ESQUISTOSSOMOSE PERITONEAL: relato de caso Thiago Franco Albino Médico. Especializando em Clínica Médica RESUMO A esquistossomose é a secunda infecção parasitaria do mundo, com 200 milhões de pessoas infectadas no mundo , ficando atrás apenas da malária. A maioria das pessoas infectadas vivem em países subdesenvolvidos e em regiões tropicais como o Brasil. É uma doença que possui um ciclo evolutivo complexo, dependente de hospedeiro intermediário e de más condições higiênicas sociais. A apresentação clínica é abrangente, desde sintomas inespecíficos até sinais clássicos de hipertensão porta e óbito. O diagnóstico é suspeitado a partir da epidemiologia associado aos sintomas do paciente. Sendo feito na maioria das vezes através de exame parasitológico de fezes (EPF), pelo método Kato- Katz, tendo uma maior sensibilidade quando realizado em mais de 3 amostras. O diagnóstico sorológico é reservado na maioria das vezes para doença de apresentação crônica. O tratamento é realizado de forma simples com Praziquantel ou Oxaminiquine dose única. O parasita habita o interior dos vasos sanguíneos, habitualmente o plexo portal e mesentérico. No momento da sua ovoposição, há liberação de ovos que normalmente se dirigem para o lúmen intestinal ou para o fígado, causando a continuação do ciclo ou fibrose hepática peri-porta. Na minoria das vezes, os ovos dirigem a outros órgãos causando uma ampla possibilidade clínicas raras, como: mielite transversa, pseudo tumor abdominal ( esquistossomose peritoneal ), esquistossomose cutânea, apendicular, miocárdica. O objetivo deste estudo é relatar um caso de paciente com pseudotumor abdominal, sendo realizado o diagnostico por biópsia em videolaparoscopia propedêutica de esquistossomose peritoneal, com posterior tratamento farmacológico. Palavras-chave: Esquistossomose peritoneal. Pseudotumor. Praziquantel. Esquistossomose.