O que é Psiconeuroimunologia

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O que é Psiconeuroimunologia
Graça Marques
Psicoterapeuta Familiar, Psico Oncologista, Psicanalista, Escritora
Presidente do Núcleo de Apoio ao Paciente com Câncer_NAPACAN
Copartaker in consolidation da Frente Parlamentar da Cancerologia em Brasilia-DF
e-mail: [email protected]
Carolina Michelini
Psicóloga clínica, pós graduando de psiconeuroimunologia da faculdade de medicina da usp
(FMUSP), pesquisadora do Centro de estudos e Pesquisas Oncológicas (CPEO).
e-mail: [email protected]
Introdução
O conceito de uma inter-relação entre sistema imune e fatores psicológicos tem sido traçado ao
longo da história. Escritos básicos de medicina indiana que datam de dois mil anos atrás já
contavam com conceitos de imunidade natural e adquirida. Esses escritos enfocam o tratamento e
recuperação através de um equilíbrio das forças vitais e por uma reintegração com o meio
ambiente (1).
Por volta do século II, Galen escreveu que mulheres melancólicas são mais suscetíveis para
câncer de mama do que mulheres otimistas. Propondo, assim, a idéia de uma relação entre
temperamento e doença (2).
Em 1902, na maratona de Boston foi usado um experimento em exercícios físico excessivo para
demonstrar leococitose (stress imunológico) pós-exercícios. Dezessete anos depois, 1919, foi feita
a primeira observação científica da possível relação entre distúrbios emocionais e resistência do
hospedeiro, foi publicada por Ishigami(3).
Nos anos de 1926 e 1928 Metal'nikoro e Chorine estudaram princípios de condicionamento
pavloviano e suas interferências nos mecanismos de defesa do hospedeiro, como as respostas
imune antígeno específico por pesquisadores russos. Dois anos depois, em 1930, Smith
demonstrou a parada do crescimento do timo em resposta a retirada da hipófise. O mais
significativo desenvolvimento dessa área ocorreu em 1950, com a publicação de Alexander,
propondo que fatores psicológicos causavam ou predispunham para vários estados patológicos
(4). Este pensamento influenciou muitas pesquisas posteriores para a compreensão da função dos
fatores emocionais no câncer, infeções e doenças autoimunes.
Em 1951, George Day, do British Phthisiologist, citou tristeza como sendo a causa da baixa
resistência em pacientes com tuberculose pulmonar ativa crônica (2). Estudos realizados na
década de 60-70 demonstraram que parâmetros entre funções de imunidade celular e humoral
tendem para ser significativamente deprimidos em animais submetidos a um stress emocional
comparados com animais não estressados. Bartrop e colaboradores (1977) examinou o efeito do
stress resultando de esposo (a) com doenças terminais e encontrou que esse stress reflete na
imunocompetência de linfócitos T (5). Semelhantes pesquisas relacionando stress com sistema
imune foram realizadas por Greene e colaboradores (1978) (6), Dorian e colaboradores (1980) (7),
Palmblad e colaboradores (1981) (8) e Monjan (1981) (9).
Em 1981 Ader marcou o início de uma nova abordagem multidisciplinar com seu artigo entitulado
"psychoneuroimmunology" (psiconeuroimunologia) (10).
No campo interdisciplinar, de psiconeuroimunologia, o estudo das interações entre comportamento,
sistema neuronal e endócrino, e processo imune de adaptação (11), existe a pouco mais de dez
anos. Durante essa década passada crescentes evidências tem sustentado a hipótese do papel
ativo de fatores psicológicos na saúde e no desenvolvimento da doença. Stress, luto, distúrbios
afetivos e esquizofrenia estão sendo reportados para uma associação com alterações imune.
Se fatores psicológicos podem afetar o processo biológico de malignidade, e se intervenções
psicossociais influenciam na sobrevida, a questão óbvia é: como? Cada vez mais os interesses
estão sendo focados nos mecanismos psiconeuroimunológicos, o que proporciona uma visão mais
ampla do paciente gerando questionamentos e hipóteses para serem pensados em grupos de
profissionais, trazendo assim, um tratamento mais completo ao paciente.
Sistema imune.
O sistema imune é uma complexa máquina de sobrevivência que determina a distinção entre o
próprio e o não próprio.
A reação imune é ativada em resposta a exposição para antígenos externos, num esforço para
manter a homeostase corporal (ou equilíbrio orgânico).
As respostas imunes são categorizadas em não específicas ( neutrófilos, e reações inflamatórias)
ou específicas ( humoral, mediada por anticorpos, e imunidade mediada por células ).
Funções imune não específicas são atribuídas para células fagocíticas (neutrófilos, monócitos e
macrófagos) e sistema imune do complemento (conjunto de proteínas no sangue), essas também
chamadas de imunidade natural não têm memória.
Tratando-se da resposta imune específica, a imunidade humoral refere-se a interação do antígeno
com o anticorpo e a imunidade mediada por células consiste na ação direta do linfócito com
antígenos.
Sistema nervoso central (SNC) e sistema imune (SI).
A existência de uma íntima relação entre o cérebro e o sistema imune tem sido demonstrado com
base em resultado de numerosos estudos (10, 12, 13). Mediadores autônomos específicos,
neuroendócrinos e neuropeptídios formam a base biológica deste inter-relacionamento, como tem
sido extensamente demonstrado (13, 14, 15, 16, 17, 18)
Recentemente a visão de que a interação entre o cérebro e o sistema imune é bidirecional tem
sido preferida à aquela onde a direção da comunicação é exclusivamente do cérebro para o
sistema imune (SI), com uma variedade de estudos mostrando que o SI é apto para enviar
mensagens para o SNC e influenciar suas funções (13,14, 18, 19, 20).
Pesquisas recentes também têm estabelecido que órgãos linfóides, primário e secundário, são
inervados. A estimulação ou o bloqueio de determinadas áreas do cérebro influenciam na resposta
imune e, vice-versa, a produção de anticorpos é acompanhada por mudanças químicas e elétricas
no cérebro. Linfócitos são capazes de responder a neurotransmissores e sinais neuroendócrinos
com demonstrável propriedade imunomoduladora e, vice-versa; linfócitos ativados podem liberar
fatores neuroendócrinos e citoquinas, as quais são sinais moleculares capazes de ser percebidos
pelo sistema nervoso; também fatores comportamentais, principalmente condicionamento clássico
pavloviano e stress pode influenciar a reação imunológica e, vice-versa, o estado imunológico do
organismo tem consequências no comportamento ( 11, 21, 22).
Esta relação entre sistema nervoso central e sistema imune tem sido investigada usando dois
diferentes enfoques:
1O - A modulação ou regulação da função imune investigada através de uma seletiva estimulação
ou lesão de áreas específicas do cérebro.
2O - Investigação de aspectos funcionais de uma forma mais específica através de estudos de
condicionamento da resposta imune( 23).
Trabalhos estudando condicionamento mostraram que a resposta imune pode ser condicionada
segundo o modelo clássico de condicionamento.
Stress e sistema imune.
O velho conceito de que stress deprime imunidade tem que ser qualificado. Agora temos evidência
de que a forma de perceber o stress e lidar com fatores estressantes é individual e as diferentes
percepções de stress tem diferentes conseqüências psicológicas, diferentes caminhos para lidar
com o stress resulta em diferentes conseqüências na imunidade. A diferença individual na resposta
para perturbações reflete uma disposição individual no estilo de reagir (24, 45).
A estrutura fundamental e comportamental que faz a diferença individual é primeiramente
emocional e não cognitiva (24).
Essa estrutura individual é congruente com a construção do temperamento. Uma definição original
de temperamento foi caracterizada por nove fatores: rítimo, humor, atividade, adaptabilidade,
distratibilidade, persistência, limiar, intensidade e enfoque (26, 27). Três adicionais fatores
baseados nos nove originais tem sido sugerido: aversão a comida, inibição e sociabilização (28).
Também devemos considerar que eventuais alterações no sistema imune não são isoladas, mas
pertence a um contexto de complexas e articuladas modificações do organismo exposto ao stress.
Estas modificações não são somente neuroendócrinas, mas também autônoma, muscular,
comportamental e ambiental.
À medula óssea e órgãos linfóides, incluindo o timo, baço e linfonodos, recebe uma densa rede de
fibras do sistema nervoso autônomo. Igualmente em outros órgãos viscerais, essas fibras contém
noradrenalina e neuropeptídios assim como substância P e peptídio intestinal vasoativo. Fibras do
nervo simpático entram nos órgãos linfóides viajando pelos vasos sanguíneos e vão diretamente
para o parenquima, terminando junto as células do sistema imune. Isso implica que a composição
química do microambiente em que as células imunes se submetem a proliferação, diferenciação e
maturação é dependente da atividade do sistema nervoso autônomo. Células imunes levam
receptores de membrana para um número de neurotransmissores. Estes receptores são similares
àqueles localizados na membrana de células nervosas e sua ativação tem conseqüências
funcionais.
A crescente sofisticação nos métodos usados para estudar o impacto do stress e de fatores
emocionais na imunidade e os mecanismos que são envolvidos nestes efeitos deixa intacta a
questão do significado fisiológico nas mudanças observadas (29, 30, 31).
Estudos clínicos e experimentais demonstram amplamente que estressores, em laboratório e
natural, tem profunda influencia na resposta imune.
Segundo o conceito de Henry's , a natureza psicológica do sujeito vítima de stress, em particular
sua habilidade para predizer a ocorrência do stress dando assim a sensação de controle é mais
importante que a natureza física do sujeito.
Bartrop e colaboradores descobriram em seu estudo, que seis semanas após suas esposas terem
morrido de câncer, os maridos enlutados tiveram uma baixa resposta para PHA quando
comparados com grupos controle (32).
Nas experiências de Coe, 1993, este encontrou uma reduzida proliferação de respostas de
linfócitos em macacos jovens quando separados de seus companheiros sociais. O mesmo efeito foi
observado na separação de macacos bebês de suas mães. (33).
Em 1984 Linn e colaboradores estudaram sujeitos enlutados usando o Hopkins Symptom Checklist
para avaliar simtomas depressivos. Resposta para estimulação de mitógenos foi significativamente
reduzida somente em sujeitos com scores elevados na escala de depressão (34).
Kasl e colaboradores mostrou que militares Kadet que experênciavam uma grande pressão
acadêmica foram mais expostos do que os outros para mononucleosis infecciosa (35).
Schiliefer e colaboradores (1983) avaliou os efeitos do stress em maridos cujas esposas estão
submetidas a terapia para câncer. Funções imune não foram significativamente afetadas durante o
tratamento, porém, acompanhando a morte das esposas eles tiveram uma significativa redução de
respostas para PHA e mitógenos Pokeweed (36).
Kiecolt-Glaser e colaboradores, mostraram que estudantes que ficaram de exame tiveram uma
significativa diminuição na atividade de células NK. A mais severa depressão de atividades de NK
foi apresentada ligada a um alto nível de stress sobre a vida (37).
Assim, é evidente que forma de responder para stress, assim como, outras diferenças
comportamentais são importantes variáveis que influenciam o grau de imunossupresão induzida
pelo stress. Se essa resposta diferenciada subentende uma predisposição para o desenvolvimento
de doenças mais severas é uma questão interessante que estamos apontando para ser
investigada.
A importância da Psiconeuroimunologia.
Apesar dos recentes avanços para a remissão e a possibilidade de cura, o câncer tem
permanecido uma doença de desesperança, dor, medo e morte.
Este diagnóstico e o tratamento freqüentemente produz um stress psicológico resultando dos
sintomas atuais da doença, assim como a percepção dos pacientes e seus familiares da doença e
seus estigmas.
Alguns medos comuns dos pacientes são: morte, dependência familiar, do esposo(a), e do médico,
desfiguração e mudança na aparência do corpo e na auto imagem, algumas vezes resultando em
perda ou mudança de funções sexuais, inabilidade interferindo na realização de tarefas no
trabalho, escola ou lazer, perturbações nas relações pessoais e familiares, desconforto ou dor em
estágio avançado da doença.
Ao nos referirmos a pacientes sobreviventes de câncer podemos lançar uma questão de extrema
importância: Qualidade de vida. Como desprender o indivíduo do diagnóstico de câncer e reiterarse em um quase normal estilo de vida?
A habilidade do paciente para manejar esse stress depende de uma detalhada abordagem médica,
psicológica e social incluindo um acompanhamento, ou seja, uma abordagem multidisciplinar. Os
principais pontos abordados são:
a doença em si mesmo ( local, sintomas, curso clinico, tipo de tratamento requerido).
Prévio ajustamento psicológico e social, especialmente para doenças médicas.
A atitude cultural e religiosa.
Desenvolvimento de tarefas e objetivos.
A presença de suporte emocional no ambiente do paciente (pessoas próximas).
O potencial do paciente para reabilitação física e emocional.
O paciente ter personalidade e estilo para lidar com os fatos.
Que fatores psicológicos podem ser importantes para o início e curso de doenças malignas e que
intervenções psicológicas podem melhorar a qualidade de vida, não há dúvida, vários estudos tem
reportado que esse tipo de intervenção pode prolongar a vida, porém ainda existem muitas
dificuldades práticas e metodológicas na avaliação dos fatores psicológicos, são eles:
Efeitos possíveis no resultado de testes psicológicos de prévia magnilidade para o diagnóstico e o
impacto do diagnóstico em si mesmo.
A necessidade de obter no relato a intenção e o significado do evento para o
indivíduo ( não apenas sua ocorrência).
Os efeitos moderados da estratégia copiada e suporte social.
A possibilidade de que o que mantém verdadeiro para um tipo de câncer pode não manter
verdadeiro para outro.
Apesar das dificuldades, sabemos dos resultados práticos das intervenções multidisciplinares e
isso deve ser um estímulo para aprimorar cada vez mais as pesquisas em psiconeuroimunologia
que tem um papel fundamental no tratamento e na saúde.
A ética social da medicina requer participação objetivando permitir ao paciente uma passagem em
segurança para um compassivo fim. Esta é uma importante habilidade do bom clínico, permitindo
clareza, consciência lógica do que é necessário para fazer o melhor dentro do interesse do
paciente.
Os profissionais de saúde participam do stress, ainda que seja necessário guardar distância, ou
eles podem ferir-se e vulnerabilizar-se, arriscando uma ação inapropriada. Morte é o único evento
verdadeiramente democrático e, se formos refletir, todos morremos sozinhos, todos dependemos
uns dos outros, especialmente durante o processo de agonização e participamos intensamente em
cada morte. Este é o modo compassivo e competente em que os cuidados são proferidos pelos
profissionais da saúde que ajudam levando em conta a doença do ser humano para transcender
ao sofrimento.
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