Aspectos semiológicos das alergias respiratórias Fernando Monteiro Aarestrup MD, PhD Diagnóstico alergia respiratória História clínica Exame Físico Exames complementares Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Doenças alérgicas mediadas por IgE I. DOENÇAS ATÓPICAS ASMA ALÉRGICA RINITE ALÉRGICA DERMATITE ATÓPICA ALERGIA ALIMENTAR II. DOENÇAS NÃO-ATÓPICAS REAÇÃO A PICADA DE INSETOS ANAFILAXIA SISTÊMICA URTICÁRIA - ANGIOEDEMA Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Correlação Fisiopatológica Asma e Rinite Alérgica - Mesmos fatores desencadeantes - Cascata inflamatória semelhante após exposição a um alérgeno - Infiltração pelo mesmo padrão de células inflamatórias Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Hipersensibilidade Tipo I n Reação que ocorre imediatamente após o contato com o antígeno, conhecido como alérgeno n Hipersensibilidade Imediata = Alergia n Depende da ação da IgE antígeno-especifica que ao se combinar com o alérgeno, ativa os mastócitos que liberam mediadores farmacológicos responsáveis pela inflamação alérgica Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Subpopulações de linfócitos TCD4+ Th1 IFNγ TNF IL2 Resposta imune celular Th0 Th2 IL5 Inflamação IL13 IL4 Alérgica Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Hipersensibilidade Tipo I Alérgeno CAA RCT MHC II IL4 IL5 IL6 IL10 IL13 Th2 B Mediadores IgE Ag-específica Ligação da IgE aos receptores de alta afinidade estimula a liberação de mediadores inflamatórios Alérgenos IgE FcεRI Liberação imediata Conteúdo dos grânulos: Histamina, TNF-α, Proteases, Heparina Espirros Congestão nasal, prurido, coriza, lacrimejamento Em horas Em minutos Mediadores lipídicos: Prostaglandinas Leucotrienos Sibilância Broncoconstrição Produção de citocinas: Especificamente IL-4, IL-13 Produção de muco Recrutamento de eosinófilos Fase Tardia da Resposta Imediata Estímulo 15 a 20 min Fase Imediata Mastócitos Fernando M. Aarestrup, MD, PhD 4a8h Fase Tardia Eosinófilos Basófilos Allergic rhinitis and its impacts on asthma (ARIA) n Projeto ARIA e as Vias Aéreas Unidas n Identidade entre rinite e asma n Asma e rinite alérgica são manifestações de uma só doença e requerem ações integradas para o seu controle Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Alergia X Atopia ü Atopia é a tendência hereditária que indivíduo tem de um responder imunologicamente a alérgenos ambientais com a produção contínua de IgE. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Hereditariedade na atopia v Probabilidade de uma criança nascer atópica em uma família na qual: ü Apenas um dos pais é atópico .................. 20% ü Pais atópicos com doenças diferentes ...... 42% ü Pais atópicos com a mesma doença ......... 72% ü Um irmão atópico ...................................... 32% ü Nenhum familiar atópico ............................ 12% Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Níveis séricos de IgE total ü IgE no recém-nascido: 1 UI / ml ü IgE no final do 2° ano de vida: 10 UI / ml ü IgE no adulto assintomático: 1 a 100 UI / ml ü IgE nas parasitoses: até 10.000 UI /ml ü IgE nas doenças atópicas: Rinite: ↑ IgE em 50% dos casos ü Asma: ↑ IgE em 75% dos casos ü Eczema: ↑ IgE em 90% dos casos ü Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Níveis de IgE total na criança preditivos de atopia ü Crianças com níveis de IgE > 10 UI/ml ao final do 1º ano de vida desenvolvem mais freqüentemente doenças atópicas a partir do 2º ano de vida ü Importância da profilaxia Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Anamnese • Características dos sintomas • Fatores desencadeantes e/ou agravantes • Aeroalérgenos • Irritantes inespecíficos • Antecedentes pessoais e familiares • Aspectos sociais / ambientais Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Anamnese • Hábitos alimentares / atividades físicas • Uso de medicamentos • Impacto da doença para o paciente e para a família • Percepção da doença pelo paciente e pela família Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Sinais e sintomas da rinite alérgica n Espirros em salva n Prurido n Coriza n Congestão nasal n Sintomas oculares Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Ø A escolha do esquema terapêutico deve ser conduzida por uma avaliação clínica individualizada, classificando o paciente quanto à gravidade dos sintomas Classificação ARIA, 2001 Intermitente Persistente . < 4 dias por semana . ou < 4 semanas . ≥ 4 dias por semana . e ≥ 4 semanas Leve Moderada-Grave . Sono normal Atividades diárias, esportivas e recreação normais Atividades normais na escola e no trabalho Sem sintomas incômodos um ou mais itens . sono anormal . Interferência com atividades habituais . Dificuldades na escola ou no trabalho . Sintomas incômodos Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Tratamento da Rinite Alérgica (Adaptado de ARIA, 2001) Leve intermitente Moderada-grave intermitente Leve persistente Moderada-grave persistente Corticosteróide intranasal Cromoglicato intranasal Antihistamínico oral ou intranasal Descongestionante Intranasal (<10 dias) ou oral Controle Ambiental Imunoterapia alérgeno-específica Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Asma - Definição “Doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manisfestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas” (III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma - J Pneumol 28 (Supl 1) - junho/ 2002) Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Classificação da gravidade da Asma pelas características clínicas antes do tratamento Asma Intermitente Sintomas menos que 1 x semana Exacerbações leves Sintomas noturnos < 2 x mês n PFE ou VEF1 > 80% predito n Variação PFE ou VEF1 < 20% Asma Persistente Leve Sintomas > 1 x semana mas < 1 x dia Exacerbações afetam atividades e sono Sintomas noturnos > 2 x mês n PFE ou VEF1 > 80% predito n Variação PFE ou VEF1 – 20 a 30% Asma Persistente Moderada Sintomas diários Exacerbações afetam atividades e sono Uso diário de β2 curta ação Sintomas noturnos > 2 x semana n PFE ou VEF1 60-80% predito n Variação PFE ou VEF1 > 30% Asma Persistente Grave Sintomas diários Exacerbações frequentes Limitação das atividades físicas Sintomas noturnos frequentes n PFE ou VEF1 < 60% predito n Variação PFE ou VEF1 > 30% Fernando M. Aarestrup, MD, PhD GINA 2006 – www.ginasthma.com Níveis de controle da asma Parâmetros Controlado (todos abaixo) Parcialmente controlado (pelo menos 1 em qualquer semana) Sintomas diurnos Nenhum ou mínimo 2 ou mais /semana Despertares Noturnos Nenhum Pelo menos 1 Necessidade de medicamentos de resgate Nenhuma 2 ou mais por semana Limitação de atividades Nenhuma Presente em qualquer momento PFE ou VEF1 Normal < 80% do predito ou do melhor pessoal Exacerbação Nenhuma 1 ou mais por ano Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Não Controlado 3 ou mais parâmetros presentes em qualquer semana 1 em qualquer semana GINA 2006 – www.ginasthma.com Asma alérgica x asma não-alérgica SINONÍMIA ALÉRGICA OU NÃO-ALÉRGICA EXTRÍNSECA OU INTRÍNSECA Início Infância Vida adulta Outras Atopias + Hereditariedade + Piora com alérgenos + IgE total Elevada Normal IgE específica + Eosinofilia + (sangue e escarro) Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Disfunção Pulmonar na Asma n Hiperresponsividade das vias aéreas n Resposta broncoconstrictora exagerada a uma variedade de estímulos endógenos e exógenos n Vários mecanismos propostos “Inflamação das vias aéreas” – fator chave n Leva à limitação ao fluxo de ar: n Estimulando diretamente a musculatura lisa dos brônquios (metacolina, histamina) n Indiretamente pela liberação de substâncias farmacologicamente ativas (estímulo hiper ou hipoosmolar do exercício, bradicinina) n Conseqüência clínica principal – variação aumentada no calibre das vias aéreas dentro ou entre os dias Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Características da asma Com asma Sem asma Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Quadro clínico característico n Dispnéia, sibilos, aperto no peito e tosse que piora à noite e pela manhã n Exacerbações recorrentes associadas a um desencadeante n Melhora espontânea ou com broncodilatadores e antiinflamatórios Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Fatores de Risco envolvidos no desenvolvimento da asma n Fatores Causadores Sensibilizam as vias aéreas e causam o início da asma Ø Aeroalérgenos n Mais importantes fatores causadores n Sensibilizam os atópicos estimulando o desenvolvimento de clones específicos de Cél T e a produção de IgE específica Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Diagnóstico de Asma n A asma é subdiagnosticada n Pacientes toleram os sintomas intermitentes “Nem tudo que sibila é asma” “Tudo que sibila é asma até que se prove o contrário” Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Diagnóstico de Rinite e Asma História clínica Exame Físico Exames complementares Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Exame Físico • Exame físico geral • Exame físico direcionado • Características gerais Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Diagnóstico Exame físico específico ü Exame físico direcionado: • Ausculta torácica • Tiragem • Dispnéia • Outras Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Exame Físico Características gerais § Deformidades torácicas Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Exame Físico Características gerais § Facies alongada § Palato em ogiva § Olheiras Hawke M & Roithmann R, 1998 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Exames complementares em alergia respiratória Diagnóstico de Alergia ü Exames complementares Para confirmar o diagnóstico de alergia e estabelecer o diagnóstico etiológico é necessário confirmar a presença de IgE específica para determinados alérgenos e evidenciar a participação destes na indução dos sintomas Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Aeroalérgenos ü Intradomiciliares ü Extradomiciliares n Ácaros da poeira domiciliar n Pólens n Alérgenos de animais n Fungos n Baratas n Fungos Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Aeroalérgenos ÁCAROS Dermatophagoides pteronyssinus Der p 1,Der p 2 Blo t 1 Blomia tropicalis Dermatophagoides farinae Der f 1 Candida albicans FUNGOS Cladosporiun sp Cla h 1, Cla h 2 Alternaria sp Alt a 1 Aspergillus fumigatus ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO INSETOS Gato Feld 1 Cão Can f 1 Periplaneta americana Per a 1 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Blatela germanica Bla g 1, Bla g 2 Aeroalérgenos n Ácaro da poeira doméstica ü principal aeroalérgeno intradomiciliar ü 80% sensibilizados ü 2 µg/g pó - sensibilizar ü 10 ug/g pó - sintomas Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Aeroalérgenos Animais de estimação ü EUA - 60% da população está exposta ü saliva, pêlos, urina, epitélio ü características especiais, permitindo transferência para outro ambiente ü Gato - melhor estudado Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Aeroalérgenos ü 4 a 20 µg Fel d 1/g pó - sensibilizante ü 1 gato em casa = 100mg ü remoção do animal (ideal) ü alérgenos viáveis até seis meses após a remoção do animal ü banhos 2 x semana ü manter fora do quarto Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Aeroalérgenos ü Importante alérgeno ü 50% sensibilização ü 2 unid/ g pó ü Famílias de baixa renda ü Inseticidas - dedetização a cada 6 meses ü Medidas gerais de higiene Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica Ø In vitro: Ø Radioimunoensaio Ø Ensaio imunoenzimático (EIA/ELISA) Ø Imunofluorescência Ø Quimioluminescência Ø In vivo: Ø Teste de Puntura - Prick Test Ø Intradérmico Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Provas Cutâneas em Alergia Tipos de Testes Cutâneos § Testes Cutâneos de Leitura Imediata § Testes de Puntura - Prick Test § Testes Intradérmicos § Testes Cutâneos de Leitura Tardia § § Testes Intradérmicos Testes de Contato Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Prick test - Técnica § Controle Negativo - Substância diluente § Controle Positivo - Histamina (10mg/ml) § Pico da Reação: § 8 a 10 min - Histamina § 15 a 20 min - Alérgenos § Correlação com dosagens in vitro de IgE varia de 85 a 95% Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Prick test • Diagnóstico das reações de hipersensibilidade imediata: - Rinite, - Asma, - Conjuntivite, - Dermatite atópica, - Urticária, Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Reação mediada por IgE ALÉRGENO IgE MASTÓCITO ERITEMA HISTAMINA Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Imunologia 4ª edição Benjamin e cols. Adaptado EDEMA Técnica Controle Negativo 3 mm Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Indicações • Confirmar história clínica compatível com hipersensibilidade por IgE • Necessidade de excluir reação IgE mediada • Indicado em qualquer idade MJA 2006. Douglass et al, Vol. 185 Number 4 Ann Intern Med 2004 . Gendo et al, 140: 278-289 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Contra-indicações • Absolutas: - Dermatite atópica grave ou dermatose generalizada - Dermografismo - Falta de cooperação do paciente - Paciente não pode interromper medicação • Relativas: - História prévia de anafilaxia - Gravidez - Asma instável MJA 2006. Douglass et al, Vol. 185 Number 4 Ann Intern Med 2004. Gendo et al, 140: 278-289 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Resultados • Falsos Positivos: - Dermografismo • Falsos Negativos: - Uso de drogas que reduzem reatividade cutânea (anti-histamínicos, antidepressivos - Reação irritante pelo diluente tricíclicos, clorpromazina e corticosteróides) - Extratos aplicados muito próximos uns - Penetração insuficiente da agulha dos outros - Injeção intradérmica inadvertida - Soluções concentradas - Extratos não padronizados - Extremos de idade - Anafilaxia recente Otolaryngol Clin of North Am 2003. Edwyn et al, Vol 36, n°5. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Reações Adversas • Locais • Sistêmicas são raras (< 0,02%) • Teste para veneno de insetos, drogas, alimentos, látex tem risco maior ( 1 a 1,4%) • Portador de asma instável não deve ser testado • Recomenda-se material para ressuscitação de emergência à mão e equipe treinada J Investig Allergol Immunol 2006. Passalacqua et al, Vol. 16(2):75-78 J Allergy Clin Immunol 2003. Bernstein et al, Vol. 111, n°3: 610-616 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Prick test - Interpretação § Reações positivas: § Pápula > 3 mm e eritema > 10mm § Comparação da pápula com controle positivo § Maior diâmetro + menor diâmetro dividido por 2 Castro FFM - 1997 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Prick test § Médico presente - reações sistêmicas § Equipamento de emergência disponível § Cuidado com pacientes sintomáticos § Realizar o teste em pele sã § Incluir controles - positivo e negativo § Interrogar uso de medicamentos § Tempo de leitura adequado Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica in vitro Perspectiva histórica n Novos alérgenos foram adicionados n A partir dos ensaios iniciais uma grande variedade de testes foi se estabelecendo n Variações do mesmo ensaio imunológico usando diferentes protocolos: n n n n Radioimunoensaio (RIA) Ensaios imunoenzimáticos(EIA/ELISA) Imunofluorescência (IF) Quimioluminescência n Final dos 1980’s – mais de uma dúzia de testes comerciais disponíveis Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica in vitro Princípios do método isótopo radioativo enzima Anti-IgE IgE Alérgeno Fernando M. Aarestrup, MD, PhD fase sólida Pesquisa de IgE específica in vitro Perspectiva histórica n Os resultados dos diferentes métodos eram expressos em classes aparentemente idênticas, sem serem equivalentes n RAST® – coloquialmente qualquer medida de IgE específica independente do método empregado Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica in vitro Perspectiva histórica n 1992 – Pharmacia – novo método para IgE específica: n n n n n Superfície de fase sólida com área maior para a ligação de proteínas alergênicas Extratos alergênicos com melhor padronização Mistura de anticorpos Anti-IgE monoclonais e policlonais para aumentar a sensibilidade dos ensaios Automatização para reduzir erros Usa curva de calibração de 6 pontos - OMS n CAP system - padrão de referência para determinação de IgE sérica específica Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica in vitro Perspectiva histórica n 1995 - ImmunoCAP 100 n Sistema que integra a realização de testes precisos com total automação laboratorial e alta tecnologia. É rápido e fácil de manusear. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pesquisa de IgE específica in vitro Resultados Inferior a 0,35 Classe 0 0,35 a 0,70 Classe 1 0,70 a 3,50 Classe 2 3,50 a 17,50 Classe 3 17,50 a 50 Classe 4 50 a 100 Classe 5 Superior a 100 Classe 6 WHO Standard IRP 75/502 (Human IgE) Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Diagnóstico “in vitro” • RAST (RadioAllergoSorbent Test) - 1974 • Vários ensaios laboratoriais disponíveis • ImmunoCAP ® (Phadia) • Boa reprodutibilidade • Seguro • Custo Elevado • Elevadas Sensibilidade e Especificidade Ann Allergy Asthma Immunol 2007. Wood et al, 99: 34-41. J Allergy Clin Immunol 2004. Perry et al, 114: 144-149. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD J Pediatr (Rio J) 2004. Naspitz et al, 80(3): 217-222. Diagnóstico “In vitro” - Técnica: O alérgeno a ser estudado, acoplado por ligação covalente ao ImmunoCAP, reage com as IgE específicas contidas na amostra de soro do paciente. As IgE livres são eliminadas por uma lavagem. Anticorpos anti-IgE marcados com uma enzima são adicionados, de modo a formar um complexo. O complexo ligado é incubado com uma solução reveladora e a fluorescência é então medida em KUa/l. Allergy 2007. Fontaine et al, 62: 47-52. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Expert Rev Mol Diagn 2004 . Johansson, 4(3): 273-274. J Allergy Clin Immunol 2000. Williams et al, 105: 1221-30. ImmunoCAP 1000 Expert Rev Mol Diagn 2004 . Johansson, 4(3): 273-274. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Teste Cutâneo Testes in vitro • Mais específico • Mais sensível • Menor risco • Mais rápido • Técnica simples • Menor custo • Vários alérgenos ao mesmo tempo X • Doenças de pele não interferem • Anti-histamínicos ou outra drogas não interferem • Correlação entre os dois varia entre 85 a 95% Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Diagnóstico em Alergia • Teste “IN VIVO”: • Teste “IN VITRO” : - Recomendado como 1ª escolha - Segurança Absoluta - Fácil execução - Precisão na interpretação dos resultados - Baixo Custo - Indicado quando há contra -indicações ao - Resultados Imediatos - Sensibilidade e Especificidade > 95% teste “in vivo” - Sensibilidade 84 a 95% - Especificidade 85 a 94% Ann Allergy Asthma Immunol 2007. Wood et al, 99: 34-41. J Allergy Clin Immunol 2004. Perry et al, 114: 144-149. Allergy 1998. Paganelli et al, 53: 763-768. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Conclusões Cada exame têm suas vantagens e desvantagens. Não existe um teste padrão-ouro para diagnóstico das doenças alérgicas. Na ausência de uma história clínica sugestiva de alergia nenhum exame tem significado. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Asma - Papel da IgE n Aproximadamente 2/3 dos casos de asma tem um componente 1 alérgico n Mais de metade dos pacientes com asma grave apresentaram teste 2 cutâneo positivo aos aeroalérgenos comuns (estudo ENFUMOSA) n A expressão dos receptores IgE de alta afinidade (FcεRI) é, aproximadamente 3 vezes maior nos casos de asma fatal quando 3 comparada a casos de asma leve n Existe forte correlação entre os níveis de IgE total e a asma em 4 adultos 1. Novak N, Bieber T. J Allergy Clin Immunol 2003;112:252–62 2. ENFUMOSA. Eur Respir J 2003;22:470–7 3. Fregonese L, et al. Am J Respir Crit Care Med 2004;169:A297 4. Burrows B, et al. N Engl J Med 1989;320:271–7 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Prevalência de asma e nível sérico de IgE n A probabilidade de ter asma aumenta com níveis séricos crescentes de IgE1 Asma (razão de risco) 40 n = 2.657 20 10 5 2,5 1 0,32 1 3,2 10 32 100 320 1.000 3.200 IgE sérica (UI/ml) Fernando M. Aarestrup, MD, PhD 1. Burrows B, Martinez FD, Halonen M, et al. Association of asthma with serum IgE levels and skin-test reactivity to allergens. N Engl J Med 1989;320:271–7. Prevalência de asma e nível sérico de IgE Prevalência de asma (%) 40 6 a <35 anos 35 a <55 anos 30 > 55 anos 20 10 0 <–1.5 –1.5 – <–0.5 –0.5 – <0.5 0.5 – <1.5 1.5+ Faixas de IgE sérica - escore Z 1. Burrows B, Martinez FD, Halonen M, et al. Association of asthma with serum IgE levels and skin-test reactivity to allergens. N Engl J Med 1989;320:271–7. Asma - Papel da IgE n Relação entre IgE e sintomas alérgicos está clara, embora presença de IgE específica sem sintomas também seja observada n Sua associação com gravidade está menos definida: n Não existe correlação entre os títulos de IgE e sintomatologia Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Avaliação das funções pulmonares ü Peak-flow (PFE) – avaliação dos volumes de ar que podem ser expelidos dos pulmões ü Ventilação Voluntária Máxima (VVM) – resistência e reserva dos músculos ü Capacidade de difusão de gases no sangue arterial ü Pletismografia – mede volume de gases torácicos não-ventilados ü Espirometria – medida do ar que entra e sai dos pulmões. Mais básico teste de função pulmonar e o mais usado. Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pico de Fluxo Expiratório - Peak Flow ü Quando o sibilo é detectado com o estetoscópio, já houve uma queda de pelo menos 25% no PFE ü Portátil ü Fácil utilização ü Monitorização domiciliar ü Esforço-dependente Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Pico de Fluxo Expiratório - Peak Flow n Variabilidade diária do PFE serve para avaliar a gravidade da asma n Registrar o PFE pelo menos 2 x dia e também antes e após uso de broncodilatador se estiver em uso n A variação diária de mais de 20% e sugestiva de asma PEFnoite – PEFmanhã ½ (PEFnoite + PEFmanhã) x 100 Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Espirometria • Medida do ar que • • • • entra e sai dos pulmões Mais básico e usado Distúrbio obstrutivo Grau de reversibilidade Provocação Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Indicações para espirometria • Avaliação de pacientes com sinais e sintomas pulmonares (tosse, dispnéia e sibilos); • Avaliação da gravidade e reversibilidade dos danos no fluxo de ar; • Evolução das doenças pulmonares • Grau de risco pulmonar pré-operatório Fernando M. Aarestrup, MD, PhD Suspeita de Alergia Respiratória História negativa positiva Reavaliar o diagnóstico Diagnóstico etiológico Identificado pela história Teste cutâneo / RAST / provocação positivo Alergia Respiratória negativo Fernando M. Aarestrup, MD, PhD não identificado pela história “Screening” de inalantes positivo negativo Reavaliar o diagnóstico IMUNOTERAPIA ANTI-ALÉRGICA Padrão ouro de tratamento História clínica Testes alérgicos “in vitro” - R.A.S.T Evidência de sensibilidade IgE Específica Testes alérgicos “in vivo” - prick test verificar se os testes positivos são relevantes e dentro do contexto da história clínica do paciente n DÚVIDAS ? Muito Obrigado Fernando M. Aarestrup, MD, PhD