DIVERSIDADE E INCLUSÃO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA

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DIVERSIDADE E INCLUSÃO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA
Gisele Rietow Bertotti 1 - PUCPR
Flávia Soares Viana2 - PUCPR
Juliana Dias Gonzaga 3 - PUCPR
Grupo de Trabalho – Diversidade e Inclusão.
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Este estudo apresenta uma análise das políticas educacionais relativa ao trabalho com a
inclusão e a diversidade no contexto brasileiro e suas implicações no currículo das escolas
estaduais do estado do Paraná, bem como expõe a vivência de acadêmicas do Curso de
Graduação em Letras Português-Inglês, como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (PIBID) por meio da realização de um projeto em andamento, cujo
objetivo é discutir a diversidade e estimular a reflexão crítica dos alunos sobre a necessidade
de respeitar as diferenças nas suas diversas formas por meio da ampliação do conhecimento
do assunto com a utilização da língua inglesa e aspectos culturais a ela relacionados. O
objetivo é refletir acerca da experiência de inserção da diversidade no espaço escolar, durante
as aulas de Língua Inglesa. Como objetivos específicos destacam-se: instruir os estudantes a
respeito de temas relacionados a direitos humanos e diversidade, relacionando-os com os
discursos políticos nacionais e internacionais acerca desses temas, contextualizando-os sobre
a realidade do mundo, a fim de passar um conhecimento extra, além do conteúdo escolar;
estimular a autorreflexão por parte dos professores em formação, para que pensem
criticamente sobre sua prática obtendo subsídios teórico-metodológicos por meio do
conhecimento das políticas educacionais relativas ao trabalho com a diversidade e inclusão
no contexto brasileiro e suas implicações no currículo das escolas do estado do Paraná, com o
objetivo de analisar de que maneira elas são transpostas para o contexto escolar.
Palavras-chave: Políticas educacionais brasileiras. Diversidade. Inclusão. Professores em
formação.
1
Doutoranda e mestre em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Pesquisadora da
Fundação Araucária. Professora do curso de Letras da UNIANDRADE, do Núcleo de línguas da PUCPR, e da
SEED/PR. E-mail: [email protected].
2
Graduanda em Letras Português/ Inglês da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e estagiária do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).Email: [email protected].
3
Graduanda em Letras Português/ Inglês da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e estagiária do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).. Email: [email protected].
ISSN 2176-1396
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Introdução
Este artigo visa elucidar o trabalho em andamento em relação à diversidade e inclusão
em sala de aula, o qual tem como objetivo estimular os interesses dos alunos por outras
sociedades e culturas e as capacidades comunicativas em idioma estrangeiro mediante o
trabalho com a Língua Inglesa. Tal estratégia tem o propósito de impelir os educandos quanto
ao estudo da língua estrangeira, uma vez que trabalha interdisciplinar e multidisciplinarmente
levando a resultados diversos no que se refere aos objetivos do aprendizado da língua inglesa.
Tal projeto está sendo desenvolvido por meio do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID), realizado em um Colégio da rede estadual de Curitiba com
duas turmas de alunos do nono ano do ensino fundamental, totalizando aproximadamente 75
estudantes.
O grupo de trabalho dessa escola conta com seis estagiários de diferentes períodos do
curso de Letras Português/ Inglês de uma instituição privada de Curitiba e é orientado por
uma professora graduada em Letras, especialista em ensino de línguas estrangeiras, mestre em
educação e doutoranda em educação.
Com relação à caracterização dos estudantes, trata-se de alunos que estão prestes a
adentrar o Ensino Médio e, visto que, estudam em uma escola que também oferece educação
profissional, encontram-se em um momento em que eles começam a tomar decisões sobre o
futuro, ora na escolha profissional, ora na acadêmica. Sendo, precípua a necessidade de
conscientizá-los sobre a importância da língua estrangeira por oferecer aos alunos uma gama
de oportunidades para a exploração do idioma em uso prático, que pode se traduzir tanto em
conhecimento linguístico-cultural como diferencial competitivo no mercado de trabalho do
mundo globalizado em que estamos inseridos.
Nessa mesma trilha, vê-se necessária a inclusão e a familiarização com diferentes
estratégias de aprendizagem e a utilização do conhecimento de mundo para desenvolver o
senso crítico de cada estudante, baseando na afirmação de Paulo Freire (1972, p. 95):
O que nos parece indiscutível é que se pretendemos a libertação dos homens, não
podemos começar por aliená-los ou mantê-los alienados. A libertação autêntica, que
é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é
uma palavra a mais oca, mitificante. É práxis, que implica na ação e reflexão dos
homens sobre o mundo para transformá-lo.
Assim, os temas abordados em sala, embasados no recurso dos gêneros discursivos
podem despertar solidariedade, respeito às diferenças, cidadania, empatia. Ocorre, então, o
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exercício transformador dessa realidade social do educando, fazendo com que se dedique ao
aprendizado efetivo da língua inglesa, porquanto exista ligação ao seu contexto social.
Aos docentes em formação, o desenvolvimento de um projeto que visa desenvolver a
criticidade do educando, possibilita um exercício de autorreflexão valioso sobre sua prática na
medida em que também intenta trazer subsídios teórico-metodológicos que possibilitem aos
futuros professores conhecer as políticas educacionais relativas ao trabalho com a diversidade
e inclusão e analisar de que maneira elas são transpostas para o contexto escolar. Exercício
esse que pode contribuir para sanar possíveis falhas da formação inicial no que tange a
reflexão crítica acerca do currículo escolar, bem como despertar o interesse pelo
desenvolvimento de pesquisas que objetivem o aprofundamento no estudo da diversidade e
inclusão, assuntos tão em voga no meio acadêmico contemporâneo.
Nesse sentido, o próximo tópico tem como objetivo traçar um panorama das políticas
educacionais brasileiras relativas ao trabalho com a inclusão e diversidade, destacando os
parâmetros curriculares e cadernos de expectativa para o ensino de língua estrangeira no
estado do Paraná.
Inclusão e diversidade: políticas educacionais brasileiras e suas manifestações no
currículo da rede estadual paranaense
A trajetória da inclusão nas políticas educacionais brasileiras remonta a publicação da
constituição federal de 1988, que no artigo 208, item terceiro, menciona que o dever do estado
para a educação será efetivado por meio do “atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988).
Nesse trecho da legislação, delimita-se o espaço escolar comum a pessoas
consideradas “normais” e “portadoras de deficiência”, o que implica no estabelecimento de
um convívio social sem necessariamente indicar a reflexão acerca de uma prática pedagógica
que realmente vise proporcionar aprendizagem a esses alunos considerados diferentes,
tampouco considera a importância de se considerar especificidades e características singulares
de cada indivíduo, independente de sua habilidade motora ou cognitiva.
No ano seguinte, a lei no 7.853, que dispõe sobre o apoio a pessoas com deficiência, ao
tratar da área da educação, continua enfatizando a normativa da disponibilidade de ofertas e a
preferência pela inserção em escolas de ensino regular, novamente sem mencionar como
integrá-los pedagógica e socialmente e nem tratar da diversidade (BRASIL, 1989).
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Em 1990, com a instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o aspecto
escolar do acesso dos alunos deficientes a escolas regulares continua mencionado da mesma
forma, sem demais especificações.
Seis anos depois, com a Lei de Diretrizes e Bases, o cenário muda, pois aspectos como
a necessidade de adequação curricular, de formação de especializada de professores, são
mencionados, contudo a questão da diversidade ainda continua intocada. (BRASIL, 1996).
Relato de experiência
No mês de março de 2015, iniciou-se um novo projeto para os bolsistas do subprojeto
de inglês do Colégio Estadual Santa Cândida, que localiza-se no bairro Santa Cândida, em
Curitiba. O colégio atende alunos de várias regiões próximas, como por exemplo: Boa Vista,
Bacacheri, Barreirinha, Atuba, Abranches e Colombo. A comunidade atendida é composta
por alunos de classe média/baixa, em que alguns já trabalham e há casos de alunos repetentes.
O colégio oferece além da educação básica, ensino médio técnico.
No primeiro semestre, os acadêmicos, seguindo as orientações da Supervisora
Professora Gisele Rietow Bertotti, desenvolveram um projeto com as duas turmas de nonos
anos ( 9°D e 9°E) em que a mesma ministrava aulas, que contemplou o trabalho com a
diversidade em sala de aula mediante ao estudo da língua inglesa.
Considerando que, atualmente, muitos professores não trabalham com a diversidade
em sala de aula, observou-se no projeto PIBID uma boa oportunidade para abordar o assunto
de forma mais dinâmica, porém pontual. Logo, o tema Direitos Humanos e Diversidade foi
proposto como tema geral para todos os subprojetos dos PIBIDs de inglês, este deveria ser
trabalhado relacionado aos gêneros discursivos, a fim de estimular os interesses pelos
problemas que assolam sociedades e culturas, proporcionando o desenvolvimento do senso
crítico.
No Colégio Estadual Santa Cândida, os bolsistas escolheram trabalhar primeiramente
com o Bullying e o Racismo, sempre interlocutando com o conteúdo da Língua Inglesa (mais
voltado para a parte gramatical). Nesse percurso, surgiram algumas dificuldades, sendo a
principal a greve dos professores do Estado, que afastou os bolsistas da escola durante cerca
de dois meses, culminando em poucas aulas para desenvolver o projeto. Outra dificuldade
encontrada foi a conciliação dos conteúdos em inglês que a professora estava trabalhando em
sala de aula com os que os bolsistas trabalhariam, uma vez em que os temas são distintos e
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envolvem duas línguas diferentes. Contudo, pode-se afirmar que todas as dificuldades
geraram experiências tanto no trabalho com a língua, como com o trabalho com a diversidade.
Bullying
No primeiro encontro com as turmas, os bolsistas tiveram a oportunidade de observálas e assim definir como poderiam realizar o trabalho, considerando as possíveis dificuldades
do grupo e sempre envolvendo a Língua Inglesa. Após isso, se reuniram e decidiram que seria
importante começar o trabalho sobre o Bullying de uma maneira diferenciada. O ponto de
partida foi a música “Who’s Laughing Now?” da cantora americana Jessie J., que é uma
música conhecida entre os adolescentes e que, como vemos no trecho a seguir, trata
diretamente sobre como “dar a volta por cima” do bullying:
“So you think you know me now
Have you forgotten how
You would make me feel
When you drag my spirit down
But thank you for the pain
It made me raise my game
And I'm still rising, I'm still rising
(tradução livre:
"Ah, então você acha que me conhece agora
esqueceu-se da forma como
Você me fazia sentir
Quando você arrastava o meu espírito para baixo
mas obrigado pela dor
Isso me fez levantar o meu jogo
e eu ainda estou subindo.”
A música contribuiu para uma discussão em sala de aula partindo do pressuposto que
sendo o bullying uma subcategoria das condutas agressivas (Olweus, 1999), é importante
pontuar seu conceito, uma vez que nem todas as formas de agressividade são consideradas
bullying. O bullying se insere no conceito de violência instrumental, e pode ser definido como
uma espécie de abuso de poder de um ou mais colegas, sendo que um aluno é agredido
(físico, metal ou moralmente) ou torna-se uma vítima de ações negativas por parte de um ou
vários colegas (Olweus, 1999). Nessa discussão, as bolsistas puderam mediar os alunos, para
que de maneira organizada eles expusessem suas opiniões e, a partir destas, cada um pudesse
tirar novas conclusões a respeito do assunto.
Em seguida, os bolsistas expuseram o vídeo “Everyone against bullying”¹ (tradução
livre: “Todos contra o bullying”). Como o vídeo é todo em inglês e os alunos não possuiam
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completo domínio da língua, houve a necessidade de que as bolsistas os ajudassem na
construção de sentidos e tradução para o mesmo. Esse trabalho foi feito com ajuda na
tradução, nunca oferecida facilmente, mas sempre fazendo pequenos jogos de troca de
palavras, intentando os alunos a chegarem a uma conclusão sobre a tradução de cada palavra,
após era pedido que eles repetissem a pronúncia em inglês. Com o jogo de palavras, pode ser
trabalhado bem a prática do “Speaking” ou Pronúncia que, para um efetivo trabalho do
mesmo, segundo Alves e Bauer (2011):
[...] são necessários vários passos metodológico-pedagógicos. Para que tais passos
sejam aplicados de maneira eficaz, é preciso que haja uma combinação de fatores, a
saber: professores de LE com domínio dos tópicos a serem ensinados, materiais que
apresentem o ensino de pronúncia como um fator tão importante quanto o ensino de
outros componentes linguísticos (tais como a morfologia e a sintaxe), o
desenvolvimento de novas técnicas de ensino que visem a facilitar a abordagem
comunicativa de pronúncia, dentre outros (Alves e Bauer, 2011, p. 2).
Após isso, foi proposto um exercício no qual os alunos teriam que construir orações
relacionadas ao bullying. em inglês, com as expressões e verbos que visualizaram no vídeo.
Com essa atividade, os alunos puderam trabalhar a habilidade linguística “writing”, pois com
o auxílio dos bolsistas construíram suas orações, e também, novamente, a habilidade
linguística “speaking”, pois foram convidados a lerem suas orações para a sala em voz alta,
voluntariamente. Como continuação, os bolsistas sugeriram mais um exercício, só que dessa
vez abordando tanto o tema “bullying” quanto o conteúdo que a professora regente estava
trabalhando com eles em sala de aula, no caso “reflexive pronouns”. Então os bolsistas, para
reforçar o conteúdo que já havia sido dado, organizaram um esquema no quadro negro, em
que as palavras que foram estudadas anteriormente ficaram espalhadas, assim como os seus
significados também. A partir disso, teriam que localizar seus supostos significados. Para isso,
os bolsistas sempre os levavam as respostas através de associações, como por exemplo do
verbo “to hit”, muito utilizado em jogos de videogames.
Após todos os trabalhos realizados, os alunos reformularam alguns conceitos sobre
esse tema que é tão recorrente, e acima de tudo, conseguiram com a ajuda das bolsistas
aprender e apreender os conteúdos.
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Racismo
A segunda parte do projeto ainda encontra-se em andamento, e possui como tema
principal o Racismo. O trabalho com esse assunto é de suma importância e estabelece uma
continuidade com o tema “bullying”, considerando a ligação existente entre ambos.
Como ponto de partida, foi proposta a leitura oral de uma história verídica relacionada
ao racismo. Nessa atividade, foram convidados voluntários para que viessem a frente, sendo
que cada um representaria um personagem da história. Com isso, houve uma interação maior
entre os alunos e também uma agitação em torno da história, onde vários alunos expuseram
seus pontos de vista a respeito. Então para dar continuidade, foi pedido para que os alunos
formassem um círculo em sala de aula, algo que por si só já se mostrava diferenciado da
maneira tradicional que eles estavam acostumados a trabalhar.
Como material para a discussão, os bolsistas levaram alguns casos verídicos de
racismo que aconteceram nos últimos anos, a fim de que os alunos pudessem contribuir com o
conhecimento que eles tinham sobre os casos. Com isso, foi possível que todos os alunos
participassem da atividade, tanto ouvindo seus colegas, quanto contribuindo com boas
observações. Como os casos levados tiveram muita repercussão na mídia, foi extremamente
interessante os argumentos que os alunos levantaram e também suas próprias opiniões sobre
os mesmos. Um dos que causou mais discussão, foi o da repórter global, Maria Julia
Coutinho, a famosa “Maju”, que foi alvo de racismo na internet recentemente. Como
conclusão, os bolsistas orientaram os alunos sobre como todos somos iguais e devemos,
juntos, combater o racismo.
Como essa parte do projeto ainda está em andamento, mais atividades serão propostas,
incluindo um projeto final, e os bolsistas também terão a oportunidade de crescerem mais
como docentes e humanos.
Conclusão
Com o encerramento da primeira parte do projeto e agora com essa continuidade, nós
bolsistas estamos surpresos com os resultados. O PIBID, nos trouxe muitas experiências e
também a realidade de aula de Língua Estrangeira em escola pública. Durante esses meses
pudemos perceber a importância do projeto, não só para os alunos, quanto para nós. Houve a
troca recíproca de conhecimentos, a construção de sentidos de conceitos e também o
aprendizado e aprimoramento da Língua Inglesa.
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REFERÊNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 13 de agosto de
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<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L7853.htm> . Acesso em: 13 de agosto de
2015.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1988.
______. Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. 1. Ed.
Brasília: Atlas, 2006.
BAUER, Daniela de Almeida; ALVES, Ubiratã Kickhofel: O ensino comunicativo de
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https://www.youtube.com/watch?v=mKtuSfNnevc>. Acesso em: 14 de agosto de 2015.
FREIRE,Paulo. Pedagogia do Oprimido. Edição de João Barreto, editora: Afrontamento,
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