Preparação do cloreto de terc-butila Substituição Nucleofílica Alifática Júlia Ciaramello Fuzatto Juliana Gonçalves Gomes Simone Avelino Fonseca Reações de Substituição Nucleofílica É quando um nucleófilo,espécie com um par de elétrons não compartilhados, reage com um substrato pela reposição do grupo retirante, que sai levando consigo o par de elétrons da ligação quebrada. Reações de Substituição Nucleofílica - - Nü + R X Nucleófilo R Nü + X Substrato (haleto de alquila) Produto H Nü - Centro que o nucleófilo procura H H δ+ δ- C X Íon haleto As reações de substituição nucleofílica podem ser de dois tipos: • SN1:Substituição nucleofílica unimolecular • SN2:Substituição nucleofílica bimolecular Substituição Nucleofílica SN1 • A velocidade da reação depende somente da concentração do substrato, • Cadeia ramificada (impedimento estérico), • Há formação de carbocátion, • Os nucleófilos são fracos, • O solvente utilizado é polar e prótico, • Ocorre retenção e inversão da configuração Substituição Nucleofílica SN1 (CH3)3CCl + 2H2O (CH3)3COH + H3O+ + ClEtapa 1: CH3 H3C C Cl CH3 H2O Com ajuda do solvente polar, o átomo de cloro se afasta com o par de elétrons que o ligava ao carbono Etapa 2: CH3 H3C C + CH3 ácido de Lewis CH3 C+ terciário H3C C + + Cl- estável CH3 lenta Produtos solvatados e estabilizados pela H2O rápida :OH2 base de Lewis CH3 H3C C O+ H CH3 H Substituição Nucleofílica SN1 Etapa 3: CH3 H3C C O+ H CH3 H :OH2 rápida base de Bronsted (aceita um próton) CH3 H3C C O H + H3O+ CH3 Substituição Nucleofílica SN2 • A velocidade da reação depende da concentração do substrato e do nucleófilo, • O substrato não deve ser impedido estericamente, • Não há formação de carbocátion, • Os nucleófilos devem ser fortes e concentrados, • O solvente utilizado é polar e aprótico, • E ocorre inversão de configuração. Substituição Nucleofílica SN2 Mecanismo SN2 Inversão de configuração Estado de transição Arranjo tetraédrico Arranjo planar Arranjo tetraédrico Eliminação unimolecular (E1) O mecanismo E1 é semelhante com a reação SN1. Forma-se um carbocátion na primeira etapa e a velocidade da reação só depende da concentração do substrato. Ambos são favorecidos pelos mesmos fatores. E1 SN1 x E1 SN1 – CARBOCÁTIONS ESTÁVEIS, NUCLEÓFILOS FRACOS, SOLVENTES POLARES, BAIXAS TEMPERATURAS, E1 – CARBOCÁTIONS ESTÁVEIS, NUCLEÓFILOS FRACOS, SOLVENTES POLARES, ALTAS TEMPERATURAS Métodos mais comuns de Preparação de Haletos de Alquila • Halogenção direta de alcanos,para a formação direta de cloretos e brometos de alquila (mistura de isômeros de dificil separação). H3C-CH2-CH3 + Cl2 → H3C-CH-CH3 + H3C-CH2 –CH2 propano | | Cl Cl 2-cloropropano 1-cloropropano Métodos mais comuns de Preparação de Haletos de Alquila • Adição de ácidos halogenídricos em alcenos. H3C-CH=CH2 + HCl → propeno H3C-CH-CH3 | Cl 2-cloropropano Métodos mais comuns de Preparação de Haletos de Alquila • Conversão de álcoois em haletos de alquila por reações SN1 e SN2. CH3 CH3 | | H3C - C-OH + HCl → H3C - C-Cl | | CH3 CH3 álcool t-butílico + H2O cloreto de t-butila Técnicas utilizadas • Extração e lavagem • Secagem de solução (secagem por agentes inorgânicos e minerais) • Filtragem simples (eliminação do agente secante) • Destilação simples (obtenção do cloreto de tercbutila) Aparelhagem • Extração: funil de separação Aparelhagem • Filtração simples Aparelhagem • Destilação simples Propriedades dos compostos utilizados Compostos Álcool tercbutílico Cloreto de terc-butila Bicarbonato de sódio Ácido clorídrico(em solução) Cloreto de cálcio Fórmula Molecular C4H10O C4H9C1 NaHCO3 HC1 CaC12 Ponto de ebulição(0C) 82.9 51 - 114 Maior que 1600 Ponto de fusão(0C) 25.5 -26.5 270,perde CO2 -85 772 Densidade (g.cm3)(250C) 0,779 0,847 2,159 1,187 2,152 Peso Molecular(g. mol-1) 73,96 92,57 34,01 36,46 110,98 Solubilidade Água,éter e álcool Álcool e éter. Insolúvel em água Água. Insolúvel em álcool Água,álcool Éter e benzeno Água e álcool Pouco tóxico;não inflamável Tóxico por inalação, irritante para os olhos e pele; não inflamável Pouco tóxico Toxidade Irritação nos olhos e na pele; inflamável Tóxico(inalaçã o prolongada); inflamável Agente secante •Forma com a água um sal Hexa-hidratado (CaCl2.6H2O), em temperatura inferior a 30°C. devido a presença , como impureza, de fabricação , de hidróxido de cálcio ou de cloreto básico, •Não deve ser usado nas secagens ácidas ou de líquidos ácidos, •Não deve ser empregado nas secagens de alguns compostos carbonílicos, de ésteres , álcoois, fenóis, aminas, e amidas, em virtude de reagir quimicamente com esses compostos. REAÇÕES ENVOLVIDAS: •Reação de formação do cloreto de terc-butila: (CH3)3OH + H3O+ + Cl- (CH3)3Cl + 2H2O REAÇÕES ENVOLVIDAS: • Eliminação de ácido que possa estar em excesso: NaHCO3 + HCl → Na+ Cl- + CO2 + H2O • Eliminação da água através do agente secante: CaCl2 + 6 H2O → CaCl2.6H2O Reação concorrente (E1) • Uma reação paralela que pode ocorrer é a eliminação de um próton do carbocátion formando um alceno. Procedimento experimental Preparação do cloreto de terc-butila 25g de álcool t-butílico em funil de separação de 25Oml 1.Adicionar 85mL de HCl concentrado 2.Agitar a mistura por 30 segundos a cada cinco minutos durante 20 minutos 3.deixar em repouso para separação das fases Fase aquosa (inferior): H3O+, Cl-- ; traços de álcool t butílico; traços de Cloreto de t-butila Fase aquosa (inferior): Na+ Cl- ;Na+ HCO3- ; traços de cloreto de tbutila; traços de álcool t-butílico Fase orgânica (superior): cloreto de t-butila; traços de álcool t butílico; HCl ;H2O 1.Transferir para Béquer 2.Lavar com 20mL de NaHCO3 3.Transferir para o funil de separação Cloreto de t-butila (superior): Traços de álcool t-butillico; traços de H2O; Na+ Cl- ; Na+ HCO3Lavar com 20 mL de água destilada Fase aquosa (inferior): Na+ Cl- ; Na+ HCO3-; traços de cloreto de t-butila; traços de álcool t-butílico Cloreto de t-butila (superior); traços de Na+ HCO3-; traços de Na+ Cl- ; H2O ; traços de álcool t-butílico Transferir Para erlenmeyer De 125 mL Cloreto de t-butila (superior); traços de Na+ HCO3-; traços de Na+ Cl- ; H2O ; traços de álcool t-butílico secar o produto com 5g de CaC12 anidro filtrar em papel pregueado, e recolhendo a fase orgânica em balão de destilação de 100mL. Sólido retido no filtro: NaCl ,CaCl2.6H2O; NaHCO3; traços de cloreto de t-butila; traços de álcool tbutílico Resíduos: de cloreto de t-butila; NaCl; CaCl2.6H2O; traços de álcool t-butílico Filtrado: cloreto de t-butila: traços de CaCl2.6H2O; traços de Na+ Cl- ; traços de H2O; traços de álcool de t-butílico 1) Tarar um erlenmeyer. 2) Destilar oproduto na faixa 49-51°C. (temperatura constante) 3) Calcular o rendimento. 4) Corrigir o p.e. Destilado: cloreto de t-butila Recolher em frasco com tampa. Rotular indicando: Nome do produto Volume Faixa destilação Membros do grupo Data Cálculos - Volume a ser utilizado de álcool t- butílico: m 25,00 g d = → 0,78 g mL = V VmL V= 32,05mL de álcool t-butílico Cálculos - Cálculo da massa de cloreto de tbutila obtida na reação com 25,00 g de álcool t-butílico: 1 mol de t-butanol ---- 1 mol de cloreto de t-butila 73,96g --------------- 92,57g 25,00g --------------- X X= 31,30g de cloreto de t-butila para 100% de rendimento. Cálculos - Fator de Correção do ponto de ebulição à pressão de 1 atm: P.E.=Tobs+ ΔT, ΔT =1,2x10-4(760 – p)(Tobs + 273) Supondo:Tobs = 45oC( 318K) e p = 709 mmHg ΔT =1,2x10-4.(760 – 709).(318 + 273) = =3,61K( 3,61o C) Cálculos Cálculo do rendimento: Rendimento exp. = Rendimento exp. = massa (exp .) 100 massa(calc.) massa (exp) 100 31,30 g O rendimento de uma reação raramente é 100%, devido a possíveis fontes de erro. Fontes de erro • Há possibilidade da reação não ser completa; • Ocorrência de reações secundárias concorrentes; • A insuficiência de um reagente em relação ao outro; • Impurezas dos reagentes utilizados; • Lavagem incorreta; • Contaminação dos materiais. Resíduos Os resíduos devem ser colocados em frasco especial devido a presença de terc-butila, que posteriormente será incinerado. Bibliografia • http://labjeduardo.iq.unesp.br • http://nautilus.fis.uc.pt/wwwqui/equilibrio/port/hipertexto/e qq_hiper_texto_01.html • http://www.geocities.com/vienna/choir/9201/quimica_org anica2.htm • Solomons,T.W.G., Fryhle, C.B.,Química Orgânica 1trad.Whei Oh Lin, 7ªed,LTC-Rio de Janeiro,2001.