Leishmaniose Visceral Quadro Clínico Leishmaniose Visceral Quadro Clínico FORMAS de APRESENTAÇÃO Aguda, grave, rapidamente evolutiva: baço pouco aumentado Evolução lenta e caráter insidioso: esplenomegalias mais exuberantes, comprometimento grave do estado geral Leishmaniose Visceral Quadro Clínico Sintomas iniciais inespecíficos: tosse seca, diarréia, febre recorrente, adinamia, prostração, emagrecimento Período de estado: sintomatologia exuberante Período final: dispnéia aos mínimos esforços, sopro sistólico panfocal, ICC Leishmaniose Visceral Quadro Clínico Leishmaniose Visceral Quadro Clínico Complicações que levam ao óbito: Infecções(pele, ouvido, pulmões) Sangramento agudo Caquexia, ICC Leishmaniose Visceral Diagnóstico Critérios Epidemiológicos Critérios Clínicos Critérios Laboratoriais Todo paciente com esplenomegalia febril pode ter leishmaniose visceral Leishmaniose Visceral Diagnóstico Epidemiologia: área endêmica, cães, galinheiro e outras fontes de matéria orgânica Leishmaniose Visceral Diagnóstico Critérios Clínicos e Laboratoriais Esplenomegalia febril Pancitopenia Inversão albumina - globulina Leishmaniose Visceral Diagnóstico Sorologia – Imunofluorescência Indireta (RIFI) Sorologia ELISA Sorologia ELISA com Ag rK39 altamente específico Detecção do DNA do parasita em tecidos de biópsia ou leucócitos no sangue periférico – PCR Teste rápido: Kalazar-Detect com rK39 Leishmaniose Visceral Diagnóstico Imunológico Perfil típico TH2 com elevação de IL10 e IL4, baixa expressão de IL2 e IFN-gama Resposta humoral: hipergamaglobulinemia Leishmaniose Visceral Diagnóstico Parasitológico Formas amastigotas no sangue periférico Parasita no aspirado de medula óssea S>70% Parasita no aspirado esplênico S>95% Cultivo in vitro, meios NNN, LIT Isolamento in vivo, em hamsters Leishmaniose Visceral Diagnóstico Laboratorial Hg<10 g/dL Anemia normocítica, normocrômica Neutropenia, ausência de eosinófilos Plaquetas<150 000 TGO e TGP moderadamente elevadas AT PT 60 a 80 % Bilirrubinas discretamente aumentadas Inversão albumina-globulina Diagnóstico Diferencial SSP Esquistossomose mansoni Chagas agudo Malária Leucemias LLA LEISHMANIOSE VISCERAL Diagnóstico Diferencial LEISHMANIOSE VISCERAL Diagnóstico Diferencial Leishmaniose Visceral Tratamento Antimoniais Pentavalentes Anfotericina B desoxicolato Anfotericina B lipossomal Paramomicina (aminosidina) Miltefosina Associação de Drogas Antimoniais pentavalentes Atuam nas formas amastigotas do parasita Inibem a glicólise e a oxidação dos ácidos graxos Reduzem a produção de ATP Reduzem a síntese de macromoléculas Antimoniais pentavalentes Apresentação e Posologia 20mg/kg/dia durante 20 a 40 dias Antimonial de N-metil glucamina: ampolas de 5 Ml 1mL contém 81 mg de Sb +5 Vias de administração: IM ou EV Antimoniais Pentavalentes VANTAGENS Meia-vida curta O uso pode ser ambulatorial Medicação de baixo custo DESVANTAGENS 60% de resistência na Índia Uso parenteral exclusivo Cardiotoxicidade Pancreatite química, eventualmente clínica Anfotericina B – Mecanismo de ação Atua nas formas amastigota e promastigotas Droga leishmanicida mais potente disponível Liga-se preferencialmente aos ésteres da membrana plasmática da Leishmania Anfotericina B Frascos de 50 mg 1mg/kg/dia durante 14 a 20 dias Vias de administração: EV ECG, função renal, ionograma Vantagem: desconhece-se resistência primária Desvantagens: hospitalização, efeitos adversos Anfotericina B lipossomal Formulação lipídica na qual o desoxicolato é substituído por outros lípides Redução da toxicidade com aumento da eficácia Vantagem: menor tempo de tratamento (5 a 7 d) Desvantagem: preço muito elevado LEISHMANIOSE VISCERAL GRAVE Risco de evolução para óbito Tratamento específico Anfotericina B: 1 mg/kg/dia 14 a 20 dias, EV Anfotericina B Lipossomal:3 mg/kg/dia X 7 dias EV 4 mg/kg/dia X 5 dias EV LEISHMANIOSE VISCERAL Tratamento Anfotericina B será 1ª escolha: RISCO DE EVOLUÇÃO PARA ÓBITO GRÁVIDAS LEISHMANIOSE VISCERAL TRATAMENTO Anfotericina B Lipossomal será liberada pelo MS: Menores de 1 ano de idade Pacientes com mais de 50 anos de idade Diabetes melitus Rim único Insuficiência renal Insuficiência cardíaca graus III e IV Critérios de Cura Essencialmente clínicos: ganho de peso, melhora do estado geral. Desaparecimento da febre. Redução da hepatoesplenomegalia. Melhora dos parâmetros hematológicos. Normalização das proteínas séricas. Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral Leishmaniose Visceral Profilaxia Detecção ativa e passiva de casos de LV. Programas de vigilância epidemiológica com educação da população. Detecção e eliminação de reservatórios infectados. Inquéritos sorológicos caninos. Controle de vetores com inseticidas de ação residual. Leishmaniose Visceral Avanços no Tratamento DESAFIOS ATUAIS Resistência aos antimoniais pentavalentes Ausência de medicação anti-Leishmania segura e barata. Ocorrência de recidivas na co-infecção Leishmania- HIV/AIDS Leishmaniose Visceral Diagnóstico tardio. Duração prolongada da doença e do tratamento. Droga de má qualidade. Não seguimento do esquema terapêutico. Co-infecção LV – HIV/AIDS. Equipe médica e de enfermagem despreparada. Jha TK, 2006 Leishmaniose Visceral Avanços na Abordagem da LV DIAGNÓSTICO: testes rápidos TRATAMENTO: reconhecimento da LV grave anfotericina B lipossomal pesquisas drogas orais (miltefosine) estudos de genética Leishmaniose Visceral CONCLUSÕES A droga ideal para o tratamento da LV ainda não existe. A LV persiste como sério problema de saúde pública em várias partes do mundo. São necessários estudos urgentes de associação de drogas no tratamento da LV para prevenir o desenvolvimento de resistência ao miltefosine e à anfotericina B. Obrigada! Regina Lunardi Rocha [email protected]