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Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Faculdade de Economia – FE
Cuiabá
Ciências Econômicas
Ciência e Ideologia
Henrique Cesar da Costa
Henrique Cesar da Costa¹
Ciência e Ideologia
Artigo apresentado como resumo para a
disciplina de Introdução à Filosofia.
Graduação em Ciências Econômicas da
Universidade Federal de Mato Grosso.
Professora: Karine Krewer
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de apresentar uma simples reflexão sobre o que é
ideologia, e também para mostrar alguns pontos onde o homem, busca por conhecimento
sobre o mundo que o cerca. Ao longo do tempo o homem tem desenvolvido técnicas e
métodos que o auxiliaram nessa busca pela compreensão de alguns fenômenos e do universo.
Passando por etapas no decorrer da história humana, até o conceito básico de ideologia.
Palavras-chave: Ideologia, Ciência, Conceitos Básicos.
ABSTRACT
This work was developed with the intention of presenting a simple reflection on what is
ideology, and also to show some points where man, quest for knowledge about the world
around him. Throughout time man has developed techniques and methods that assisted in this
search for the explanation of some phenomena and the universe. Going through steps in the
course of human history, even the basic concept of ideology.
Keywords: Ideology, Science, Basic Concepts.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5
2 CIÊNCIA E IDEOLOGIA ...................................................................................................... 6
3 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 10
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INTRODUÇÃO
A ideologia e a ciência sempre estiveram ligadas, desde os princípios da ciência, assim
desde os homens primitivos havia questões acerca das coisas de que não se compreendia, ou
que não se tivesse poder sobre ela, como os fenômenos naturais.
Este resumo visa apresentar os entendimentos sobre ciência e ideologia, empregados pelo
auto, onde ele inicia falando sobre as primeiras questões, e com a consequências das
tentativas de obter respostas, houve-se evolução nos meios para tal, assim tendo um avanço,
que chega até Galileu, com quem a ciência moderna surge.
Ao decorrer do desenvolvimento desse trabalho, será exposto uma breve e concisa ideia de
como o autor quer passar esses fatos históricos e importantes, pois se não soubermos como
aconteceu antes, teremos dificuldade em perceber como avançar. Mas não são muito os que
procuram saber, ou que gostaria de conhecer um pouco mais de como surgiu a ciência e o
conceito de ideologia.
Segundo Joan H. Robinson, poucas pessoas se dão ao trabalho de estudar a origem de suas
próprias convicções. Gostamos de continuar a crer no que nos acostumamos a aceitar como
verdade. Por isso, a maior parte de nosso raciocínio consiste em descobrir argumentos, para
continuarmos a crer no que cremos. A partir da afirmação de Robinson, o que devemos nos
perguntar, se é possível separar ciência e ideologia, principalmente quando tratamos de
ciências sociais? Antes disto, se tentará compreender o que venha ser a ciência.
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CIÊNCIA E IDEOLOGIA
O autor inicia o capitulo com uma pequena indagação pouco comum, como: o que é
ideologia? Assim ainda explica pela qual razão é feita essa pergunta, e o porquê. Mas isso
deverá ficar claro ao final do capitulo. E ainda deveremos levar em consideração, a
abordagem de qualquer assunto cientifico, principalmente na área das ciências sociais, deve
levar em conta também o conceito de ideologia.
Quando o homem procurou conhecer mais do mundo em que vive, ele usou de vários
métodos que por sinal era mais ou menos eficientes, assim sendo tais métodos que
abordaremos: o mito, a magia, a tradição, a filosofia e a ciência moderna.
Usando os métodos de mito e magia, o homem tentou entender, explicar e talvez dominar,
as diversas propriedade que lhe fugiam à sua inteligência, como as forças cósmicas, assim
sendo: o raio, o trovão e o fogo. Para o homem primitivo, estes fenômenos pareciam como
deuses ou manifestações da divindade. Então mais tarde esses fenômenos, que para o homem
primitivo, eram manifestações divinas, foram explicadas pela ciência, e através das
explicações da ciência, descobrimos que o raio era apenas uma simples troca de eletricidade, e
o trovão era um fenômeno altamente explicável pelas leis da acústica, e o fogo era um
processo de oxirredução que obedecia a determinadas características.
Já na área do conhecimento prático, o método de tradição que por sua vez teve uma
relevância enorme ao longo dos tempos. Por décadas o conhecimento eram acumulados e
passava de geração a geração de forma hereditária.
A humanidade avançou com a descoberta da razão e da racionalidade dos gregos.
Perceberam que havia uma certa ordem no mundo, e assim houve a primeira tentativa de
compreensão e explicação sobre o universo, de maneira racional, e com toda descoberta de
razão e racionalidade, surgiu então a filosofia que por sinal foi um avanço gigantesco para a
época, mas ainda não era a ciência moderna. A ciência moderna surge com o aclamado
Galileu, que era um grande sábio de grande genialidade, que enxergava nos fenômenos mais
comuns, o que nenhuma outra pessoa conseguia ver. Ao tentar explicar alguns fenômenos,
Galileu usou um método simples, mas que era muito eficiente, assim sendo possível provar
algo. Como explicita Araújo (1995).
Observava atentamente os fenômenos. Quando possível procurava
repeti-los, em condições especiais (experimento); Procurava expressar esses
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fenômenos em números. Media e quantificava; Ao repetir o experimento,
nas mesmas condições, verificava se os resultados eram os mesmos.
(ARAÚJO, 1995, p.14)
Galileu foi o primeiro a usar o método científico caracterizado pela observação dos
fenômenos, seguido da tentativa de repeti-los via experimentação, para logo após expressá-los
em relações matemáticas. Com isto procurou-se descobrir as leis naturais, universais e eternas
por meio da regularidade dos fenômenos.
Portanto, segundo Galileu, poderíamos prever os fenômenos e não apenas descrevê-los,
prevendo-os poderíamos dominar a natureza e fazê-la trabalhar para o homem. Desse modo,
nascia a ciência moderna sobre um rigoroso método de investigação, conhecido como método
cientifico. Logicamente, estamos falando do método cientifico experimental que se restringia,
a princípio, ao campo das ciências naturais, e mais tarde serviria de modelo para as ciências
sociais sob os princípios de racionalidade, objetividade e neutralidade.
Mas é evidente que, tal método aplicado às ciências sociais jamais poderia ser efetivo,
fundamentalmente devido à natureza social do homem. Desse modo, este homem que só
sobrevive em sociedade, terá que decidir sobre a produção e a distribuição material da vida,
em um contexto de divisão da sociedade em grupos ou classes. Esta sociedade só poderá
sobreviver se conseguir justificar diante aos seus membros porque decidiu produzir e
distribuir de uma forma e não de outra, beneficiando uns e não outros, ou ainda todos. Não é a
toa que toda organização social precisa legitimar-se. Segundo Araújo, a ideologia não é outra
coisa senão o conjunto de normas, valores, símbolos, ideias e práticas sociais que procuram
justificar as relações econômicas e sociais existentes no interior da sociedade que beneficiam
um determinado grupo.
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A partir desta definição, podemos concluir que a ideologia é uma estrutura de pensamento
ligada a um grupo dominante. Este grupo tem muitos mecanismos de preservação de seus
interesses, que vão desde o domínio do Estado até o controle da mídia em geral. Não se trata
de uma elaboração maquiavélica, ao contrário, esta é fruto de um complexo processo social
espontâneo vazado por mecanismos racionais e por práticas sociais. Embora seja tanto uma
forma de conceber a realidade e de escamotear a mesma criando uma ilusão.
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Neste sentido, como separar a ciência da ideologia, já que ambas se apresentam sob a
forma racional, i.e., apoiadas em argumentos lógicos? Primeiramente devemos entender que a
ciência objetiva a verdade e não a criação de uma. Seu universo é o das leis objetivamente
estabelecidas. A ideologia move-se no universo dos valores. Ora, os valores sempre estão
associados à um determinado ponto de vista. Os valores não são neutros, expressam uma
determinada visão do mundo. O perigo da ideologia é que está se apresenta com a roupagem
de ciência, mas defende determinados interesses e não a verdade. Assim, a ideologia procura
explicar o mundo, como a ciência, mas influenciada por valores. Ë um sistema de idéias que
tende a transforma-se num sistema de crenças. Então segundo Araújo (1995), é praticamente
impossível separar ciência da ideologia.
Os limites entre ciência e ideologia (bem como entre ciência e tradição) não são
claros. Como distinguir entre estes dois campos? Tarefa difícil, senão impossível,
porque não existe um lugar “não ideológico” a partir do qual se possa falar
cientificamente sobre ideologia. Todo discurso ou qualquer elaboração mais ou
menos sistemática pode estar contaminada pela ideologia, mas apresenta-se a nós
como foros de ciência. A ideologia, para se expressar com eficácia, tende a
aglutinar-se num conjunto de ideias. Estas ideias filtram-se até as últimas camadas
da pirâmide sócia e, sorrateiramente, passam a governar o comportamento dos
grupos que compõem a sociedade. Embora a ideologia esteja vinculada ao grupo
dominante, ela é internalizada pela maioria dos membros da sociedade (pertençam
ou não ao grupo dominante). A partir daí, os membros desta sociedade passam a
acreditar na retidão das instituições. Apoiando neste sistema de ideias que, agora, se
transformou num sistema de crenças, a aceitação da organização social existente
torna-se espontânea. Justifica-se o status quo. (ARAÚJO,1995, p.17)
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CONCLUSÃO
Portanto, a ideologia opõe-se à ciência. Em certo sentido ela é a antecedência. Mas a
própria ciência pode ter função ideológica. Isto ocorre quando ela se transforma em um
instrumento de dominação nas mãos do grupo dominante. Não é raro que um grupo para se
legitimar no poder use a ciência para tal. Os tecnocratas são um bom exemplo, pois tentam se
legitimar no poder apelando para a ciência ou aplicação de um conhecimento sem privilegiar
este ou aquele grupo.
Todas as vezes que sistemas de ideias (ou práticas e símbolos sociais) são instrumentos
para defender interesses de grupos ou classes dentro da sociedade, eles podem ser chamados
legitimamente de sistemas ideológicos. Entretanto, nem todos os sistemas podem ser
considerados como ideológicos, só o serão se estiverem a serviço de interesses parciais.
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, C. R. V. História do Pensamento Econômico - Uma Abordagem Introdutória.
São Paulo - SP: Atlas, 1995. 160p.
ROBINSON, J. Filosofia econômica. São Paulo: Zahar, 1979;
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