REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA ESCOLA: PERCEPÇÃO DE

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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA ESCOLA: PERCEPÇÃO DE
PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL
CERQUEIRA, Teresa Cristina Siqueira - UnB
[email protected]
Eixo Temático: Políticas Públicas, Avaliação e Gestão Educacional
Agência Financiadora: Não contou com financiamento
Resumo
As representações sociais são fenômenos que estão ligados com o modo particular de
compreender a realidade e de se comunicar criando dessa forma mecanismos que possam
gerar conhecimentos reificados e consensuais sobre a realidade. Gilly, um dos teóricos das
representações sociais voltados à educação afirma que as representações sociais ofertam uma
nova maneira para a explicação de mecanismos pelos quais fatores sociais atuam sobre o
processo educativo. A escola apresenta vários objetivos, dentre os quais podem ser
destacados: promover o desenvolvimento pessoal, proporcionar aquisição de conhecimento,
formar cidadãos conscientes, além de preparar para o trabalho e para a vida. O objetivo geral
do presente trabalho foi analisar as representações sociais da escola na percepção dos
professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal. Os
participantes da pesquisa foram 27 professores, sendo 23 do gênero feminino e 04 do gênero
masculino, a idade media foi de 36 anos. Para a coleta de dados utilizou-se, como instrumento
um roteiro de entrevista semi-estruturada com duas perguntas abertas e oito perguntas
fechadas para compor o perfil dos professores. Os dados coletados foram analisados por meio
da técnica de análise de conteúdo, que permite a organização das respostas produzidas em
classes, possibilitada pela freqüência dos termos enunciados pelos sujeitos. Os resultados
apontam que a representação social sobre a escola mais significativa pelos professores foi
conhecimento e aprendizado dos alunos, seguida de aprendizagem centrada no crescimento
sócio-intelectual do aluno e por último que a escola é um local onde se aprende e se ensina e
onde as descobertas acontecem. Pode-se concluir com essas análises que os professores do 1º
ao 5º ano possuem uma representação da escola como um local importante e vital para o
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
Palavras Chave: Representações Sociais. Escola. Professores.
Introdução
Este trabalho objetiva tecer algumas considerações sobre os temas relativos às
representações sociais, bem como comentar sobre a importância da escola utilizando-se dos
métodos peculiares que a teoria proporciona, trata-se de um ensaio preliminar e de uma
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tentativa de estabelecer uma associação entre os conceitos. Tal associação, em nosso entender,
pode ser considerada uma saudável contribuição ao tema das representações sociais bem
como contribuir com uma interpretação das representações construídas pelos professores do
1º ao 5° ano do ensino fundamental sobre a escola.
Além dos aportes teóricos básicos das Representações Sociais, este trabalho apresenta
uma pesquisa desenvolvida com os professores das escolas públicas do Distrito Federal e seus
resultados.
As Representações Sociais segundo Serge Moscovici estão principalmente
relacionadas com o estudo das simbologias sociais, ou seja, estudo das trocas em nosso meio
e das relações interpessoais e de como isso influencia diretamente na construção do
conhecimento. As representações sociais tem por finalidade tornar familiar algo não-familiar,
categorizando e nomeando novos acontecimentos, com os quais não tínhamos contato
anteriormente, possibilitando, assim, a compreensão e manipulação destes à partir de idéias,
valores e teorias já preexistentes e internalizadas por nós e amplamente aceitas pela
sociedade.
Importante ressaltar que as representações sociais cumprem quatro funções essenciais:
Função de saber – que permitiria compreender e explicar a realidade, saber prático do
senso comum, elas permitem que os atores sociais adquiram conhecimentos e os integrem em
um quadro assimilável e compreensível para eles próprios, em coerência com seu
funcionamento cognitivo e os valores aos quais eles aderem;
Função identitária – que definem a identidade e permitem a proteção da especificidade
dos grupos, a função identitária das representações assegura, para estas, um lugar primordial
nos processos de comparação social, (...) por outro lado, a referência às representações que
definem a identidade de um grupo terá um papel importante no controle social exercido pela
coletividade sobre cada um de seus membros, e, em especial, nos processos de socialização;
Função de orientação – que guiam os comportamentos e as práticas enquanto
representação social, ou seja, refletindo a natureza das regras e dos elos sociais, a
representação é prescritiva de comportamentos ou de praticas obrigatórios. Ela define o que é
lícito, tolerável ou inaceitável em um dado contexto social; e
Função justificatória – que permitem justificar a posteriori as tomadas de posição e os
comportamentos, elas (representações sociais) intervém também na avaliação da ação,
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permitindo aos atores explicar e justificar suas condutas em uma situação ou em face de seus
parceiros (ABRIC, 1998, p.28-30).
Moscovici, em sua noção de representações sociais, faz uma releitura dos fenômenos
que antes eram atribuídos à magia, ou ao sagrado substituindo essas fontes pelas ciências. As
ciências se tornaram no mundo moderno o que a magia era no mundo medieval, sendo um
ambiente propicio para as representações (apud FARR, 2002).
A proposta de Moscovici aborda a natureza individual e social em relação às
representações sociais. Na elaboração apresenta a natureza social do campo, em que são
englobados novos fenômenos, como atitudes, campo de representação e informação, e na
natureza psicológica demonstra os processos de objetivação e ancoragem. No âmbito social
são apresentadas três dimensões:
Por atitude tem-se a orientação global, favorável ou desfavorável, ao objeto da
representação; a informação se refere à organização dos conhecimentos que um
grupo possui a respeito do objeto; e campo de representação que remete a imagem,
ao conteúdo concreto e limitado de proposições referentes a um aspecto preciso do
objeto e pressupõe uma unidade hierárquica (ALVES-MAZZOTTI, 1994, p. 64).
Moscovici (1976) quanto à estrutura das representações a divide em duas naturezas a
conceptual e a figurativa. Elas representam as duas faces da mesma moeda. Toda figura
corresponde a um sentido e todo sentido corresponde a uma figura. A função de duplicar um
sentido por uma figura, dar materialidade a um objeto abstrato foi chamado de “objetivar” (...)
A função de duplicar uma figura por um sentido, fornece um contexto inteligível ao objeto,
interpretá-lo, foi chamado de “ancorar” (MOSCOVICI, 1976 apud SÁ, 1995, p. 34).
Após definida essa estrutura foram retirados dois processos formadores das
representações que são a ancoragem e a objetivação. A ancoragem “consiste na integração
cognitiva do objeto representado a um sistema de pensamento social pré-existente e nas
transformações implicadas em tal processo” (SÁ, 1995, p. 37).
No mundo, as pessoas se relacionam, comunicam-se, organizam-se, e estabelecem as suas
vivências. A comunicação entre a sociedade e sua busca incessante pelo novo, pelo
descoberto, e pelo adquirido constrói inúmeras variantes simbólicas e representativas para a
sociedade e com a sociedade. A todo o momento esse real de possibilidades de estar sempre
em constante dinâmica se transforma em algo cristalizado e ancorado.
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Através de Moscovici, suas pesquisas sobre teorias de representação social e
cientificidade da psicanálise ajudou a concretizar a representação social. O senso comum e as
relações, ou seja, as condutas, os valores, e os padrões construídos socialmente como um
novo saber, e em um novo conhecimento que não abarca somente para a sociedade, mas para
conhecer e entender o porquê desse aglomerado de símbolos da consciência e de elaborações
mentais representadas. Desta forma, o senso comum representados configura em relações que
ao se confrontarem dão novos significados e expressões simbólicas para determinada palavra,
atos, maneiras de agir, e de pensar; a tornar assim um verdadeiro conhecimento social.
Pensar que o senso comum, aquele senso onde as pessoas constroem suas expressões
individuais e coletivas, e é aquele símbolo fundamentado para dar razões e valores a outros
símbolos é realmente um conhecimento; leva-nos a crer que a cultura, os valores, as condutas,
os significados atribuídos é valorizados pela incorporação dos mesmos pela sociedade,
modelando e reconstruindo significados para o comportamento, portanto, é considerada então
uma construção representacional da sociedade, ou seja, uma representação social.
A representação social é constituída desde a infância quando aprendemos com nossos
pais a conhecer e aprender o mundo através das relações que estabelecemos entre as pessoas,
todavia, vai se construindo uma cadeia de novos conhecimentos, valores, normas, costumes, e
hábitos. Contudo, o que cada um constrói e aprende em seu ambiente familiar, em seu
ambiente interior, e em seu ambiente social nasce um novo universo de conhecimentos que
são captados e objetivados para ser logo depois interpretados.
Esse universo, ou seja, a representação social se define quando ao captarmos um
objeto materializamos, representamos, classificamos e reorganizamos; assim essas
representações se transformam em algo cristalizado, e ancorado. A representação social
possibilita tornar o que não é conhecido em conhecido, e o que não é familiar em familiar;
categorizando e formulando novos conhecimentos no qual não tínhamos anteriormente para
assim compreender, aprender, e abstrair novos valores e novas atitudes para ser compreendido
e manipulado para a sociedade.
Outro aspecto mencionado por Moscvici (2003) é que o sujeito é transformador da
realidade e a compreensão das diversas interpretações poderá gerar uma mudança na
mentalidade da sociedade e em suas ações. As representações Sociais estudadas dentro do
ambiente escolar têm por objetivo “entender as ações das formas de trabalhos e poder auxiliar
em uma melhora daquele meio”. (MENIN e SHIMIZU, 2005, P. 96).
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As representações sociais são responsáveis por orientar e organizar as condutas
comportamentais de acordo com o sistema de interpretação da relação que o indivíduo
estabelece com o mundo, causando conseqüência nas mais variadas situações que partem do
desenvolvimento individual até o coletivo. Pode esclarecer como alguns fatores sociais agem
sobre o processo educativo e ainda contribui com algumas áreas como: a Sociologia da
Educação e a Psicossociologia.
O sistema escolar sempre sofreu, de forma mais ou menos acentuada, influências de
grupos sociais que ocupam posições diferentes em relação à Instituição Escolar:
discurso político e administrativo, discurso dos agentes institucionais de diferentes
níveis hierárquicos, discurso dos usuários (DOTTA, 2006, p. 27).
Daí pode-se identificar a importância dos estudos sobre representações sociais. A
seguir, apresentam-se de maneira breve, aspectos históricos das representações sociais.
Histórico da Teoria das Representações Sociais
Os estudos sobre as representações iniciaram a partir dos estudos de Durkehim que
trouxe a noção de “representação coletiva” tentando fazer com que a Sociologia coletiva se
tornasse autônoma, integrando e conservando a sociedade. Para Durkehim (1995) essa
representação era obrigada a reconhecer que o individual e o coletivo eram opostos, pois o
individual era a consciência de si e o coletivo era a sociedade em sua totalidade. Graças a essa
amplitude conceitual as representações tornaram-se objeto de estudos para as ciências
humanas.
Apesar da teoria das representações terem sua origem na sociologia durkheiniana, é na
Psicologia Social que ela ganha embasamento teórico.
A Teoria das Representações Sociais foi apresentada por Serge Moscovici no livro La
psychanalyse, son image it son public em 1961, com o propósito de estudar a representação
social da psicanálise na sociedade parisiense no final da década de 50. Com esse trabalho,
Moscovici, gera uma ruptura no campo da psicologia social da época, marcada pela ênfase no
cognitivismo da tradição norte-americana, que caracterizara seu estudo pelos processos
psicológicos individuais. Em seu estudo observou o que acontece quando um novo
conhecimento, a psicanálise, se dispersa na população de uma forma geral (FARR, 2002).
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Foi Moscovici que iniciou esse novo campo de trabalho que proporcionasse a dialética
do social, em que o sujeito se afirma ativo na elaboração do conhecimento social a ser
influenciado pelo meio em que vive.
Dessa maneira, Moscovici (2007) expôs que as representações sociais são elementos
simbólicos expressos geralmente pelo individuo pro meio de ações ou da palavra. Assim temse a explicação do pensamento, aquilo que se percebe a respeito de algo, no caso deste estudo,
a escola. Neste contexto, tem-se a criação da realidade em que grupos e indivíduos controlamse e criam tanto seus laços de solidariedade, como suas diferenças, como afirma Moscovici.
Em sua teoria Moscovici voltou-se a fenômenos mais dinâmicos, cotidianos e fugazes,
por isso as representações seriam sistemas de valores, idéias e práticas com uma dupla
função: a instituição de uma ordem que torna os indivíduos capazes de se orientarem e
dominarem seu mundo social, além de facilitar a comunicação entre os membros de uma
comunidade por providenciar aos mesmos um código para nomearem e classificarem os
aspectos de seu mundo e suas histórias individuais e grupais (MOSCOVICI, 1983).
Representações Sociais na Escola
O estudo das representações sociais na Escola é de grande importância para a
Educação, pois contribui para uma abordagem da vida mental individual e coletiva de todos
os membros integrantes dessa instituição. Esse estudo considera todos os processos
constituintes e constituídos.
Para Jodelet (2001, p. 26) as representações apresentam três particularidades:
vitalidade (quantidade de publicações e abordagens metodológicas e teóricas que inspiram),
transversalidade (o estudo em relação a outras ciências humanas) e complexidades
(dificuldade de sua definição e tratamento).
O conjunto dessas particularidades na representação social faz com que seu campo de
pesquisa se amplie. Considerando a Escola como objeto de pesquisa, serão apresentadas as
contribuições da Teoria da Representação Social à Educação.
Gilly é um dos teóricos que se dedica a estudos em representações sociais voltados à
Educação. As representações sociais para ele ofertam uma nova maneira para a explicação de
mecanismos pelos quais fatores sociais atuam sobre o processo educativo. Os resultados
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gerados são articulados com a transversalidade e, portanto leva a análise da relação
escola/professor/aluno, e a construção de saberes.
Dentro dessa perspectiva as representações é um instrumento para compreensão
daquilo que ocorre em sala de aula no decorrer das interações pertinentes a esses ambientes e
processo de aprendizagem.
A escola é uma das instituições sociais mais importantes para se aprender a conviver e
apresenta um papel de grande relevância na formação de uma consciência da cidadania e da
ética.
Reconhecendo as aplicações da teoria das representações sociais no espaço escolar
verificamos que o campo educativo é considerado um dos mais importantes aparelhos
ideológicos que perpassam por questões a respeito de representações sociais através da
linguagem. Por isso algumas pesquisas estão sendo desenvolvidas, com o propósito de abarcar
dentro dessa temática os discursos sobre as instituições, relação pedagógica e significações,
podendo assim analisar interferências no desempenho do processo educativo.
É através da educação que surgem possibilidades para explicar a influência que as
representações sociais promovem nas figuras que compõe o sistema educacional, por
exemplo, professores, alunos entre outros.
A escola tem uma gama variada de representações sociais, a um leque muito grande a
ser pesquisado. A sociedade esta sempre em transformação.
Metodologia
O método utilizado no desenvolvimento do projeto de pesquisa em representação
social da escola caracteriza-se como exploratório empírico-analítico. Os estudos exploratórios
são geralmente usados para gerar hipóteses e identificar variáveis que devem ser incluídas na
pesquisa. Um de seus objetivos é a busca por compreender motivos ou razões para as atitudes
e comportamentos das pessoas. Esse tipo de pesquisa proporciona o entendimento do
conjunto do problema, através da formação de idéias.
A pesquisa com dados qualitativos é a principal metodologia utilizada nos estudos
exploratórios e consiste em um método de coleta de dados, na qual se baseia esta pesquisa.
Foram coletados dados de professores das escolas, ou seja, o contato inicial com o tema a ser
analisado, com os sujeitos a serem investigados e com as fontes secundárias disponíveis.
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Quando o trabalho é essencialmente analítico e comporta uma pesquisa positiva sobre o
pensamento de outros autores, esta conclusão pode ser fundamentalmente crítica. Quando,
porém, a crítica é mais desenvolvida, entrará no corpo do trabalho como um capítulo.
(SEVERINO, 2002, p. 83).
Já o empírico é o conhecimento popular, orientado somente pelo que obtivemos no
dia-a-dia ou ao acaso, servindo-nos da experiência do outro, às vezes ensinando, às vezes
aprendendo, num processo intenso de interação humana e social. A pesquisa empíricoanalítica é usada para avaliação de um programa, plano, projeto ou política que visa
apresentar soluções para problemas já identificados (MARTINS e LINTZ, 2000)
Participantes
Os participantes da pesquisa foram 28 professores, desses 23 são do gênero feminino e 4 do
gênero masculino, com idade média de 36 anos. 17 são casados, 1 viúvo e 9 solteiros.
Somando a quantidade de filhos, totalizam 12, 1 participante não tem filho. Os participantes
são cristãos, sendo 9 evangélicos e 14 católicos, 25 trabalham em escolas públicas e 2 em
escolas particulares. 13 com formação em pedagogia e 8 em outras licenciaturas e 10 com o
curso normal, com uma média de atuação no magistério de 15 anos.
Os professores estão atuando no ensino fundamental nos seguintes anos: 2 no 1º ano, 3
no 2º ano, 12 no 3º ano, 3 no 4º ano 1 no 5º ano e 1 professor atua na educação infantil. 5
professores não responderam em qual ano atuam.
Instrumento
O roteiro de entrevista contém cinco perguntas referente à escola; outras perguntas
relacionada aos dados pessoais, os dados da escola, a série que leciona, e a formação
acadêmica. As perguntas envolvem aspectos vivenciados pelo professor, suas opiniões.
As perguntas relacionadas aos dados pessoais contem idade, estado civil (solteiro ou
casado), se tem filhos ou não, religião, sexo feminino ou masculino, e tempo de experiência
no magistério e na série. Nas perguntas referentes à formação acadêmica contem as opções de
escolha do ensino médio, ensino superior e especialização, nestes se responder que sim o
participante deve responder qual é o curso.
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Procedimentos
Foram realizadas 27 entrevistas semi-estruturadas, com os professores de diferentes
escolas do Distrito Federal, tanto de escolas públicas, quanto privadas. A fim de identificar
qual era a visão que professores do 1º ao 5º ano, tinham sobre a escola.
A pesquisa se deu de duas maneiras: sendo que na primeira os pesquisadores se
dirigiam as respectivas escolas, com o intuito de aplicarem os questionários diretamente com
os professores e aguardam no local até que todos respondessem, observou-se que os
professores de maneira geral foram bastante prestativos, e responderam com bastante calma.
Em contra partida alguns pesquisadores deixaram os questionários na própria escola com os
coordenadores, para serem aplicados aos professores, e no dia seguinte voltaram à escola e
pegaram os questionários devidamente preenchidos.
Análise e Discussão dos Dados
Na entrevista realizada na pesquisa, objetivo da primeira questão aberta foi analisar as
considerações que o professor tem sobre sua própria escola. Essa estratégia foi utilizada para
que os sujeitos da pesquisa, no caso, os professores, se sentissem a vontade e evocasse mais
rapidamente possível as possíveis respostas.
Os sujeitos entrevistados reconhecem com maior freqüência que a escola é um local de
construção de conhecimento, no entanto, atribuem um maior grau de relevância ao fato de a
escola ser um local de aprendizagem
Na análise da segunda questão subjetiva em que os participantes tinham que responder
sobre os aspectos identificados por eles como uma escola de qualidade verifica-se que houve
uma corroboração da representação apresentada como sendo a relação aluno/professor e
escola, além de professores comprometidos com fazer o saber pedagógico. Pode-se concluir
que os professores do 1ª ao 5° ano, possuem uma representação proativa a respeito da escola e
a percebem como um local essencial para o desenvolvimento e a socialização dos alunos além
do processo ensino/aprendizagem.
6. Considerações Finais
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Nas considerações finais deste estudo, avalia-se que os as representações sociais dos
professores do 1ª ao 5ª ano de escolas publicas do Distrito Federal sobre a escola, foi positiva
e também foi possível identificar os significados dessas representações.
Deste modo, levantou-se uma série de representações sociais, por meio de uma riqueza
de resposta. Ao se fazer a análise dessas representações sociais, percebeu-se que elas se
encontram atreladas a um imaginário social próprio dos profissionais da educação que atuam
na área.
A Teoria das Representações Sociais é interessada em estudar a apropriação que o
senso comum faz do conhecimento científico. Deste modo, levantou-se uma série de
representações sociais, por meio de uma riqueza de resposta. Ao se fazer a análise dessas
representações sociais, percebeu-se que elas se encontram atreladas a um imaginário social
próprio dos profissionais da educação que atuam na área.
Partindo desta perspectiva, foi possível identificar que as representações sociais dos
professores sobre a escola estão associadas a “ensinar e aprender”, “desenvolvimento” e
“conhecimento”. Essas atribuições traduzem e resultam em significações proativas da escola.
Espera-se que este trabalho venha contribuir para o desenvolvimento da relação
escola/professor/aluno, visto que apesar de todos os problemas encontrados nas escolas
publicas do Distrito Federal, os professores ainda têm uma visão da escola como local de
conhecimento, de aprendizagem e de socialização. Possibilita, então, a valorização do
trabalho do professor junto aos alunos desde que as praticas e posturas pedagógicas sejam
permeadas de respeito na construção mútua de conhecimentos no dia a dia escolar.
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