revista brasileira de meio ambiente e sustentabilidade

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REVISTA BRASILEIRA DE MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE
Grupo de Estudos Avançados em Desenvolvimento Sustentável do Semiárido
UMA ABORDAGEM SOBRE A CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
DAS LATAS DE REFRIGERANTES
Artigo de Revisão
Rita de Kássya Araújo Freitas Melo
Graduada em Farmácia, especialista em Bioquímica e aluna especial do Curso de Mestrado
em Sistemas Agroindustriais (UFCG)
E-mail: [email protected]
Nahara de Medeiros Cabral Axiole
Graduada em Biomedicina e aluna especial do Curso de Mestrado em Sistemas Agroindustriais (UFCG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Trata-se de uma revisão de literatura que tem por objetivo promover uma abordagem sobre a
contaminação microbiológica das latas de refrigerantes. É de fundamental importância que qualquer material
ou objeto destinado a entrar em contato direto ou indireto com os alimentos, seja suficientemente inerte para
excluir a transferência de substâncias/microrganismos para os alimentos em quantidades susceptíveis de
representar um risco para a saúde humana. Esta preocupação deve ser observada também em relação às latas
de refrigerantes que são colocadas à venda. Isto porque uma grande quantidade de latas de refrigerantes
colocadas à venda em diversos estabelecimentos, a exemplo de bares, lanchonetes, supermercados,
quiosques, entre outros, são verdadeiras fontes de contaminação, colocando em risco a saúde humana. Uma
simples lata de refrigerante pode ser uma fonte de contaminação quando não armazenada e manuseada de
forma correta, observando os princípios de higienização. Para que isso não aconteça, é necessário que tais
latas sejam objeto de preocupação deste o seu processo de produção. Quando não armazenadas e manuseadas
corretamente ou quando não são observadas as normas de segurança durante os processos de produção e de
transportes dessas latas, uma grande quantidade de microrganismos prejudiciais à saúde humana, podem
nelas se instalarem e chegarem até o consumidor final, que por desconhecimento ou por acreditar que está se
utilizado de uma embalagem isenta de contaminação bacteriológica ou fúngica, é muitas vezes contaminado
por microrganismos, a exemplo do Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Clostridium spp. e do Bacillus
cereus.
Palavras-chave: Latas de refrigerantes. Contaminação. Riscos à saúde.
AN APPROACH ON MICROBIOLOGICAL CONTAMINATION OF REFRIGERANT CANS
Abstract: This is a literature review that aims to promote an approach on the microbiological contamination
of soft drink cans. It is of fundamental importance that any material or object intended to come into direct or
indirect contact with food is sufficiently inert to exclude the transfer of substances/micro-organisms to food
in amounts liable to pose a risk to human health. This concern must also be observed in relation to the soft
drink cans that are offered for sale. This is because a large quantity of cans of soft drinks put up for sale in
various establishments, such as bars, snack bars, supermarkets, kiosks, among others, are real sources of
contamination, putting human health at risk. A simple can of refrigerant can be a source of contamination
when not stored and handled properly, observing the principles of hygiene. For this to happen, it is necessary
that such cans be the object of concern of this process of production. When not stored and handled correctly
or when safety standards are not observed during the production and transport processes of these cans, a
large number of microorganisms that are harmful to human health can settle in them and reach the final
consumer, which, due to lack of knowledge Or because it is believed to be used in packaging that is free of
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bacteriological or fungal contamination, is often contaminated with microorganisms such as Staphylococcus
aureus, Escherichia coli, Clostridium spp. and Bacillus cereus.
Key words: Cans of soft drinks. Contamination. Risks to health.
1 Introdução
Na atualidade, as doenças de origem
alimentar, principalmente aquelas causadas por
bactérias ou por suas toxinas, vêm sendo
consideradas um grande problema de saúde pública
no mundo, por causarem morbidade e mortalidade
na população.
Além desses problemas, destacam Soto et al.
(2009) que esse processo de contaminação também
traz perdas econômicas ao mesmo tempo que afeta a
confiança dos consumidores em relação aqueles
estabelecimentos comerciais de alimentos, que são
manchetes na mídia por descuidarem da
higienização dos produtos comercializados.
Informa Silva Júnior (2002), que é na
produção da matéria prima, que, geralmente, se
inicia a contaminação dos alimentos ou seus
recipientes.
No entanto, esse processo de contaminação,
geralmente, se estende às etapas subsequentes
(transporte, recepção e armazenamento). Diante
dessa realidade é imprescindível que algumas
normas de segurança sejam observadas para que os
alimentos não coloquem em risco a vida do ser
humano.
É de fundamental importância que qualquer
material ou objeto destinado a entrar em contato
direto ou indireto com os alimentos, seja
suficientemente inerte para excluir a transferência de
substâncias/microrganismos para os alimentos em
quantidades susceptíveis de representar um risco
para a saúde humana.
Esta preocupação deve ser observada também
em relação às latas de refrigerantes que são
colocadas à venda. Isto porque uma grande
quantidade de latas de refrigerantes colocadas à
venda em diversos estabelecimentos, a exemplo de
bares, lanchonetes, supermercados, quiosques, entre
outros, são verdadeiras fontes de contaminação,
colocando em risco a saúde humana.
A lata de refrigerante é um produto, que se
não armazenado e/ou manuseado de forma correta,
pode trazer sérios danos à saúde do ser humano. Ela
pode ser fonte de transmissão de muitas doenças,
que, em alguns casos, podem levar o ser humano a
morte.
Os microrganismos encontrados nas latas de
refrigerantes podem estar relacionados com o
manuseio do produto nas operações de
processamento, embalagem e condições de
armazenamento.
Analisando o problema da contaminação das
latas de refrigerantes, Mata; Barcelos e Martins
(2010, p. 126) faz a seguinte observação:
Quando se fala em possibilidade de
contaminação por beber da lata de alumínio,
uma grande discussão é levantada. Sempre foi
necessário fazer a higienização correta da
latinha de alumínio. A lata mesmo que saiam
limpas das fábricas de bebidas passam por um
processo de transporte e armazenamento antes
de serem consumidas, e é nesta fase em que as
latas ficam, ainda mais, vulneráveis a serem
contaminadas.
Geralmente, quando esse produto é
armazenado de forma correta, nele dificilmente se
encontra a associação de fatores de risco de
contaminação bacteriana e fúngica. E isto contribui
para o surgimento das chamadas doenças
alimentares, que, se não tratadas da devida forma,
colocam em risco a vida de muitas pessoas.
2 Revisão de Literatura
2.1 A contaminação microbiológica de alimentos
A contaminação microbiológica de alimentos
causa preocupação em muitos países, especialmente
devido à elevada quantidade de alimentos
comercializados, em sem controle sanitário,
colocando em risco a saúde de muitas pessoas
(SILVA JÚNIOR, 2005).
De acordo com Mesquita et al. (2006, p. 198):
Dentre as doenças transmitidas pelos
alimentos, têm-se as de origem física, química
e
microbiológica.
As
toxiinfecções
alimentares de origem microbiana têm sido
reconhecidas como o problema de saúde
pública mais abrangente no mundo atual e
causa importante na diminuição da
produtividade, das perdas econômicas que
afetam os países, empresas e simples
consumidores.
A contaminação microbiológica de alimentos
tem sido alvo de constantes mudanças nos
procedimentos de controle higiênico-sanitário na
produção de alimentos. E, que há muitos anos os
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profissionais da área de alimentos tem se
preocupado com o estudo das doenças de origem
alimentar, principalmente com as ocorrências
clínicas decorrentes da ingestão de alimentos
contaminados com toxinas bacterianas.
Nos últimos anos, a mídia tem apresentado
números crescentes de casos de toxiinfecção
alimentar que, antes de indicar que pioraram os
cuidados na fabricação e manuseio de alimentos,
indicam uma melhora nos sistemas de saúde,
identificando e justificando estes casos (SILVA et
al., 2001).
Geralmente, os alimentos contaminados não
somente intoxicam o ser humano. Eles causam
infecções, que se não controladas corretamente,
podem levar o indivíduo à morte. É importante
ressaltar que os alimentos são contaminados
mediante contato com utensílios, superfícies e
equipamentos insuficientemente limpos. E, que os
microrganismos patogênicos podem estar presentes
em partículas de alimentos ou em água sobre os
utensílios lavados inadequadamente.
Informam Pinheiro; Wada e Pereira (2010),
que para a Organização Mundial da Saúde, o
manipulador pode ser uma via de contaminação dos
alimentos produzidos em larga escala e desempenha
papel importante na segurança e preservação da
higiene dos alimentos durante toda a cadeia
produtiva, desde o recebimento, armazenamento,
preparação até a distribuição. Uma manipulação
incorreta e o descuido em relação às normas
higiênicas favorecem a contaminação por microorganismos patogênicos, que por sua vez, podem se
multiplicar em números suficientes para causar
enfermidades ao consumidor.
Para a saúde pública, a vigilância de alimentos
é vital para garantir a saúde da população, bem
como minimizar os custos relacionados a
tratamentos, hospitalização, dias de trabalho
perdidos, entre outros.
De acordo com Franco e Landgraf (2003) para
atingir o controle do desenvolvimento microbiano
são utilizados métodos mecânicos para retenção de
microrganismos, entre os quais, destacam os
seguintes:
a) filtração,
b) manutenção das condições atmosféricas
desfavoráveis à multiplicação microbiana,
c) controle da temperatura,
d) desidratação,
e) uso de conservantes químicos ou através da
combinação de dois ou mais métodos.
No entanto, para garantir a segurança dos
alimentos, é imprescindível a conservação e a
higiene das instalações e dos equipamentos, os
responsáveis técnicos pelos estabelecimentos, a
origem e a qualidade da matéria-prima e o grau de
10
conhecimento e preparo dos manipuladores
(GERMANO; GERMANO, 2001).
De acordo com Welke (2010, p. 44):
As doenças transmitidas por alimentos (DTA)
constituem um dos problemas de saúde
pública
mais
frequente
do
mundo
contemporâneo. São causadas por agentes
etiológicos, principalmente microrganismos,
os quais penetram no organismo humano
através da ingestão de água e alimentos
contaminados.
Nas doenças alimentares, os sintomas mais
comuns incluem dor de estômago, náusea, vômitos,
diarreia e febre. Dependendo do agente etiológico
envolvido, o quadro clínico pode ser extremamente
sério,
com
desidratação
grave,
diarreia
sanguinolenta, insuficiência renal aguda e
insuficiência respiratória.
Acrescentam Mata; Barcelos e Martins
(2010), que as principais doenças de origem
microbiana, transmitidas por alimentos, possuem as
seguintes características:
a) um curto período de incubação;
b) um quadro clínico gastrointestinal
manifestado por diarreia, náuseas, vômito e dor
abdominal, acompanhado ou não de febre.
Resumindo, as DAT possuem curta duração,
havendo recuperação total dos pacientes. No
entanto, em indivíduos muito jovens ou idosos e
debilitados estas doenças podem originar
complicações graves, conduzindo até mesmo a
morte.
2.2 A importância das análises microbiológicas em
produtos alimentícios
As análises microbiológicas constituem uma
importante ferramenta para se verificar quais e
quantos microrganismos estão presentes num
alimento. Através dessa ferramenta é possível
conhecer as condições de higiene em que o alimento
foi preparado, os riscos que o alimento pode oferecer
à saúde do consumidor e se o alimento terá ou não a
vida útil pretendida.
Balbani e Butugan (2007) ressaltam que a
pouca higiene no comércio popular de alimentos
contribuiu para o aparecimento de várias doenças e
que outro fator de contaminação alimentar hoje
presente na economia globalizada é a facilidade de
distribuição de alimentos industrializados, o que
inclui a livre importação. Isto possibilita rápida e
extensa contaminação alimentar.
Em resumo, um alimento seguro é aquele que
não oferece risco à saúde do consumidor. Os
alimentos são passíveis de contaminação por
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diferentes agentes etiológicos, que podem levar ao
desenvolvimento de doenças, afetando a saúde
humana,
desencadeada
por
microrganismos
patogênicos ou suas toxinas.
A segurança alimentar é um desafio atual,
devendo ser analisada ao longo de toda cadeia
alimentar. Assim a fiscalização da qualidade dos
alimentos deve ser feita não só no produto final, mas
em todas as etapas da produção, desde a colheita,
passando pelo transporte, armazenamento e
processamento, até a distribuição final ao
consumidor (BALBANI, BUTUGAN, 2001).
É importante destacar que os microrganismos
estão intimamente associados com a disponibilidade,
a abundância e a qualidade do alimento para o
consumo humano. Alimentos são facilmente
contaminados com microrganismos na natureza,
durante manipulação e processamento.
Informa Soares (2007), que após ter sido
contaminado, o alimento serve como meio para o
crescimento de microrganismos. Se esses
microrganismos tiverem condições de crescer,
podem mudar as características físicas e químicas do
alimento e podem causar sua deterioração, podendo
também ser responsáveis por intoxicações e
infecções transmitidas por alimentos.
A intoxicação alimentar provocada por
microrganismo é devido à ingestão de enterotoxinas
produzidas e liberadas pela bactéria durante sua
multiplicação no alimento e representando um risco
para saúde pública. A enterotoxina estafilocócica é
termoestável e está presente no alimento mesmo
após o cozimento, possibilitando desta forma, a
instalação de um quadro de intoxicação de origem
alimentar.
Os resultados das análises microbiológicas
fornecem informações sobre a qualidade da matériaprima empregada, a limpeza das condições de
preparo do alimento e a eficiência do método de
preservação. No caso de alimentos deteriorados, é
possível identificar o microrganismo responsável
pela deterioração e sua fonte, como também as
condições que permitiram que a deterioração
ocorresse. Assim medidas corretivas podem ser
instituídas para prevenir a deterioração futura.
2.3 A contaminação das latas de refrigerantes
Geralmente, nos estoques, as latas de
refrigerantes ficam expostas a todo e qualquer tipo
de bactéria, que podem causar grandes males à
saúde. A mais comum e temida dessas bactérias é a
que causa leptospirose. Esta bactéria é comumente
encontrada nas urinas de ratos, que são
frequentadores assíduos de lugares destinados a
armazenamento.
11
Além da leptospirose, as latas de refrigerantes
apresentam um alto índice de contaminação em sua
superfície, principalmente, quando são vendidas em
bares supermercados e ambulantes. Nessas
embalagens, aparecem com frequência, a bactéria
Salmonella SP, que pode causar infecção
generalizada no ser humano, levando-o à morte.
Dissertando
sobre
o
problema
da
contaminação
dos
alimentos
normalmente
consumidos na sociedade atual, Mata; Barcelos e
Martins (2010, p. 123) fazem a seguinte observação:
As modernas formas de apresentação e
comercialização de alimentos têm estimulado
o hábito do consumo nas próprias embalagens
que, embora visualmente atrativas e protetoras
do conteúdo interno, ficam expostas à
contaminações superficiais ou de seu
conteúdo decorrentes da exposição ambiental
e da manipulação. A segurança dessas
embalagens, no que concerne ao contato
direto com as mãos e, principalmente, com a
boca, não tem sido avaliada, embora
represente importante área de investigação,
dada a sua importância como ferramenta
persuasiva para a adoção de cuidados
preventivos da ocorrência de doenças dessa
natureza.
A crescente utilização de alimentos
industrializados e mudança de hábitos, como o
consumo de refeições fora de casa, favorecem a
disseminação dos microrganismos e a emergência de
patógenos oportunistas. No entanto, consumir
diretamente bebidas em seu recipiente expõe o
consumidor a uma das doenças mais alarmantes em
saúde publica que são as doenças de origem
alimentar.
De acordo com Nogueira (2010, p. 115):
Um dos grandes problemas encontrados em
latas de bebidas, é que ao abrir as mesmas
deixa-se que a parte externa exposta ao meio
ambiente entre em contato com o líquido
conservado. Isso pode ser tão prejudicial à
nossa saúde, que há projeto de Lei que propõe
que as empresas fabricantes sejam obrigadas a
adotar modelos que não permita o contato da
parte externa com a bebida a ser consumida.
Essa proposta poderá minimizar os riscos de
contaminação desse produto. Tentando amenizar
esse problema, as empresas do setor estão colocando
nas latas de refrigerante um selo de alumínio, que
envolve a parte superior da embalagem. Esta
inovação vem sendo aceita pelos consumidores
como uma proteção a mais.
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No entanto, estudos revelam que o consumido
não está livre de ser contaminado nem mesmo pelas
latas que apresentam este lacre. Isto porque, o
empilhamento produto, em sua exposição para
venda, pode danificar o selo protetor, expondo o
bocal às condições naturais (NOGUEIRA, 2010).
Para evitar qualquer tipo de contaminação é
de suma importância que o consumidor seja
orientado a limpar a embalagem, tenha lacre ou não.
Sem esse simples procedimento, ele corre o risco de
adquirir uma doença alimentar.
BALBANI, A. P. S; BUTUGAN, O. Contaminação
biológica de alimentos. Pediatria (São Paulo), v. 23,
n. 4, p. 320-328, 2007.
3 Considerações Finais
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S.
Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São
Paulo: Varela, 2001.
Quando se fala em possibilidade de
contaminação por se beber um refrigerante na
própria lata, uma grande discussão é levantada. É
importante lembrar que higienização dos alimentos é
algo que nunca deve ser deixando de lado. E, que o
mesmo também deve ser observado em relação aos
produtos/utensílios utilizados durante o consumo dos
alimentos.
Uma simples lata de refrigerante pode ser uma
fonte de contaminação quando não armazenada e
manuseada de forma correta, observando os
princípios de higienização.
Para que isso não aconteça, é necessário que
tais latas sejam objeto de preocupação deste o seu
processo de produção. E mais, elas devem ser
corretamente
armazenadas,
evitando
serem
contaminadas para não colocarem em risco a vida
daqueles que consume os chamados refrigerantes
enlatados.
As latas de refrigerantes podem ser fontes de
várias doenças e causarem danos à saúde do ser
humano.
Quando não armazenadas e manuseadas
corretamente ou quando não são observadas as
normas de segurança durante os processos de
produção e de transportes dessas latas, uma grande
quantidade de microrganismos prejudiciais à saúde
humana, podem nelas se instalarem e chegarem até o
consumidor final, que por desconhecimento ou por
acreditar que está se utilizado de uma embalagem
isenta de contaminação bacteriológica ou fúngica, é
muitas vezes contaminado por microrganismos, a
exemplo do Staphylococcus aureus, Escherichia
coli, Clostridium spp. e do Bacillus cereus.
Apesar da gravidade desse problema, pouca e
quase nenhuma atenção tem sido dada ao mesmo, de
tal forma que as discussões em torno do assunto se
limitam ao meio acadêmico, sendo dificilmente
abordadas pela mídia e/ou pelas autoridades de
saúde pública.
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