Antropologia Funcionalista Definição Funcionalismo (do Latim fungere, ‘desempenhar’) é um ramo da Antropologia e das Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por instituições e suas consequências para sociedade como um todo. É uma corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim. Durkheim: o pai do Funcionalismo Para ele cada instituição exerce uma função específica na sociedade e seu mau funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato social, que segundo Durkheim, apresenta características específicas: exterioridade, generalidade e a coercitividade. O fato social é exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo; geral porque ocorre em uma coletividade e coercitivo na medida em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo. Qualquer tentativa contrária deste resulta numa punição por parte da sociedade. Críticas Nos anos 60, o Funcionalismo era criticado por prover modelos ineficazes para mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos; por isso mesmo, a Análise Funcional ficou conhecida como Teoria do Consenso. Conforme alguns opositores, a Teoria Funcionalista sustenta que conflito e disputa pelo status quo é danosa à sociedade, tendendo a ser a visão proeminente entre os pensadores conservadores. O Estruturalismo Funcionalismo x Estruturalismo O estruturalismo é uma espé́cie de refinamento do funcionalismo. Mas ambos possuem modelos de abordagem que permitem explicar o aspecto sincrônico da cultura; ou seja, tanto o funcionalismo e o estruturalismo de Lévi-Strauss defendem a tese da possibilidade de explicação científica da cultura e da sociedade sem uma incursão necessária na história. De acordo com a teoria estrutural, os significados dentro de uma cultura são produzidos e reproduzidos através de várias práticas, fenômenos e atividades que servem como sistemas de significação e de ordem. A Sociedade Para o estruturalista, o homem, pela natureza do seu espírito, não pode lidar com o caos. Seu medo maior é o de defrontar-se com aquilo que não pode controlar, seja por meios técnicos, seja por meios simbólicos. A cultura possui códigos estruturadores que geram a lei e a ordem, e a expectativa de organização responsabiliza-se por todo o medo à anarquia e à confusão de domínios que por definição devem se manter separados. A possibilidade de que as categorias venham a perder o controle que exercem, ou parecem-lhe exercer sobre o mundo, repercute como verdadeiro pânico em sua consciência. Por esta razão, o homem reconhece a existência de algo intrinsecamente bom e virtuoso na lei e na ordem. Ciência: a Cultura Universal que “põe ordem” no Universo