Mecânica I (FIS-14) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá Sala 2602A-1 Ramal 5785 [email protected] www.ief.ita.br/~rrpela Journal Club Science 341, 725 (2013) Onde estamos? ● Nosso roteiro ao longo deste capítulo – Cinemática retilínea: movimento contínuo – Cinemática retilínea: movimento irregular – Movimento curvilíneo geral – Movimento curvilíneo: componentes retangulares – Movimento de um projétil – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial – Movimento curvilíneo: componentes cilíndricas – Análise do movimento absoluto dependente de duas partículas – Movimento relativo de duas partículas usando eixos de translação – Movimento relativo de duas partículas usando eixos de rotação 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Quando a trajetória ao longo da qual uma partícula se move é conhecida, costuma ser conveniente descrever o movimento utilizando-se eixos de coordenadas n e t os quais atuam normal e tangente à trajetória, respectivamente, e no instante considerado tem sua origem localizada na partícula. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Movimento plano Considere a partícula mostrada na Figura acima, que se move em um plano ao longo de uma curva fixa tal que em dado instante ela está na posição s, medida a partir do ponto O. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Movimento plano A única escolha para o eixo normal pode ser feita observando-se que geometricamente a curva é construída a partir de uma série de segmentos do arco diferenciais ds, O plano que contém os eixos n e t é referido como o plano osculador, e nesse caso ele é fixo no plano do movimento. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Velocidade A velocidade da partícula v tem uma direção que é sempre tangente à trajetória, Desse modo, onde: 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Aceleração A aceleração da partícula é a taxa de variação temporal da velocidade. Assim, 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Aceleração Como mostrado na Figura abaixo, precisamos u´t = ut + dut. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Aceleração a pode ser escrita como a soma de suas duas componentes, onde: ou e 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Aceleração Essas duas componentes mutuamente perpendiculares são mostradas na Figura abaixo. Portanto, a intensidade da aceleração é o valor positivo de: 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Movimento tridimensional Conhecendo ut e un , podemos determinar o versor ub: ub = ut × un . 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Exercício Se a trajetória é expressa como y = f (x), o raio da curvatura ρ em qualquer ponto sobre a trajetória é determinado pela equação: 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Por um lado: Por outro lado: O que implica: Reescrevendo: Mas: 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Quando o esquiador alcança o ponto A ao longo de sua trajetória parabólica, ele tem uma velocidade escalar de 6,00 m/s que está aumentando em 2,00 m/s2. Determine a direção de sua velocidade e a direção e a intensidade da sua aceleração neste instante. Despreze o tamanho do esquiador no cálculo. 5,00 m 10,0 m 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Para (ângulo que a velocidade faz a direção positiva de x) Para (ângulo que a aceleração faz a direção positiva de x) 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: As caixas deslocam-se ao longo do transportador industrial. Se uma caixa parte do repouso em A e aumenta sua velocidade escalar de tal maneira que onde t é dado em s, determine a intensidade da sua aceleração quando ela chega ao ponto B 3,00 m 2,00 m 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial Para chegar a B, percorre uma distância de O que leva um tempo de Para 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Em um teste de direção, um carro é conduzido através do percurso sinuoso mostrado. Supõe-se que a trajetória do carro é senoidal e que a máxima aceleração lateral é 0,700 g. Se os examinadores desejam projetar um percurso por meio do qual a velocidade máxima seja de 80,0 km/h, qual o espaçamento L entre os cones. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Sendo: Precisamos encontrar o ponto em que é mínimo (para maximizar aceleração normal). Vamos fazer isto com o auxílio de um programa computacional 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: A resposta obtida é Script do Maxima y(x):=A*sin(%pi*x/L); diff(y(x),x); yl(x):=''(diff(y(x),x)); yll(x):=''(diff(yl(x),x)); rho(x):=(1+(yl(x))^2)^(3/2)/yll(x); drho(x):=''(diff(rho(x),x)); solve(drho(x)=0,x); /* Substituir x=L/2 na função*/ rho(0.5*L); /* Calculando L */ v:80/3.6; a:0.7*9.81; A:3; solve(abs(rho(0.5*L))=v^2/a,L); %,numer; /* Vamos fazer um gráfico, para deixar mais divertido */ L:1; plot2d ( abs(rho(x)), [x,0.2,0.8]); 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: No instante de tempo t=0, a partícula P de 0,900 kg recebe uma velocidade inicial de 0,300 m/s na posição e posteriormente desliza ao longo da trajetória circular de raio r = 0,500 m. Devido ao fluido viscoso e o efeito da aceleração gravitacional, a aceleração tangencial é de onde a constante k = 3,00 N.s/m é um parâmetro de arrasto. Determine e represente graficamente e ambos como funções do tempo durante o intervalo de 0 a 5 s. Determine os valores máximos de e e os correspondentes valores de t. Determine também o primeiro instante de tempo em que = 90,0°. 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Pela figura fica claro que Esta é uma EDO não linear sem solução analítica. Vamos resolver (numericamente) usando o Maxima. Condições iniciais: 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Para resolver a EDO anterior no Maxima, precisamos convertê-la num sistema de primeira ordem. Definimos as variáveis auxiliares Com isso, temos o seguinte sistema: Condições iniciais: Script do Maxima sol: rk([w,19.62*cos(u)-3.33333333333*w],[u,w],[0,0.6],[t,0,5,0.02])$ plot2d ([discrete,makelist([p[1],p[2]],p,sol)], [xlabel,"t"],[ylabel,"\theta"])$ plot2d ([discrete,makelist([p[1],p[3]],p,sol)], [xlabel,"t"],[ylabel,"\dot{\theta}"])$ 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Gráficos 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Gráficos 2.7 – Movimento curvilíneo: componentes normal e tangencial ● Exemplo: Condições de máximo: Além disso: