Actas do XII Congresso Anual da SPE 1 Convergência do máximo em esquemas quasi-triangulares Adelaide Valente Freitas Universidade de Aveiro, Departamento de Matemática Maria da Graça Temido Universidade de Coimbra, Departamento de Matemática Resumo: Seja {kn } uma sucessão não decrescente de inteiros positivos para a qual se tem lim kn = +∞. Consideremos uma sucessão de variáveis aleatórias duplan→+∞ mente indexadas {Xkn , k ≤ kn , n ≥ 1} tal que Fn é a função de distribuição de X1n , X2n , ..., Xkn n , para cada n. Neste trabalho apresentamos condições para a convergência em distribuição do máximo max{Xkn , k ≤ kn }, sob normalização linear, considerando: i) Fn uma potência de uma função de distribuição pertencente ao domínio de atracção de leis max-semiestáveis; ii) Fn pertencente a uma classe ampla de funções de distribuição (discretas e contínuas) resultante de extensões de modelos associados a sistemas de fila de espera. Palavras–chave: variáveis duplamente indexadas, máximo, leis max-semiestáveis, domínios de atracção Abstract: Let {kn } be a nondecreasing positive integer-valued sequence satisfying lim + kn = +∞. Let {Xkn , k ≤ kn , n ≥ 1} be an array of random variables and n→+∞ denote by Fn the underlying distribution function of X1n , X2n , ..., Xkn n . We study conditions for the convergence in distribution of the maximum max{Xkn , k ≤ kn }, under suitable normalization, considering the following cases: i) Fn is a suitable power of a distribution function F which belongs to the domain of attraction of max-semistable laws; ii) Fn belongs to a wide class of distribution functions related to queueing system models. Keywords: array of random variables, maximum, max-semistable laws, domains of attraction 1 Introdução O Teorema de Gnedenko (1943) –um dos resultados que constituem a génese da Teoria de Valores Extremos– garante-nos que se para uma sucessão de variáveis aleatórias (va’s), independentes e identicamente distribuídas (iid) com função de distribuição (fd) F , o seu máximo amostral, sob normalização linear, convergir em distribuição para uma lei limite não degenerada, então essa lei limite será max-estável –MS–. Porém, se essa convergência apenas se verificar ao longo de uma subsucessão {kn } de IN, i.e. se existirem sucessões de constantes {an }, 2 Freitas e Temido/Máximo em esquemas quasi-triangulares an > 0, e {bn } tais que: lim F kn (an x + bn ) = G(x) , n→+∞ (1) para todos os pontos de continuidade de alguma fd G não degenerada, e, para kn+1 além disso, a subsucessão {kn } satisfizer a condição lim = r > 1, as n→+∞ kn possíveis leis limites G serão max-semiestáveis –MSS– (Grinevich, 1992). As leis MSS podem ser caracterizadas pela seguinte fd unificadora: log(1 + γx) G(x) = exp −ν( )(1 + γx)−1/γ , 1 + γx > 0 , (2) γ onde γ ∈ IR e ν é uma função positiva periódica e limitada nas condições estabelecidas por Grinevich (veja-se Temido, 2000). Notemos que o caso clássico iid pode ser introduzido neste contexto tomando r = 1, kn = n e ν(x) = 1. Se, todavia, em (1) inserirmos uma componente dinâmica que permita que a fd F varie também quando n → +∞, i.e., se o primeiro membro de (1) for substituído por Fn kn (an x + bn ), onde Fn representa o termo geral de uma sucessão de fd’s, então, em termos gerais, deixa de ser possível controlar o comportamento assintótico do máximo amostral linearmente normalizado. Na realidade, para qualquer fd G existe sempre uma sucessão de fd’s {Fn } tal que Fn kn (an x + bn )→G(x). Basta considerar Fn = G1/kn , an = 1, bn = 0. Por outro lado, nem para toda a sucessão de fd’s {Fn } existe uma fd G não degenerada tal que se verifica lim Fn kn (an x + bn ) = G(x) , n→+∞ (3) para todo o x ponto de continuidade de G. Basta observar o caso em que Fn consiste na sucessão de indicatrizes sobre [n, +∞[. Assim sendo, interessará estabelecer condições para a ocorrência de (3) sobre uma classe suficientemente ampla de sucessões de fd’s {Fn } mas que permita identificar o tipo da lei limite G. Seja então {kn } uma sucessão não decrescente de inteiros positivos a verificar lim kn = +∞ e consideremos o modelo genérico de observações definido por n→+∞ uma sucessão {Xkn , k ≤ kn , n ≥ 1} de va’s duplamente indexadas tal que, para cada n, as va’s X1n , X2n , ..., Xkn n são iid com fd Fn . Notemos que estas variáveis definem uma estrutura matricial quasi -triangular; no caso particular em que kn = n temos um esquema triangular. No que se segue F representará uma fd pertencente ao domínio de atracção de leis MSS. Neste trabalho analisaremos quatro situações: • Fn = F kn /n , com F duplamente diferenciável; Actas do XII Congresso Anual da SPE 3 n , onde {sn }, {µn } e {σn > 0} são sucessões de cons• Fn (x) = F sn x−µ σn tantes adequadas; α Cn • Fn (x) = 1 − An (x)B , com α > 0, {Bn } e {Cn } sucessões de consx −1 n tantes tais que Bn ≥ 1, Cn > 0 e, quando n → +∞, Cn → 0, Bn → B ≥ 1, e {An (.)} sucessão de funções positivas tais que lim inf n An (x) > 0, para cada x, e Fn é fd. Esta classe de fd’s resultou da extensão de alguns modelos discretos estudados por Serfozo (1988) relativos ao comprimento máximo de sistemas de fila de espera e posteriormente analisados por Freitas (1998). α Cn , onde α > 0 e {Bn } e {Cn } são sucessões de • Fn (x) = 1− An (x)(B x −1) n constantes tais que Bn > 1 e Cn ≥ 0 e {An (.)} é uma sucessão de funções positivas tais que Fn é fd. 2 Lei limite na classe MSS Em Freitas e Hüsler (2004) é estabelecida uma condição necessária e suficiente para a convergência de Fnn (an x+bn ) para uma fd limite não degenerada quando as fd’s Fn são duplamente diferenciáveis. No que segue U ← denota a inversa generalizada da função U , isto é, U ← (y) = inf {s : U (s) ≥ y}. Teorema 2.1 (Freitas e Hüsler, 2004) Seja {Fn } uma sucessão de fd’s duplamente diferenciáveis e G outra fd também duplamente diferenciável com G0 (x) > 0 para todo o x tal que G(x) ∈ (0, 1). Seja R(x) = φ0G ((− log(− log G))← (x)) contínua, onde φF denota a função 1 auxiliar da fd F dada por φF (x) = (− log(− log F ))0 (x) . Então (Fnn (an x + bn ))(l) →G(l) (x) , para l = 0, 1, 2 , para alguma normalização an > 0 e bn se e somente se a condição φ0Fn ((− log − log Fn )← (x + log n))→ R(x) = φ0G ((− log − log G)← (x)) (4) se verifica local e uniformemente. Tomando, no Teorema 2.1, Fn = F kn /n , com F fd duplamente diferenciável, e tendo em conta a expressão (2) das leis MSS, podemos estabelecer a seguinte caracterização dos domínios de atracção de leis MSS duplamente diferenciáveis. 4 Freitas e Temido/Máximo em esquemas quasi-triangulares Corolário 2.1 Seja F uma fd duplamente diferenciável e seja z = z(x) uma função duplamente diferenciável com derivada de segunda ordem contínua definida implicitamente por x = z − ln ν(z), onde ν é uma função nas condições de Grinevich tal que ν 0 (x) > 0. Nestas condições, existem constantes de normalização an > 0 e bn e uma sucessão não decrescente de inteiros positivos {kn }, kn+1 = r ≥ 1, tal que com lim n→+∞ kn (F kn (an x + bn ))(l) →G(l) (x) , para l = 0, 1, 2 , para alguma fd G MSS duplamente diferenciável se e somente se a condição 0 0 0 log (− log(− log F ))← (x + log kn )→ γz 0 (x) + (log z 0 (x)) (5) se verifica local e uniformemente. Demonstração. Atendendo à definição da função auxiliar, Freitas e Hüsler (2004) observaram que, para qualquer fd F , 0 0 φ0F ((− log(− log F ))← (x)) = log (− log − log F )← (x). Assim, no caso em que Fn = F kn /n , o primeiro membro de (4) pode-se escrever na forma dada no primeiro membro de (5). Por outro lado, seja x = . Para a fd G definida em (2), obtém-se (− log(− log G))(y) e z = log(1+γy) γ (− log(− log G))← (x) = eγx − 1 , γ sendo x = z − log ν(z). Consequentemente, o segundo membro de (4) é equiva0 lente a log(eγz z 0 (x)) do que resulta o pretendido, tendo em conta o Teorema 2.1. u t Exemplo 2.1 Seja F (x) = exp(− sin(1/x)), para x suficientemente grande. É fácil verificar que para o primeiro membro de (5) se tem −1 − e−2x−2 log kn e−x 1/kn + 2√ →1 , −2x−2 log k n 1−e 1 − e−2x−2 log kn arcsin e−x−log kn para qualquer {kn } tal que lim kn = +∞. Comparando com (5) concluímos n→+∞ dz dx (x) que = 1 e γ = 1. O Corolário 2.1 garante que existem constantes de normalização an > 0 e bn tais que F kn (an x + bn )→ exp(−x−1 ) , x > 0. Passemos à segunda situação referida na Secção 1. Com base no Teorema dos Tipo de Kintchine (veja-se, por exemplo, Leadbetter et al., 1983) garante-se a ocorrência de (3) de acordo com o seguinte resultado. Actas do XII Congresso Anual da SPE 5 Teorema 2.2 Seja F uma fd pertencente ao domínio de atracção da lei MSS G, isto é a verificar (1) para alguma sucessão {kn }. Consideremos Fn (x) = F sn x−µn σn , para x suficientemente grande, onde {µn }, {σn > 0} e {sn > 0} são sucessões de constantes reais e lim kn /sn = n−→+∞ ∗ satisfazendo kn+1 ≥ kn∗ +∞. Então, existem constantes reais γn > 0, ξn , e e lim kn∗ = +∞ tais n→+∞ que ∗ k lim Fn n (γn x + ξn ) = G(αx + β) , kn∗ n→+∞ sendo α > 0 e β constantes. Exemplo 2.2 Seja Fn (x) = 1 − αn exp(−[x]) , x ≥ [log αn ] + 1, tal que αn → 0 quando n → +∞. h ni Com sn = αn e tomando γn = 1, ξn = n e kn∗ = αe n temos kn∗ (1 − Fn (γn x + ξn )) = kn∗ αn e−n exp(−[x]) −→ exp(−[x]), n → +∞. Obtém-se (3) com G(x) = exp(−e−[x] ) , x ∈ IR. 3 Lei limite numa nova classe Consideremos a classe particular de sucessões de fd’s discretas Fd definida por Freitas (1998) constituída pelas sucessões {Fn } onde Fn representa uma fd com limite superior de suporte infinito tal que, para n ≥ n0 e x suficientemente grande, !α Cn , Fn (x) = 1 − [x] An Bn − 1 com α > 0 e para apropriadas constantes An , Bn e Cn tais que An > 0, Cn > 0, Bn > 1, Cn → 0, Bn → B ≥ 1 quando n → ∞ e lim inf n An > 0. Teorema 3.1 Seja {Fn } uma sucessão de fd’s na classe Fd . Se existe uma sucessão não decrescente de valores inteiros {kn } satisfazendo limn kn = +∞ e 1/α (i) kn Cn → +∞ e An → A ∈ IR, então existe uma constante β positiva tal que (3) ocorre com G(x) = exp −βB −[x] , x ∈ IR. 1/α (ii) kn Cn → 0 e B = 1, então (3) ocorre com G(x) = exp(−x−α ), x > 0. Observação 3.1 No caso em que {Fn } ∈ Fd com B > 1, Freitas (1998) apenas conseguiu delimitar o comportamento limite do seguinte modo: se n1/α Cn → c ∈ 6 Freitas e Temido/Máximo em esquemas quasi-triangulares ]0, +∞] então existem constantes an > 0 e bn tais que lim supn→∞ Fn n (an x + bn ) ≤ H(x) lim inf n n→∞ Fn (an x + bn ) ≥ H(x) , onde H é uma fd na classe de Serfozo (veja-se Teorema 2.3 em Freitas, 1998). 1−ρ[x] n Exemplo 3.1 Seja Fn (x) = [x+1] , x > 0. Em Freitas (1998) demonstra-se 1−ρn que se limn→+∞ ρn = 1 e α = 1 então existem constantes an > 0 e bn tais que limn→∞ Fn n (an x + bn ) = H(x), onde H é uma fd na classe de Serfozo. Consideremos agora ρn > 1 tal que limn→∞ ρn = B > 1. Neste caso, tomando an = 1 e bn ∈ IN obteremos o comportamento assintótico (3) com G(x) = exp(−B −[x] ), x ∈ IR. De facto, kn (1 − Fn (an x + bn )) = com kn = h exp(−bn ln ρn ) 1−ρn kn (1 − ρn ) −[x]−[bn ] − ρn ρn → B −[x] , n → +∞, i . Consideremos agora uma nova classe H de possíveis leis limites em (3) definidas pelas fd’s que apresentam uma das seguintes três formas para todo o x suficientemente grande: i) H0,α,η (x) = exp(−x−α η(x)) , α > 0, onde η é tal que H0,α,η é uma fd; ii) Hc,α,η (x) = exp(−(ex η(x) − 1c )−α ) , uma fd; iii) H+∞,α,η (x) = exp (−eαx η(x)) , α > 0, c > 0, e η tal que Hc,α,η é α > 0, e η tal que H+∞,α,η é uma fd. A classe H inclui as leis MSS e a classe de Serfozo quando η é a função constante. Observemos que H inclui fd’s discretas já que, por exemplo, o termo e[x] se pode escrever na forma ex e[x]−x = ex η(x). Com vista a obter em (3) a convergência na classe H, i.e. tal que G ∈ H, introduzimos duas novas classes de sucessões de fd’s {Fn }, aqui denotadas por F1 e F2 , sendo que a primeira contém a classe Fd considerada em Freitas (1998). Definição 3.1 Diremos que a sucessão de fd’s {Fn } pertence à classe F1 se Fn tem limite superior do seu suporte infinito e, para n ≥ n0 e x suficientemente grande, α Cn , Fn (x) = 1 − An (x)Bn x − 1 onde {Bn } e {Cn } são sucessões de constantes tais que Bn ≥ 1, Cn ≥ 0 e {An (.)} é uma sucessão de funções positivas tais que Fn seja fd. Actas do XII Congresso Anual da SPE 7 Para alguns elementos de F1 estabelecemos o seguinte resultado. Teorema 3.2 Seja {Fn } uma sucessão de fd’s da classe F1 e consideremos a fd Hc,α,η ∈ H. 1. Seja c ∈]0, +∞] e suponhamos que existe uma sucessão não decrescente de inteiros positivos {kn } a satisfazer limn kn = +∞ e duas sucessões de numeros reais {an > 0} e {bn } tais que lim kn 1/α Cn = c, an log Bn = n→+∞ 1, bn log Bn − log(kn 1/α Cn ) = 0 e lim An (an x + bn ) = η(x), para todo n→+∞ o ponto de continuidade da função η. Nestas condições, (3) obtém-se com G = Hc,α,η . 2. Para qualquer sucessão de inteiros positivos {kn } e qualquer α > 0 tais que lim kn 1/α Cn = 0, não é possível obter o limite (3). n→+∞ Demonstração. Apenas o caso 1. De facto, tem-se kn (1 − Fn (an x + bn )) = An (an x + bn ) exp bn log Bn − log kn 1/α Cn + an log Bn x − An (an x + bn )ex − 1 kn 1/α Cn −α −α 1 kn 1/α C n = , tomando an log Bn = 1 e bn log Bn − log kn 1/α Cn = 0. Por outro lado, uma vez que lim An (an x + bn ) = η(x), obtemos n→+∞ −α lim kn (1 − Fn (an x + bn )) = (η(x)ex − 1/c) n→+∞ . u t Tendo em conta a parte 2 do Teorema 3.2 consideraremos uma nova classe de sucessões de fd’s em ordem a estabelecer a convergência (3). Definição 3.2 Dizemos que a sucessão de fd’s {Fn } pertence à classe F2 se, para n ≥ n0 e para todo o x suficientemente grande, α Cn Fn (x) = 1 − ,α > 0 , An (x)(Bn x − 1) com Bn > 1, Cn ≥ 0 e {An (.)} uma sucessão de funções positivas tais que Fn seja fd. Para esta classe estabelecemos o seguinte resultado. Teorema 3.3 Seja {Fn } uma sucessão de fd’s da classe F2 e suponhamos que existe α > 0 e uma sucessão não decrescente {kn } a satisfazer lim kn = +∞, n→+∞ 8 Freitas e Temido/Máximo em esquemas quasi-triangulares tal que lim kn 1/α Cn = 0. Admitamos ainda que existem constantes reais n→+∞ an > 0 e bn para as quais lim An (an x + bn ) = η −1/α (x) , n→+∞ para todo ponto de continuidade de η, com x−α η(x) não crescente para x > 1/α 1/α x0 > 0, an log Bn = kn Cn e bn log Bn = o kn Cn . Nestas condições, (3) mantém-se com G = H0,α,η . Demonstração. De facto, de kn (1 − Fn (an x + bn )) = An (an x + bn ) exp(bn log Bn + kn 1/α Cn x) − 1 decorre lim kn (1 − Fn (an x + bn )) = η(x)x−α . n→+∞ !−α kn 1/α Cn u t Exemplo 3.2 Com α = 1, Cn = 3−n , Bn = exp(3−n ) e An (x) = exp(−n + [logx]) obtém-se uma sucessão de fd. na classe F2 que verificam a hipótese do teorema anterior com kn = en , an = en e bn = 0. Agradecimentos. As autoras agradecem ao Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa e à Unidade de Investigação "Matemática e Aplicações"da Universidade de Aveiro o apoio financeiro recebido no âmbito do POCTI-FCT, co-financiado pela Comunidade Europeia (fundo FEDER). Vão também os nossos agradecimentos aos Departamentos de Matemática da Universidade de Aveiro e da Universidade de Coimbra. Referências [1] Freitas, A. (1998) Nova classe de aproximações em teoria de valores extremos. Tese de doutoramento. Universidade de Aveiro. [2] Freitas, A.V., Hüsler, J. (2004). Condition for the convergence of maxima of random triangular arrays. Extremes (no prelo). [3] Gnedenko,B.V. (1943). Sur la distribution limite du terme maximum d’une série aléatoire. Ann. Math., Vol. 44, p. 423-453. [4] Grinevich, I.V. (1992). Max-semistable limit laws under linear and power normalization. Theory Probab. Appl., Vol. 37, p. 720-721. [5] Leadbetter, M.R., Lindgren e G. Rootzén, H. (1983) Extremes and related properties of random sequences and processes. Springer-Verlag. [6] Serfozo, R. (1988) Extreme values of queue lengths in M/G/1 and GI/M/1 systems. Math. Op. Res., Vol. 13, p. 349-357. [7] Temido, M. G. (2000). Classes de leis limite em teoria de valores extremosestabilidade e semiestabilidade. Tese de doutoramento. Universidade de Coimbra.