P107 - UFF

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XI Encontro da SBQ-Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense, 29 a 31 de outubro de 2007
XI ENCONTRO DA SBQ-RIO DE JANEIRO
P107
PRODUÇÃO DE INTERMEDIÁRIO DE DIAZEPAM COM ÁCIDO
TRIALO ISOCIANÚRICO
Edson Rodrigo Fernandes dos Santos (PG) §, João Francisco Cajaíba da Silva
(PQ)* §, O. A. C. Antunes (PQ)** §
§
Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, 22640-000,
Rio de Janeiro, RJ
*[email protected]
** [email protected]
O
O
Introdução e Objetivo
X
N
+
O
Os benzodiazepínicos são drogas
psicoterápicas utilizadas no tratamento de
diversas doenças do sistema nervoso central
como ansiedade, insônia e convulsões
epiléticas1.O ácido trialo isocianúrico (1),
inicialmente utilizado como desinfetante e
antibactericida, vem sendo muito utilizado
para obtenção de cloretos de ácidos, cloretos
de alquila, nitrilas, ésteres2-4, na oxidação de
álcool a cetona e aldeído5, formação de
cloroidrina
a
partir
de
alquenos,
desidrogenação, oxidação de oximas a
nitrocompostos4, halogenação de anel
aromático e cloração de metilas benzílicas,
carbazóis, omeprazóis, carbonos alfa a
cetonas4,6.
R
Cl
OH
R
R1
R1
O
R
R1
O
O
R
R
R
Cl
OH
O
R
OH
H
O
O
OH
Cl
N
Cl
R1
R1
Cl
N
R
R
O
N
O
Cl
OH
N
Cl
NO2
O
O
R
R
OH
R
Cl
N
R
R1
R1
Cl
Esquema 1 – Utilização do ácido tricloro isocianúrico
Resultados e Discussão
O complexo da trifenilfosfina (2) e
ácido trialo isocianúrico gera “halogênio
positivo”, que possibilita a formação de
halogeneto de ácido a partir de ácidos
carboxílicos2,3 (Esquema 2).Por isso optou-se
em avaliar a possibilidade de uso de ácido
trialo isocianúrico para obtenção de
halogento de ácido (5) a partir do ácido
cloroacético.
N
O
:
N
X
N
Ph
+
Ph
P
P
Ph
Ph
O
O
N
(2)
X
-
X
Ph
X
Ph
X
(3)
(1) X= Cl, Br
O
Cl
HO
CH3
CH3
O
NH
N
O
Cl
Cl
O
Cl
O
(5)
Cl
X
+
O
(4)
P
Ph
Ph
Ph
(6)
Esquema 2 – Síntese do intermediário do Diazpam
A reação de Schotten-Baumann é a
mais utilizada para a obtenção do
intermediário do Diazepam (6), esta reação
consiste no uso de cloreto de ácido com
álcool ou aminas, na presença de base, para
obtenção de amidas e ésteres7. A quantidade
do halogeneto de ácido (4) em excesso é
menor quando a base é retirada da reação e
o rendimento e pureza se mantém iguais8.
Por isso não foi utilizado base no momento
da
adição
da
2-metilamina-5-clorobenzofenona (5) para neutralizar o ácido
liberado.
O
ácido
cloroacético
possui
toxicidade menor que os halogenetos de
acila e, por ser sólido, é de fácil manuseio. O
halogeneto de acila gerado pela reação do
complexo (3) não necessita ser isolado para
reação com a 2-aminobenzofenona (5)
(Esquema 1). Isso diminui possibilidade de
hidrólise do cloreto de cloroacetila. O ácido
tricloro isocianúrico forneceu rendimento de
67% e pureza cromatográfica de 98,3% e o
tribromo isocianúrico com rendimento 51% e
pureza cromatográfica de 81,0%. O
rendimento é mais baixo que o obtido com
cloreto de ácido, cerca de 96%.
XI Encontro da SBQ-Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense, 29 a 31 de outubro de 2007
Tabela 1. Dados de RMN
de 2a
C#/H# δ 13C(CHx)
38,0 (CH3)
1
41,75 (CH2)
2
128,5-139,4 (12C)
3
166,7 (C=O amida)
4
193,55 (C=O)
5
(300MHz, CDCl3)
δ 1H(nH, m)
3,04 (3H, s)
3,9 (2H, dd)
7,27-7,78 (8H, m)
Conclusão
O Custo para a produção do cloreto
de ácido torna o processo mais caro e por
isso aumenta o custo do processo. Como o
reagente mais caro é ao trifenilfosfina (2) se
for possível sua substituição o processo se
tornará viável financeiramente.
Referências bibliográficas
[1] DAUDON, M., Pharm. Biol., 1977, 11,389;
[2] HIEGEL, G. A.;et. al., Synthetic
Communications, 29(8), 1415, 1999
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Letters, 46, 5945, 2005.
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