RESUMO Esta pesquisa objetiva compreender quais são as representações sociais da pessoa com deficiência, na busca de políticas públicas que possam diminuir as diferenças e a lacuna entre este segmento e as pessoas ditas “normais”, por intermédio de um estudo da emergência de organizações de pessoas com deficiência e de defesa de seus direitos, bem como das representações sociais das atuais entidades que constituem um movimento social em Itajaí. Na Câmara de Vereadores de Itajaí, atualmente, 25% dos representantes públicos são pessoas com deficiência. O referencial teórico utilizado teve como base a perspectiva das representações sociais e aspectos do paradigma da complexidade. O estudo é fundamentalmente empírico, documental e exploratório, com utilização da técnica de pesquisa conhecida como “focus group”. Também foi elaborada uma narrativa do autor sobre sua própria história de vida e inserção no grupo estudado. Buscou-se perceber de que forma as políticas públicas de inclusão social se relacionam com este segmento, como estas pessoas percebem as políticas públicas e que alternativas democráticas são emergentes no sentido de combinar autonomia dos sujeitos e respeito às diferenças. O trabalho conclui que a organização do movimento de pessoas com deficiência representa uma contribuição à democracia, na medida em que a luta contra o preconceito, a desigualdade social e a indiferença é articulada de forma complexa à defesa da qualidade de vida, à busca de dignidade humana e o respeito às diferenças. Palavras-chave: políticas públicas para deficientes; formação de entidades de deficientes; representações sociais de pessoas com deficiência.