Avaliação do custo de medicamentos administrados via sonda

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Avaliação do custo de medicamentos administrados via sonda enteral versus alternativas de
administração
Carine Fieira¹, Isabel Cristina Moresco², Daniela Ferreira Miyata³, Andréia Cristina Conegero Sanches3
¹Farmacêutica Residente do Programa de Residência de Farmácia Hospitalar da Universidade Estadual do Oeste do
Paraná (UNIOESTE), ²Mestranda do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas da
UNIOESTE, ³Docente da UNIOESTE
*[email protected]
Palavras chaves: Farmacoeconomia; Custo; Farmacoterapia; Medicamento; Farmácia Hospitalar.
Introdução
A terapia nutricional enteral é um recurso utilizado para
manter o estado nutricional ideal ou apoiar a
alimentação de um paciente que está impossibilitado de
ingerir alimentos por via oral. Frequentemente, os
pacientes que recebem suporte nutricional através de
sondas também são medicados por esta via (Pereira et
al, 2013), porém os medicamentos de uso oral não são
avaliados pelos fabricantes e pelas agências reguladoras
para o uso em sonda de nutrição enteral (Basso and
Pinheiro, 2014). O objetivo desse trabalho foi definir a
melhor forma de administração dos medicamentos via
sonda nasoenteral do ponto de vista farmacoeconômico.
Materiais e Métodos
Foram identificados os medicamentos sólidos prescritos
para administração via sonda enteral, durante 30 dias
entres os meses de Março e Abril de 2015, nas alas de
clínica médica, pediatria, neurologia e ortopedia;
unidade de terapia intensiva geral, unidade de terapia
intensiva neonatal, unidade de terapia intensiva
pediátrica, unidade de cuidados intensivos e ortopedia e
neurologia em um hospital público do Paraná. Após
esse levantamento foi analisado se havia outra
alternativa disponível na instituição, no mercado para
aquisição ou possibilidade de manipulação na farmácia
magistral. Para avaliação de custos realizou-se um
estudo comparativo entre os valores pagos pela
instituição no ultimo processo licitatório dos
comprimidos que foram triturados, considerando o
preço unitário somado ao material utilizado para
administração na sonda, e o custo para a aquisição da
forma farmacêutica adequada do mesmo princípio ativo,
considerando o Sistema Único de Saúde (SUS) como
fonte pagadora.
Resultados e discussão
Foram avaliadas prescrições de 418 pacientes e
identificados 54 medicamentos sólidos diferentes
administrados via sonda, perfazendo um custo total de
R$ 4055,52. Desse valor, R$ 262,61 poderiam ser
economizados se a instituição utilizasse alternativas
para a trituração dos comprimidos. Também foram
administrados 19 medicamentos via SNE que possuíam
uma forma farmacêutica mais adequada padronizada no
hospital, totalizando um custo de R$ 201,02 que
poderiam ser destinados a outras necessidades.
Tabela 1 – Análise farmacoeconomica do custo extra com a
trituração dos comprimidos para administração
Ala
Ortopedia/Neurologia
Clinica médica
UTI pediátrica
UTI geral
Custo
R$133,289
R$18,21
R$76,22
R$34,88
O uso da forma farmacêutica ideal para administração
via sonda resulta em benefícios para a instituição e o
paciente,
pois
mantem
as
características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas do fármaco,
garantindo um melhor resultado terapêutico. Além
disso, a presença do farmacêutico é essencial, para
avaliar a compatibilidade dessas adaptações com a
administração.
Conclusão
O estudo concluiu que a diferença de custo ao se adaptar
a forma farmacêutica dos medicamentos pode parecer
pequena (11,5%). No entanto, a efetividade do
tratamento se torna relevante, pois é preciso garantir a
efetividade e a segurança do tratamento o que não é
possível quando não se utiliza a forma farmacêutica
adequada.
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Referencias
Pereira SEM, Coelho MJ. Mesquita AMF, Teixeira AO and
Graciano SA (2013) Acta Paul Enfermagem 26:338-44.
Basso AP and Pinheiro MS (2014) Rev. Bras. Farm. Hosp.
Serv. Saúde 1:12-18.
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