosa baixas doses. Questão 44. Em relação a deficiência de vitaminas, é correto afirmar exceto: 01) No paciente alcoólatra pode existir deficiência de folatos e tiamina por diminuição da ingesta. 02) No paciente com AIDS existe tendência a baixos níveis de vitamina B-12, zinco e Bcaroteno por mal-absorção e provavelmente por hipermetabolismo. 03) Na gravidez existe deficiência de Fe, folatos e cálcio por aumento da necessidade/consumo. 04) Na ressecção de grandes áreas de intestino delgado existe deficiencia de Fe e vit.B-1 por mal- absorção. 05) Na gastrectomia total existe deficiência de Fe, vit. B-12 por mal absorção. Questão 45. Uma paciente, 40 anos, procura o médico com historia de fraqueza e dor nas pernas, evoluindo com dificuldade para deambular. Chamava a atenção ao exame neurológico aumento do tônus muscular dos MMII e sinais de liberação extra-piramidal. Havia relato de dificuldade para controle das micções, além de filho pequeno estar apresentando quadro clinico semelhante. O diagnóstico provável para essa condição é: 01) Mielite transversa. 02) Síndrome de Guillain-Barré. 03) Mielopatia associada a HTLV-1. 04) Radiculite por S.Mansoni. 05) Esclerose lateral amiotrófica. Questão 46. O melhor esquema terapêutico para tratamento de um paciente com úlcera péptica relacionada AA H.Pylori é: 01) Tetraciclina = metronidazol + subsalicilato de bismuto. 02) Claritromicina + amoxacilina + omeprazol. 03) Amoxacilina + metronidazol + subsalicilato de bismuto. 04) Claritromicina + subsalicilato de bismuto + omeprazol. 05) Tetraciclina + amoxacilina + metronizadol. Questão 47. Um paciente que tenha atrite reumatóide, AR, em uso de antiinflamatórios não-harmonais. AINH, e que desenvolva uma úlcera péptica, é correto afirmar: 01) O AINH em uso não deverá ser suspenso, sob pena de recidiva da AR, sendo indicado o acréscimo de um inibidor de bomba de prótons para tratamento da úlcera. 02) O AINH em uso deverá ser suspenso, e introduzido prednisona 5-10mg/dia, sem aparente interferência na cicatrização da úlcera, quando terapêutica especifica for introduzida para tratar essa ultima patologia. 03) O AINH deve ser suspenso e introduzido acetaminofen no seu lugar, além de terapêutica especifica para úlcera péptica. 04) Ibuprofen parece ser AINH de menor potencia e menos provável em induzir úlcera péptica, devendo ser introduzido nesse paciente, além de terapêutica adequada para úlcera péptica. 05) Naproxon sódico 220mg/dia tem relativamente poucos efeitos colaterais, podendo ser utilizado nesse paciente, além de omeprazol 20mg/dia para tratamento da úlcera péptica. Questão 48. Paciente, sexo masculino, 45 anos, com antecedentes de litíase reno-uretral por hipercalcemia e tratamento anterior para úlcera duodenal, além de historia familiar para doença ulcerosa péptica, chega ao médico queixando-se de dor abdominal tipo queimor, pior em andar superior do abdome. Tinha consultado anteriormente clínico geral que havia prescrito bloqueador H-2, porém sem melhora, evoluiu com diarréia 2-3 episódios diários, fezes semi-liquidas. O diagnóstico provável é: 01) Síndrome de Zollinger-Ellison. 02) Difusão pancreática. 03) Giardíase. 04) Fibrose cística. 05) Úlcera péptica por H.Pylori. Questão 49. São associações positivas que se correlacionam com neoplasia de estomago, exceto: 01) Consumo de peixes defumados. 02) Consumo de alimentos ricos em amidos. 03) Anemia perniciosa. 04) Grupo sanguíneo A. 05) Consumo de alface. Questão 50. São situações clinicas que aceleram gastrointestinal: 01) Diabetes Mellitus. 02) Anorexia nervosa. 03) Doenças cardíacas. 04) Lesões do tronco cerebral. 05) Esofagite de refluxo. o transito Questão 51. São drogas usadas quando o paciente desenvolve gastro-paresia, exceto: 01) Metoclopramida. 02) Cizaprida. 03) Domperidona. 04) Eritromicina. 05) Loperamida. Questão 52. Um paciente portador de reto-colite ulcerativa pode desenvolver: 01) Envolvimento ileal. 02) Agregados linfóides no intestino grosso. 03) Fístulas antéricas. 04) Acometimento retal. 05) Presença de granulomas à anatomia patológica. Questão 53. Paciente, sexo masculino, 52 anos, chega ao hospital com hemorragia digestiva alta, caracterizada por hematêmese repentina. É realizada uma endoscopia digestiva alta, cujo achado foi de uma pequena erosão no estômago, onde havia um vaso arterial de calibre extramural na mucosa há aproximadamente 6cm da junção esôfago-gástrica. Esses achados referem-se a: 01) Hemangioma gástrico. 02) Úlcera de dieulafoy. 03) Doença de Osler-Weber-Rendu. 04) Angiodisplasia gástrica. 05) Síndrome de Kipper-Trenaunay-Weber. Questão 54. Um paciente com síndrome de Peutz-Jeghers apresenta: 01) Osteoma cranianos e fibromatose mesentérica. 02) Cistos epidermóides dos testículos e pólipos nassais. 03) Pólipos brônquicos e hamartomas de estomago e intestino delgado. 04) Pólipos no estômago, intestino delgado e grosso. 05) Baqueteamento digital e osteomas de ossos longos. Questão 55. O principal sitio de câncer de cólon é: 01) O ceco. 02) O cólon transverso. 03) A junção reto-sigmóide. 04) O anus. 05) O sigmóide. Questão 56. A situação clinica que tem menor associação com pancreatite aguda é: 01) Uso de diuréticos de alça e metil-dopa. 02) Coledococele e coledocolitíase. 03) Hipertrigliceridemia e hipercalcemia. 04) Realização de CPRE e “Bypass cardiopulmonar”. 05) Uso de IECA e acetaminofen. Questão 57. São fatores de mau prognóstico 48 horas após a admissão hospitalar em um paciente com diagnóstico de pancreatite aguda, exceto: 01) PaO2= 55mmHg. 02) Leucograma=18.000 03) Glicemia = 200mg%. 04) TGO=200 U.I. 05) Albumina sérica=3,0g%. Questão 58. Um paciente é encaminhado ao hospital com volumosa ascite. O médico clinico resolve fazer uma punção diagnóstica e obtém o o seguinte resultado: contagem de leucócitos=150 células, com predomínio de PMN, proteínas=1,8 g% raros glóbulos vermelhos. O diagnostico mais provável é: 01) Tuberculose peritoneal. 02) Carcinomatose peritoneal. 03) Cirrose. 04) ICC. 05) Peritonite bacteriana primária. Questão 59. Um paciente com hepatite aguda viral, é verdade: 01) AgHBS negativo exclui o diagnóstico de Hepatite B. 02) Anti-HBc positivo em paciente AgHBS negativo sempre traduz hepatite aguda por vírus B. 03) AgHBS negativo e Anti-HBS positivo traduz hepatite aguda por vírus B. 04) Anti-HBS positivo precocemente no curso de uma hepatite aguda á evidencia contra diagnóstico de hepatite aguda POR VIRUS b. 05) Anti-HBS positivo e anti-Hbc positivo traduz hepatite aguda por vírus B. Questão 60. Mulher, 40 anos, no 3º trimestre de gravidez, dá entrada no hospital com náuseas, dor abdominal, vômitos, icterícia, BD=3,5mg%, BI=4,0mg%, TGO=750U.I. e TGP=650U.I., TP=35%, TTPA=55seg. Fibrinogênio baixo, plaquetas=120.000. Esta é a sua quarta gestação e não há relato de problemas clínicos nas gestações anteriores. O diagnóstico mais provável nessa situação é: 01) HELLP síndrome. 02) Colestase. 03) Síndrome de Reye. 04) Hiperêmese gravídica. 05) Esteatose hepática aguda de gravidez. Questão 61. Em relação à insuficiência renal aguda, IRA, é correto afirmar, exceto: 01) Apesar da evolução tecnológica e dos métodos dialíticos, a mortalidade da paciente com IRA e Sépsis tem permanecido em níveis elevados. 02) Síndrome de angustia respiratória do adulto, necessidade de antibióticos e falência respiratória são os principais preditores negativos de mortalidade do paciente com IRA. 03) Não existe diferença de mortalidade entre pacientes com IRA oligúrica e não oligúrica. 04) A severidade da IRA (creatinina sérica > 3,0mg%) guarda relação direta com a mortalidade. 05) Doença renal pré-existente, hipertensão arterial não controlada (PAD > 100mmHg) e uso de anti-hipertensivos têm sido apontados como importantes fatores de risco para o desenvolvimento de IRA. Questão 62. Em paciente diabético, que tenha disfunção renal prévia (creatinina = 1,5 – 2,0mg%) e que seja levado a uma angiografia coronária, a medida que tem sido aceita como protetora contra insuficiência renal aguda por contraste é: 01) Uso de manitol 25g I.V. 1hora antes da angiografia. 02) Furosemida 80mg I.V. 30 minutos antes da angiografia. 03) Solução salina 0,45% 1 ml/kh/hora I.V. por 12 horas antes da angiografia. 04) Manitol de 20g I.V.+ furosemida 80mg I.V. 1 hora antes da angiografia. 05) Manitol 0,25g?kg I.V. 1 hora antes da angiografia + dopamina em doses dopaminérgica- 2,0ug/kg/min. Questão 63. Ao se analisar as causas de insuficiência renal aguda IRA, é correto afirma, exceto: 01) A principal causa de ira no momento da admissão hospitalar é pré-renal na grande maioria dos pacientes. Sendo potencialmente reversível. 02) A apresentação mais comum de IRA por uso de aminoglicosídeo é, em geram, não-oligúrica, traduzindo-se por elevação assintomática da uréia e creatinina. 03) As principais causas de IRA adquiridas no hospital são hipoperfusão e isquemia renal, pós-operatórios, contrastes iodados e uso de aminoglicosídeos. 04) Em paciente com IRA oligúrica que tenha recebido diuréticos em altas doses e passe a apresentar volume urinário normal (transformação de IRA oligúrica em não oligúrica) a mortalidade cai independentemente do nível de creatinina que o paciente venha atingir. 05) A incidência de IRA em pacientes que usam IECA é maior no grupo que utiliza diuréticos associados. Questão 64. Paciente jovem, vitima de acidente automobilístico, chega no hospital com esmagamento dos membros inferiores. São tomadas as medidas de suporte básico, colhidos exames laboratoriais e realizado radiografias das áreas possivelmente envolvidas. É recebido então, um valor de CPK=35.000 U.I. Diante desse resultado, é verdadeiro afirmar: 01) O paciente desenvolveu rabdomiólise e corre risco de insuficiência renal aguda, assim devese iniciar imediatamente furosemida I.V. para evitar precipitação tubular do mioglobina. 02) A manutenção do debito urinário com infusão vigorosa de cristalóides e uso de manitol pode evitar a instalação de insuficiência renal aguda. 03) A alcalinização urinaria com NaHCO3 na vigência de rabdomiólise pode precipitar a insuficiência renal aguda. 04) A combinação de manitol + furosemida é capaz de manter alto debito urinário e assim evitar a precipitação tubular de mioglobina. 05) A rabdomiólise por si só, não levará à insuficiência renal aguda se não tiver ocorrido isquemia renal, sendo assim, é indicado apenas hidratação venosa. Questão 65. Em pacientes com mieloma múltiplo que desenvolveram insuficiência renal aguda, IRA, é correto afirmar: 01) A sobrevida em geral não ultrapassa 18 meses. 02) Este grupo de pacientes deve ser precocemente levado a quimioterapia, embora não necessariamente ocorra melhora da função renal após essa intervenção. 03) Necessidade de plasmaférese confere pior prognóatico. 04) A resposta às drogas anti-mieloma não muda o prognóstico de pacientes que desenvolveram IRA. 05) A realização de biopsia renal nesse grupo de pacientes não é capaz de determinar a possibilidade de reversão da IRA. QUESTÕES 66 e 67. Uma mulher, 42 anos, chega ao hospital com historia de febre, tosse, hamoptise e dispnéia ao esforços habituais. O Rx de tórax PA revela um infiltrado intersticial difuso, além disso é verificado HT < 30%, trombocitose e disfunção renal. O médico verifica que a pesquisa de C-ANCA foi positiva. Questão 66. Essa paciente deve ter: 01) LES. 02) Síndrome de Felty. 03) Granulometose de Wegener. 04) Síndrome de Goodpasture. 05) Tuberculose pulmonar. Questão 67. A melhor atitude terapêutica nessa situação é: 01) Azatioprina, apenas. 02) Prednisona + ciclofasfamida. 03) Azatioprina + metotraxate. 04) Prednisona apenas. 05) Azatioprina + ciclofosfamida. Questão 68. O diagnóstico desse paciente muito provavelmente é: 01) Insuficiência renal crônica e hiperesplenismo. 02) Insuficiência renal crônica e mielofibrose. 03) Púrpura trombocitopénica trombólica + síndrome hemolíetico-urêmica. 04) Insuficiência renal aguda + sépsis por gram negativo +OIVS. 05) Púrpura trambocliopênica idiopática + insuficiência renal aguda + desidratação. Questão 69. A melhor atitude terapêutica nessa situação é: 01) Hemodiálise convencional. 02) Hemodiafiltração + esplenectomia. 03) Corticóides + transfusão de plaquetas. 04) Corticóides + plasma fresco + plasmaférese. 05) Corticóides + esplenectomia. Questão 70. Hipertensão Portal é definido quando a pressão na veia pode ultrapassa: 01) 10mmHg. 02) 20mmHg. 03) 30mmHg. 04) 40mmHg. 05) 50mmHg. Questão 71. São achados freqüentes em paciente com lúpus induzido por drogas, exceto. 01) Envolvimento do SNC. 02) Pleuropericardite. 03) Artrite/artralgia. 04) Titulos elevados de anticorpo anti-núcleo. 05) Nível de complemento sérico normal. Questão 72. Mulher, 40 anos, procura médico se queixando de lesões pálidas sobre as mãos, fenômenos de Raynaud nas extremidades, tornando-se mais freqüentes, pricipalmente em ocasiões frias, além de cansaço fácil. O diagnóstico mais provável para essa paciente é: 01) Esclerodemia. 02) Artrite reumatóide. 03) Granulematose de Wegener. 04) Púrpura de Henoch-Schonlein. 05) Doença de Behçet. Questão 73. Mulher branca, 50 anos, chega ao médico com sensação de corpo estranho em ambos os olhos, pior ao acordar, fotofobia, surgimento de caries dentarias em curto espaço de tempo, língua seca e disfagia. Esse quadro clinico é mais compatível com: 01) Síndrome de Sjogren. 02) Síndrome de Becker. 03) Poliarterite nodosa. 04) Doença amilóide. 05) Esclerodermia. Questão 74. Em um paciente com ataque agudo de gota, pode-se iniciar o uso das seguintes drogas abaixo, exceto: 01) Alopurinol oral. 02) Colchicina oral. 03) Indometacina oral. 04) Prednisona oral. 05) Dexametasona intra-articular. Questão 75. São patologia sistêmicas que podem cursar com artrite/artralgia, exceto: 01) Cirrose biliar primaria. 02) Hemocromatose. 03) Doença de Whipple. 04) Sarcoidose. 05) Doença de Weber-Cristian. Questão 76. Um paciente com tireotoxicose recebe o diagnóstico de doença grave. A anormalidade que caracteriza essa patologia é: 01) Anticorpos produzidos por linfócitos “T” com efeito agonista, levando ao crescimento da glândula e liberação de T3 e T4. 02) Adenoma hipofisário, levando a hiperestimulação da tireóide por excesso de TSH. 03) Anticorpos produzidos por linfócitos “B” levando ao crescimento da tireóide por ação agonista. 04) Destruição do tecido glandular de origem autoimune e liberação de T3 e T4. 05) Enzimas produzidas por linfócitos “B”, aumentando a captação de iodo pela tireóide e maior produção de T3 e T4. Questão 77. A melhor explicação para a necessidade do uso de corticóides no tratamento da tempestade tireoidiana, é: 01) Existe falência supra-renal. 02) Como se trata de situação de “stress”, torna-se necessário a suplementação hormonal. 03) Os hormônios tireoidianos levam a um bloqueio da liberação do cortisol. 04) O metabolismo aumentado do cortisol, leva a formação de 11-Ceto compostos, que são menos ativos metabolicamente. 05) Existe bloqueio hipofisário pelos altos níveis de T3 e T4 . levando a baixos níveis de ACTH e depressão da atividade supra renal. Questão 78. A presença de anticorpos anti-tireóide é compatível com: 01) Linfoma. 02) Doença de Graves. 03) Doença de Hashimoto. 04) Tireóidite aguda. 05) Amiloidose. Questão 79. Uma paciente que apresente ganho de peso, pletora, hipertensão e estrias violáceas pelo corpo deve ter: 01) Hipotireoidismo. 02) Síndrome de Cushing. 03) Feocromocitoma. 04) Síndrome de Felty. 05) Síndrome de Bartter. Questão 80. Em um paciente que desenvolveu IAM complicado por infarto de VD é correto afirmar, exceto: 01) Em função da importante elevação das pressões nas câmaras direitas depois do infarto de VD, ´pode haver falha em manter a contratibilidade e adequado débito cardíaco, havendo em alguns casos a necessidade de implante de um marca-passo provisório. 02) Podem estar presentes aos sinas de Kussmaul e pulso paradoxal. 03) A elevação do segmento ST-T em V3-R e V4-R têm baixa especialidade e sensibilidade da IAM de VD, sendo necessário confirmação pelo ecocardiograma. 04) Se reposição hídrica adequada não promover elevação significativa da PAM, deve-se posicionar catéter de Swan-Ganz para a condução clinica mais adequada, pois pode estar havendo diminuição da complascência do VE, o que poderá mudar a condução do caso. 05) Hipotensão arterial importante após baixas doses de nitroglicerina em paciente com IAM, deve levantar a possibilidade de infarto do VD, ainda que não exista infarto inferior. QUESTÕES 81 e 82. Paciente, 60 anos, 70kg, dá entrada no hospital com historia de Diabetes Mellitus há 10 anos. Estava torporoso e desidratado. A sua glicemia inicial era 1.000mg%. Questão 81. O melhor ritmo de queda horária da glicemia deve ser aproximadamente: 01) 50mg%. 02) 100mg%. 03) 200mg%. 04) 250mg%. 05) 300mg%. Questão 82. Após adequada hidratação, o ritmo de infusão de insulina venosa nesse paciente deve ser de: 01) 7 U.I. de ataque e 7.U.I./hora. 02) 10 U.I. de ataque e 7 U.I./hora. 03) 10 U.I. de ataque e 10 U.I./hora. 04) 25 U.I. de ataque e 10 U.I./hora. 05) 25 U.I. de ataque e 7 U.I./hora. Questão 83. Paciente que desenvolveu eclampsia é tratada com sulfato de magnésio. Após algumas horas ela desenvolve dificuldade respiratória, diminuição dos reflexos profundos, além de baixo fluxo urinário. A atitude de eleição nesse momento é: 01) Gluconato de cálcio I.V. 02) Fosfato de potássio diluído I.V. lento. 03) Bicarbonato de sódio 1mg/kg I.V. 04) Cloreto de sódio 0,9% I.V. rápido. 05) Cloreto de potássio diluído I.V. lentamente. Questão 84. São situações aceitáveis para quimioprofilaxia da tuberculose pulmonar, TP, exceto: 01) Contatos de paciente com TP que tenham experimentado viragem recente de teste cutâneo de não-reator para reator forte e com Rx de tórax normal. 02) Filhos pequenos de paciente com TP, cujos testes cutâneos foram reatores e com Rx de tórax normal. 03) Paciente com teste cutâneo reator forte e historia de TP tratada de modo inadequado. 04) Indivíduos abaixo de 35 anos com teste cutâneo reator forte, sem comorbidade e Rx de tórax normal. 05) Paciente HIV+ e teste cutâneo reator forte. Questão 85. Paciente idoso, com doença pulmonar pré-existente, em uso de corticosteróides, desenvolve um quadro pneumônico com infiltrado pulmonar e áreas de consolidação lobar ao Rx de tórax. É mais provável que a infecção seja causada por: 01) Moraxella catarrhalis. 02) Pneumocystis carinii. 03) Chlamydia pneumoniae; 04) Pneumococos. 05) Vírus. Questão 86. O melhor esquema antibiótico para o paciente com peritonite bacteriana espontânea é: 01) Ampicilina + tobramicina. 02) Cefotaxima apenas; 03) Ciprofloxacina + metonidazol. 04) Aztreonan + tobramicina. 05) Ceftriaxona + metronidazol. Questão 87. São critérios que definem AIDS doença, exceto: 01) Candidíase traqueo-brônquica, candidíase esofágica. 02) Retinite por citomegalovirus, criptococose extra-pulmonar. 03) Sarcoma de Kaposi, linfoma de Burkitt. 04) Contagem de linfócitos CD4 < 600 células, relação CD4/linfócitos totais < 25%. 05) Pneumonia herpética, toxoplasmose cerebral. Questão 88. Os agentes mais freqüentes nas comunitárias em adulto são: 01) Pneumococos e meningococos. 02) Estafilococos e meningococos. 03) Pneumococos e Listeria. 04) Pneumococos e Haemophilus. 05) Haemophilus e Estafilococos. menigites Questão 89. Um paciente com DPOC descompensado é submetido a ventilação mecânica após sedação. Encontrava-se desidratado. A gasometria arterial (GAA) antes do procedimento era: PH=7,20, P(a)CO2=95mmHg, P(a)O2=35mmHg, HCO3=42, S(a)O2=60%. Após 1 hora de ventilação mecânica a GAA era: PH=7,50, P(a)CO2=50mmHg, P(a)02=150mmHg, HCO3=48, S(a)O2=98,8%. Novo exame é feito com 24 horas e o resultado foi: PH=7,58, P(a)CO2-45mmHg, P(a)O2=145mmHg, HCO3=52, S(a)O2=98,5%. A melhor explicação para alcalose metabólica persistente entre os exames com 1 hora e 24 horas após inicio da ventilação mecânica é que: 01) A depleção de volume intravascular, com baixo nível de CI, leva a reabsorção tubular de HCO3, o que mantém a alcalose metabólica até que adequada reposição volêmica ocorra. 02) Enquanto ocorre rápida correção de P(a)CO2, após o inicio da ventilação artificial, bicarbonatúria a normalização do HCO3, ira ocorrer em torno de 72 horas, pois a compensação renal é lenta. 03) A administração de bloqueadores H-2 em pacientes ventilados artificialmente como prevenção de úlcera de “stress”, pode levar a baixo nível de H, sérico e conseqüente alcalose metabólica. 04) A insuficiência renal coexistente leva a bicarbonatúria inadequada e alcalose metabólica persistente. 05) Houve correção exagerada da P(a)CO2, o que determinou sobrecarga de HCO3 e alcalose metabólica persistente até que adequada bicarbonatúria ocorra. Questão 90. É contra-indicação absoluta à trombólise em pacientes com IAM anterior e 3 horas de inicio dos sintomas: 01) Doença ulcerosa péptica em atividade. 02) Punção de veia subclávica no momento da admissão. 03) Uso corrente de anticoagulantes orais. 04) Hipertensão arterial sistêmica de longa data, e na admissão com PAD>100mmHg. 05) AVC hemorrágico 3 meses antes da admissão. Questão 91. Paciente idoso, previamente assintomático, durante uma avaliação pré-operatória de cirurgia não-cardíaca, é levado a uma cintilografia miocárdica perfusional, cujo resultado mostrou leve isquemia anterior e função ventricular esquerda normal. Não usava medicamentos anteriormente. O seu médico-assistente insiste na realização de cineangiocoronariografia, que evidencia lesões de 75% em dois vasos (DA grande e CX pequena. Segundo a AHA/ACC a melhor conduta para esse paciente é: 01) Revascularização miocárdica com “bypass” de artéria mamaria inferior esquerda (AMIE) para DA e ponte de safena Ao-CX. 02) Angioplastia dos 2 vasos envolvidos. 03) Revascularizar a DA com “bypass” AMIE-DA apenas. 04) Angioplastia da DA. 05) Revascularizar a DA e angioplastar a lesão CX. Questão 92. Indicação para o implante de um marca-passo cardíaco definitivo, exceto: 01) Períodos de assistolia de 3,5 segundos ao ECG com ritmo de base sinusal em paciente assintomático. 02) Disfunção do Nó sinusal em paciente com bradicardia sintomático. 03) Hemibloqueio anterior esquerdo + BAV-Iº intermitente após IAM. 04) Bloqueio bifasicular + BAV-IIº intermitente em paciente assintomático. 05) Paciente sintomático e F.A. com freqüência ventricular baixa. Questão 93. São drogas que diminuem a mortalidade do paciente com angina instável, exceto: 01) Nitroglicerina venosa. 02) Beta-bloqueadores. 03) Heparina. 04) Aspirina. 05) Ticlopidina. Questão 94. São drogas que diminuem a mortalidade do paciente com ICC, exceto: 01) Digoxina. 02) Captopril. 03) Hidralazina + nitratos. 04) Carvedilol. 05) Enalapril. Questão 95. Em um paciente com insuficiência cardíaca diastólica, ICD, é correto afirmar: 01) Nitratos são benéficos quando existe cardiomiopatia hipertrófica. 02) Alguns inibidores da fosfodiesterase, como a mitrinone, parecem aumentar a mortalidade dos pacientes com ICD. 03) Nifedipina e verapamil são drogas recomendadas no paciente com miocardiopatia hipertrófica, pois promovem relaxamento do VE e melhoram o débito cardíaco. 04) Lisinopril e captopril têm sido indicados no tratamento de pacientes com ICD, pois melhoram os índices de função diastólica. 05) Isoproterenol promove relaxamento do miocárdio, melhora a complacência do VE e aumento o fluxo coronário, sendo uma das alternativas recomendadas no tratamento de pacientes com miocardiopatia hipertrófica. Questão 96. Paciente com diagnóstico de endocardite infecciosa secundaria a S.aureus, com prótese valar, deve ser preferencialmente tratado com: 01) Oxacilina 12g/dia. 02) Oxacilina 12g/dia + gentamicina 1,0mg/kg de 8h/8h. 03) Oxacilina 12g/dia + rifampicina 900mg/dia + gentacina 1,0mg/kg de 8h/8h. 04) Ceftriaxone 4g/dia + gentamicina 1,0mg/kg de 8h/8h. 05) Oxacilina 12g/dia + ceftriaxone 4g/dia. Questão 97. São alternativas terapêuticas ao paciente com aortite de Takayasu, exceto: 01) Ciclofosfamida. 02) Glicocorticóides. 03) Nitroglicerina. 04) Angioplastia. 05) Beta-bloqueadores. Questão 98. Em relação às complicações do infarto agudo do miocárdio é correto afirmar, exceto: 01) Ruptura miocárdica ocorre 7 vezes mais freqüente no VE do que no VD, e muito mais raramente acomete os átrios. 02) A ruptura cardíaca parece ser mais comum em hipertensos do que em normotensos. 03) A ruptura miocárdica ocorre mais freqüentemente entre o 1º e o 4º dia após IAM. 04) A maioria dos pacientes que desenvolve ruptura cardíaca, já experimentou outros IAM previamente e o mecanismo geralmente envolvido é a necrose e a perfuração da área infartada. 05) Ruptura miocárdica levando à formação de um pseudoaneurisma, está associado a um processo inflamatório envolvendo um trombo ou um hematoma, em que o pericárdio se adere ao miocárdio e impede o tamponamento cardíaco. Questão 99. Em paciente vitima de traumatismo torácico e ruptura cardíaca o sítio mais provavelmente envolvido é: 01) Átrio direito. 02) Átrio esquerdo. 03) Ventrículo esquerdo. 04) Ventrículo direito. 05) Septo interventricular. Questão 100. Paciente chega a unidade de emergência do hospital, referindo 2-3 episódios de dor torácica constrictiva, nas ultima 24 horas, em repouso, sem que estivesse em uso de drogas de ação cardiovascular. Relatava outros episódios de crises anginosas nos últimos meses. O ECG realizado exibia inversão de onda |”T” em V3-V6. Aparentemente não havia fator secundário que tivesse desencadeado os sintomas. Segundo a classificação de Brauwald esse paciente pode ser dito como tendo uma angina: 01) Classe I A 1. 02) Classe III B 1. 03) Classe II B 2. 04) Classe III A 3. 05) Classe II B 1.