Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CT Vespasiano/ unidade conveniada CEFET-MG R. Maria Saliba Nassif nº 80 – Caieiras – Vespasiano – CEP 33200 000 -Tel. 31-3621 4680 Disciplina: Historia Professora: Verônica 1º Ano Orientação: Leia atentamente o texto. Enumere os termos desconhecidos e procure identificar os seus significados no contexto. Faça um esquema com as principais idéias do texto – Utilize palavras-chave O Antigo Regime O absolutismo e a política mercantilista eram duas peças de um sistema mais amplo, denominado Antigo Regime. Esse nome só surgiu muito tempo depois, com os franceses, que o utilizaram para nomear o sistema social que eles haviam destruído por meio de uma revolução — a Revolução Francesa (1789-1799). Os historiadores adotaram o termo para designar o sistema característico da Idade Moderna, cujos elementos básicos eram, além do absolutismo e do mercantilismo, a sociedade estamental, a economia de mercado e o sistema colonial. Como se pode observar entrelaçavam-se no Antigo Regime os interesses aristocrático-feudais e burgueses. Esse entrelaçamento se dava, porém, de maneira muito problemática e em situação de permanente tensão, uma vez que se tratava de interesses fundamentados em valores e visões de mundo conflitantes. Situado na fronteira do feudalismo medieval e do capitalismo contemporâneo, o Antigo Regime pode ser entendido como uma estrutura de transição, originada da desarticulação do mundo feudal decorrente das crises do século X1V e de sua rearticulação ocorri-’ da a partir do século XV. A organização estamental da sociedade nele verificada foi mantida e garantida pela monarquia, o que significa que a sociedade continuava então dividida em nobres e não-nobres, sendo os primeiros os representantes da camada superior. Reafirmava-se, assim, a determinação da posição social do indivíduo pelo nascimento e não pela riqueza, afastando toda pretensão burguesa de ascender socialmente. A burguesia estava também bloqueada a participação no governo, uma vez que o rei concentrou em suas mãos o poder político antes disperso e manteve a burguesia, como classe, afastada do centro de decisão. A força da monarquia absolutista começava no campo e se estendia para as cidades apoiada no mercantilismo, política que, em poucas palavras, significava o controle da economia pelo Estado. Mas. a burguesia, apesar disso, desfrutava de uma razoável margem de liberdade de ação, como, por exemplo, a de ir e vir, sem a qual não poderia haver desenvolvimento comercial e muito menos criação de mercado mundial, a que ela estava se dedicando desde a época das Cruzadas. A situação não era, afinal, tão adversa à burguesia, pois havia também do lado do rei o interesse em conceder essa liberdade, visto que o comércio favorecia a monetização da vida econômica e a moeda (dinheiro) facilitava a cobrança de impostos e a administração do Estado. Contudo estruturalmente o Antigo regime era contraditório, uma vez que o comercio transformou-se no eixo central da economia, o que fazia da burguesia a detentora do poder econômico, embora destituída do poder político. A burguesia continuava, pois, considerada uma classe inferior à nobreza. Adaptado de KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e processos; uma leitura da história ocidental para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2000. p.