O Contabilista, a Ética Profissional e a Bíblia

Propaganda
FACULDADE MACHADO DE ASSIS
O Contabilista, a Ética Profissional e a Bíblia
Tema: O Contabilista, a Ética Profissional e a Bíblia
Autor: José Carlos Marion
Publicação: RBC – 1986 Nº 58.
De todas as profissões,o contabilista é o que mais está sujeito a partilhar de esquemas
espúrios já que sua atividade está intimamente ligada com registros de cifras, apuração de
resultado e conseqüentemente exibe dados que geram montantes a pagar de impostos, taxas,
dividendos e diversos encargos.
Há empresas que estão preocupadas em reduzir seus custos e desembolsos através de
um planejamento tributário, de um orçamento operacional,de uma cuidadosa política de
dividendos,de modernas técnicas de controles internos ( no sentido evitar desperdícios) e de
outros instrumentos eficazes e sadios que proporcionam economias para a empresa e
benefícios para a nação.
Ninguém melhor que o contabilista para . portador de conhecimentos na área fiscal,
previdenciária, de custos, de auditorias, de orçamentos e mesmo de outras áreas afins à
contábil, para coordenar e orientar este tipo de trabalho, bem como acompanhar este
planejamento empresarial, comparando os dados reais registrados pela contabilidade com
aquilo que foi planejado.
Entendemos que o profissional contábil deva ser o arquiteto principal de organização
deste sistema que, em última análise, reduz o preço final do bem ou serviço que será
consumido pela população, trazendo benefícios não só à empresa, como também a toda
coletividade e a própria Balança Comercial através de produtos mais competitivos no
mercado externo.
E quando se fala em Ética não podemos nos esquecer do Comitê de Ética da IFAC
(Federação Internacional de Contadores) que emitiu, além de pronunciamentos, uma guia
de orientação que serve de base para as normas e os códigos de etica da profissão contábil
em todo o mundo. De todos os princípios fundamentais que orientam o contabilista na
conduta de suas relações profissionais com terceiros, constantes na guia, querendo citar
dois:
1) Integridade: O profissional contábil deve ser correto, honesto e sincero na abordagem
de seu trabalho profissional.
2) Comportamento: O profissional contábil deve conduzir-se de maneira consistente com
a boa reputação de sua profissão e abster-se de qualquer conduta que possa trazer
descrédito à profissão.
FACULDADE MACHADO DE ASSIS
O Código de Ética Profissional do Contabilista, entre as diversas cláusulas orientativas
ao desempenho do profissional contábil, veda taxativamente, no seu ART. 3º , diversos
desvios que os contabilistas estão sujeitos. Destacamos dois itens deste artigo:
Item IX – É vedado ao contabilista concorrer para a realização de ato contrário à lei
ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato legalmente definido
como crime ou contravenção;
Item XVI – É vedado ao contabilista aconselhar ao cliente contra disposições
expressas da lei ou contra princípios de contabilidade de aceitação geral.
Raríssimas são as escolas contábeis,por exemplo que tem no seu conteúdo
programático o Código de Ética. Diga-se de passagem que as escolas estão preocupadas em
preparar o profissional competente( se bem que nem isto estão fazendo bem) e não se
preocupam em formar o homem ético, moral e religioso. É comum encontrarmos excelentes
profissionais, mas péssimos homens.
Por tudo isso eu optei em invadir uma esfera superior para que pudéssemos refletir
mais profundamente sobre a importância da nossa conduta como profissional. Há uma
sabedoria superior que vem antes da fundação do mundo, uma verdade eterna, uma justiça
que não se apaga, que não poderíamos deixar de exaltar nesta oportunidade. Estamos
falando da verdade de Deus criador de todas as coisas que é desde o princípio. Aos homens
é possível enganar, não obedecendo suas leis; mas a Deus é impossível enganar deixando
de cumprir seus estatutos, pois Ele conhece e sonda os nossos corações. Em vistude disso,
vamos buscar alguns ensinamentos nos estatutos de Deus sobre nosso comportamento
profissional.
No capítulo 13 da carta de S. Paulo aos Romanos, ele nos ensina que todo homem
deve estar sujeito às autoridades superiores porque não há governo que não venha de Deus
e os governos que existem foram ordenados por Deus.“Portanto, dai a cada um o que
deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem
honra, honra”. Portanto, Paulo nos ensina que devemos obedecer às autoridades, bem como
as leis do país; que devemos pagar nossas obrigações, nossas dívidas; que devemos honrar
as autoridades; e que devemos pagar integralmente os tributos.
Não há dúvida que se compactuarmos com a corrupção, fazemos parte dela e
conseqüentemente isto se torna abominável aos olhos de Deus.
Portanto, meus amigos, só pode dizer que tem amor aquele que pratica a verdade e
abomina a mentira. Aquele que pratica a justiça e não compartilha da injustiça e da
indecência. Aquele que sofre, suporta, espera e não busca os seus próprios interesses.
Que a paz de Deus que excede a todo entendimento guarde os vossos corações e os
vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Download