Imaginologia Infravermelha

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Imaginologia Infravermelha
Introdução Geral à Imaginologia Infravermelha
1. Definição de Imagiamento Infravermelho
O
(IR) ou diagnóstico por imagem
infravermelha é a produção de imagens digitais pela captação de raios
infravermelhos emitidos pelo corpo.
imagiamento
infravermelho
É um meio de diagnóstico, sem contato, indolor e sem contraste, que permite
avaliar a atividade microcirculatória cutânea pelo mapeamento da distribuição
da temperatura superficial da pele.
SEM
•
•
•
•
•
CONTATO
CONTRASTE
RADIAÇÃO
DOR (INDOLOR)
TOTALMENTE SEGURO
Dentro das ciências biológicas, o imagiamento infravermelho não é somente a
mensuração de calor. Muito mais do que isso, envolve o estudo do
comportamento térmico dos seres vivos, denominado de Termologia Clínica.
A Termologia Clínica estuda tanto a relação entre produção de calor e as
funções orgânicas, processos ou atividades vitais bem como investiga a
natureza térmica das modificações estruturais e/ou funcionais produzidas por
doenças no organismo. É uma ciência que engloba também o estudo dos efeitos
da energia térmica sobre o corpo humano. Está, portanto relacionada tanto com
diagnóstico quanto tratamento de doenças pela energia térmica.
Desde o período de Hipócrates, a temperatura
corporal tem sido utilizada como indicador de
doença. A produção de calor ou termogênese é
um processo fundamental para a vida. Ela
representa o efeito combinado do metabolismo
de nutrientes, fluxo sangüíneo e gasto
energético.
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Pequenas mudanças termogênicas em tecidos específicos podem refletir
doenças, alterações genotípicas ou mudanças da função fisiológica. Estas
alterações são capazes de ser regularizadas por medicações e tratamentos nãomedicamentosos. A mensuração desta propriedade intrínseca da vida pode
fornecer conhecimentos para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças
em seus estágios mais precoces.
Dentro da subdivisão da Termologia Clínica, mais precisamente no campo
diagnóstico, se encontra a Radiologia Infravermelha, estudo por meio de
imagens infravermelhas da fisiopatologia térmica humana.
A termografia, também denominada teletermografia, termometria cutânea (por
imagem) infravermelha, teletermometria infravermelha, imagem térmica
digital, imagiamento infravermelho ou simplesmente exame INFRARED (IR). É
o método diagnóstico por imagem que capta e registra a emissão de calor da
superfície do corpo humano, um processo dinâmico que pode ser alterado em
diversos estados patológicos.
Diferente dos antigos aparelhos de teletermografia de baixa velocidade de
escaneamento de imagem e que carecem de nitrogênio líquido para sensibilizar
seus criostatos, a imagem infravermelha de alta resolução é um novo conceito
em mensuração da termogênese em sistemas biológicos. Utilizando a última
tecnologia em sensores infravermelhos, originalmente desenvolvidos para
permitir às Forças Aéreas da Coalizão visão noturna, assim como ataques de
altíssima precisão com armas inteligentes guiadas pelo calor, em operações
especiais dos EUA contra o Iraque, cientistas agora podem visualizar mudanças
termogênicas em tempo real, estimar intraoperatoriamente o fluxo coronariano
durante operações de revascularização do miocárdio e detectar câncer em fases
mais precoces, isto é, salvar vidas.
Termometria infravermelha – Medida de um parâmetro do estado térmico do corpo,
que é a temperatura. Habitualmente de forma pontual.
Termografia infravermelha (INFRARED) – Registro da temperatura ou da
distribuição térmica obtido pela radiação infravermelha emitida pela superfície do
corpo, que pode ser entre 0,8 µm a 1 mm. Comumente representada por meio de uma
imagem (termograma) da distribuição de temperatura da superfície de um corpo.
Termologista, Termografista, Imaginologista (radiologista) infravermelho –
Profissional que pratica a técnica e interpretação da termografia infravermelha.
Conceitualmente é mais apropriado conceber de que o termologista é o que estuda e
interpreta e o termografista é o técnico que capta as imagens.
Termograma – É a representação gráfica da imagem infravermelha obtida. Pode ser
monocromática ou multicolorida, contínua ou em degrades. Cada cor representa um
intervalo de temperatura, representado ao lado do termograma por uma palete de cor
graduada.
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A Termologia é o estudo da atividade térmica. Isto é, das ações térmicas
causadas por alterações mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres humanos.
O imagiamento infravermelho detecta mínimas mudanças da emissão de calor
dos tecidos, não só da pele como também de órgãos. Esta emissão térmica é um
processo dinâmico que pode estar alterada em uma variedade de enfermidades.
Por este motivo, o imagiamento infravermelho pode ser utilizado como parte
integrante do exame físico ou, alternativamente, como um método
complementar a avaliação clínica, como um estudo radiológico.
Um número significativo de programas patrocinados por governos iniciou-se
na Europa, Japão e EUA e até mesmo no Brasil. Os avanços na evolução
tecnológica de sensores infravermelhos, processamento de imagem e algoritmos
inteligentes e sua integração permitiram novos métodos de pesquisa e
protocolos diagnósticos na imaginologia infravermelha médica, preenchendo a
insuficiência da antiga termografia.
Recentemente, há diversos métodos de imagiamento infravermelho. São eles:
• estático,
• dinâmico (subtração de imagem),
• multiespectral e hiperespectral,
• mapeamento de textura térmica,
• multimodal,
• fusão de sensores,
• imagiamento infravermelho tridimensional etc.
Eles estão sendo utilizados em uma variedade de aplicações: oncologia (mama,
pele, tireóide etc.), neurologia (dor, neuropatias), distúrbios vasculares (diabetes,
trombose venosa profunda), reumatologia (artrite, fibromialgia, tendinopatias),
cirurgia, viabilidade tissular (queimaduras, transplantes, enxertos, etc.),
distúrbios dermatológicos, monitoramento da eficácia de medicamentos,
medicina esportiva e do trabalho.
Especialistas com muitos anos de experiência no uso desta modalidade têm
contribuído com diversos estudos em universidades, pesquisas governamentais
e setor clínico. Observa-se nestas publicações científicas a utilização do método,
tanto a nível experimental, em laboratórios, quanto já em estudos clínicos em
grandes grupos populacionais.
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O método infravermelho tem grande potencial de se tornar exame rotineiro na
classe médica, uma vez entendido seu papel nas diversas áreas da saúde. Porém,
deve ficar bem claro, como todo procedimento médico diagnóstico, muito mais
do que operar equipamentos de alta tecnologia, exigem conhecimento e
habilidades para o cumprimento de normas técnicas mínimas para sua correta
utilização e diagnóstico, isto é, treinamento adequado em longo prazo.
O imagiamento infravermelho não é apenas tirar fotografias térmicas, mas sim
poder interpretá-las de forma adequada, como um exame de imagem
radiológico.
O especialista termologista deve ter conhecimento em diversas áreas, dentre
elas:
9 Física do infravermelho
9 Familiaridade com os instrumentos de investigação (equipamentos)
9 Conhecimento em anatomia e fisiologia térmica da estrutura que vai ser
avaliada
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