Este é um informativo interno do Sebrae sobre o tema MERCADO com publicação quinzenal Mercado Boletim de Edição 30-ano VI-19 de Fevereiro de 2010 Na edição passada perguntamos a nossos leitores que palavras iriam estar na boca do mundo empresarial em 2010. Aqui estão as enviadas: inovação aberta ou inovação colaborativa, plasticidade, sustentabilidade, cooperação, solidariedade e filosofia, redes sociais, mídia digital, móbile marketing.No final do ano, vamos fazer uma análise se foram confirmadas. Obrigada a todos os colegas que contribuíram. Boa leitura! Afinal de contas, o que é... Comunicação Muitos para Muitos “Processo de comunicação empregado na veiculação de mensagens mercadológicas, no qual interagem entre si diversas fontes transmissoras e vários agentes receptores. O marketing na Internet é atualmente o único exemplo desta categoria”. Por Sebrae em A Internet como ferramenta de Negócios, pág. 51, Ed. Sebrae. E as MPE que você atende? Já estão usando as novas mídias digitais para atingir seus clientes? Precisam de mais informações? As mídias precisam ser mais difundidas? As campanhas que viraram o jogo na internet por Carolina Meyer Quem não se lembra daquele experimento bizarro envolvendo a bala Mentos e a Coca light ou a súbita “evolução” na beleza de uma mulher comum proporcionada pelo photoshop (e bancado pelo sabonete Dove)? Foi pensando em “gente como a gente” que a GoViral, uma das mais importantes empresas européias de distribuição de conteúdo online, decidiu montar uma lista com os vídeos mais relevantes dos últimos dez anos (que eles chamam, no jargão americano, de game changers). Para isso, eles entrevistaram mais de 1 000 pessoas no mundo todo, a maioria profissionais de marketing. A idéia era identificar que tipo de campanha realmente virou o jogo na internet — mesmo que ela tenha sido produzida extraoficialmente, sem o apoio da empresa em questão. O vídeo que mostra uma experiência entre Mentos e Coca-Cola, por exemplo, era desconhecido de ambas as empresas até se tornar uma febre na internet. Prova de que nem sempre as empresas têm 100% de controle sobre o que faz com suas marcas… Aqui está o ranking: 1) Experiências com Mentos e Coca light (2006); 2) Dove Evolution (2006); 3) Blendtec – Will it blend (2006); 4) Diesel – Heidies 15MB of fame (2007); 5) Burger King – Subserviant Chicken (2004); 6) Campanha do Obama (2008); 7) John West – Bear (2000); 8 ) Best Job in the world (2008); 9) Burger King – Whopper sacrifice (es-pe-tacu-lar!); 10) Gorila da Cadbury (2008) Para assistir aos comerciais acesse o link abaixo. Fonte:Blog 4p Portal Exame. Acessado em 08/02/2010.Disponível em: http://portalexame.abril.com.br/blogs/4p/2010/02/03/ascampanhas-que-viraram-o-jogo-na-internet/ 1 Mercado Boletim de Consumidor mostra resistência à publicidade mobile mais bombardeado”, diz Fernando Guntovitch, presidente da The Group. As mensagens de texto e o Facebook são as ferramentas mais procuradas no meio digital: 81% dos pesquisados possuem uma conta no Facebook e 62% enviam SMS. Já o Twitter aparece com 44% de adesão dos entrevistados. “O Twitter será uma moda passageira, como foi o Second Life”, comenta Guntovitch. O YouTube e outros sites de vídeo comandam uma audiência com 94% de seguidores. Dentre os pesquisados, 49% acessam um vídeo uma vez por semana ou mais e 38% somente de vez em quando, geralmente seguindo um link de um amigo. Consumidores não desejam publicidade em seus telefones celulares. Essa é uma das conclusões de “Percepções Digitais dos Consumidores e do Setor”, estudo realizado pela Worldwide Partners e divulgada no Brasil pela The Group, agência pertencente ao grupo. Dos pesquisados, somente 14% disseram que gostam de receber publicidade pelo celular. “Hoje o digital vai deixar a gente mais seletivo, não vou ser A migração da TV para o celular é uma forte tendência apontada na pesquisa: 40% dos consumidores pesquisados assistem a filmes e TV online. Fonte: Propmark . Acessado em 09/02/10.Leia artigo completo em: http://www.propmark.com.br/publique/cgi/cgilua.exe /sys/start.htm?infoid=57159&sid=6&tpl=printerview A Lógica do Consumo Autores: Martin Lindstrom Editora: Novafronteira Estudos revelam que é preciso menos de dois segundos e meio para que um consumidor tome a decisão de comprar. As empresas sabem que têm menos de dois segundos para atrair seus olhos, capturá-lo e torná-lo um cliente. Em A lógica do consumo, o guru do marketing Martin Lindstrom leva o leitor aos bastidores das pesquisas que explicam por que determinado produto vende e mostra como o nosso cérebro responde aos muitos estímulos da propaganda. Num texto leve, Lindstrom apresenta casos reais de estudos de neuromarketing para desfazer mitos como, por exemplo, o impacto do sexo na mente do consumidor. Fonte: Editora Novafronteira 2 Mercado Boletim de M ercado &Inovação Especial Inovação: Falta cultura às empresas brasileiras Falta cultura às empresas brasileiras para propiciar a inovação. Dos 36 produtos eleitos Produto do Ano de 2009 em pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da Peres & Partners, apenas seis são de empresas genuinamente nacionais. Cinco da Ingleza, do segmento de limpeza, e um da Glamm, de vinhos. Multinacionais como Johnson & Johnson lideram o ranking de inovação com destaque para a Procter & Gamble com 11 produtos entre os mais inovadores do ano. Mesmo sendo um dos 10 países que mais lançam novos produtos e embalagens, o Brasil está longe de ser um dos mais inovadores porque as empresas nacionais ainda não enxergam o valor que o Marketing pode criar aos produtos, aponta Antonio Peres, presidente da Peres & Partners, responsável pelo Selo Produto do Ano. “Nas multinacionais o Marketing está inserido há mais tempo. Há também o problema de verbas para inovação”, diz Peres. A certificação reconhece as inovações em produtos e embalagens de acordo com a avaliação do consumidor em pesquisa feita com três mil deles pelo Ibope nos segmentos alimentício, cosmético, higiene e beleza e eletrodomésticos, das indústrias nacionais e multinacionais. O Brasil é um dos 38 países onde o Selo está presente. A inovação não está diretamente ligada a grandes investimentos. O que determina o campo fértil para propiciar a inovação é a cultura informal, pouco burocrática, democrática e a de um time de colaboradores. “A inovação está ligada à liberdade de pensamento. Não é em vão que a China, que é uma potência, não é uma potência em inovação”, afirma Peres. Inovação também só é inovação quando é percebida pelo consumidor. Em entrevista ao Mundo do Marketing, o presidente do Selo Produto do Ano (foto) mostra o que as pessoas estão dando valor no que compram, afirma que elas estão dispostas a pagar mais por produtos inovadores e conta quais são as tendências de inovação no mundo. Esta é a primeira das cinco reportagens especiais que o Mundo do Marketing publica nesta semana sobre o tema inovação de acordo com o Selo Produto do Ano. Acompanhe. Mundo do Marketing: Que tipos de inovações têm sido mais recorrentes no mundo? Antonio Peres: A inovação tem se caracterizado em produtos alimentares saudáveis. É uma tendência de consumo mundial, acontece em países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. As empresas estão diminuindo o teor de açúcar e de sal nos alimentos, estão diversificando os sabores e eliminando a gordura trans. São processos que implicam em muita pesquisa e desenvolvimento porque quando você tira elementos de um produto você tem que adicionar outros, só que com mais vantagens para a saúde. Uma grande tendência também são os alimentos funcionais. Na área de higiene pessoal, as pessoas estão procurando produtos de rejuvenescimento e que mantenham a qualidade da pele. Por outro lado, elas querem produtos de origem natural, principalmente os mais jovens e informados. Em determinadas áreas, a inovação varia de acordo com o poder aquisitivo e com o nível de informação cultural. Para o lar, a procura está sendo por produtos que cumprem suas funções, mas que sejam menos agressivos ao meio ambiente. Mundo do Marketing: E no Brasil, quais são as inovações mais frequentes? Antonio Peres: A área alimentar é a mais forte. Não faltam produtos inovadores no Brasil porque o país é um dos que mais lança produto no ano. O que acontece é que os consumidores não distinguem as inovações porque não há uma política de certificações. 3 Mercado Boletim de Mundo do Marketing: Isso explica porque chegamos a ter 80% dos produtos lançados mortos em dois anos de vida? Antonio Peres: Sim. Os produtos que mais se perpetuam nas prateleiras são os certificados pela Produto do Ano, segundo nossas pesquisas nos últimos 26 anos. A pesquisa indicou também que o consumidor brasileiro está mais disposto a comprar produtos inovadores. Mundo do Marketing: A certificação é o único caminho para as marcas mostrarem inovação nos produtos, não existem outros? Antonio Peres: As marcas têm que chamar atenção utilizando todas as ferramentas de Marketing. As grandes empresas têm orçamentos que as permitem fazer isso com facilidade, mas cada vez mais a decisão de compra é feita no ponto-de-venda. O consumidor comum que olhar para uma prateleira verá uma miríade de marcas infinitas e como ele vai diferenciar cada um destes produtos? É aqui que entra a certificação. Mundo do Marketing: O que o consumidor está privilegiando na hora de comprar? Antonio Peres: Está privilegiando produtos saudáveis, facilidade de uso, aspectos lúdicos associados aos produtos, que o ajude na gestão do tempo, entre outros, sendo que a qualidade é pressuposto para ele existir. Mundo do Marketing: A maioria das marcas certificadas no Brasil é multinacional. O que acontece com as empresas brasileiras? Antonio Peres: Isso tem a ver com a cultura de Marketing das empresas. Nas multinacionais, o Marketing está inserido há mais tempo e elas têm tradição. A falha das indústrias brasileiras é que elas ainda não perceberam o valor que o Marketing cria. Há também o problema de verbas para inovação. Mundo do Marketing: O consumidor pode dar ideias sobre inovação. Esse pode ser um caminho alternativo, já que o Marketing não está conseguindo fazer isso? Antonio Peres: O Marketing é uma parte do processo, que cabe também à área de pesquisa, desenvolvimento e qualidade da empresa. Não podemos colocar toda a responsabilidade em cima do Marketing. A questão é que o Marketing é que tem informação de mercado e deveria saber o que o consumidor quer. Hoje, cada vez mais, as empresas estão ouvindo as pessoas antes de desenvolverem seus produtos, não depois, como faziam. Atualmente, para não cometer erros porque custam caro, elas chamam os consumidores no ato de produção dos produtos para diminuir os riscos. Mundo do Marketing: Qual produto que mais chamou atenção em relação à inovação no Brasil neste ano? Antonio Peres: Não poderia dizer porque somos uma empresa que certifica vários produtos, mas o que posso falar é que há muitas inovações que por vezes são quase revolucionárias, mas que não geram esta percepção no consumidor. Por que? Porque se esquecem da embalagem, que é fator de atratividade para o consumidor. As empresas não sabem tornar o produto atrativo e não conseguem entrar no circuito de grande distribuição porque o próprio varejo não as reconhece. Mundo do Marketing: O Brasil está inovando mais na concepção de produto ou na embalagem? Antonio Peres: A inovação de produto é muito superior a de embalagem. Representa 70%. O trabalho do Marketing na embalagem é algo mais recente do que no produto. Mas há uma tendência mundial que está dando mais importância à embalagem, tanto em forma de informações nutricionais, como em design. Mundo do Marketing: Uma inovação pode ser disruptiva e custar muito, mas pode ser simples e custar barato, correto? Antonio Peres: Inovação não tem a ver com preço. Todas as áreas requerem inovação. A reciclagem é uma inovação. Ela dá origem a novos produtos com custo de matéria-prima menor. 4 Mercado Boletim de Mundo do Marketing: Quais são as características comuns nas empresas que inovam constantemente? Antonio Peres: São empresas informais, pouco burocráticas, não são personalistas nem autocríticas, tem estrutura democrática e de time. A inovação está ligada à liberdade de pensamento. Não é em vão que a China, que é uma potência, não é uma potência em inovação. Os países mais democráticos são os mais inovadores. O Google é uma das empresas mais inovadoras do mundo e ele está de acordo com tudo isso que falei. Mundo do Marketing: Muitas vezes as inovações são baseadas em necessidades particulares, mas hoje as necessidades das pessoas são por desejo, experiência e sensações. Como o produto pode inovar neste sentido? Antonio Peres: Toda inovação mexe com os sentidos das pessoas. Um produto alimentar vai do paladar ao cheiro. O Richard Branson (foto) está preparando e vendendo as viagens ao espaço. Aqui tem uma inovação na área de experiência. A Apple também é um grande exemplo. Fonte: Mundo Marketing. Acessado em 14/12/09. Disponível em: http://www.mundodomarketing.com.br/7,12376,especialinovacao-falta-cultura-as-empresas-brasileiras.htm 5 Mercado Boletim de Um caso para pensar Do Bem, um caso de sucesso sem um departamento de Marketing Colocar frutas em caixinhas divertidas. Essa é a missão da Do Bem. A empresa carioca nasceu há três anos e, desde então, vem mostrando ao mercado que é possível oferecer uma solução saudável e prática de sucos de frutas que ainda proporcione uma experiência diferenciada. Com ações de Marketing focadas em mídias digitais e relacionamento, além de embalagens com design diferenciado, a Do Bem conseguiu se destacar e hoje seus sucos estão presentes em mais de 400 pontosde-venda do estado do Rio de Janeiro. Do produto em si à marca, passando pela estratégia adotada e pela filosofia da empresa, tudo na Do Bem é diferente. A história começa em 2007 quando o administrador de empresas Marcos Leta, cansado do ambiente corporativo, decide acumular conhecimento para produzir um suco de caixinha que não levasse água, açúcar, conservante, nem qualquer outro aditivo. Ou seja, apenas frutas. Para que serve uma gravata? Para isso, Leta enquadrou a gravata, literalmente, e visitou os Estados Unidos e países europeus a fim de conhecer a tecnologia utilizada lá fora. Com o conhecimento adquirido, o profissional aproveitou a abundância de frutas frescas no Brasil e conseguiu criar um suco com a praticidade de uma bebida de caixinha sem perder as propriedades das frutas, tudo para que o consumidor tivesse em casa a experiência das casas de sucos tão tradicionais no Rio de Janeiro. De lá pra cá, a equipe cresceu e hoje conta com cerca de 12 pessoas que compartilham os mesmos valores da Do Bem. Quem trabalha na empresa, por exemplo, é convidado a enquadrar o que mais detestava em seu antigo trabalho, como Leta fez com sua gravata. Nessa brincadeira, tem até foto de exchefe e no site da empresa os internautas podem responder a pergunta “pra que serve uma gravata?”. Além disso, às sextas-feiras, todos trabalham de chinelos. O casual day – comum entre as empresas – na Do Bem evoluiu e se chama Havaianas Day. Sem um departamento de Marketing, a marca investe em mídias sociais e no relacionamento bem próximo dos consumidores. Muitos deles verdadeiros fãs da Do Bem. Personagens no lugar das frutas A mídia espontânea gerada principalmente por blogs na época do lançamento deu visibilidade e contribuiu para o crescimento da empresa. Outro passo importante para o reconhecimento da marca foi a entrada nas lojas da rede de supermercados Zona Sul. Para isso, os sucos Do Bem passaram por um teste cego, junto com marcas concorrentes. Segundo Marcos Leta, dos dois diretores e três consumidores que experimentaram as bebidas na ocasião, quatro preferiram as da Do Bem, o que deu o sinal verde aos produtos. Para promover a marca nos pontos-de-venda, a empresa contou com ações de sampling que, não só geravam experimentação, como também comunicavam as propriedades e os diferenciais dos sucos. “Quando o consumidor olha para o produto sabe que é diferente, mas ainda não consegue entender o conceito de imediato. Esse é um desafio pra Do Bem. A fruta deve estar dentro da caixinha. Temos que trabalhar nas embalagens o conceito bemhumorado, divertido”, diz Marcos Leta, em entrevista ao Mundo do Marketing, sobre a ausência de fotos ilustrativas de frutas nas embalagens, substituídas por simpáticos personagens. Vai com tudo A mudança das garrafinhas iniciais para embalagens da Tetra Pak de um litro também foi fundamental para a expansão da marca nos pontos-de-venda. O suco de laranja passou de 14 dias de validade para quatro meses, enquanto os outros três sabores (limonada, açaí com morango, maçã e guaraná e mamão com laranja, maçã e banana) conseguiram estender o seu tempo de vida útil para sete meses. Foram cerca de oito meses de testes para conseguir preservar as bebidas com o sabor desejado. A novidade mais recente são as caixinhas na versão de 200 ml, com textos e frases que fogem do comum, como “vai com tudo”, no lugar de “fure aqui”, para manter a característica divertida dos produtos. As novas caixinhas também acompanham a expansão 6 Mercado Boletim de da marca, antes só vendida nos supermercados Zona Sul. “Queremos chegar a quatro mil pontos-de-venda no Rio. É um projeto para os próximos três ou quatro anos. As pessoas precisam entender que o produto é benéfico para elas, que queremos deixar algo bacana para as gerações futuras”, explica Leta. Os benefícios aos quais o executivo se refere vão desde o fato de que os sucos são feitos apenas de frutas frescas, sem adição de conservantes, à preocupação que a marca tem com a saúde do planeta. No site da Do Bem é possível ler a Pegada Carbônica, estudo da Cantor, e saber qual é a emissão de CO2 da empresa, que promete reduzir o número em 20% ainda este ano. Carro personalizado roda pelo Rio de Janeiro Desde dezembro do ano passado, a marca tem um aliado na hora da promoção. É o Frutomóvel, um carro personalizado que roda o Rio de Janeiro ofecerecendo degustação e ampliando o conhecimento dos consumidores sobre os produtos e a filosofia da Do Bem. O sucesso é tanto que o shopping Fashion Mall procurou a Do Bem para oferecer os sucos aos seus clientes do estacionamento VIP. A empresa também estará nas praias do Rio de Janeiro. A marca volta a circular com os seus galões de suco pela orla, depois da proibição da comercialização de bebidas em galões durante a operação de choque de ordem na cidade do Rio. Ações como essas ajudam a manter o contato da marca com clientes e prospects. É exatamente este relacionamento um dos aspectos mais importantes na cultura da empresa. A Do Bem deixa todos os seus canais de comunicação à disposição dos clientes e faz questão de respondêlos de forma pessoal e direta. “Quando comecei a montar a Do Bem, mandei e-mails para todas as grandes empresas como Nestlé e Coca-Cola. Todas as respostas que eu recebia eram automáticas. Não quero que com a Do Bem seja igual. Recebemos muito carinho nestes e-mails, além de reclamações que são muito construtivas”, acredita o fundador da marca. Expansão prevê SP, MG e sul do país Com planos de expansão para São Paulo, Minas Gerais e sul do país, a empresa já trabalha em soluções para manter o relacionamento estreito com os consumidores, como a reformulação do site nos próximos dois meses, que promete um conceito inovador, segundo Marcos Leta. Além do site, canais como Facebook, Twitter e Flickr também são monitorados o tempo inteiro e seguem o mesmo formato que os e-mails: devem ser respondidos em no máximo 24 horas. Outra ação importante para a marca são os seus vídeos. O primeiro – que promovia o suco de laranja – fez tanto sucesso que foi escolhido para passar nos intervalos do Reading Festival, no ano passado. O festival acontece na Inglaterra e a última edição reuniu bandas como Radiohead, Arctic Monkeys e Kings of Leo. Criado pelo escritório de design Hardcuore, de Breno Pineschi, em parceria com Rafael Cazes e trilha de João Brasil, o vídeo já foi acessado por mais de 400 mil pessoas na internet. 7 Mercado Boletim de Mercado Já o segundo vídeo da marca promove a versão de açaí com morango, maçã e guaraná. Para este ano estão sendo produzidos novos trabalhos que divulgam os sabores que a marca lançará. Com tanta personalidade, dá até para imaginar a Do Bem como uma marca conceito, que vai além dos sucos. Mas Leta não tem planos de extensão de marca. “Quando eu olho a Do Bem imagino uma experiência de bom-humor, criativa. Mas o nosso negócio é realmente suco, fruta e bebidas saudáveis. Não pensamos em desenvolver outros produtos. Acho que acaba perdendo o foco. Tem tanta bebida pra criar”, acredita. E as lojas Do Bem, são um plano? “Sempre tivemos esse sonho, mas é preciso encontrar o ponto certo. Nossa maior fonte de inspiração são as casas de sucos e a praia. É lá que pegamos todas as gírias do site”. 5 Fonte: Mundo Marketing (www.mundodomarketing.com.br ). Acessado em 19/02/10 Disponível em: http://www.mundodomarketing.com.br/1,12954,do-bem-umcaso-de-sucesso-sem-um-departamento-de-marketing.htm 8