Saúde do Idoso

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Saúde do Idoso
Alterações do sistema respiratório
As alterações do Sistema Respiratório relacionados à idade afetam:
A capacidade e função pulmonar. Elevando o número de óbitos em
pacientes idosos com complicações respiratórias principalmente no
inverno.
O colapso osteoporótico das vértebras resultam em cifose, calcificação das
cartilagens costais e mobilidade reduzida das costelas.
A eficiência diminuída dos músculos respiratórios.
Rigidez pulmonar aumentada e área de superfície alveolar diminuída.
O diâmetro torácico antero posterior esta aumentado.
A função muscular diminuída aliada a rigidez pulmonar aumentada elevam
o volume residual pulmonar.
A capacidade vital, as trocas gasosas e a difusão diminuem.
Com a tosse e a atividade ciliar insuficiente o idoso fica mais vulnerável a
infecções respiratórias.
Para amenizar este quadro o enfermeiro deve orientar o idoso à:
Praticar exercícios fiscos de acordo com a capacidade regularmente.
Manter ingesta hídrica apropriada em quantidade e qualidade.
Manter vacinação atualizada.
Evitar contato com pessoas doentes.
Evitar o tabagismo e os tabagistas.
Manter bons hábitos de higiene.
Manter ambiente doméstico limpo e arejado.
Evitar aglomerações, ambientes fechados ou pouco ventilados.
Alterações do Sistema Cardivascular
A cardiopatia é a principal causa de óbito entre pacientes idosos.
As válvulas cardíacas tornam-se mais rígidas, artérias e músculo cardíaco
diminuem a elasticidade.
As veias ficam mais tortuosas, o acúmulo de gordura e cálcio dentro das
paredes arteriais diminui a luz de veias e artérias.
O sistema cardiovascular em idosos apresenta menor eficiência em estresse
e menor reserva.
Aos 80 anos o débito cardíaco diminui em 25% comparado aos 20 anos.
A hipertensão também é acentuada em idosos elevando o risco de doença
cardiovascular e acidente vascular. No paciente idoso a hipertensão é
classificada da seguinte forma:
Hipertensão sistólica isolada: sistólica ≥ 140mmhg e diastólica ≤90mmhg
Hipertensão primária: diastólica ≥ 90mmhg independente da sistólica
Hipertensão secundária é a atribuída a causas adjacentes.
A disfunção cardiovascular pode manifestar-se como: ICC, Doença arterial
crônica, arteriosclerose, hipertensão, doença vascular periférica, hipotensão
ortostática, disritmias, AVC, ou infarto.
A ICC é causa de hospitalizações e importante causa de óbito na população
de idosos. A sintomatologia difere entre jovens e idosos.
O jovem apresenta dispnéia ao esforço, ortopnéia e edema periférico.
O idoso apresenta náuseas, fadiga e desconforto abdominal.
Em jovens o homem é mais propenso, no idoso a mulher é mais freqüente.
Alem do tratamento medicamentoso que deve ser exaustivamente orientado
pelo enfermeiro, devemos ainda incentivar o paciente idoso à:
Praticar exercícios fiscos de acordo com as capacidades regurlamente.
Manter uma dieta alimentar adequada a suas necessidades e limitações, em
pequenas quantidades e fracionadas para evitar hipotensão pós prandial.
Gerenciar situações que propiciem estresse físico ou mental.
Evitar o tabagismo e os tabagistas.
Levantar-se lentamente e com segurança para evitar quedas.
Evitar fazer força para defecar.
Manter um rígido controle de peso.
Evitar extremos de temperaturas. Fazer uso de meias de compressão para
otimizar o retorno venoso.
Manter sempre o bom humor e a mente ocupada com pensamentos
positivo.
Sistema Gastrointestinal
O idoso está em risco de nutrição prejudicada, pois são comuns as doenças
periodontal, perda de dentes, fluxo salivar diminuído com o ressecamento
da boca.
A preferência por alimentos doces ou salgados com o tempo faz com que
os receptores gustativos diminuam em quantidade e eficiência.
A mobilidade gástrica diminui.
A secreção de ácido e pepsina reduzida prejudica a absorção de ferro,
cálcio e B2.
O intestino delgado também absorve menos nutriente.
Com todas estas disfunções o idoso apresenta um esvaziamento gástrico e
absorção de nutrientes deficiente, levando a um déficit nutricional e
anemia.
A dificuldade de deglutir resultante da interrupção ou disfunção das vias
neurais ou AVC, intensificados em pacientes portadores de Parckinson ou
esclerose múltipla é causa de risco de vida. A aspiração de alimentos ou
líquidos é a complicação mais grave, e acontece na ausência de tosse ou na
sufocação.
A constipação é comum em idosos, bem como a impactação fecal,
incontinência fecal e obstrução. Os fatores que contribuem para este quadro
são: Alimentação, uso prolongado de laxantes, ingesta hídrica diminuída,
alimentação gordurosa entre outros hábitos pouco salutares.
Para amenizar este quadro o enfermeiro deve orientar à:
Manter a saúde oral, com visitas periódicas ao dentista e ainda manter uma
boa e constante higiene oral.
Ingestão de refeições fracionadas e em pequenas quantidades, ricas em
fibras e pobre em gorduras.
Manter uma boa mastigação.
Manter uma ingesta hídrica satisfatória.
Hábitos intestinais diários.
Evitar uso de laxantes e antiácidos.
Praticar exercícios fiscos de acordo com as capacidades regular,mente.
Orientar para a constância de alimentos belos, pois a perda gustativa
interfere o hábito alimentar.
Sistema Nervoso
A função e a estrutura do Sistema Nervoso modificam-se com o avançar do
tempo.
A perda de células nervosas e a redução do fluxo sanguíneo atuam na perda
progressiva da massa cerebral, reduzindo ainda a síntese e o metabolismo
dos principais neurotransmissores. O idoso leva mais tempo que o jovem
para agir e responder, pois seus impulsos nervosos estão mais lentos.
O SNA menos eficiente, provocando tonteiras e quedas quando levantamse de forma rápida, pela hipotensão ortostática.
A isquemia comum no idoso atua na sua mobilidade e segurança.
A homeostasia é mais difícil de manter-se porem quando não se tem
patologias instaladas a capacidade intelectual e cognitiva são preservadas.
A função mental é abalada pelo estresse físico e mental, a confusão mental
súbita pode ser o primeiro sintoma de uma alteração física como:
Pneumonia, infecção do trato urinário, desidratação e outros.
Pela reação lenta o idoso está sujeito a quedas, lesões e acidentes
automobilísticos.
Cabe ao enfermeiro conhecer as patologias do SN e:+.
orientar pacientes e familiares para sinais e sintomas e como retardar seu
aparecimento.
O idoso não deve ficar longos períodos sozinho.
Deve sentir-se útil, querido e compreendido pelo seu circulo familiar.
Manter ambiente espaçoso e com pouco risco a quedas como tapetes.
Evitar dirigir.
Sistema Tegumentar
Em idosos a função e a aparência da pele estão alteradas. A derme e a
epiderme tornam-se mais finas, diminui o número de fibras e o colágeno
torna-se mais rígido, o tecido adiposo diminui principalmente nos
membros. Diminui também a rede capilar, com menor aporte sanguíneo.
Estas alterações provocam menor elasticidade, enrugamento e arqueamento
da pele, a pigmentação do pelo diminui trazendo a coloração branca. As
glândulas sebáceas e sudoríparas também diminuem suas atividades
tornando a pele mais seca e susceptível a infecções, a tolerância a
temperaturas extremas também diminui.
O enfermeiro deve orientar ao idoso e familiares à:
Evitar sol em excesso e sem proteção.
Evitar banhos longos e quentes.
Incentivar o uso de hidratantes em creme ou óleos em todo o corpo.
Uso de sabonetes líquidos e hidratantes.
Uso de roupas confortáveis sem áreas de garroteamento.
Uso de calçados confortáveis e meias macias.
Evitar coçar a pele ou esfregar.
Usar protetor solar na pele e protetor labiais com filtros.
Manter unhas aparadas e lichadas.
Sistema Músculo Esquelético
A perda gradual e progressiva da massa óssea inicia-se antes dos 40
anos, a perda excessiva da densidade óssea resulta na osteoporose.
A osteoporose acomete homens e mulheres, acentuando-se em
mulheres, pós menopausa e em homens idosos em tratamento hormonal
para câncer de próstata.
A osteoporose está ligada a: Inatividade, injesta pobre em cálcio,
perda hormonal (estrogênio) e tabagismo.
O risco de fraturas quando instalado a osteoporose é alto,
principalmente em: porção dorsal de vértebras, úmero, rádio, fêmur, e tíbia.
O idoso perde altura em conseqüência das alterações osteoporóticas da
coluna, como a cifose (curvatura convexa excessiva) e pela flexão de
quadris e joelhos. Essas alterações prejudicam a mobilidade, o equilíbrio e
a função de órgãos internos.
Os músculos dos idosos diminuem de tamanho, perdem a força, a
flexibilidade e resistência. A dor lombar é comum. As cartilagens de
articulações iniciam a sua deteriorização a partir da meia idade. A doença
articular degenerativa é comum em idosos, à osteoporose alterações de
músculos e articulações não podem ser revertido, porém o processo de
doença pode ser lentificado, com o uso de suplementos de cálcio, vitamina
D, flúor, estrogênio e exercícios de sustentação de peso.
A atuação do enfermeiro é importante incentivando, orientando e
esclarecendo ao idoso o porquê das modificações, e como conviver e
diminuir a ação deletéria destas alterações:
Ingesta rica em cálcio: além da medicação o uso de produtos lácteos
e vegetais verdes folhosos bem como sopas e caldos feitos como ossos e
cosidos com vinagre para retirar o cálcio do osso.
Dieta pobre em fósforo: diminuir o uso de carnes vermelhas,
refrigerantes e alimentos industrializados ricos em fósforo e pobres em
cálcio. A relação 1:1 de cálcio e fósforo é o ideal.
Incentivar:
O exercício físico aeróbico (é à base do programa de
condicionamento da resistência cardiovascular)
O exercício de sustentação de peso (a tração das inserções
musculares sobre os ossos longos fortalece músculos e retarda a reabsorção
de cálcio.
A força muscular e a flexibilidade estimulada com exercício físico
regular atuam aumentando a força e a eficiência das contrações cardíacas,
melhora a capitação de oxigênio dos músculos cardíaco e esquelético,
reduz a fadiga, aumenta a energia e diminui fatores de risco
cardiovasculares.
Os exercícios promovem independência e bem estar físico e mental.
Caminhada vigorosa e natação são bem aceitos e trazem bons
resultados nessa faixa etária.
Reduzir a cafeína e o álcool: que auxiliam na desmineralização
adicional e a excreção renal do cálcio.
Evitar o tabagismo e tabagistas.
Estar ativo e feliz ajuda, e retarda os efeitos deletérios do
envelhecimento.
Saúde Nutricional
As funções da nutrição no paciente idoso estão alteradas de forma
social, psicológica e fisiológica. Sua atividade física é menor, seu
metabolismo é mais lento; Fazendo com que diminua também sua
necessidade calórica para manter o peso ideal.
A apatia, depressão, solidão, imobilidade, pobreza, pouco
conhecimento sobre alimentos saudáveis, paladar modificado, falta de
saúde oral e hábitos alimentares indevidos, também contribuem para uma
ingesta inadequada as necessidades do idoso.
Os gastos com medicações, a aposentadoria, as limitações físicas,
também atrapalham na ingesta, quando dificultam a aquisição de alimentos
e seu preparo de forma adequada.
Cabe ao enfermeiro orientar, agendar e lembrar ao idoso para uma
consulta com o nutricionista. Quando da impossibilidade da atuação deste
profissional, o enfermeiro deve ajudar ao idoso.
Sabe-se que o idoso necessita de:
20% de calorias em sua dieta diária
60% de carboidratos.
20% de proteínas.
2,5 lts de água.
O ensino e promoção da saúde incluem orientação quanto a uma
dieta pobre em sódio e lipídios saturada e rica em vegetais, frutas e peixes.
A ingesta protéica deve ser generosa, bem com de alimentos lácteos.
Os açucares devem ser evitados quando simples, deve ser
encorajados carboidratos complexos como: batatas, cereais integrais, grãos
interais, frutas, alimentos ricos em minerais, vitaminas e fibras.
Um polivitaminico também pode ser usado para manter as
necessidades diárias.
Sistema Genitourinário
O sistema genitourinário, mantém seu funcionamento adequado em
idosos. A massa renal tende a diminuir pela perda de nefrons. As alterações
renais incluem a redução da taxa de filtração, função tubular diminuída,
menores eficiência na reabsorção e concentração da urina.
A restauração mais lenta do equilíbrio ácido-básico em resposta ao
estresse e ou urgências.
É freqüente a incontinência por estresse ou urgência em mulheres
idosas.
A hiperplasia benigna da próstata é comum em idosos, e provoca
aumento gradual na retenção urinária e incontinência por hiperfluxo.
O câncer de próstata é de crescimento lento e freqüente depois dos
70 anos, já o de bexiga e rim são percebidos com freqüência após os 50
anos.
Sabe-se que o fumo é o agente etiológico primário para esses
carcinomas.
Com o advento da menopausa o estrogênio circulante diminui;
diminuindo o aporte sanguíneo e de nutrientes para o assoalho pélvico, em
conseqüência tem uma incontinência crescente por estresse e
urgência.
As infecções do trato urinário são constantes em idosas, pois o
estrogênio diminuído encurta o cumprimento uretral, facilitando a
passagem de bactérias para dentro da bexiga.
A constipação também contribui para a incontinência urinária
Menor consumo de líquidos gera uma urina concentrada com maior
possibilidade de ploriferação de bactérias a partir do reto e pela má
higienização que provêm da mobilidade prejudicada, das alterações
articulares e da destreza manual deficiente em idosas
O enfermeiro deve esclarecer o idoso sobre estas alterações, orientar
quanto à necessidade de mudança de hábitos e como minimizar os efeitos
deletérios do tempo no sistema genitourinário. Incentivando aos idosos á:
Praticar exercícios físicos regulares de acordo com suas limitações.
Exercita sempre o assoalho pélvico.
Manter dieta equilibrada rica em fibras.
Manter ingesta hídrica adequada.
Realizar micção a cada 2 a 3 horas enquanto acordado.
Evitar substâncias irritantes a bexiga como:café bebidas acidas,
álcool, nutra sweet.
Evitar o fumo e os fumantes.
Sistema Endócrino
O aumento exponencial da população idosa implica no crescimento
da população de indivíduos portadores de doenças cônicas degenerativas
entre as quais o diabetes mellitus sua complicações.
O aumento da prevalência de pacientes portadores de D.M. é
influenciado pela idade.
Acomete 1,7% indivíduos entre 30 e 39 anos
3,9% indivíduos entre 40 e 49 anos
13,6% indivíduos entre 50 e 59 anos
17,9% indivíduos entre 60 e 69 anos
Estas taxas são maiores entre mulheres, obesos e os que tem
história familiar de diabetes.
Idosos diabéticos têm taxas mais elevadas de óbitos, incapacidade
funcional e co-morbidades como hipertensão arterial, doença coronariana e
AVC.
Eleva-se também neste idoso o risco de instalação de varias
síndromes geriátricas como: depressão, distúrbio cognitivo, incontinência
urinária, lesão por quedas e dor persistente.
Supõe-se que metades dos idosos portadores de DM ignoram sua
condição de portador. Elevando assim as taxas de complicações por falta de
tratamento ou tratamento incompleto.
A prevalência de diabetes é maior em idosos com história familiar da
doença, em certos grupos étnicos e em gêmeos idênticos.
Fatores que elevam a prevalência de diabetes entre idosos são:
Alteração metabolismo de carboidratos
Alteração na liberação da insulina induzida pela glicose
Resistência na disponibilidade de glicose mediada pela insulina
Obesidade, dietas ricas em gorduras saturadas e pobres em
carboidratos complexos.
Sedentarismo.
Os sintomas do DM em idosos são diferentes dos sintomas da
hiperglicemia contribuindo assim para que idosos diabéticos não saibam da
sua condição.
O aumento do limiar da excreção renal que acompanha o
envelhecimento previne a perda de glicose pela urina, com a conseqüente
poliura ate níveis bastante elevados. A polidipsia mesmo em idosos
desidratados é improvável
Porém são comuns os sintomas inespecíficos como: confusão mental,
delírios, incontinência urinária.
São ainda manifestações do diabetes em pacientes idosos:
1Síndrome caracterizada pela perda de peso, depressão e
neuropatia periférica dolorosa denominada caquexia
neuropática diabética, cuja resolução clinica se faz em
poucos meses e sem tratamento específico.
2Distrofia diabética caracterizada pela hipertrofia e fraqueza
muscular
3Otite maligna externa infecção necrozante causada pelos
Pseudomonas
4Necrose papilar, ao idoso com prova súbita da função renal
e que acompanha a ielonefrite. Estima-se que entre
indivíduos que desenvolvem diabetes após 65 anos há uma
redução de 4 anos na expectativa de vida. O risco de
eventos macrovasculares (doenças cerebrovasculares e,
cardiovasculares e vasculares periféricas) e microvasculares
(nefropatia e retinopatia) está diretamente relacionado aos
níveis de hemoglobina glicoxilada, ao tempo de duração do
diabetes e a presença associadas de hiperlipidemia e
hipertensão artéria.
Há em nítido aumento na incidência de distúrbios cognitivos, e
depressão, levando a hospitalização e morte destes idosos.
O enfermeiro deve atuar com o idoso diabético observando sinais e
sintomas; Devemos ter plano de cuidados como por exemplo:
Orientar familiares e/ou cuidadores para as alterações do DM.
Educando e ensinando a todos sobre o tratamento.
Ensinar pacientes e familiares sobre o uso dos aparelhos para
controle da glicemia, da impotência de seguir os horários corretos.
Orientar sobre a alimentação.
Explicar exaustivamente sobre o uso das medicações, quantidades e
horários
Orientar quanto aos cuidados com a pele
Orientar quanto aos cuidados com os pés
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