0 FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO – FAESA CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÀO LATU SENSU EM REGULAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO, MONITORAMENTO EM AUDITORIA EM SAÚDE RENAN LEAL DE OLIVEIRA AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE EM ALTO RIO NOVO-ES. VITÓRIA 2012 1 RENAN LEAL DE OLIVEIRA AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE EM ALTO RIO NOVO-ES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Fundação de Assistência e Educação - Faesa, como requisito para a obtenção do Título de Especialista em Regulação, Controle e Avaliação, Monitoramento e Auditoria em Saúde, sob a orientação da Professora Débora Catarina Pfeilsticker. VITÓRIA 2012 2 RENAN LEAL DE OLIVEIRA AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE EM ALTO RIO NOVO-ES Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Centro de Pós-graduação da FAESA, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Regulação, Controle e Avaliação, Monitoramento e Auditoria em Saúde. Aprovado em ___ de _________________ de 2012. COMISSÃO EXAMINADORA _______________________________________________ Profa. Msc. Débora Catarina Pfeilsticker Fundação de Assistência e Educação - FAESA Orientadora _______________________________________________ Profa. Mestre Josilda Terezinha Bertulozo Ferreira Fundação de Assistência e Educação – FAESA 3 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a Deus por todas as bênçãos derramadas em minha vida. A minha Mamãe que a todo momento está presente em minha vida dando força e sabedoria, e a minha família que torce pelo meu sucesso. Minha namorada Rubercléia que soube compreender minha ausência nos finais de semana da especialização, e sempre que eu chegava me recebia com um grande sorriso e beijos, obrigado. Não poderia esquecer os mestres que de forma brilhante conduzirão o curso de Especialização, em especial a minha orientadora a professora Débora Catarina Pfeilsticker que teve muita paciência e sabedoria para me orientar. Agradeço também ao Secretário de Saúde e amigo Edson de Oliveira Timóteo pela confiança e a oportunidade que tem me dado. E a todos os amigos que contribuíram de forma direta ou indireta, neste curso. 4 “Quem não conhece o passado, não sabe viver o presente e muito menos planejar o futuro”. Autor desconhecido 5 RESUMO Trata-se de um Projeto de Intervenção com objetivo de monitorar e controlar o índice de infestação por esquistossomose. A intervenção será realizada pelas equipes do Programa de Saúde da Família e Vigilância Ambiental. Serão sujeitos das intervenções os alunos da rede publica de ensino. Espera-se como resultados contribuir com medidas educativas e preventivas para diminuição de novos casos de esquistossomose, mapear as áreas ou locais de risco para esquistossomose, bem como aperfeiçoar as ações de vigilância epidemiológica e ambiental para o efetivo monitoramento e controle da doença. Palavras-chaves: Monitorar, Controlar, Esquistossomose. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 8 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO .......................................................................... 10 2.1 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS.......................... 10 2.2 DESCRIÇÃO.............................................................................................. 10 2.3 AGENTE ETIOLÓGICO............................................................................. 10 2.4 RESERVATÓRIO....................................................................................... 11 2.5 VETORES.................................................................................................. 11 2.5.1 HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS...................................................... 11 2.6 MODO DE TRANSMISSÃO E CONTROLE............................................... 11 .2.7 PERÍODO DE INCUBAÇÃO..................................................................... 12 2.8. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE.................................................... 12 2.9 SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE........................................................ 12 2.10 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL............................................................ 13 2.11 TRATAMENTO......................................................................................... 13 2.12 EFEITOS COLATERAIS.......................................................................... 14 2.13 CONTRA- INDICAÇÕES.......................................................................... 14 2.14 ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO DE ALTO RIO NOVO............................ 12 3 DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALTO RIO NOVO................. 15 4 OBJETIVO ................................................................................................... 25 4.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................... 25 7 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................... 25 5 METODOLOGIA .......................................................................................... 26 6 RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 28 7 MONITORAMENTO E CONTROLE ............................................................ 29 8 PREVISÃO FINANCEIRA ............................................................................ 30 9 CRONOGRAMA .......................................................................................... 31 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 32 11 REFERÊNCIAS........................................................................................... 33 ANEXO............................................................................................................. 35 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................. 36 8 1 INTRODUÇÃO Conhecida pelos brasileiros como barriga d’água, xistosa, ou doença do caramujo, a esquistossomose mansoni ou manso, é vulnerável principalmente na população de baixa renda, as que são submetidas às condições de vida precárias sem tratamento de água ou saneamento básico, pois é na água que residem o hospedeiro intermediário do S. mansoni. Atualmente o Brasil é considerado uma das principais áreas de distribuição da doença no mundo. A esquistossomose é uma infecção causada por verme parasita da classe Trematódea, Ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada (endêmica). Nestes locais o número de pessoas com esta parasitose se mantém mais ou menos constante. Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da infecção conforme a região do mundo. No nosso país a esquistossomose é causada pelo Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza. Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele causando uma inflamação da mesma. Já no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte. A esquistossomose é uma doença antiga, cujos primeiros registros datam de 3.000 anos, e provém do Egito. Ela também é conhecida como xistose ou barriga d’água, e, em nosso país, é provocada por um verme chamado Schistosoma mansoni. Qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo ou cor, pode vir a contrair a doença, que ataca populações que vivem em locais com deficiência de saneamento básico — portanto populações de baixa renda. Apesar de, em alguns casos, levar à morte, a maior parte das causas de óbito está ligada às formas mais graves da esquistossomose. Diante desta situação, foi possível observar a necessidade de estar trabalhando de forma preventiva, conscientizando, controlando e monitorando esta doença no município de Alto Rio Novo, estabelecendo uma estratégia para combater 9 a doença em cada local, identificando os portadores e as condições ambientais, bem como incentivando a população a cobrar das autoridades o saneamento básico para aquela região e a modificar seus hábitos. Visto que o município de Alto Rio Novo é endêmico para esta doença, e não existem ações planejadas para a mesma, sentimos a necessidade de estar mobilizando as pessoas quanto aos riscos e agravos desta doença, uma vez que ela é assintomática, e se descoberta na fase inicial pode ser tratada com facilidade. O interesse do projeto de intervenção surgiu após uma notificação de uma paciente com diagnostico de mielorradiculopatia esquistossomótica, em plena atividade e vigor físico deixando-a paraplégica. Este caso deixou toda cidade em estado de choque, devido a esta situação decidir intervir e dar uma resposta a população. Têm-se como objetivos, trabalhar de forma educativa e preventiva nas escolas, com as equipes de Estratégia de Saúde da família e Vigilância Ambiental apresentando aos alunos conhecimento sobre a doença. Espera-se com este projeto de intervenção mapear as áreas ou locais de risco, onde possivelmente ocorreu e ocorre a transmissão, direcionando as ações de monitoramento e controle. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS 2.2 DESCRIÇÃO O médico alemão Theodor Bilharz (1825-1862), descobriu o verme causador da doença ao qual, mais tarde, foi atribuído o nome de Schistosoma. Posteriormente, verificou-se serem cinco as espécies de Schistosoma, que causam doença no homem: Schistosoma mansoni, Schistosoma haematobium, Schistosoma japonicum, Schistosoma intercalatum e Schistosoma mekongi, das quais apenas a primeira, causadora da esquistossomose mansônica, ocorre no Brasil (TORELLY, 2010). Aqui, a transmissão da doença teve inicio com a chegada dos escravos africanos, provenientes de regiões endêmicas, porém não há registros dessa época. Em 1908, o professor Manuel Augusto Pirajá da Silva (1873-1961) publicou os resultados de observações, realizado na Bahia, relatando a ocorrência de Schistosoma mansoni em nosso país, só que o mesmo morreu antes da descoberta do medicamento. Sabe-se também que tais ocorrências coincidiam com áreas onde existiam caramujos planorbídeos (BARBOSA, 2010). Conhecida pelos brasileiros como barriga d’água, xistosa ou doença do caramujo, a esquistossomose mansoni ou mansônica é infecção produzida por parasita da classe Trematódea, espécie Schistosoma mansoni, cuja transmissão se dá pelo contato com água infectada pelas cercárias, estágio de vida do parasito infectante para o homem (BRASIL, 2005). De acordo com ALVES (2010), Em muitos países endêmicos para esquistossomose os recursos são limitados para programas de controle. Entretanto, a tônica atual é no enfoque à prevenção e controle da morbidade e não sobre a eliminação da transmissão. 2.3 AGENTE ETIOLÓGICO O agente etiológico é o Schistosoma mansoni, trematódeo digenético, da família Schistosomatidae,gênero Schistosoma. 11 2.4 RESERVATÓRIO O homem é o principal reservatório. Os roedores selvagens, primatas, marsupiais, são experimentalmente infectados pelo S. mansoni, o camundongo e o hamster são excelentes hospedeiros. No Brasil, foram encontrados naturalmente infectados alguns roedores, marsupiais, carnívoros silvestres e ruminantes. Ainda não está bem definida a participação desses animais na transmissão da doença (COSTA, 2010). 2.5 VETORES 2.5.1 Hospedeiros intermediários No Brasil, as três espécies, por ordem de importância, envolvidas na transmissão da doença são: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. A distribuição conhecida do B. glabrata abrange 16 estados e o Distrito Federal. A B. straminea tem distribuição conhecida mais extensa, estando presente, praticamente, em todas as bacias hidrográficas do território brasileiro. Ocorre em 23 estados e no Distrito Federal. A B. tenagophila é amplamente encontrada no sul do país, embora possa ser detectada em menor extensão em outras regiões. Hoje, sua distribuição alcança 11 estados o Distrito Federal (BRASIL, 2005). 2.6 MODO DE TRANSMISSÃO E CONTROLE Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, estes eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios, que infectam o hospedeiro intermediário (caramujo). Após quatro a seis semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercárias que ficam livres nas águas naturais. O contato humano com águas que contêm cercárias, devido a atividades 12 domésticas tais como lavagem de roupas e louças, de lazer, banhos em rios e lagoas; e de atividades profissionais, cultivo de arroz irrigado, alho, juta, etc., é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose ( FUCCI, 2010). O controle da transmissão vai além da capacidade dos profissionais de saúde e deve ser feito com ações governamentais, como o saneamento básico, instalação de água e esgoto nas casas, mudanças no meio ambiente, educação sanitária, combate aos caramujos, além do diagnóstico e tratamento das pessoas infectadas (GOMES, 2010). 2.7 PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE De acordo com Prata (1997), o período de incubação é em média de duas a seis semanas, já o período de transmissibilidade ocorre a partir de cinco semanas após a infecção o homem pode excretar ovos viáveis de S. mansoni nas fezes, permanecendo assim durante muitos anos. Os caramujos infectados liberam cercárias durante toda a sua vida, que varia de semanas até três meses ( PASSOS, 1998). 2.8 SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE A susceptibilidade humana é universal. A imunidade absoluta é desconhecida; no entanto, a diminuição da intensidade da infecção e da incidência, observada em idosos residentes em áreas endêmicas, tem sido atribuída ao desenvolvimento de resistência contra o agente. Apesar disso, o desenvolvimento de imunidade, como consequência à infecção, ainda não está bem definido (PEIXOTO, 2010). 2.9 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnóstico é feito mediante a realização do exame parasitológico de fezes, preferencialmente através do método Kato-Katz. Este método permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes, fornecendo um indicador seguro para se 13 avaliar a intensidade da infecção e a eficácia do tratamento. O teste da reação em cadeia da polimerase (PCRPolymerase Chain Reaction) e os testes sorológicos possuem sensibilidade ou especificidade suficiente e seriam úteis principalmente em áreas de baixa prevalência da doença, ou em pacientes com baixa parasitemia e/ou imunodeprimidos, a exemplo da AIDS, mas não estão disponíveis na rotina. A ultrassonografia hepática é de auxílio no diagnóstico da fibrose de Symmers. A biópsia retal ou hepática, apesar de não indicada para utilização na rotina, pode ser útil em casos suspeitos, na presença de exame parasitológico de fezes negativo, de acordo com (COSTA, 2010). 2.10 TRATAMENTO Existem duas drogas disponíveis para o tratamento da esquistossomose mansônica: oxamniquine e praziquantel. Os dois medicamentos se equivalem quanto à eficácia e segurança. Atualmente, o praziquantel é a droga de escolha, em função do menor custo/tratamento. A dosagem recomendada para o praziquantel é de 60mg/kg para crianças até 15 anos e 50mg/kg para adultos, ambos em dose única. O medicamento é apresentado em comprimidos de 600mg, divisível em duas partes iguais, de modo a facilitar a adequação da dose. O oxamniquine é recomendado na dosagem de 15mg/kg para adultos e 20mg/kg para crianças até 15 anos, ambos em dose única (BRASIL, 2002). Existem duas apresentações: cápsulas de 250mg e suspensão contendo 50mg por cada ml. 2.11 EFEITOS COLATERAIS De acordo BRASIL (2005), Tonturas, náuseas, vômitos, cefaléia, sonolência. Esses efeitos são comuns aos dois medicamentos, sendo a tontura mais frequente com oxamniquine e náuseas e vômitos com praziquantel. 14 2.12 CONTRA-INDICAÇÕES Nos seguintes casos é contra-indicada a utilização das drogas que compõem o arsenal terapêutico antiesquistossomótico, (BRASIL, 2008) • durante a gestação; • durante a fase de amamentação (se o risco/benefício compensar o tratamento da mulher nutriz, esta só deve amamentar a criança 24 horas após a administração da medicação); • criança menor de 2 anos (não deve ser tratada devido à imaturidade hepática); • desnutrição ou anemia acentuada; • infecções agudas ou crônicas intercorrentes; • insuficiência hepática grave (fase descompensada da forma hepatoesplênica); • insuficiência renal ou cardíaca descompensada; • estados de hipersensibilidade e doenças do colágeno; • história de epilepsia (convulsão) ou de doença mental (com uso de medicamentos anticonvulsivantes ou neurolépticos); • qualquer doença associada que seja mais grave ou incapacitante do que a própria esquistossomose; • adulto com mais de 70 anos (somente se na avaliação médica o risco/benefício compensar o tratamento). 2.13 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE ALTO RIO NOVO Nos últimos quatro anos de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Alto Rio Novo, no ano de 2007 tiveram 87 casos notificados, no ano de 2008 tiveram 89 casos notificados, no ano de 2009 notificaram 176 casos e no ano de 2010 foram notificados 268 casos de esquistossomose. E de acordo com funcionários da Vigilância Ambiental local, esses números dos anos anteriores não foram maiores devido à falta de materiais, carro exclusivo para o programa e o pequeno número de funcionário para atender todas as endemias do município. No ano de 2010 foi notificado um caso de mielorradiculopatia esquistossomótica, em um paciente do sexo feminino, 40 anos, saudável, com toda 15 vitalidade e perspectiva de vida, no curso desta doença ela ficou com paralisia nos membros inferiores, houve lesão na medula, de acordo com os especialistas ela ficará com esta lesão permanente. A base da economia do município é a agricultura, na zona rural não existe a rede de tratamento de esgoto, e algumas casas não possui fossa séptica lançando o esgoto domestico diretamente nos rios e riachos, e os agricultores utilizam os mesmos rios e riachos nas plantações de arroz, não utilizam botas nem luvas nenhum equipamento de proteção individual, devido a esses problemas o município é endêmico para esta doença, é um ciclo vicioso, que estamos interferir nesta cadeia de transmissão. 3 DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE SAÚDE ALTO RIO NOVO O município de Alto Rio Novo fica localizado na região noroeste do estado do Espirito Santo, pertencente a macro norte, e a microrregião de saúde de Colatina. Possui uma população de 7.303 habitantes segundo o censo de 2010. O modelo de gestão é participativo, e existe um conselho municipal de saúde criado no dia 11 de maio de 1997, com sede própria. Não possuímos hospitais, apenas um Pronto atendimento que funciona das 07 às 22 horas de segunda a sexta-feira e nos finais de semana de 08 as 16 horas. Temos como hospital de referência o hospital de Pancas e hospital Silvio Avidos . A lei nº 055\91 que criou o fundo municipal de saúde de Alto Rio Novo é de 19 de o setembro de 1991. O gerenciamento do fundo municipal é feito na Prefeitura Municipal, mas o Secretario de Saúde que administra os recursos e as despesas, de acordo com a lei 8.080. A elaboração do Plano Municipal de Saúde de Alto Rio Novo, está baseada na lei orgânica do Sistema Único de Saúde SUS nº 8.080 de 1 de setembro de 1990 que estabelece a necessidade do planejamento de ações e aprovação do plano Municipal de Saúde pelo Conselho Municipal. Cabe à Secretaria Municipal de saúde planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde. A lei 8.080 estabelece que o planejamento seja ascendente, do nível local até o federal, servindo como base para a programação das atividades em saúde. 16 Apresenta também, a convergência as ações em direção ao cumprimento dos princípios e diretrizes das políticas de saúde, com base no planejamento de ações estabelecendo metas, prioridades e estratégias para o enfrentamento dos problemas de saúde. O Plano Municipal de Saúde contempla todas as vigilâncias em saúde (ambiental, sanitária, epidemiológica), Estratégia de Saúde da Família, saúde bucal, assistência farmacêutica, Pronto atendimento. O setor de planejamento é centralizado em um único profissional na secretaria de saúde. E a pratica no processo de planejamento em saúde se faz através de estudos de analise e diagnostico de saúde no Município. O Plano de Saúde contempla ações estratégicas do Pacto pela saúde, apresentando ações e metas a serem cumpridas em prazos estabelecidos. Possui também coerência entre o diagnóstico situacional apresentado em relação às causas de morbidades e mortalidade, e sempre apresentando ações e propostas para redução das mesmas. Além de ações presentes nos planos, contendo no Plano Plurianual. O plano foi apreciado pelo conselho e aprovado, a resolução nº 003/2010, foi aprovado em plenária no conselho em sua terceira reunião extraordinária realizada no dia 19/11/2010, às 14 horas e 30 minutos, amparada pela lei nº 056/91. O plano entra em vigência em 2010 a 2013, cabe à Secretaria Municipal de Saúde, monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde propostos, se necessário modificá-los. De acordo com o secretário o município tem a prática de elaborar a Programação anual de saúde, onde as ações são contidas também no plano municipal e serve como ferramenta indispensável para a realização dos trabalhos de forma organizada da secretaria de saúde. Sobre o relatório de gestão é uma ferramenta indispensável para o gestor, pois ele pode ver claramente os gastos e o que foi feito no último ano. Serve também como instrumento de avaliação, pois ele consolida as informações e ações, identificando os problemas. Também é uma referência que podemos seguir para que não ocorram os mesmos erros no próximo ano, e sem contar que ele é uma forma de prestação de contas. E o relatório referente a 2010 não foi apreciado e aprovado pelo Conselho, pois o mesmo não fora concluído até o presente momento. 17 O Fundo Municipal de Saúde fica subordinado diretamente ao Secretário Municipal de Saúde. De acordo com a gerente de programas o Siops vem sendo alimentado regularmente pela secretaria de saúde, e também os relatórios anuais de gestão e as audiências públicas são feitas trimestralmente, sempre realizadas na Câmara de Vereadores com a participação da comunidade e as autoridades dos diversos seguimentos da sociedade. Os gastos públicos com saúde nos anos de 2008 foram de 15,83%, em 2009 19,8% e 2010 18,41%. O Município está investindo além dos 15% de acordo com a legislação, no ano de 2009 e 2010 foram investidos quase 20%, percentual no qual mostra a preocupação da atual administração e também vemos os reflexos dos investimentos na população. A Vigilância em saúde na está inserida na secretária de Saúde. Existe uma integração entre todas as vigilâncias: Ambiental, Epidemiológica, e sanitária. Até porque, existe apenas um profissional responsável pela gerencia das vigilâncias, por um lado é excelente, pois você facilita a integração entre elas fazendo sempre que possível um trabalho em conjunto, onde todos possam falar a mesma língua. A aproximação também facilita e agiliza as ações programadas, e a desvantagem é porque existe muito trabalho para uma pessoa só gerenciar. A vigilância está contemplada legalmente na secretaria de saúde, além de possuir o código sanitário e o código de saúde, o nosso código está sendo revisado para podermos atualizar, porque desde 1990, ele não foi atualizado. Processo de trabalho de cada vigilância é feito através do planejamento anual de ações, e sempre procuramos integrar também o Programa de saúde da família, recentemente integramos os agentes de combate a endemias e os agentes comunitários de saúde, enfermeiros e o coordenador das vigilâncias, para juntos estarmos levando a todas as escolas da rede municipal palestras, teatros sobre a dengue e a esquistossomose, dentre outras. Estamos tendo um grande êxito, e vemos a melhoria e os resultados obtidos depois destas ações em nosso Município. Talvez um dos grandes problemas que temos é na vigilância sanitária, encontramos grandes dificuldades em realizar o nosso trabalho, às vezes quando precisamos de tomar algumas medidas de acordo com a legislação esbarramos na 18 “política”, nosso município é pequeno todos se conhece, nossa população é de sete mil e duzentos habitantes apenas, e isso dificulta a realização de nossos trabalhos. O quadro de funcionários da vigilância ambiental e epidemiológica é satisfatório, porem todos eles são contratados e estão a mais de cinco anos exercendo a função, e os fiscais sanitários são efetivos. A Estratégia Saúde da Família é o pilar de sustentação da atenção primária no município, de Alto Rio Novo, possui três equipes de Saúde da Família que realizam a cobertura de 100% do território. O Município conta com 20 agentes comunitários de saúde dividido nas 03 equipes e 03 equipes de Saúde Bucal da modalidade 1. Contamos com assistência farmacêutica de segunda a sexta-feira, dispensamos medicamentos básicos na Unidade de Saúde de referência. A Agência Municipal de Agendamento-AMA é o ponto de atenção que liga grande parte da rede assistencial a saúde do Município aos serviços de média e alta complexidade. Conforme programação pactuada e integrada à maioria das referências das especialidades é ofertada pela Superintendência Regional de Saúde de Colatina, uma vez que Alto Rio Novo pertence à microrregião. A regulação sobre os sistemas compreendem as seguintes ações: elaboração da regulação geral (leis, decretos, normas e portarias), que dizem a respeito às funções de gestão, planejamento, financiamento e fiscalização de sistema de saúde, controle sobre os sistemas, monitoramento e avaliação dos sistemas, macro diretrizes para a regulação da atenção a saúde; não possuímos uma equipe de auditoria assistencial, ouvidoria, corregedoria, e os membros que compõem esse grupo de acompanhamento atuam na própria secretaria de saúde, sendo seis servidores e apenas um com curso superior, para estar realizando todo o trabalho de gerência, sabemos que é impossível, mas é o que podemos contar em nosso Município, que tem sete mil e duzentos habitantes. A regulação da atenção à saúde tem como objetivo a produção de ações direta e final da atenção à saúde, estando, portanto, dirigida aos prestadores de serviços públicos e privadas. As ações da regulação da atenção à saúde ficam centralizadas na secretaria municipal de saúde e todos esses serviços que a seguir serão listados são feitos na própria secretaria municipal, tendo como servidores apenas dois no agendamento, 01 no cadastramento, 01 na alimentação de todos os programas e 19 serviços de saúde, 01 coordenador para todos os programas de saúde, e o gestor municipal, grupo esse que atua nas ações de regulação e atenção a saúde. As ações compreendem em: cadastramento de estabelecimentos e profissionais (CNES) , cadastramento de usuários, centralização de serviços de saúde através de pactuações na micro e macrorregião, credenciamento e habitação para prestação de serviços de saúde (realizado principalmente pela Vig. Sanitária), elaboração e incorporação de protocolos de regulação de ordene os fluxos de assistência (buscamos estar utilizando a linha guia), processamento e monitoramento de serviços ambulatoriais, utilizamos o SIAB para o monitoramento, PPI, avaliação das condições sanitárias dos estabelecimentos de saúde via Vig. Sanitária, e avaliação dos indicadores epidemiológicos, e não esquecendo de aferir a satisfação dos usuários com o serviço que lhe são ofertados, através de entrevistas realizadas pelo Agentes Comunitário de Saúde e caixas de sugestões nos serviços de saúde do município. Os elementos que compõem a regulação de acesso no sistema municipal são as Unidades básicas de saúde, Pronto Atendimento, AMA, sendo que, os membros que compõem o grupo de regulação trabalham na secretaria municipal de saúde, nas Estratégias de saúde da família, nas vigilâncias (sanitária, epidemiológica, ambiental), sabemos que a maioria das necessidades e os problemas devem ser resolvidos nesse nível de atenção, além de ser um instrumento de gestão do SUS que visa maior eficiência, com princípio de resolutividade, caso uma determinada unidade da rede de atenção básica não dispuser de condições de atender as necessidades de um usuário, devemos saber exatamente para onde encaminhá-lo, viabilizando o acesso aos serviços, ter resposta satisfatória a demanda e tê-lo de volta reencaminhado para equipe de atenção básica á qual esta cadastrado. Nunca deixando o paciente sem direcionamento, porque quanto mais rápido a agilidade no acesso maior chance de cura e evitar um possível óbito. Na secretaria de saúde não possui uma “central de regulação” na AMA, consistem na regulação do acesso assistencial, incluindo marcação de consultas, exames de média e alta complexidade. Quando não conseguimos ofertar serviços no próprio município encaminhamos para os municípios de nossa referência, de acordo com as pactuações. Não possuímos nenhum profissional de nível superior em nossa secretaria na regulação dos serviços de saúde, nesses casos a decisão 20 sempre é do gestor municipal, sabemos que a oferta de serviços sempre é menor que a demanda dos usuários e o controle é necessário, a fim de garantir o acesso de forma racional e quando a oferta é maior que a necessidade existe um controle para não haver excesso de utilização das ações de saúde. No caso do Pronto Atendimento o Próprio médico entra em contato com a regulação microrregião para solicitação de vaga nos hospitais de referência. De acordo com Plano Diretor de Regionalização, integrando a Macrorregião Norte, algumas consultas, exames, cirurgias e demais serviços especializados são marcados no CRE- Centro Regional de Especialidades Metropolitano em Colatina, bem como em hospitais e clínicas dos municípios de Vitória e Vila Velha credenciada pelo Sistema Único de Saúde - SUS. O setor conta com um transporte sanitário municipal para os atendimentos realizados nos municípios da regional metropolitana, transportando diariamente 30 pacientes. Os pacientes que dependem do procedimento de hemodiálise são referenciados para a Santa Casa de Misericórdia de Colatina/ES com garantia de seu transporte de acordo com o perfil de seu tratamento. A Secretaria Municipal de Saúde possui 129 funcionários, deste 54 são servidores efetivos, 67 contratados e 8 comissionados, e não existe nenhum servidor municipalizado. Programa Os sistemas de informações em Saúde é compostos por diferentes sub-sistemas, que produzem uma enorme quantidades de dados referentes as atividades setoriais em saúde, gerando grandes bancos de dados nacionais, além de contribuir para universidades, IBGE, e outras instituições. No município de Alto Rio Novo – ES, no qual trabalho, trabalhamos com vários sistemas de informações estarei listando a seguir, todos os programas que utilizamos: SIM, SINASC, SINAN, SAI, SAI/APAC, SIAB, CNES, SI PNI, TABWIN, SINAVISA, SISVAN, VIGIAGUA, BOLSA FAMILIA NA SAUDE, PCE, SISCOLO, SISLOC, SIOPS, SISFAD, SIS PPI, CNS, SISPRENATAL, SISMAMA, HIPERDIA, esses três sistemas citados por ultimo está em fase de implantação. . Através dos sistemas de informações em saúde, podemos realizar diversos estudos, como, estudo de mortalidade (SIM), vigilância de óbitos (materno, infantil, etc.), monitoramento da saúde da criança, acompanhamento dos agravos de 21 notificação, surtos e epidemias (SINAN). Também o acompanhamento de produção ambulatorial. Acompanhamentos de pré-natal, podemos saber se as gestantes estão sendo acompanhado adequadamente, o de controle Esquistossomos PCE, e em todos esses programas citados podemos gerar relatórios para análise sucinta dos trabalhos desenvolvidos no município. Todos os dado que serão alimentados no sistema, e gerados em informação são obtidos, através das Vigilâncias em Saúde ( vigilância Sanitária, Epidemiológica, e Ambiental) e também através dos relatórios do Programa de Saúde da família, dentre outros. E os documentos gerados por cada setor são enviados semanalmente e mensalmente de acordo com a necessidade de informação de cada sistema, em relações as notificações são enviadas no mesmo dia. Todos os dados gerados são enviados para secretaria de saúde, onde existe apenas um profissional para estar alimentando todos os sistemas, nesta sala existe 02 computadores, e durante a entrevista para a coleta de informação para realizar este trabalho, a digitadora relatou que os computadores são poucos para tantos programas, e eu como coordenador dos programas em saúde percebo que um profissional apenas é insuficiente e deveria existir pelo menos uns quatro profissionais para exercer estas atividade, pois se o profissional sair de férias ou ate mesmo adoecer que irá substituí-lo, essa é o grande problema do meu município. A digitadora relata não ter problema na alimentação dos programas por ter experiência de longa data, na realização deste trabalho. Todos os dados que são necessários para fazer um levantamento ou diagnostico, não temos problemas em ter acesso, sempre somos muito bem atendidos pela digitadora na secretaria de saúde, e ela nos fornece esses dados gerados pelo sistema sem dificuldades. De acordo com a profissional responsável pelo sistema de informação os dados são fidedigno. Na secretaria de saúde não existe um setor especifico para planejamento e nem profissionais disponíveis para realização do mesmo. Em níveis hierárquicos existe apenas o secretario de saúde, um coordenador de todas as vigilâncias e estratégia de saúde da família, e uma técnica que fica na responsabilidade de alimentar todos os sistemas de informação em saúde. Diante deste quadro ficam muito centralizados muito serviços para poucas pessoas. 22 O monitoramento se faz através dos relatórios entregues pelas equipes de saúde, sejam eles mensais semanais ou de acordo com os serviços, e sempre prestamos muito atenção nos cumprimentos de metas para os indicadores e as pactuações. O processo de avaliação é constante sempre é feito após a entrega de relatórios, observando sempre a produção, e se esta de acordo com planejamento. A divulgação dos resultados se dá através de reuniões com funcionários de cada setor, onde discutimos resultados e ações para estarmos melhorando as ações. O planejamento local é feito através de um levantamento no sistema de informação, realizando também um diagnostico situacional dos problemas de cada área, e logo após o diagnostico situacional, é feito um plano de ação e o mesmo é inserido no plano municipal de saúde, servindo de referencia e instrumento para o monitoramento e avaliação das propostas e ações. O plano municipal de saúde contempla metas para os indicadores de saúde, monitoramento, e avaliação do pacto pela saúde, onde os mesmos são abordados de forma clara as prioridades e os objetivos do plano. Um dos indicadores mais importante é avaliar as condições de vida de uma população, a mortalidade infantil, sendo um indicador de grande relevância, torna-se fundamental para formação de estratégias que permitam seu controle, e este deve ser feito desde uma assistência adequada a mulher durante a gravidez e o parto e um acompanhamento eficaz das uma criança de risco. Este é um exemplo dos vários indicadores contidos no plano municipal de saúde. Os dados gerados pelos sistemas de informação podem gerar diagnostico situacional de saúde, além de avaliação, monitoramento e controle dos serviços, analisar o cumprimento de metas, plano de Ação, dentre outros. Podem ser gerados vários indicadores tais como: Mortalidade/sobrevivência, morbidade/gravidade/incapacidade, nutrição/crescimento e desenvolvimento, Aspecto demográficos, conceitos socioeconômicos, saúde Ambiental, Serviços de saúde. 23 A secretaria municipal de Alto Rio Novo possui um conselho municipal de saúde, o qual foi difícil o processo para sua composição. Inicialmente foi feito convite a todos os seguimentos da sociedade organizada, porém não compareceram seus respectivos representantes. O conselho não possui comissões, o que significa que aprovam e reprovam qualquer situação em conjunto. O Presidente do conselho é o próprio secretario de saúde. As conferências em saúde são sempre realizadas com municípios vizinhos e a ultima conferência foi realizada em Mantenópolis no dia 14 de julho de 2011. Por ocasião desta, foi discutida um problema dos municípios de Alto Rio Novo e Mantenópolis, como a não adesão das gestantes ao Programa de Pré-natal. As propostas para adesão foram implementadas e hoje o município de Alto Rio Novo possui 100% das gestantes cadastradas e acompanhadas com 6 ou mais consultas de pré-natal. A secretaria de saúde oferece todas as condições para o bom funcionamento do conselho de saúde, existe uma sala especifica para reuniões com computador, internet, impressora, Tv Lcd 32 polegadas, Dvd, materiais didáticos ( livro, apostilas dvds). No município não existe um setor especifico para planejamento, normalmente o plano é feito em cima de um diagnostico situacional de saúde, e a partir das reuniões do conselho, a sociedade organizada é pouco representativa para nas tomadas de decisão. O conselho de saúde não acompanha de forma sistemática, a execução orçamentaria e financeira dos recursos destinados a saúde, os conselheiros são pessoas muitos simples, acham que só pelo fato de estar presentes e assinar todo papel que vier pela frente já estão ajudando, e muito desconhecem as funções deliberativas e autonomia que o conselho tem. Os convênios e contratos são apresentados ao conselho de saúde, porem ninguém acompanha e questiona nada, e no final dos contratos assinam as atas aprovando os mesmos. A secretaria municipal de saúde apresenta as prestações de contas ao conselho municipal de saúde, o conselho aprova e dai são convidados todos representantes da sociedade constituída (associações, igrejas, ministério publico, dentre outras), a realização da prestação de contas é realizada na câmara de vereadores trimestralmente. O relatório de gestão é apresentado ao conselho, mas 24 os representantes não discutem, se essas ações foram necessárias ou desnecessárias para aquele investimento. Observa-se e que, logo já perguntam ä onde eu assino para poder ir embora. Existe uma grande dificuldade em reunir os membros do conselho para reuniões, há quatro anos atuando no município foi possível observar que os representantes do conselho não possuem uma interação com o processo de trabalho. O conselho não interage com os outros conselhos, nem mesmo com Ministério Público, porque ficam com receio de falar “demais”, e muito menos falam com o colegiado de gestão. O conselho não busca forças com outras forças sociais e a própria secretaria de saúde quando vai montar o conselho convidam os representantes de associações, igrejas, sindicatos, porém os mesmos não têm aparecido. Os conselheiros tem todo acesso aos dados de informação para o acompanhamento e monitoramento das ações, desde que solicitem. As principais atividades da equipe de monitoramento e controle são: Preparação do Relatório de Gestão, Avaliação do Pacto da Atenção Básica, Avaliação da Pactuação Integrada, Pactuação da Programação Pactuada Integrada, Acompanhamento mensal da produção Ambulatorial. 25 4 OBJETIVO 4.1 OBJETIVO GERAL Monitorar e Controlar as áreas de risco de esquistossomose no município de Alto Rio Novo –ES. 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Apresentar informações sobre a esquistossomose, formas de transmissão, sintomas e tratamento as Equipes de Saúde da Família; • Realizar exames parasitológicos de fezes em todos os alunos da rede municipal e estadual de ensino; • Fazer com que os alunos se tornem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos sobre a esquistossomose em sua própria residência, levando medidas educativas e preventivas. • Realizar um monitoramento e controle nas áreas mais infestadas. 26 5 METODOLOGIA O projeto será realizado com as Secretarias de Saúde e Educação, contemplará intervenções nas escolas municipais e estadual do município de Alto Rio Novo e terá quatro etapas. A participação da Educação será com apoio e abertura das escolas para desenvolver esta intervenção. 1° Etapa: Sensibilizar as equipes de Estratégia de Saúde da família. Levará informações epidemiológicas e capacitar as ESF através de aulas expositivas e dialogadas com ilustrações e linguagem apropriada para cada faixa etária, sobre a esquistossomose, formas de transmissão, sintomas e tratamento. Sensibilizando e conscientizando os alunos sobre a prevenção desta doença. 2° Etapa: Coleta de materiais para exames parasitológicos. Nesta etapa será feita a distribuição de coletores de fezes para realizar em 100% dos alunos dos os alunos da rede municipal e estadual de ensino, através do método Kato-Katz. Estes exames serão feito pelo laboratório municipal da Vigilância Ambiental, será coletado amostras de turma por turma dos escolares. Aqueles que apresentarem o resultado positivo, agendaremos atendimento médico para o seu tratamento. 3° Etapa: Capacitar alunos da rede pública sobre esquistossomose. O objetivo principal desta capacitação é desenvolver nos alunos da rede pública competências conceituais e atitudinais necessárias para prevenção e controle da esquistossomose. A capacitação serão feitas pelas ESF e pretende-se assim, sensibilizar aos alunos para tornarem-se multiplicadores dos conhecimentos adquiridos quanto às medidas preventivas e controle da esquistossomose em diferentes contextos, ou seja, na comunidade, família e comunidade. 4° Etapa Realizar um monitoramento e Controle nas áreas infestadas. O monitoramento e controle serão feito após o mapeamento das áreas de riscos. Após seis meses as equipes do programa de saúde da família e vigilância ambiental, retornará ás escolas para fazer novamente os exames parasitológicos de fezes e constatar os impactos desta intervenção. Este mapeamento será feito após a coleta das amostras e realização dos exames. Os casos positivos será feito um levantamento através da ficha do aluno, onde constam a localidade e o endereço, a 27 partir desta fase da intervenção a equipe de vigilância ambiental, fará um estudo de monitoramento e controle nas áreas mais afetadas e de risco. 28 6 RESULTADOS ESPERADOS Após a execução do projeto esperamos que todos os alunos conheçam esta doença e sejam realizados exames parasitológicos de fezes em todos os alunos, e os casos positivos sejam tratados, e que formemos alunos multiplicadores das informações sobre a esquistossomose em especial para suas próprias famílias. Reduzindo a prevalência da infecção, e impedindo a expansão da endemia, além de criarmos uma “consciência da doença”. Por se tratar de uma enfermidade que é na maioria das vezes assintomática é esperada obtenção detalhada de dados do caso, com objetivo principal de determinar os locais de risco e onde possivelmente ocorreu a transmissão do caso, visando o direcionamento das ações de monitoramento e controle. Com controle da doença será possível evitar casos graves por complicações de esquistossomose, principalmente por mielorradiculopatia esquistossomótica. 29 7 MONITORAMENTO E CONTROLE O monitoramento é a parte do processo avaliativo que envolve coleta, processamento e análise sistemática e periódica de informações e indicadores de saúde selecionados como objetivo de observar-se as atividades se estão sendo executadas conforme o planejamento e, estão tendo os resultados alcançados. Para que seja possível o monitoramento de forma organizada é disponibilizado pelo Ministério da Saúde o Programa de Controle da Esquistossomose o PCE, que possibilita o monitoramento e controle da infestação desta moléstia. O profissional de saúde deverá monitorar mensalmente os novos casos e as localidades mais infestadas e por meio dos relatórios e do sistema de informação, realizar um controle de todos os casos positivos se foram tratados, para que não ocorra um número elevado de novos casos e áreas de infestações. Observando as condições e os locais que favorecem a instalação de focos da transmissão da doença. Tomando medidas de saneamento ambiental, para dificultar a proliferação e o desenvolvimento dos hospedeiros intermediários, bem como impedir que o homem infectado contaminasse as coleções de água com os ovos de Shistosoma Mansoni. As ações de educação em Saúde a Mobilização comunitária são muito importantes no controle da esquistossomose, basicamente para promover atitudes e práticas que modifiquem as condições favorecedoras e mantenedoras da transmissão da transmissão. 30 8 PREVISÃO FINANCEIRA Item Quantidade Helm test 15 caixas x x Microscópio 01 x x Coletores fezes 1500 unidades 0,18 270,00 Papel A4 04 pacote 12,00 48,00 Pen-drive 01 unidade 20,00 20,00 Caneta 10 unidades 1,00 10,00 30,00 60,00 Tinta para 02 cartucho Valor Unitário Valor Total impressora Data show Gasolina 01 x para 100 litros 2,90 x 290,00 transporte Medicamento X X X praziquantel 600mg TOTAL 698,00 Os materiais para palestras, como o Data Show, e os materiais para realização dos exames e tratamento, são cedidos pela Secretaria Municipal e Estadual de Saúde. O valor para implantação do projeto é muito baixo, em relação aos benefícios que ele trará ao município além de estar monitorando e controlando esta doença, justificando assim o presente trabalho. 31 9 CRONOGRAMA PARA EXECUÇÃO DA INTERVENÇÃO Ano: 2012 Fases Ações Apresentação do Projeto aos alunos Coleta de amostras para exame parasitológico Capacitação dos alunos Realizar monitoramento controle nas infestadas. um e áreas Retorno nas escolas, coleta de novas amostras para constatar o impacto da intervenção. Mês Jan Fev Mar Abr Mai X X X X X X X X X X X X Jun Jul X X Ago Set Out Nov Dez X X X X X 32 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Espera-se que através deste Projeto as ações de monitoramento e controle da esquistossomose em Alto Rio Novo, possam ser realizadas de maneira organizada e planejada, utilizando de métodos científicos a forma de execução e trabalho. Os objetivos propostos com as equipes de Saúde da Família, Agentes de Saúde e Agentes de Combate as Endemias possam estar voltados como prioridade para este trabalho, visto que este município e considerado hiper-êndemico para esta doença. As propostas aqui apresentadas constituem-se de uma tentativa de diminuição e controle da esquistossomose, e espera-se um comprometimento de todos os profissionais da Atenção Primária á Saúde em prol deste trabalho apresentado. 33 11 REFERÊNCIAS ALVES, Paulo Cesar; SOUZA, Iara Maria; CUNHA, Litza. A experiência da esquistossomose e os desafios da mobilização comunitária. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X1998000600007&script>. Acesso em: 10 Abr. 2010. BARBOSA, Frederico; HOLANDA, Eliane. Modelo Alternativo para o controle da Esquistossomose: estado atual do projeto do ES, Brasil. Disponível em: <http//www.bilioteca.universia.net/. Acesso em: 10 Abr. 2010. BRASIL. Guia de Vigilância Epidemiológica/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6. Ed. Brasília: Ministério da saúde, 2005. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 816 p. BRASIL. Caderno de Atenção Básica/ Ministério da saúde, Vigilância em Saúde. 12. Ed. Brasília-DF, 2008. (Serie A. Normas e Manuais técnico ) 22-30p. BRASIL.Guia de Vigilância Epidemiológica/ Fundação Nacional de Saúde. 5 . Ed. Brasília-DF: Funasa, 2002. 275-285p. BRASIL. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/ pdf/Lei%208080.pdf>. Acesso em: 15 Mai. 2010. COSTA, Afonso Diniz, et al. Controle da esquistossomose: Diretrizes Técnicas. 2. ED. - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde. Disponível em:<http/bvsms.gov.br/.../cd_01controle_esquist_diretrizes_tec_1998 . Acesso em: 10 Abr. 2010. FUCCI, M.; SANTORO. Helmintoses Intestinais. Conhecimentos, atitudes e percepção da população. Disponível em: <http//www.scielosp.org/scieloorg/php/reflinks.ph. Acesso em: 10 Abr. 2010. GOMES, Alda Adilce; ARAUJO, Alessandra Lima. Educação em saúde na prevenção de esquistossomose com escolares de 1° grau em Macaporana-PE. Disponível em: <http//www.bilioteca.universia.net/. Acesso em: 10 Abr. 2010. 34 PASSOS, D. C. Diretrizes técnicas no controle da esquistossomose. Controle da esquistossomose. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. Brasília: Brasil, 1998. PRATA, A. VERONESI, R; FOCCACIA, R. Esquistossomose Mansoni Tratado de Infectologia, Ed. Atheneu, Vol. 2, São Paulo, 1997, 1354-1372p. PEIXOTO, Sergio Viana; KATZ, Naftale. Análise crítica da estimativa do número de portadores de esquistossomose mansoni no Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid> Acesso em: 15 Abr. 2010. TORELLY, André Peretti. Esquistossomose. Disponível <http/www.abcdasaude.com.br.artigos.php?. Acesso em: 20 Abr. 2010. em: 35 ANEXO 36 ANEXO 1 – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTO RIO NOVO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ALTO RIO NOVO CNPJ.14.396.805.0001/96 AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS PARA O MONITORAMENTO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE EM ALTO RIO NOVO Ficha do Aluno Nome completo:______________________________________________________ Escola: _____________________________________________________________ Idade:______________________________________________________________ Série:______________________________________________________________ Endereço:___________________________________________________________ Data: __/__/___ 1) Você toma banho de rio ou córrego ? ( ) Sim ( ) Não Se sim, onde? _______________________________________________________ 2) A água para o consumo humano é captada através de: ( ) poço ( ) nascente ( ) rio ( ) tratada 3) Tem hábito de beber água filtrada? ( ) Sim ( ) não Após a entrevista, coleta de material e resultados: Exame parasitológico de fezes: ( ) positivo ( ) negativo Tratamento:___/___/____ 37 Esta ficha servirá para fazer um mapeamento e controle nas áreas de risco, sendo um dos principais instrumentos de avaliação e monitoramento.